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“Fundação de Itu por Domingos Fernandes e Cristovam Diniz (1610)”; pintura sobre azulejo, 1930 a 1945, de Luiz Antônio Gagni / Vestíbulo do Museu Paulista, Museu Republicano “Convenção de Itu”.
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“Fundação de Itu por Domingos Fernandes e Cristovam Diniz (1610)”; pintura sobre azulejo, 1930 a 1945, de Luiz Antônio Gagni / Vestíbulo do Museu Paulista, Museu Republicano “Convenção de Itu”.
A partir dos próximos slides, uma amostra do material que reuni para que minha sobrinha Marina pudesse escolher as imagens, procurar mais informações e realizar um trabalho escolar, escrito, sobre Itu. O material foi selecionado no final de agosto de 2009; o trabalho foi apresentado em setembro de 2009. Para nossa satisfação, Marina selecionou o que queria apresentar e acrescentou informações e gravuras que recolheu de folders turísticos, da WEB... Com as ajudas da mãe, da tia “Ene”, com a orientação da professora (da escola que frequenta) de técnica em informática, a tarefa foi bem realizada. As fontes de pesquisa do material a seguir serão informadas ao longo da exibição (os textos) e a fonte das imagens e das legendas, no final da apresentação. Apenas quatro ilustrações com as respectivas legendas não foram repassadas para Marina: as que estão nos slides seguintes ao texto sobre a Companhia Ytuana de Estradas de Ferro.
Lavadouro Público - 1888 - foto c. 1900 - Projeto do engenheiro Antônio Francisco de Paula Souza - construção de Luiz Amirat O primeiro manancial para abastecer a cidade de Itu com água potável foi o da Serra, localizado perto da Fazenda da Serra (Fazenda do Chocolate), cujo reservatório era alimentado por nascente que brota no meio de pedras, escolhido, talvez, pela elevada altitude da região, que permitia a condução da água até a cidade por meio de gravidade, sem qualquer ajuda de meios de recalque ou bombeamento. Estamos falando de uma época do final do século XIX. Captada e conduzida por encanamento de ferro de primeira qualidade, com bitola de 4” (quatro polegadas), importado da Bélgica, esse encanamento atravessava o rio Tietê, logo abaixo da Represa da Fábrica São Pedro, na estrada que leva a Cabreúva e a Pirapora do Bom Jesus, atual Estrada Parque, antiga Estrada dos Romeiros, e a estrutura que o suportava ainda lá permanece, em perfeito estado, inclusive com os restos do cano, evidenciando a excelente qualidade da obra e dos materiais utilizados.
Esta explicação se fez necessária, até chegar ao Lavadouro Público ou Lavanderia Pública, porque a água captada - sem necessidade de qualquer tratamento, porque o local de captação era absolutamente limpo e não sofria qualquer poluição durante o processo de encaminhamento até o Reservatório (Caixa D’Água) - atravessava as terras da Fazenda Campos Neto – que mudou o nome para Fazenda Pirapitingui – e chegava ao Reservatório da Caixa D’Água, no Largo da Caixa D’Água, hoje Praça Conde de Parnaíba, onde está a Associação Atlética Ituana, e dali era distribuída à população ituana. Como inexistia rede de distribuição, o uso da água encanada era restrito, pelo menos até a implantação da rede, tanto que foi construída uma Lavanderia Pública, junto à Caixa D’Água, onde as lavadeiras exerciam seu ofício, conforme ilustra a foto apresentada. No local, funcionava, também, um Minizoológico, muito visitado, e que foi desativado em virtude de reclamações da vizinhança, por causa do mau cheiro exalado pelos animais lá existentes. Essa curiosidade foi extraída de um depoimento, por escrito, de Agenor Bernardini, de 1991, a meu pedido, como “Valorização da Memória Viva”, a respeito de captação de água, em Itu, e poluição por esgoto. Certamente, o conhecimento de meu pai, avô de Washington Júnior, Marina e Pedro foi adquirido de leituras de historiadores, de publicações em jornais, separatas, revistas, conversas com pessoas esclarecidas.
“Matacões”; blocos residuais de rocha (granito, por ex.), formados pela lenta (milhares de anos) decomposição de grandes maciços rochosos. Na região de Itu, o granito dos matacões formou-se no início da era Paleozóica, há 400-500 milhões de anos.
“Pedreira de Varvito”, c. 1845; aquarela sobre papel, de Miguelzinho Dutra. Varvito – rocha formada em lagos glaciais há mais de 250 milhões de anos, nos quais a deposição dos sedimentos era controlada pela variação das estações do ano.
