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São José

São José. Dia 25 de março celebra -se a solenidade da Anunciação do Senhor. Em atenção a esse mistério, vamos começar a meditar no culto de S. José para com a Sua Esposa .

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Presentation Transcript


  1. São José Dia 25 de marçocelebra-se a solenidade da Anunciação do Senhor. Em atenção a esse mistério, vamoscomeçar a meditar no culto de S. José para com a Sua Esposa.

  2. Ficouo felicíssimoesposo José com tão alto e dignoconceito da sua Esposa Maria Santíssima, depois que lhe foi revelada a Sua dignidade e o sacramento da Encarnação, que mudou para um novo homem, ainda que sempre tivesse sido muito santo e perfeito: determinouproceder para com a divina Senhora com novo estilo e reverência.

  3. Era isto conforme à sabedoria do santo e devido à excelência da sua Esposa, pois ele era servo e Ela Senhora do Céu e da Terra, e assim A conheceu S. José com luz divina. E para satisfazer o seu afetoe obrigação, honrando e venerando A que conhecia por Mãe do mesmo Deus quando a sósfalava com Ela ou passavadiante dela, fazia-Lhe genuflexão com grande reverência.

  4. Não queriaconsentir que Ela o servisse, nemadministrasse a casa, nem se ocupasse com outrostrabalhoshumildes, tais como limpar a casa, lavar os pratos, e outrascoisassemelhantes, porque ele queria fazer tudo, para não derrogar a dignidade da Rainha.

  5. Mas a divina Senhora, que entre os humildes foi humílima e ninguém A podia vencer em humildade, dispôs as coisas de maneira que sempre ficasse em Suas mãos a palma de todas as virtudes. Pediu a S. José que não Lhe desse aquela reverência de dobrar os joelhos na Sua presença, porque aquela veneraçãodestinava-se ao Senhor que trazia no Seu ventre, mas enquanto estavanele e não se manifestava não se podia distinguirnaquelaaçãoa pessoa de Jesus da sua.

  6. E por estapersuasão o santoajustou-se ao gosto da Rainha do Céu e só quando Ela não o percebiadavaaquele culto ao Senhor que trazia no ventre, e a Ela como a Sua Mãe respectivamente, segundo o que se devia a cada um. Sobre o exercitar as demaisaçõese obrasservis, tiveramhumildescontendas, porque S. José não se podia deixar vencer em consentir que a grande Rainha e Senhora as fizesse, e por isto procuravaantecipar-se.

  7. O mesmo fazia a divina Esposa, vencendo-o sempre que podia. Mas era no tempo que Ela estavarecolhida. S. José preveniamuitasdestasobrasservis, que frustravam os Seus desejos de ser Serva e que como tal Lhe pertencesseoperar as coisasdomésticas da Sua casa. Ferida por estesafetospediu a divina Senhora a Deus, em piedosa súplica, que obrigasse o Seu esposo para que não A impedisse de exercitar, como desejava, a humildade.

  8. E como estavirtude é tão poderosa no tribunal divino e tem franca entrada, não hásúplicapequena quando é acompanhada por ela, porque as faz grandes a todas e inclina o Ser imutável de Deus à clemência. Ouviuestapetição e dispôs o santoanjo da guarda de S. José para que lhe falasseinteriormente, e lhe dissesse o seguinte: Não frustres os desejoshumildesdAquela que é superior a todas as criaturas do Céu e da Terra.

  9. No exterior dá lugar a que te sirva e no interior guarda-Lhesumareverência, e em todo o tempo e lugar dá culto ao Verbo humanado, cuja Vontade é, com a Sua divina Mãe, vir a servir e não a ser servido, para ensinar o mundo a ciência da vida e a excelência da humildade.Podesaliviá-La nalgumascoisas de trabalho, e reverencia sempre nelao Senhor de todo o criado.

  10. Com estainstrução e mandato do Altíssimo deu lugar S. José aos exercícioshumildes da divinaPrincesa, e entre ambos tiveramocasião de oferecer a Deus o sacrifício de aceitar a Sua Vontade: Maria Santíssima, conseguindo sempre com a Sua profunda humildade e obediência ao Seu esposo em todos osatosdestasvirtudes, que com heróicaperfeiçãooperava sem omitiralgum que pudessefazer.

  11. S. José, obedecendo ao Altíssimo com prudente e santaconfusão, que lhe ocasionava ver-se administrado e servido por Aquela que reconhecia por Sua Senhora e de todo o criado e Mãe do mesmo Deus e Criador.

  12. E com este motivorecompensava o prudentesanto a humildade que não podia exercitarnoutrosatos para que remetia a Sua Esposa, porque isto o humilhava mais e o obrigava a abater-se na Sua com maior temorreverencial e com ele olhava para Maria Santíssima, e nela ao Senhor que levava no Seu tálamo virginal, de onde O adorava, dando-Lhe magnificência e glória.

  13. Mas chegava sempre com extrema humildade e reverencialtemor, e antes de Lhe falarreconheciasilenciosamente em que Se ocupava a divina Rainha; e muitas vezes A via em êxtaseelevada da terra e cheia de luz, outras vezes acompanhada com os santos anjos em divinoscolóquios com eles, outras vezes achava-A prostrada em terra em forma de cruz e falando com o Senhor.

  14. E algumas vezes, como recompensa da sua santidade e reverência, ou para maior motivo de tudo, manifestava-se-lhe o Menino Deus humanado de modoadmirável, e via-O no ventre da Sua puríssima Mãe. E a soberanaRainhatratava e conferia mais familiarmente com o glorioso S. José os mistérios da encarnação, já ciente de que ele estavailustrado sobre o sacramento da união hipostática das duas naturezas, a humana e a divina, no virginal tálamo da sua Esposa.

  15. Antes de o santoesposoconhecer a dignidade da sua soberanaEsposa e Senhora, raras vezes A via, porque enquanto Ela não saía do Seu retiro, ele acudia aos seus trabalhos, se não fosse algumnegócio que fosse necessárioconsultá- La. Mas depois que foi informado da causa da sua felicidade, o santovarãoestava mais cuidadoso e acudia com muita frequência ao retiro da Soberana Senhora, para A visitar e saber do que precisava.

  16. De todos estes favores foi participante o felicíssimo S. José. Mas quando a grande Senhora estavanestadisposição e ocupações, apenas se atrevia a olhá-La com profundareverência, e mereciatalvezouvirsuavíssimaharmonia de música celestial que os anjosdavam à sua Rainha e uma fragrânciaadmirável que o confortava. E tudo o enchia de júbilo e alegria espiritual.

  17. Texto – Madre Maria de Jesus de Agreda – Imagens Google – Música Salmo 08 – Formatação Altair Castro 19/03/2012

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