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SILVICULTURA GERAL. DESBASTES. Eduardo Pagel Floriano Santa Maria 2007. DESBASTES. São cortes culturais intermediários executados nos povoamentos imaturos para favorecer o crescimento das árvores que permanecerão no povoamento por mais tempo. Objetivos.
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SILVICULTURA GERAL DESBASTES Eduardo Pagel Floriano Santa Maria 2007
DESBASTES São cortes culturais intermediários executados nos povoamentos imaturos para favorecer o crescimento das árvores que permanecerão no povoamento por mais tempo.
Objetivos • Favorecer o crescimento das árvores remanescentes para produzir madeira em toras de grandes dimensões para serrar ou laminar; • Combinado com espaçamentos mais densos, servem para melhorar a forma das árvores, tornando-as mais cilíndricas do que crescendo com menor competição; • Servem como antecipações de receitas antes do corte final.
CONDUÇÃO DAS FLORESTAS • SEM DESBASTES • DESBASTES • Seletivos: • por baixo; • pelo alto; • Sistemáticos: • em linha; • em rede. • CORTE DE RENOVAÇÃO • CORTE RASO
Tipos de desbastes • Podem ser de três tipos principais: • Seletivos - são cortadas árvores de algumas classes de dominância; • Sistemáticos - são cortadas linhas inteiras de árvores; • Mistos - são combinações de sistemáticos e seletivos.
DESBASTE SELETIVO POR BAIXO • Exemplo: desbaste por baixo em plantio original de 3m x 2m, ou1667 árvores/ha, com remanescência de 950 árvores/ha (57%).
DESBASTE SELETIVO POR BAIXO • Floresta de Eucalipto desbastada • Distância das copas após desbaste
DESBASTE SELETIVO POR BAIXO A qualidade da marcação depende da habilidade e experiência dos marcadores. Resultado: - Povoamento com mais espaço para as remanescentes. - Alguns pontos ficam mais concentrados do que outros.
DESBASTES SISTEMÁTICOS • Eliminam-se linhas inteiras de árvores em cada ocasião; • Podem ser programados de diferentes formas; por exemplo: • Corte de uma a cada duas linhas em uma única ocasião; • Corte da 13ª linha no primeiro, da 5ª e 9ª linhas no segundo e da 3ª, 7ª e 11ª no terceiro; • Corte da 6ª linha no primeiro desbaste e da 3ª linha no segundo, como na figura ao lado; • etc.
Desbastes • Usualmente, é realizado um corte misto na primeira ocasião, eliminando-se a 6ª linha de plantio e realizando um corte seletivo por baixo nas linhas intermediárias - o corte seletivo, neste caso, tem como objetivo a facilitação do baldeio da madeira; • Na segunda ocasião, pode ser realizado o corte seletivo da 3ª linha de plantio e um corte de limpeza nas duas intermediárias, eliminando-se as árvores indesejadas; ou pode ser realizado somente um novo corte seletivo por baixo; • O terceiro desbaste em geral é somente seletivo por baixo; • Raramente são realizados mais de 3 desbastes; • Quando os desbastes são realizados por colheitadeiras, o esquema de seletivos é determinado pelo alcance das máquinas.
EFEITO DOS DESBASTES NAPRODUÇÃO DE MADEIRA • Os desbastes sempre reduzem a produção total de madeira, pois a área ocupada pelas copas é reduzida com a operação, diminuindo o crescimento por unidade de área florestal; • A produção de madeira grossa é aumentada, pois as árvores remanescentes crescem com maior vigor após o desbaste.
EFEITOS DO DESBASTE SOBRE O DAP BERTOLOTI, G.; SIMÕES, J. W.; NICOLIELO, N.; GARNICA, J. B.Efeitos de diferentes metodos e intensidades de Desbaste na produtividade de Pinus caribaea var. hondurensis Barr. et Golf. IPEF, n.24, p.47-54, ago-1983. Experimento com 8 tratamentos de desbaste com Pinus caribea: • 1. Desbaste mecânico (corte raso) em toda 3a linha. • 2. Desbaste por baixo (retirada das árvores inferiores) • 3. Desbaste mecânico em toda 5a linha + desbaste por baixo (Método combinado). • 4. Desbaste mecânico em toda 9a linha + desbaste por baixo (Método combinado). • 5. Desbaste mecânico em toda 13a linha + desbaste por baixo (Método combinado). • 6. Desbaste mecânico em toda 17a linha + desbaste por baixo (Método combinado). • 7. Desbaste mecânico em toda 19a linha + desbaste por baixo (Método combinado) • 8. Testemunha (sem desbaste). 9. Desbaste por baixo -30% das árvores inferiores a • cada 2 anos.
EFEITOS DO DESBASTE SOBRE O DAP BERTOLOTI, G.; SIMÕES, J. W.; NICOLIELO, N.; GARNICA, J. B.Efeitos de diferentes metodos e intensidades de Desbaste na produtividade de Pinus caribaea var. hondurensis Barr. et Golf. IPEF, n.24, p.47-54, ago-1983. RESULTADOS
Considerações sobre os Desbastes • De um lado deve ser cortado um volume de madeira suficiente para ser econômico, do outro lado, a percentagem cortada não deve afetar a estabilidade do povoamento nem afetar o incremento futuro (produtividade por hectare); • Deve ser combinado com espaçamento adequado de plantio para os objetivos da floresta e para proporcionar o menor número possível de desbastes consecutivos, pois são geralmente operações de baixa lucratividade • Algumas vezes, o primeiro desbaste é considerado como pré-comercial, pois o seu objetivo principal, neste caso, não é a produção de madeira.
Marcação de Desbastes O tamanho das árvores a desbastar depende do crescimento previsto para as remanescentes; pode ser determinado por vários métodos, como o que usa o espaçamento relativo à altura dominante; A escolha de cada árvore a desbastar é determinada levando-se em consideração os seguintes critérios de prioridade: • Tamanho da árvore (diâmetro limite de corte e classe de dominância); • Vitalidade e sanidade; • Qualidade e forma do tronco; • Distribuição espacial das árvores.
CÁLCULO DE DESBASTE • Método mexicano - usa a fórmula de juros compostos aplicada ao crescimento; • Método Inglês - corte de 30% do volume previsto de crescimento até o próximo desbaste; • Deichman - método para Araucária (fórmula própria); • Limites de área basal máxima e mínima desejados por hectare por idade (baseado em experimentos ou dados locais); • Cálculo pelo índice de espaçamento relativo - baseado no espaço existente em relação às árvores dominantes; • etc.
Altura dominante e espaçamento relativono cálculo de desbaste • Altura dominante (h0): É a altura média das 100 árvores mais grossas por hectare; • Espaçamento relativo (S%): É a razão, expressa em percentagem, entre a distância linear média (EM) entre árvores e a altura dominante (h0).
Desbastes por baixo determinados pelo espaçamento relativo • Espaçamento relativo de 24% é muito amplo; • Espaçamento relativo de 16% é muito denso; • Os desbastes devem ser realizados quando o S% está entre 16% e 18%, ampliando-se para 21% a 24%; • Povoamentos mais velhos, suportam maior densidade.