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BLOQUEIOS – DEFINIÇÃO

BLOQUEIOS – DEFINIÇÃO. A circulação atmosférica de latitudes médias em médios e altos níveis é caracterizada por um escoamento zonal de oeste , que favorece o deslocamento para leste de sistemas sinóticos (ex. frentes frias e ciclones).

glenna
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BLOQUEIOS – DEFINIÇÃO

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  1. BLOQUEIOS – DEFINIÇÃO • A circulaçãoatmosférica de latitudesmédias em médios e altosníveis é caracterizada por um escoamentozonal de oeste, que favorece o deslocamento para leste de sistemassinóticos (ex. frentes frias e ciclones). • Esta circulação é interrompida pela formação em largaescala de um anticicloneanômalosemi-estacionário, em torno de 60S (Mendes et al., 2005), que persiste por váriosdias, produzindoum bruscodesvio dos sistemastransientes e causandoimpactos na precipitação e temperatura, como secas na regiãobloqueada e enchentes no ladopolar e equatorial (Knox e Hay, 1984). • Bloqueio é uma anomalia de altapressãopersistente em altosníveis em latitudesmaiselevadas que o normal (que seria o cinturão de anticiclones em torno de 30º de latitude). A presença deste anticiclone faz com que o escoamentozonal de oeste de altaslatitudesdesvie do sistema de altapressãogerando uma circulação na direção meridional. • O deslocamento das altas de bloqueio é relativamente lento de um dia para o outro e uma vez que a alta de bloqueio tenha sido estabelecida, ela persiste por váriosdias (Sanders, 1953).

  2. BLOQUEIOS – CRITÉRIOS DE IDENTIFICAÇÃO Métodos qualitativos para se identificar a presença de bloqueio: Rex(1950): • O autor caracterizou bloqueios em termos da forma do campo de altura geopotencial em 500mb, enfatizando: • A divisão da corrente de jato em dois ramos com transporte de massa; • A transição abrupta do escoamento zonal para meridional; • A persistência da configuração de bloqueio durante mais de 10 dias; • Sua extensão em mais de 45º de longitude. Métodosquantitativos: Lejeñas(1984): • O índice identifica variação da altura geopotencial em 500mb entre as latitudes de 35º e 50ºS: IZ(λ)=Z35ºS(λ)-Z50ºS(λ) onde IZ(λ)<0 -> há um aumento da altura geopotencial com a latitude, durante um período de pelo menos 6 dias sobre uma região média de ~30º de longitude.

  3. BLOQUEIOS – CRITÉRIOS DE IDENTIFICAÇÃO

  4. BLOQUEIOS – CRITÉRIOS DE IDENTIFICAÇÃO Tibaldi e Molteni (1990): • Para obter o dia bloqueado foram calculados dois gradientes meridionais da altura geopotencial em 500hPa (GHGS e GHGN) para um intervalo de 2,5° x 2,5° de longitude. GHGS=Z(λ,Φs)-Z(λ,Φ02) GHGN=Z(λ,Φ01)-Z(λ,ΦN) onde ΦN=40ºS+Δ; Φ01=55ºS+Δ; Φ02=50ºS+Δ; ΦS=65ºS+Δ e Δ=-10.0º; -7.5º; -5.0º; -2.5º; 0º Z(λ,Φ) é a altura geopotencial em 500hPa, Φ é a latitude, λ é a longitude e Δ é um contador latitudinal que pode assumir os 5 valores indicados acima. • Uma longitude λ é definida como tendo um bloqueio, em um determinado instante de tempo, quando ambos os gradientes referidos acima satisfazem em, pelo menos um valor de Δ às seguintes condições: a) GHGN > 0b) GHGS < -10 m

  5. BLOQUEIOS – CRITÉRIOS DE IDENTIFICAÇÃO a) GHGN > 0b) GHGS < -10 m onde a condição “b” assegura que não seja considerado uma situação de bloqueio quando o ciclone (baixa pressão desprendida) é anomalamente deslocado para sul (Tibaldi et al., 1994). • Ainda, para que seja identificado um episódio de bloqueio são necessários que ocorram conjuntamente os seguintes critérios: 1) Que as condições a) e b) sejam verificadas em pelo menos três longitudes consecutivas dentro de uma área mínima de 40° de longitude; 2) Que o critério 1) seja observado no mínimo por cinco dias consecutivos; 3) Que em todo o episódio de bloqueio exista apenas um único dia intermediário que não satisfaça o critério 1).