Parque do Varvito Rua Parque do Varvito - 1.400 m. do centro histórico - Pq. N. S. da Candelária - Itu / SP Fone: (11) 4022-2181 Horário de Funcionamento: Das 8 às 18 horas de terça à domingo. Entrada gratuita. O Parque do Varvito, um verdadeiro monumento geológico. Inaugurado em 1995, já recebeu mais de 500 mil visitantes, entre turistas, estudantes e pesquisadores. Patrimônio tombado pelo Condephaat, foi construído em uma área de 44.346 m2 da antiga pedreira. Varvito é o nome utilizado pelos geólogos para denominar um tipo de rocha sedimentar única, formada pela sucessão repetitiva de lâminas ou camadas, cada uma delas depositada durante o intervalo de um ano. O de Itu é a mais importante exposição conhecida desse tipo de rocha na América do Sul. Em termos geológicos, faz parte de um pacote de rochas sedimentares que contém evidências de uma extensa idade glacial, há 280 milhões de anos, quando um enorme manto ou lençol de gelo cobriu a região sudeste da América do Sul.
Em todos os pontos do parque, existem placas explicativas que tornam a visita uma aula ao ar livre. A laje, ou ardósia de Itu, foi bastante utilizada no calçamento e pavimentação das ruas e casas da cidade, fazendo parte da história do município. Os pontos que merecem atenção são a Praça do Eco, Cascata do Antanho, Lago dos Fósseis, Vereda dos Seixos, Trilha Bentônicos, Anfiteatro Gondvana, Gruta Lágrima do Tempo, Bosque dos Matacões e o Lago Jurássico. A Gruta Lágrima do Tempo recebe esse nome devido à formação de gotas d’água em sua parede, dando a impressão de lágrimas Fonte: [http://www.itu.com.br/hotsite/default.asp?id=65] Consulta feita 25/03/2010. Visite o endereço, para ver a Galeria de Fotos. Para saber mais: [http://pt.wikipedia.org/wiki/Varvito] Depoimento pessoal de Maria Lúcia Bernardini: O local emana uma energia positiva indescritível! Gostaria de reproduzir os nomes de todos os responsáveis pela construção do Parque, pelo paisagismo, porém isso demandaria uma pesquisa específica em documentos da construção, que fica para estudantes dessa área. Uma das experiências mais belas de minha vida foi assistir, no Parque do Varvito, ao encerramento do Festival de Artes, 27 de julho de 1995, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, sob a regência do Maestro Eleazar de Carvalho, num anfiteatro natural, com a imensa muralha de camadas de varve como plano de fundo. Lamento que esse monumento geológico não seja melhor divulgado e aproveitado para outros eventos de repercussão e de divulgação de Itu. Como na sucessão dos faraós egípcios, no Brasil, o sucessor político destrói, não preserva até que o monumento desapareça ou regrava sobre monumentos dos predecessores... Outro momento inesquecível: a homenagem à minha falecida irmã, Maria Ignez Bernardini, em 27/05/1996, nesse místico, belo Parque do Varvito, ocasião em que o Parque recebeu convidados de Itu/SP, de São Paulo/SP, de Brasília/DF. Itu, 25 de março de 2010.
Convento Franciscano (1692), Igreja de São Luiz de Tolosa (1696) e Igreja de São Francisco (1802); foto c. 1890. “Convento de São Luís, Bispo de Tolosa – No antigo largo de São Francisco, atual praça D. Pedro I, existiu, até 1917, um esplêndido conjunto de edificações que pertenceu à Ordem Terceira Franciscana. Em 1691, o Provincial dos Franciscanos, frei Cristóvão da Madre de Deus, atendendo aos pedidos do padre Felipe de Campos [que foi vigário da Freguesia de Nossa Senhora da Candelária da vila de Itu] e do povo ituano, envia cinco frades para dar início à fundação do Convento São Luís, Bispo de Tolosa [nome de uma cidade espanhola] e respectiva igreja [a Igreja de São Luís, Bispo de Tolosa, foi inaugurada em 1802]. A obra, concluída em 1692, foi reformada e ampliada em 1728. Na noite do dia 14/01/1917, iniciou um incêndio, de origem desconhecida, que se propagou por todos os edifícios, destruindo o Convento de São Luís, também conhecido pelos ituanos como Convento de São Francisco”. (Paisagens de Itu e sua história, Carlos Rubens Gírio, Ottoni & Cia. Ltda., Itu/SP, 1997, 1.ª Edição, pág. 45) Convento Franciscano; pintura sobre azulejo, 1930 a 1945, de Luiz Antônio Gagni / Vestíbulo do Museu Paulista, Museu Republicano “Convenção de Itu”.
