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Monografia apresentada ao Programa de Residência Médica em Pediatria Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)/SES/DF.
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Monografia apresentada ao Programa de Residência Médica em Pediatria Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)/SES/DF ESTUDO RETROSPECTIVO DO PERFIL DOS PACIENTES DIABÉTICOS TIPO I ACOMPANHADOS PELA ENDOCRINOLOGIA PEDIÁTRICA DO HOSPITAL REGIONAL DA ASA SUL(HRAS) E SUA ASSOCIAÇÃO COM DOENÇAS AUTOIMUNES (DOENÇA CELÍACA E TIREOIDITE) Fabíula Morosi Czarneski www.paulomargotto.com.br Brasília, 8 de novembro de 2011
INTRODUÇÃO DM1A (Diabetes mellitus tipo 1 autoimune):- tem etiologia multifatorial;- doença poligênica (genes do antígeno leucocitário humano - HLA);- imunizações, glúten, introdução do leite de vaca precocemente podem desencadear DM1A;- frequentemente associada a outras doenças autoimunes - doença celíaca (DC), doença autoimune tireoidiana (DAT), principalmente. Classen J,1996 Morales A E et al, 2001 Diabetes1988;37:113-9
DM1A e DC (Doença Celíaca): - possuem base genética comum (HLA); - fatores ambientais em comum: consumo de glúten; - prevalência de DC em portadores de DM1A é superior à da população em geral (cerca de 10X) - a maioria dos diabéticos apresenta a forma subclínica da DC; - pacientes com ambas condições apresentam idade mais jovem ao diagnóstico da DM1; - aumento de crises de hipoglicemia. (Sollid LM, Thorsby E., 1993; Trier JS., 1991 ).
DM1A e DAT (Doença Autoimune da Tireóide):- presença de genes de suscetibilidade compartilhados tanto para o DM como para as tireopatias (sistema HLA e gene CTLA-4);- distúrbios metabólicos do DM interferem na função da glândula tireóide;- disfunções tireoidianas influenciam o metabolismo de carboidratos, gordura e proteínas;- prevalência de DAT varia de 3 a 50 por cento entre diabéticos e é maior também entre seus familiares, comparada à população geral;- importância da triagem do hipotireoidismo subclínico. Eisenbarth GS, Gottlieb PA, 2004
OBJETIVOS Mostrar o perfil dos pacientes diabéticos do tipo I atendidos no ambulatório de endocrinologia pediátrica do HRAS, por meio de estudo retrospectivo dos prontuários, a fim de avaliar a ocorrência de doenças autoimunes associadas - doença celíaca e tireoidite -, além de elaborar um protocolo de acompanhamento para evitar o subdiagnóstico dessas doenças.
METODOLOGIA - Estudo retrospectivo do perfil dos pacientes diabéticos tipo IA acompanhados pelo ambulatório do HRAS;- período de maio a outubro de 2011;- idade atual entre 3 meses e 22 anos;- dados coletados de 168 prontuários;- protocolo preestabelecido;- critérios de exclusão: prontuários incompletos e/ou repetidos;- gráficos e tabelas com significância estatística;- aprovado pelo comitê de ética.
Gráfico 1: percentual de distribuição da amostra por sexo. 99 pacientes do sexo feminino 69 pacientes do sexo masculino
Gráfico 3: percentual de distribuição da amostra por naturalidade.
Gráfico 5: percentual de diagnóstico de Cetoacidose Diabética por ano.
Gráfico 6: distribuição das doenças nos pacientes com doenças autoimunes associadas.
Gráfico 7: distribuição das doenças autoimunes nas famílias dos pacientes.
Gráfico 8: doenças autoimunes associadas x doenças autoimunes na família.
Gráfico 10: esquema insulinoterápico atual dos pacientes estudados.
Gráfico 11: número de pacientes em uso de antidepressivo de acordo com a idade.
Gráfico 12: porcentagem de resultados de hemoglobina glicosilada.
Diagnóstico da Doença autoimune da tireóide em diabéticos tipo 1A: - formas assintomáticas e oligossintomáticas;- triagem : T4 livre, TSH e ATPO (anticorpos antiperoxidase) para todos os pacientes com diagnóstico de DM1;- se TSH > 5 µU/mL, com tendência a subir; ATPO > 35 U/ml e T4L com queda de valores, repetir os exames de 6 em 6 meses; - TSH > 10 µU/mL, ATPO > 35 U/ml e T4L em queda, repetir TSH, T4L e ATPO, repetir e tratar.
Diagnóstico da Doença celíaca em diabéticos tipo 1A: Kaukinen K, Partanen J, Maki M, Collin P, 2002
Fluxograma da Doença Celíaca – Ministério da Saúde (2009)Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil - FENACELBRA
CONCLUSÃO A presença de doenças autoimunes frequentemente associadas ao DM 1, como doenças autoimunes da tireóide e doença celíaca, implica necessidade de revisão das rotinas adotadas ambulatorialmente. Isto, a fim de se fazer os diagnósticos destas comorbidades, diminuindo os efeitos deletérios da associação das mesmas.