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VOCÊ É “IDIOTA”?. VOCÊ TERIA CORAGEM DE PERGUNTAR PARA QUEM ESTÁ DO SEU LADO SE ELE SE ACHA “IDIOTA”?. VOCÊ CONHECE ALGUM “IDIOTA”?. No dicionário o termo “IDIOTA” “1. diz-se de pessoa tola, ignorante, estúpida ; 2. diz-se de pessoa pretensiosa, vaidosa, tola;
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VOCÊ É “IDIOTA”? VOCÊ TERIA CORAGEM DE PERGUNTAR PARA QUEM ESTÁ DO SEU LADO SE ELE SE ACHA “IDIOTA”? VOCÊ CONHECE ALGUM “IDIOTA”?
No dicionário o termo “IDIOTA” “1. diz-se de pessoa tola, ignorante, estúpida; 2. diz-se de pessoa pretensiosa, vaidosa, tola; 3. que não tem valor, sem interesse, sem sentido.” Fonte: Dicionário eletrônico Houaiss
Etimologia da palavra IDIOTA (Idiotes) “Na Grécia antiga fazia-se o contraste entre o koinón, equivalente ao público, e o ídion, o equivalente ao privado. Deste último termo, veio a expressão pejorativa idiótes, com o sentido de vulgar, de ignorante, de pessoa que apenas se preocupava consigo mesmo, em oposição ao polítes, ao cidadão. Deu em latim, idiota.” Fonte: http://www.iscsp.utl.pt/~cepp/lexico_grecoromano/idiotes.htm
IDIOTA (Idiótes) “aquele que só vive a vida privada, que recusa a política, que diz não à política. (...) aquele que vive fechado dentro de si e só se interessa pela vida no âmbito pessoal”. Mário Sérgio Cortella
IDIOTA (Idiótes) Se a pergunta fosse “você se abstém de participar da vida pública de sua sociedade?” ou “você renega à política?”, a maioria muitos de nós não teria nenhum problema em reconhecer que sim e nem se sentiria ofendido.
Despolitização da sociedade “Tempo da política é uma expressão utilizada pelo cidadão comum para qualificar o período da campanha eleitoral. A expressão revela o sentido da política para nosso eleitor mais simples, o entendimento de que fazemos política a cada dois anos por conta do período de eleições. Essa impressão demonstra certa desqualificação do sentido clássico da política”.
Despolitização da sociedade “[no sentido de Aristóteles] a política é a arte da busca pelo bem comum, manifestada através de argumentos e da construção de contratos entre os cidadãos para viverem em paz na cidade”. Eduardo Neto Moreira de Souza Sociólogo http://www.segundaopiniao.jor.br/index/noticia/fazemos-politica-a-cada-dois-anos
Despolitização da sociedade Qual a diferença entre cidadão e indivíduo? “O ‘cidadão’ é uma pessoa que tende a buscar o seu próprio bem-estar através do bem-estar da cidade – enquanto o indivíduo tende a ser morto, cético ou prudente em relação à ‘causa comum’, ao ‘bem-comum’, a ‘boa sociedade’ ou à ‘justa sociedade’.” (Bauman, 2001, p. 45)
Consumidores Cidadãos IDENTIDADES SOCIAIS Religiosos ou não Torcedores Pais Profissionais
Cidadãos Consumidores Consumidores IDENTIDADES SOCIAIS Torcedores Consumidores Religiosos Consumidores Pais Consumidores Profissionais Consumidores
PRINCIPAIS TENSÕES DE NOSSOS TEMPOS LIBERDADE versus RESPONSABILIDADE CIDADÃO versus CONSUMIDOR
LIBERDADE versus RESPONSABILIDADE Amor fugidio "Na coluna 'Viver' de um dos mais prestigiados jornais ingleses podiam se ler poucos meses atrás as palavras de um respeitado 'especialista em relacionamentos' informando que 'ao se comprometerem, ainda que sem entusiasmo, lembrem-se de que possivelmente estarão fechando a porta a outras possibilidades românticas talvez mais satisfatórias e completas'...
