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A vitória-régia tem a beleza das grandes descobertas que os europeus fizeram nas matas brasileiras no século XIX. Por alguns segundos, a música e a imagem nos transportam para os rios e mistérios que cercam a fauna tão singular de nossa nação. Além disso, gostaria de dizer que Clarice Lispector tem um conto chamado Amor e nessa obra, a protagonista consegue sofrer uma severa modificação de caráter a partir de uma observação das plantas do Jardim botânico, dentre elas, está uma vitória-régia. O espinho e a delicadeza dessa belíssima planta mostram quão parecida com a nossa condição humana ela é. Elder Vidal.
A Vitória-régia, também chamada Vitóriaamazônica, é um lírio, lírio de água, é o maior de todos os lírios de água.
O nome específico de Victória-régia está dedicado a rainha Victoria da Inglaterra, como foi descrita por botânicos britânicos no século XIX, mudou posteriormente para Vitória amazônica, alusão ao local de seu descobrimento.
É uma planta nativa da América meridional, incluindo o rio Amazonas. Seu habitat tropical aquático se extende pelo Brasil, Colômbia, Perú e Guyana; na Guyana é considerada a flor nacional.
A Vitória é caracterizada por folhas circulares que podem chegar a superar os 2 metros de diâmetro que flutuam sobre a superfície.
Sua flor (a floração ocorre desde o início de março até julho) pode ser branca, lilás, roxa, rosa e até amarela , e expelem uma divina fragrância noturna adocicado do abricó, chamada pelos europeus de "rosa lacustre", mantém-se aberta até aproximadamente as nove horas da manhã do dia seguinte.
Arestas perpendiculares de 10 a 20 cm, de cor verde e ligação cruzada pela face superior, com nervura em espiral avermelhada na face que se encotra em contato com a água.
Ela possui uma grande folha em forma de círculo, que fica sobre a superfície da água, e pode chegar a ter até 2,5 metros de diâmetro e suportar até 40 quilos se forem bem distruibuídos em sua superfície.
A planta é armada por todas partes, exceto na superficie, com espinhos, que as protegem de predadores.
O suco extraído de suas raízes é utilizado pelos nativos da região do Amazonas como tintura para cabelo preto.
No segundo dia, o da polinização, a flor é cor de rosa. Assim que as flores se abrem, seu forte odor atrai os besouros polinizadores (cyclocefalo casteneaea), que a adentram e nelas ficam prisioneiros.