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Modelos conceituais baseados em tipos funcionais de pastagens naturais. Fernando L. F. de Quadros 1 Valério De Patta Pillar 2 Enio Sosinski Jr. 3 José Pedro Pereira Trindade 4. 1 UFSM/Dep. de Zootecnia; 2 UFRGS/ Dep. de Ecologia; 3 Pós-doutorando UNICAMP; 4 EMBRAPA/CPPSul .
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Modelos conceituais baseados em tipos funcionais de pastagens naturais Fernando L. F. de Quadros 1 Valério De Patta Pillar 2 Enio Sosinski Jr. 3 José Pedro Pereira Trindade 4 1 UFSM/Dep. de Zootecnia;2 UFRGS/ Dep. de Ecologia; 3 Pós-doutorando UNICAMP; 4 EMBRAPA/CPPSul
Objetivo • Identificar efeitos do pastejo e outras alternativas de uso da terra sobre a estrutura e função das comunidades vegetais • Buscar indicadores, da escala de plantas à paisagem, que permitam seu uso sustentável.
O uso de atributos de plantas • Não existe um modelo geral da dinâmica vegetal em comunidades complexas, dado o grande número de espécies envolvidas e a complexidade dos mecanismos envolvidos (Bullock e Marriot, 2000) • Alternativa: Abordagem funcional, baseada em atributos de plantas = Tipos Funcionais de Plantas (PFTs) (Grime et al., 1997; Gitay e Noble, 1997; Box, 1996; Pillar e Orlóci, 1993; Orlóci e Orlóci, 1985 (CSTs))
Tipos funcionais (TFs) • São grupos de espécies que apresentam um conjunto de atributos semelhantes e demonstram respostas similares às alterações de fatores ou processos do ecossistema, tais como disponibilidade de nutrientes ou intensidade de distúrbios (Kleyer, 1999).
Biodiversidade e efeitos da disponibilidade de nutrientes e intensidade de utilização Figura 1. Modelo conceitual de resposta da vegetação a alterações na intensidade de pastejo e fertilidade (adaptado de Cruz et al., 2002).
Como selecionar atributos “funcionais” ? Figura 2. Algoritmo proposto por Pillar e Sosinski (2003) que busca atributos e número de tipos funcionais com correlação máxima com fatores ambientais ou efeitos.
Exemplos locais do uso de tipos funcionais • Tabela 1. Tipos Funcionais determinados pelo método monotético do algoritmo que define o subconjunto ótimo, identificando algumas espécies componentes, através dos atributos resistência da lâmina à tensão (RLT) e persistência, definindo dois grupos ecológicos (adaptado de Sosinski & Pillar, 2004). (*) escala de Alta: > 0,25 a < 1,5; Baixa: > 1,5 a >3,75
Tabela 2. Grupos de Tipos Funcionais baseados em Teor de Matéria Seca (TMS) (mg/g) e Área Foliar Específica (AFE) (m²/kg) avaliada em gramíneas, na primavera de 2002 (adaptado de Quadros et al.,2006). * P= pastejado; T=touceira
Distribuição mais equilibrada de TFs = produção animal maior consistentemente. Figura 3. Histograma de freqüências de distribuição de tipos funcionais (TFs) em cada potreiro (1 ou 2) das ofertas de forragem (4%=4 kg de MS/100 kg de PV; 8, 12 e 16 são quantidades crescentes de oferta). As letras indicam TFs conforme a Tabela 2 (adaptado de Cruz et al., 2006)
Figura 4.Proposta de modelo conceitual de funcionamento do ecossistema pastoril natural (Nabinger, 2006)
Perspectivas da proposta : • Estabelecer as ligações entre os atributos de plantas e os tipos funcionais e a dinâmica e o funcionamento do ecossistema. • Desenvolver indicadores da produtividade, ciclagem de nutrientes e valor nutricional das pastagens naturais • Através de uma leitura simplificada da flora local, acessível à técnicos e produtores, permitir diagnósticos rápidos.
Estabelecer uma classificação geral de tipos funcionais segundo atributos biológicos • Propor uma tipologia de campos baseada na conversão dos atributos em propriedades de interesse agronômico. • Desenvolver uma base de dados de atributos de plantas sul-americana • Trocar experiências no bioma “Campos” (através do Grupo Campos do Cone Sul) e em outras regiões (VISTA/Europa, ...)
Muito obrigado pela atenção e à Comissão Organizadora pelo convite para esta apresentação e pela oportunidade de debater esta proposta.