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Introdução à Medicina do Sono

Introdução à Medicina do Sono. Distúrbios do Sono e Dor Rosana S. Cardoso Alves Departamento de Neurologia - Hospital das Clínicas da FMUSP Centro de Medicina Diagnóstica Fleury. SONO NORMAL. RN. 1a. 4a. 10 a. adulto. 18 h. 24 h. 6 h. 12 h. 18 h.

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Introdução à Medicina do Sono

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Presentation Transcript


  1. Introdução à Medicina do Sono Distúrbios do Sono e Dor Rosana S. Cardoso Alves Departamento de Neurologia - Hospital das Clínicas da FMUSP Centro de Medicina Diagnóstica Fleury

  2. SONO NORMAL RN 1a 4a 10 a adulto 18 h 24 h 6 h 12 h 18 h

  3. Sono na Infância Iglowstein et al, Pediatrics, 2003

  4. Cochilo “siesta” durante o dia Iglowstein et al, Pediatrics, 2003

  5. Despertares noturnos Goodlin-Jones et al, J Dev Behav Pediatr, 2001

  6. fisiológicos e que ocorrem principalmente na transição dos estágios de sono resposta a agentes nocivos (cólicas, RGE, erupção dos dentes, otalgia, tosse...) Despertares

  7. Idade Ambientais (temperatura, barulho, luz, cama, pessoas no mesmo local) Sócio-culturais Emocionais (temperamento, ansiedade) Hábitos de sono: ritual, alimentação, sonecas Fatores que influenciam o sono

  8. CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DOS DISTÚRBIOS DO SONO - 2005 • INSÔNIA • DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO SONO • HIPERSONIAS DE ORIGEM CENTRAL (não associadas a Distúrbios do Ritmo Circadiano, a Distúrbios Respiratórios do Sono ou a outra causa de Distúrbio do Sono). • DISTÚRBIOS DO RITMO CIRCADIANO • PARASSONIAS • DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO RELACIONADOS COM O SONO • SINTOMAS ISOLADOS, VARIANTES NORMAIS E QUESTÕES NÃO RESOLVIDAS • OUTROS DISTÚRBIOS DO SONO (Outros distúrbios fisiológicos do sono, outros distúrbios não causados por substancias ou condição fisiológica ou distúrbio de sono de Origem Ambiental)

  9. Insônia - Definição • Percepção pelo paciente de sono inadequado ou anormal. • Sintomas: dificuldade para iniciar o sono, despertares freqüentes, sono de duração curta e sono “não restaurador”.

  10. Prevalência • 51% dos norte-americanos queixam-se de insônia algumas noites por semana e 29% reclamam quase diariamente ou diariamente (NSF 2001). • 31% dos alemães têm insônia. • 9% dos franceses têm insônia grave. • 40-50% dos brasileiros queixam-se de insônia e 10% consideram seu problema grave. • 1000 paulistas (1988-95): 41% das mulheres e 31% dos homens.

  11. 95% 71% 30% 20% 10-30% têm insônia grave. 71% dos insones nunca consultam médico. 95% dos insones nunca consultam especialista em sono. 10-20% dos insones usam hipnóticos cronicamente. Estatística Fonte: American Academy of Sleep

  12. 34% Causas psiquiátricas 29% RSL/PLMS 11% Causas circadianas 9% Causas respiratórias 9% Causas médicas 8% Insônia psicofisiológica Etiologia Fonte: American Academy of Sleep

  13. 27% 37% 36% Dificuldade para iniciar o sono Dificuldade para manter o sono Dificuldade para iniciar e manter o sono Tipos Fonte: American Academy of Sleep

  14. Sexo feminino Idade Ansiedade e depressão Baixo nível cultural Doenças crônicas Estresse recente Uso de álcool Fatores de Risco

  15. Sonolência Excessiva

  16. Efeitos • Sonolência diurna • Fadiga • Redução da concentração e memória • Mialgia • Depressão • Acidentes de trabalho • Prejuízo do desempenho • Redução da libido

  17. Sintomas Noturnos • Sono curto, agitado, superficial • Múltiplos despertares • Percepção subjetiva de sono ruim • Manifestações autonômicas durante o sono • Dificuldade para iniciar o sono • O sono é melhor em outros ambientes

  18. Sintomas Diurnos • Fadiga, cansaço, tensão • Redução do rendimento cognitivo • Sintomas leves de depressão/ansiedade • Preocupação com o sono durante o dia • Sonolência diurna • Redução da quantidade/qualidade do sono