LIBERDADE versus RESPONSABILIDADE Amor fugidio "(...) se você deseja 'relacionar-se' ou 'pertencer' por motivo de segurança, mantenha distância. Se espera e deseja realizar-se com o convívio, não assuma nem exija compromissos. Deixe todas as portas entreabertas". (BAUMAN: 2005, P.36)
LIBERDADE versus RESPONSABILIDADE Novas formas de “amizade” Redes versus laços humanos
LIBERDADE versus RESPONSABILIDADE A comunidade precede o indivíduo. Ele nasce em uma comunidade pré-existente. Os laços humanos, nesse contexto, são uma "mistura de benção e maldição". Benção: confiança, segurança, poder fazer algo por alguém próximo; Maldição: Estar preso a compromissos e obrigações.
Fragmentação dos laços comunitários A rede é mantida viva por duas ações: conectar e desconectar. A grande atração desse tipo de "amizade" está na facilidade em que se faz e se desfaz relacionamentos. Um ato muito traumático como romper uma relação tornar-se trivial e fácil no ambiente virtual, o que "mina os laços humanos".
OS PERIGOS DA LIBERDADE • A OBSESSÃO PELO INDIVIDUALISMO • A COMPREENSÃO DA LIBERDADE E DOS DIREITOS COMO PROPRIEDADES, OBJETOS DE CONSUMO • O NÃO COMPROMETIMENTO COM O “OUTRO”
CIDADÃO versus CONSUMIDOR CIDADANIA:do ponto de vista legal, pressupõe umsujeito de direitos e deveres. Ambos, direitos e deveres devem ser, entretanto, ratificados continuamente pela ação dos indivíduos em sociedade. Os direitos sociais, por exemplo, só ocorreram à base de muita luta e enfrentamento por parte dos movimentos sociais.
CIDADÃO versus CONSUMIDOR CONSUMIDOR:do ponto de vista legal e prático, pressupõe umsujeito de direitos quase sem deveres ou responsabilidades. O objeto da ação do consumidor - o produto, a mercadoria - é tido como posse exclusiva e definitiva, portanto, pode-se fazer com ele o que se quiser.
CIDADÃO versus CONSUMIDOR • Enquanto um é continuum, ou seja está sempre por ser conquistado e “nunca o será”, o outro é definitivo. • Enquanto um está intimamente ligado à responsabilidade o outro está ligado ao direito. • Enquanto um pressupõe o coletivo, o outro pressupõe o gozo individual.
Qual o valor da indignação? Trata-se de um elemento essencial para os constantes e cotidianos ajustes a qual todas as sociedades devem ser submetidas. Um instrumento poderoso contra os desmandos políticos, por exemplo.
Qual o perigo da ausência de indignação? A "lepra social", trata-se de uma enorme insensibilidade para com os problemas sociais os mais variados. “Nossa pele" vai perdendo o "poder" de sentir dor. Na verdade, a capacidade de sentir dor pelas questões pessoais mobiliza completamente a sensibilidade de nossa mente e corpo não deixando espaço para as questões sociais, mesmo aquelas que nos cercam, que nos dizem respeito.
1. “governo em que o povo exerce a soberania”; 2. “sistema político cujas ações atendem aos interesses populares”; 3. “governo no qual o povo toma as decisões importantes a respeito das políticas públicas, não de forma ocasional ou circunstancial, mas segundo princípios permanentes de legalidade”; 4. “governo que acata a vontade da maioria da população”.
Advertência!!! A indignação é instrumento da mobilização, jamais única alternativa para mudança ou resultado final
CIDADÃO versus CONSUMIDOR No meio cristão: “McDonaldização da fé” Mercantilização da fé, tomada como um produto ligado ao instantâneo, ao efêmero, opondo-se ao demorado, duradouro. É a lógica de mercado dominado o campo religioso, marcando a “desteologização” e a espetacularização da fé. Eduardo Guilherme de Moura Paegle
“Avalanche evangélica”Edição 70723 jul 2012.Destaque para o crescimento do público consumidor evangélico
Tudo isso tem afetado substancialmente o pacto social que sustenta nossa sociedade baseado na capacidade que cada indivíduo tem de abrir mão de seus desejos e vontades mais íntimos tendo em vista o bem-comum. QUAL É O NOSSO DESAFIO?