“Carmo e Capela do Jazigo de Itu”, 1841; aquarela sobre papel, de Miguelzinho Dutra. Convento (1719) e Igreja Nossa Senhora do Carmo (1782) e Capela do Jazigo (1842); foto c. 1890.
“Convento do Carmo – O Convento do Carmo da Ordem Terceira dos Carmelitas, que se encontra ao lado da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, foi fundado em 1719, pelo frei João Baptista de Jesus, por ordem de D. João VI, rei de Portugal, a pedido das Câmaras de Itu e Sorocaba. O Convento do Carmo de Itu, como fato histórico, está relacionado como sendo o quarto convento carmelitano construído no Brasil” (Paisagens de Itu e sua história, Carlos Rubens Gírio, Ottoni & Cia. Ltda., Itu/SP, 1997, 1.ª Edição, pág. 46). “Igreja de Nossa Senhora do Carmo – Com o desaparecimento do livro tombo do Convento do Carmo, da inutilização de livros antigos e da falta de documentação oficial, nada se sabe, ao certo, sobre a fundação e o histórico dos primeiros anos de existência desse Convento e nem da data em que se erigiu a primeira igreja ou capela. Reunindo alguns dados esparsos obtidos pelos historiadores ituanos e o ano de 1765, esculpido no lavatório da sacristia, pode-se concluir da existência do altar-mor e da sacristia. A Capela de Nossa Senhora do Carmo [teria sido] concluída, com a construção do corpo da igreja, em 26/02/1779, segundo deliberação da Ordem Carmelita. De concreto, pode-se afirmar que a Igreja de Nossa Senhora do Carmo somente foi inaugurada em 15/10/1863. Em 1980, a igreja foi toda restaurada pela Secretaria de Patrimônio Histórico e Artístico Pró Memória. A sua reinauguração ocorreu em 08/12/1988, dia da Imaculada Conceição” (Paisagens de Itu e sua história, Carlos Rubens Gírio, Ottoni & Cia. Ltda., Itu/SP, 1997, 1.ª Edição, pág. 05).
Cruzeiro de São Francisco, séc. XVIII; obra em cantaria, atribuída ao Franciscano [Ordem Terceira Franciscana] Frei Antônio de Pádua. “Cruzeiro de São Francisco – O Cruzeiro de São Francisco, feito de pedra lavrada, cuja autoria seria atribuída ao frei Antonio de Pádua e, presume-se, erguido em 03/05/1780, [fica] no largo São Francisco, atual praça D. Pedro I, Centro”. É um “remanescente da presença da Ordem Franciscana”, restaurado com convênio entre o Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura da Estância Turística de Itu, restauração concluída em 21/12/1996, de acordo com a placa comemorativa nele afixada. (Paisagens de Itu e sua história, Carlos Rubens Gírio, Ottoni & Cia. Ltda., Itu/SP, 1997, 1.ª Edição, pág. 69) “Largo São Francisco de Itu”, 1845, aquarela sobre papel, de Miguelzinho Dutra.
Três exemplos de manifestações artísticas que refletem a religiosidade ituana, a riqueza do acervo de imagens, pinturas... 02 01 01. “Via Sacra (detalhe), 1878, óleo sobre madeira, de Lavínia Cereda / forro da sacristia da Igreja Matriz Nossa Senhora da Candelária, 1780; construída pelo Padre João Leite Ferraz de Arruda”. 02. “Divino Espírito Santo, século XIX; prata e rubi” [Um dos preciosos itens do acervo da Igreja Matriz Nossa Senhora da Candelária, aqui como ilustração para apresentar uma das tradições católicas de Itu e do Brasil: a Festa do Divino Espírito Santo que, em Itu, é marcada pela procissão que percorre o centro histórico de Itu. 03. “Festa do Divino Espírito Santo”, c. 1845; aquarela sobre papel, de Miguelzinho Dutra. [Esta aquarela está reproduzida, em azulejo, no vestíbulo do Museu Republicano “Convenção de Itu”]. 03
Igreja Matriz Nossa Senhora da Candelária Largo da Matriz, atual praça Padre Miguel; painel de azulejo, 1930 a 1945, de Luís Antônio Gagni / Vestíbulo do Museu Paulista, Museu Republicano “Convenção de Itu”. Largo da Matriz, atual praça Padre Miguel; foto de Antônio Martins Coelho, 1899. “Igreja Matriz Nossa Senhora da Candelária – A terceira e definitiva igreja Matriz, sob a invocação de Nossa Senhora da Candelária, foi erigida graças ao empenho do padre João Leite Ferraz, que iniciou sua construção em 1669. Em 29 de abril de 1780, a Matriz era inaugurada solenemente e benta pelo bispo de São Paulo, Dom frei Manuel da Ressurreição da Sagrada Ordem dos Menores Observantes. Seu construtor foi o empreiteiro José de Barros Dias, vindo de Sorocaba” (Paisagens de Itu e sua história, Carlos Rubens Gírio, Ottoni & Cia. Ltda., Itu/SP, 1997, 1.ª Edição, pág. 01).
Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte – não existe mais: demolida em 1945/1946. Colégio (1867/1872) e Igreja de São Luiz Gonzaga (1891); à esquerda, Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte (1863); foto c. 1920.
“Igreja de São Luiz Gonzaga – No dia 6 de junho de 1886, com a presença de cinco bispos, procedeu-se à bênção da primeira pedra da Igreja de São Luiz Gonzaga. A construção desse templo do antigo e célebre Colégio São Luiz, na atual praça Duque de Caxias, muito se deve ao arquiteto padre José Maria Mantero, ao desenhista, escultor e pintor padre João Maria Alberani e aos zeladores padres João Procovi e Alexandre Frattelli (todos sacerdotes da Companhia de Jesus). Em 1915, com a permuta, pelos militares, de seu terreno na avenida Paulista (Capital) com as propriedades do Colégio São Luiz, aceita pelos jesuítas, a igreja ficou desativada até 1979. O coronel Walter Albano Fressati, comandante do Regimento Deodoro, em atenção aos pedidos e anseios do Clero, do prefeito da época e do povo ituano, a liberou em 20/01/1979. Após a restauração, a primeira missa foi co-celebrada em 10/06/1979, pelos monsenhores Camilo Ferrarini, João Pheeney Silva e o sacerdote jesuíta Hélio Abranches Viotti” (Paisagens de Itu e sua história, Carlos Rubens Gírio, Ottoni & Cia. Ltda., Itu/SP, 1997, 1.ª Edição, pág. 09). “Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte – Certa vez, o padre ituano José de Campos Lara S. J., desterrado do Brasil em 1759, juntamente com todos os sacerdotes da Companhia de Jesus [jesuítas], por ordem do marquês de Pombal, teve, no exílio, em Roma, um áureo sonho: construir um seminário para meninos pobres e, em anexo, uma igreja. No regresso, o padre Lara, que estivera 25 anos exilado, trazia uma estampa de Nossa Senhora do Bom Conselho (idêntica à venerada em Genazzaro, Itália, e que se encontra, hoje, no alto do altar-mor da Igreja do Bom Jesus). Para a concretização de seu sonho, comprou uma chácara no arrabalde da cidade, à beira da estrada para São Paulo [naquela época, ia-se a São Paulo na direção para Jundiaí ou Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus, Santana do Parnaíba... isto é, a chácara do padre Lara ficava, passando-se em frente ao, hoje, Quartel, na direção da avenida Octaviano Pereira Mendes, mais conhecida como “Marginal”], assim que chegou em Itu. Logo deu início à construção do seminário e da Igreja de Nossa Senhora do Bom Conselho ou Nossa Senhora da Boa Morte, como ficou conhecida. A chácara e o seminário do padre Lara (falecido em 1816, sem ter visto a realização de seu anelado intento), passou a pertencer ao Colégio São Luiz em 1867. A igreja, no início do século, foi toda reformada, tendo recebido nova fachada e seria demolida por volta de 1945/1946. A sua localização ficava na praça Duque de Caxias, ao lado do prédio (atual alojamento) do Regimento Deodoro” (Paisagens de Itu e sua história, Carlos Rubens Gírio, Ottoni & Cia. Ltda., Itu/SP, 1997, 1.ª Edição, pág. 07).
“Vista da Cidade de Ytú”, 1933, aquarela sobre papel, de Vitório Gobbis; reprodução do original “Cidade de Ytú”, 1851, óleo sobre papelão, de Miguelzinho Dutra.
Sobrado João Tibiriçá Piratininga, Presidente da Convenção de Itu (18 de abril de 1873), séc. XIX; foto Sétimo, c. 1930, onde, então, funcionava a “Casa Alberto”, A QUE MAIS BARATO VENDE, slogan pintado na parede da rua Sete de Setembro.