  19. Morbidade • Insônia crônica reduz o rendimento, ocasionando faltas. • Custo nos EUA = US$ 15 bilhões/ano (1996*). • Insônia aumenta a depressão e ansiedade. • Associação com enxaqueca, diarréia, úlcera, colite, HAS. • Múltiplos tratamentos e insucessos terapêuticos. (40%= hipnóticos, álcool, antidepressivos e outros) • Aumenta a ocorrência de acidentes. * Silva et al. Special report from World Federation of Sleep Research Societies: An Overview of Insomnias - Recognition, Epidemiology, and Rational Management Sleep 1996, 19(5):412-416.

  20. Acidentes • 7 vezes mais acidentes no trabalho • 2,5 vezes mais acidentes no trânsito • No RS - 20,1% dos acidentes nas estradas atribuídos à sonolência e fadiga • NCSDR, 1993 - custo estimado de acidentes relacionados : US$ 46-52 bilhões em 1988

  21. Diário de Sono • Realizados por 1 ou 2 semanas • Hora de deitar e levantar • Latência do sono e vigília noturna • Estado de ânimo ao deitar e levantar

  22. Indicações de PSG • Dúvida diagnóstica (depressão, pânico) • Presença de outro distúrbio do sono associado • Idade avançada (com outros distúrbios do sono) • Presença de sonolência diurna • Ausência de resposta ao tratamento • Percepção inadequada do estado de sono • Suspeita de ganho secundário do paciente

  23. Insônia na adolescência • Epidemiology of DSM-IV insomnia in adolescence: lifetime prevalence, chronicity and an emergent gender difference • n= 1014 – idade: 13 a 16 anos • Prevalência: 10% • Comorbidade psiquiátrica em 52% Johnson et al. Pediatrics 117, 2006.

  24. Narcolepsia • Gélineau (1880) • Prevalência: 0.03 a 0.16% • Sintomas: sonolência excessiva diurna, cataplexia, paralisia do sono e alucinações hipnagógicas • Etiologia: genética/imunológica (HLA-DR2 +) • deficiência de peptídeo hipocretina por provável mecanismo auto-imune (perda dos neurônios produtores de hipocretina) • Diagnóstico: estudo polissonográfico e Teste das Latências Múltiplas de Sono (TLMS)

  25. Classificação 2005- Parassonias Distúrbios do despertar (Parassonias do sono não-REM) • Despertar confusional • Sonambulismo • Terror noturno Parassonias associadas ao sono REM • Transtorno comportamental do sono REM • Paralisia do sono recorrente • Transtorno do pesadelo Outras parassonias • Enurese durante o sono • Transtornos dissociativos relacionados ao sono • Transtorno alimentar relacionado ao sono • Grunhidos relacionados ao sono • Comportamento sexual atípico durante o sono

  26. PARASSÔNIAS • Distúrbios do Despertar • Histórico familiar positivo • Ocorrem geralmente no sono delta • Comuns na infância • Sem psicopatologia associada

  27. Sonambulismo • Comportamentos motores complexos durante o sono • Deambulação, acidentes, traumas • Primeira metade da noite ( 1as 3 hs do sono) • Duração de 10 minutos • Amnésia e confusão mental • Manifestações violentas ao acordar

  28. Sonambulismo • Prevalência= 17% na infância (4% no adulto) • Fem = Masc • Incidência: > entre 8 -12 anos • Diminui na adolescência • Desencadeantes: drogas (SNC), febre, ruído, privação de sono, estresse, outros distúrbios do sono

  29. Terror Noturno • Despertar súbito de sono delta com grito, atividade autonômica emotora • Taquicardia, taquipnéia, midríase, sudorese, micção, hipertonia • Amnésia total ou parcial

  30. Terror noturno • Incidência > entre 4 - 12 anos de idade (pico 5-7 a) • Diminui na adolescência • Duração do evento: 30 s - 5 min • Prevalência: crianças = 3% e adultos =1% • Masc > Fem; incidência familiar + • Desencadeantes: drogas (SNC), febre, ruído, privação de sono, estresse, outros distúrbios do sono

  31. Parassônias do sono REM Distúrbio comportamental do sono REM (1986) • ausência da atonia muscular durante o sono REM • sonhos vívidos (com comportamentos motores que podem ser violentos) • história de anos de duração (10-20 anos) • mais comum em homens idosos (>65 anos)

