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Oratória • Disciplina clássica que objetivava desenvolver a arte da fala. Havia uma preocupação estética com a locução, ornada de muitas figuras como metáforas, aliterações, prosopopéias, gradações e outras. Os precursores desta arte foram os gregos, mas também os romanos e outros povos a cultivaram.
Oratória • Oratória= Disciplina contemporânea preocupada em desenvolver técnicas para melhorar a expressão verbal, notadamente quando esta acontece diante do público. Para tanto, flexibiliza elementos lingüísticos (o que falar) e paralingüísticos (como falar).
Elementos Lingüísticos • Dão conta da ordenação do discurso – do texto - no momento da locução e trabalham com vários elementos dos quais destacamos a ordem, o conteúdo e a lógica.
A ordem do discurso • Chama a atenção para a ordem em que as informações aparecem em nosso texto. Será que temos o hábito de perder o foco em nossas locuções, desvirtuando a sentido do assunto proposto, repetindo coisas que já foram ditas. Em caso afirmativo, esse é um problema de ordem no discurso.
Quando a questão é a ordem das informações no texto é preciso ter conhecimento sobre o assunto e informações sobre o tipo de platéia que nos estará ouvindo para decidir em que lugar deve ser colocada a informação principal do texto: no início, meio ou final da locução. Também é interessante analisar e pesar questões como o tempo disponível para a minha fala.
O Conteúdo do Discurso • Diz respeito a quantidade de informações que eu coloco em meu texto para que eu seja entendido, ou seja, quanto de informação é necessária para aquele público, naquele momento, com o tempo disponível para que eu possa informá-los satisfatoriamente.
Dois casos são interessante para serem analisados. • 1 – O professor: sempre há maior quantidade de informações em suas falas porque o mesmo deve estar interessando na aprendizagem e portanto, costuma imprimir uma ordem ao seu falar, estabelecendo relações de antes e depois. É o chamado discurso pedagógico.
De um vendedor: o vendedor por sua vez deve falar menos e mais eficientemente. Deve analisar o comprador e destacar as qualidade do produto que considerou relevantes para o cliente. Não é necessário fazer um histórico do produto, da indústria produtora porque a situação é de venda e não de uma aula sobre “História do Comércio”.
A Lógica do Discurso. • É uma qualidade dos textos que são bem compreendidos por qualquer ouvinte. São os textos coerentes. É preciso prestar atenção ao que se diz para verificar se a mensagem faz sentido para o ouvinte. Há pessoas que falam de maneira desconexa provocando um desconforto na platéia.
Elementos Paralingüísticos • Dão conta das técnicas para melhor falar como: timbre e projeção de voz, expressão facial, gestual, vestuário e outros.
A Voz • Qual seu timbre de voz? Grave, agudo ou destonado. Você tem problemas de fala infantil, tatibitati? Fala fina? • Qual a melhor altura para se falar? • Quando usar o microfone? • O que fazer para proteger a voz ou melhorá-la?
A Dicção • Todos os sons da Língua Portuguesa são articulados na boca, portanto é preciso cuidar muito bem dela. • Lembretes importantes: • 1. Não comer r e s finais. • 2. Não mudar as sílabas finais das palavras como: entrando – entrano
3. Nunca falar com bala, chiclete ou similares na boca. • 4. Evitar muita abertura da boca ao falar. • 5. Corrigir falhas de dicção ou falhas anatômicas da boca. • 6. Cuidado com o rotacismo: flauta – frauta. E outros problemas de dicção. • 7. A fase mais importante da voz e da dicção é a respiração. Será que você respira corretamente?
Postura • O que fazer com braços e mãos numa locução pública? • Qual a posição correta das pernas? • Posso mover o pescoço? • Cuidado com os vícios gestuais! • Falar sentado ou em pé? • Posso andar ou fico parado?
Fisionomia • O melhor é ser expressivo, sem exageros, portanto preste atenção em: • - eu arregalo demais os olhos quando estou falando? • - torço a boca, levanto as sobrancelhas? • - tenho movimentos repetitivos?
Vestuário • A melhor dica para o vestuário é o equilíbrio, por isso: • - nunca lance moda numa palestra. • - não se vista com um modelo da década passada. • - não use nada que desvie a atenção de você. • - cuidado com os sapatos.
Vocabulário. • Eis aí um grande problema para os oradores. Para os que não têm o hábito de falar em público, pior ainda. É preciso atentar para: • - Tipo do vocabulário: não use um vocabulário nem muito sofisticado, muito pobre ou muito técnico. Uma mistura – dependendo do público – é a melhor opção.
- Gírias: jamais use gírias, principalmente quando elas aparecem em quase todas as frases, como: “tipo assim”. Elas são um sinal de que você não tem um vocabulário variado ou pior, que está desconsiderando a platéias, dirigindo-se a ela por meio de gírias.
- Muletas lingüísticas: não há nada que chame mais a atenção de uma platéia do que um vasto repertório de “né” e “tá” ditos pelos oradores. Os ouvintes chegam a contar quantos são ditos em uma palestra, perdendo todo o conteúdo ministrado. Palavras como certo, ok, né, tá, tudo bem, podem sim estar numa locução. Mas: variadas e não em todas as frases.