Estação da Estrada de Ferro Ytuana (1873), foto Antônio Martins Coelho, c. 1909
Companhia Ytuana de Estradas de Ferro: A Estrada de Ferro Ituana originou-se de uma concessão em 1870, para ligar a cidade de Itu (Ytú) e a São Paulo Railway em Jundiaí. A linha entre Jundiaí e Itu foi inaugurada em 1873 e atingiu a cidade de Piracicaba em 20 de fevereiro de 1877. Desapareceu em 1904, e estava fundida à Estrada de Ferro Sorocabana (Companhia União Sorocabana e Ituana), passou para o controle do governo federal e foi vendida, em 1905, ao Governo do Estado de São Paulo. Histórico: Porque Itu possuía vastas áreas cultivadas, principalmente a cultura do café e estava se desenvolvendo no setor industrial, os principais capitalistas, fazendeiros, comerciantes e industriais da cidade sentiram a necessidade de organizar uma companhia que se encarregasse de construir uma estrada de ferro. A ferrovia ligaria Itu a Jundiaí, chegaria a São e ao litoral paulista (Santos) por meio da São Paulo Railway: facilitaria os transportes de mercadorias importadas e a exportação da produção local e da região, que ainda eram realizadas por tropas de animais e carros de boi, enfrentando caminhos quase intransitáveis. A data de 20 de janeiro de 1870 marca a organização da Companhia Ytuana de Estradas de Ferro. Em 20 de novembro de 1870, com grande solenidade e com a presença do Presidente da Província, foi batida a primeira estaca. Os serviços da construção foram entregues sob a responsabilidade do engenheiro Dr. Aristides Galvão de Queiroz. As obras foram iniciadas na cidade de Salto, naquela época, Salto de Itu. O primeiro trecho da linha, ligando Jundiaí à Pimenta, hoje o município de Indaiatuba, foi inaugurado em 14 de novembro de 1872. Em 17 de abril de 1873, a linha foi estendida até Itu. Em 18 de abril de 1873, aconteceu a Convenção de Itu. Sabe-se que os participantes, a pretexto de comparecer à inauguração do trecho ferroviário de Itu, programaram o encontro para essa solenidade, já sabendo que, no dia seguinte, em Itu, o evento aconteceria no sobrado construído em 1867, que pertenceu aos irmãos Carlos e José Vasconcelos de Almeida Prado (em 18/04/1923, o sobrado foi transformado no Museu Republicano Convenção de Itu). Em 18 de abril de 1873, os convencionais fundaram o Partido Republicano Paulista. A Convenção de Itu foi o primeiro movimento republicano moderno no Brasil. Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre [http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrada_de_Ferro_Ituana]
Rua Direita, atual rua Paula Souza; foto Frederico Egner, 1904
Torre da Igreja Matriz Nossa Senhora da Candelária Praça Padre Miguel (Praça da Matriz) Rua do Carmo, atual rua Barão de Itaim; foto Frederico Egner, 1904
Rua do Comércio, atual rua Floriano Peixoto; foto Frederico Egner, 1904
Sobrado da Família Pereira Mendes, séc XIX; na foto, no térreo, lê-se, no toldo, “Farmácia S. José” Igreja Nossa Senhora do Carmo Rua do Carmo, atual rua Barão de Itaim; foto c. 1940.
Santa Casa de Misericórdia (1867) e Capela São João de Deus (1853), foto c. 1919.
“Igreja do Senhor Bom Jesus em Itu”, 1841; aquarela sobre papel, de Miguelzinho Dutra “Igreja do Bom Jesus” = A igreja atual tem origem na capelinha construída pelo fundador de Itu, Domingos Fernandes, em 1610. Em pouco mais de meio século, a capelinha primitiva começou a ruir e foi substituída pela construção de um templo que, a partir de 1925, sofreu sucessivas intervenções. No final do século XIX, ocorreu a grande reforma de inspiração romana, imitando as linhas arquitetônicas da catedral San Giovanni in Laterano. Os arcos da igreja foram abertos, aumentando seu corpo central, e grandes colunas foram construídas. A fachada foi encimada pelas estátuas dos quatro evangelistas. A imagem principal, no interior da igreja, foi esculpida no século XVII. O Bom Jesus da Cana Verde representa Cristo segurando um feixe de cana-de-açúcar (Patrimônio Cultural de Itu, Roteiro Turístico 2008). Ilustrações e legendas Itu – Patrimônio da Cultura Paulista, de Hélio Chierighini, Ismael Guarnelli, Jair de Oliveira, DeskTop Publishing Editorial Ltda., 1997, Itu/SP. Maria Lúcia Bernardini. Itu/SP, 06/04/2010.