  32. Distúrbiosdodespertar: • Sonambulismo • Terror noturno • Despertar confusional Aspectos em comum com crises epilépticas: • Amnésia • Despertar parcial ou total do sono • Sintomas neurovegetativos: taquicardia, midríase, irregularidade respiratória e sudorese

  33. Indicações de PSG nos DD 1. Riscos de lesões ou violência 2. Presença de sonolência excessiva diurna 3. Diagnóstico diferencial 4. Comportamentos complexos 5. Ausência de resposta terapêutica 6. Associação com outros distúrbios neurológicos, clínicos ou psiquiátricos

  34. Tratamento Abordagem comportamental Medicamentoso • clonazepam (0.125-2 mg) • antidepressivos tricíclicos

  35. Síndrome da apnéia obstrutiva do sono • “Obstrução da via aérea parcial ou completa durante o sono, geralmente associada a dessaturação da oxihemoglobina e/ou hipercapnia.”

  36. Dinâmica das Vias Aéreas na SAOS

  37. Fatores funcionais que predispõem à SAOS • Hipotonia da orofaringe associada ao sono REM • Controle neural anormal: hipotonia generalizada • Disfunção do Tronco Cerebral: malformação de Chiari, estenose de forâmen magnum, agravos como por ex. anóxia, tumor ou infecção. • Drogas: álcool, benzodiazepínicos, hidrato de cloral, fenotiazinas, anestésicos • Outros: disfunção autonômica, disfagia, excesso de secreções orais, obesidade e prematuridade.

  38. Síndrome da apnéia obstrutiva do sono

  39. Transtornos do movimento relacionados com o sono • Síndrome das pernas inquietas • Transtorno dos movimentos periódicos dos membros • Bruxismo durante o sono • Transtorno dos movimentos rítmicos durante o sono

  40. Síndrome das pernas inquietas • Desordem comum que acomete cerca de 5% a 10% da população geral • A SPI é uma desordem motora sensorial comum • Freqüentemente não diagnosticada • Caracterizada por uma necessidade irresistível ao movimento, principalmente nos membros inferiores • Muitas vezes com sensações desagradáveis nas pernas • Profundo impacto negativo sobre o sono e na Qualidade de Vida. Allen RP, et al. for the International Restless Legs Syndrome Study Group. Sleep Med. 2003;4:101-119; Restless Legs Syndrome: Detection and Management in Primary Care. Bethesda, MD: National Center on Sleep Disorders Research, National Heart, Lung, and Blood Institute, National Institutes of Health; March 2000. NIH Publication No. 00-3788. Earley CJ. New Engl J Med. 2003;348:2103-2109.

  41. PREVALÊNCIA • Estudo REST - População Geral * Indivíduos que relataram no mínimo dois episódios de SPI por semana, com impacto moderado ou grave sobre a QV. * A amostra exclui respondedores com menos de 18 anos de idade. REST General Population Study : USA, Germany, UK, France, SPIin, Italy Allen RP, et al. Arch Intern Med. 2005;165:1286-1292.

  42. Aspectos clínicos associados à SPI • História familiar • Resposta à terapia dopaminérgica • Movimentos periódicos dos membros (MPMs*) durante o sono ou a vigília. • Curso clínico variável, aumentando e diminuindo nas formas leves, ou crônico e progressivo nas formas moderadas a graves. • Distúrbios do sono, cansaço e fadiga diurnos correspondentes. • Exame físico normal nas formas primárias e familiares. Allen RP, et al. Sleep Med. 2003;4:101-119. Restless Legs Syndrome: Detection and Management in Primary Care. Bethesda, MD: National Center on Sleep Disorders Research, National Heart, Lung, and Blood Institute, National Institutes of Health; March 2000. NIH Publication No. 00-3788. Allen RP, et al. Sleep Med. 2003;4:101-119.

  43. NECESSIDADE IRRESISTÍVEL DE MOVER AS PERNAS NORMALMENTE ACOMPANHADA DE... • INCÔMODO • SENSAÇÃO DESAGRÁDAVEL • DESCONFORTO • INQUIETUDE * Termos leigos regionais: gastura, dor, agonia, ânsia, farnizin, queimação, formigamento, dormência, pinicamento, coceira nos ossos, coceira, comichão, etc

  44. A NECESSIDADE DE MOVER AS PERNAS OU A SENSAÇÃO DESAGRADÁVEL COMEÇA OU PIORA DURANTE O REPOUSO OU INATIVIDADE • REPOUSO SENTADO OU DEITADO

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