EVITAR O CICLO DA INTOLERÂNCIA INTOLERÂNCIA GERA RETROALIMENTA A aptidão de “fabricar” o “outro” Estigma A incapacidade de compreender o “outro” PRODUZ
A RESPOSTA PODE ESTAR NA “ÉTICA DA RESPONSABILIDADE”
O que é ética? “Reflexão sobre a melhor maneira de conviver. Mas não só. Ética é também ação. De carne e osso. Dessas que afetam outros. É convivência concreta. Definida a partir de uma reflexão”. Clóvis de Barros Filho – Revista Ética Ed. 1, 2011, Editora Duetto. Ética é efetivamente uma questão de sociabilidade
O que é ética? “Ética é o conjunto de valores e princípios que você e eu usamos para decidir as três grande questões da vida, que são: quero, devo, posso. Isso é ética. Quais são os princípios que eu uso: tem coisas que eu quero, mas não devo, tem coisas que eu devo, mas não posso, tem coisas que eu posso, mas não quero...
O que é ética? “Quando que você tem paz de espírito? Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é aquilo que você pode e é o que você deve. Tem coisa que eu quero, mas não devo, tem coisa que eu devo, mas não posso, tem coisa que eu posso, mas não quero. O que é ética é o conjunto de valores que você usa para decidir isso.” Mário Sérgio Cortella
Ethos da responsabilidade crítica “A humanidade jamais progredirá humanamente a não ser que reconheçamos que os direitos humanos nunca podem existir sem responsabilidades humanas”. Declaração universal das responsabilidades humanas – Artigo 15
Ethos da responsabilidade crítica “Todo indivíduo possui não apenas uma dignidade intocável e direitos inalienáveis; ele tem também uma responsabilidade irrefutável pelo que faz ou deixa de fazer”. Declaração do Parlamento das Religiões Mundiais
Ethos da responsabilidade crítica “Todos têm a responsabilidade de promover o bem e evitar o mal em todas as ocasiões”. Art. 3ª “Todos as pessoas, dotadas de razão e consciência, devem aceitar a responsabilidade para com todos”. Art. 4ª Declaração universal das responsabilidades humanas
A essencialidade do cuidado “o cuidado é aquela condição prévia que permite o eclodir da inteligência e da amorosidade, o orientador antecipado de todo comportamento que seja livre e responsável, enfim, tipicamente humano. Cuidado é gesto amoroso para com a realidade, gesto que protege e traz serenidade e paz...”
A essencialidade do cuidado “Sem cuidado, nada que é vivo sobrevive. O cuidado é a força maior que se opõe à lei da entropia, o desgaste natural de todas as coisas, pois tudo de que cuidamos dura muito mais”. O paradigma-cuidado constitui-se como “ética mínima e universal”. Leonardo Boff
A “ÉTICAdaRESPONSABILIDADE” deve estar na atitude política, tanto institucional, partidária, por exemplo, quanto cotidiana, ou seja, na maneira como negociamos as mínimas coisas.
Como deve se manifestar a responsabilidade? Do individual para o coletivo e do coletivo para o individual, numa retroalimentação incessante e infindável.
Qual o perigo do isolamento de um ou de outro? • Limitado somente à ação individual, temos o perigo da demanda por “soluções biográficas para problemas sistêmicos”; • Limitado somente ao coletivo, temos o perigo da “desresponsabilização” de todos os indivíduos e o peso das frustrações recai sobre os coletivos: partidos políticos, igrejas, Estado etc.
OBRIGADO!!! SLIDES DE AUTORIA DO Prof. Ms. Radamés Rogério CONTATOS: E-mail: rm_rogerio@yahoo.com.br Blog: radamesrogerio.wordpress.com Telefone: (85) 8749-5558