  6. BLOQUEIOS – CRITÉRIOS DE IDENTIFICAÇÃO • Área específica que satisfaz todos os critérios citados na metodologia, mostrando um intervalo de aproximadamente 40º de longitude e num intervalo de tempo de cinco dias (19/07 a 23/07). Valores dos gradientes meridionais GHGN (cores) e GHGS (contornos) para o mês de julho de 2008 e Δ=-10º num intervalo de longitude de 120ºw a 0ºW. Fonte: Lima e Yaguchi, 2008.

  7. BLOQUEIOS – TIPOS • Segundo Marques (1996), existem trêstipos de padrões de bloqueio: a) Tipodipolo: constitui-se de um anticiclone de grandeamplitudeacompanhado de um ciclone no ladoequatorial. b) Tipoomega: constitui-se de um anticicloneentredoisciclones na forma de uma letraOmegainvertida no HS. c) Bloqueioformado de uma cristaestacionária de grandeamplitude. Padrões de bloqueios no Hemisfério Sul: (a) tipo dipolo, (b) tipo omega e (c) bloqueio de um anticiclone de grande amplitude. Fonte: Bluestein op cit., 1993.

  8. BLOQUEIOS – EXEMPLO Campo de linhas de corrente e magnitude do vento em m/s (vide escala de cores) no nível de 250hPa às 00 TMG para os dias 25-30 de agosto de 2003. Propagação para leste do núcleo do JST (seta vermelha) e do núcleo do JP (seta azul) do Oceano Pacífico Oeste. A alta desprendida é indicada pela seta verde, e o cavado desprendido pela seta laranja. Fonte: Reinke et al.,

  9. BLOQUEIOS – EXEMPLO Fonte: www.master.iag.usp.br

  10. BLOQUEIOS – EXEMPLO • Composto para pêntada de 21 a 25 de julho de 2008. Composto para pêntada de 21 a 25 de julho de 2008: linha de corrente e anomalia do vento em 200hPa (m/s), linha de corrente e anomalia do vento em 500hPa (m/s), anomalia de PNMM (hPa) e anomalia do geopotencial em 500hPa (J/kg). Fonte: Lima e Yaguchi, 2008.

  11. BLOQUEIOS – EXEMPLO • Devido à atuação dos bloqueios duplos e ocorrência destes no Pacífico Sudeste, no mês de janeiro de 2008, o continente sul-americano experimentou um aumento da temperatura sobre o sul do Brasil e parte da Argentina, enquanto que verificou-se uma diminuição (aumento) das chuvas no sul (sudeste) do Brasil. • Áreas com temperaturas baixas (altas) ao nível de 850hPa são observadas no flanco leste da (sobre a) região de bloqueio, enquanto que a difluência do vento em altos níveis, ao norte do anticiclone de bloqueio, tende a aumentar a precipitação nas regiões adjacentes. • Favoreceram o aumento das temperaturas em grande parte da Argentina. Existe um declínio da temperatura no norte da Argentina, Uruguai e sul do Brasil. Estes resultados podem ser explicados pelas configurações das variáveis atmosféricas, onde é visível a presença de um cavado a leste da AS. • É possível notar a entrada de ar frio sobre o sudeste do Brasil, enquanto que na figura da anomalia da precipitação observa-se chuvas sobre esta região.

  12. BLOQUEIOS – EXEMPLO Composto da altura geopotencial (contornos) e da anomalia da altura geopotencial em 500hPa (cores) para o período de 05 a 09 de janeiro de 2008. Composto da anomalia de temperatura do ar em 850hPa (cores) e das linhas de corrente em 850hPa, da anomalia de precipitação (cores) e das linhas de corrente em 250hPa para o período de 05 a 09 de janeiro de 2008. Composto da altura geopotencial (contornos) e da anomalia da altura geopotencial em 500hPa (cores) para o período de 02 a 09 de fevereiro de 2008. Composto da anomalia de temperatura do ar em 850hPa (cores) e das linhas de corrente em 850hPa, da anomalia de precipitação (cores) e das linhas de corrente em 250hPa para o período de 02 a 09 de fevereiro de 2008.

  13. BLOQUEIOS – EXEMPLO • Declínio das temperaturas sobre a Argentina, Uruguai, sul e sudeste do Brasil, enquanto que temperaturas mais altas do que a climatologia são vistas na região da alta de bloqueio, sobre o sul da AS. Durante este bloqueio, anomalias positivas da precipitação são observadas no Chile, parte da Argentina e sudeste do Brasil. Por outro lado, o Uruguai e sul e oeste do Brasil experimentam um período sem chuvas. Composto da altura geopotencial (contornos) e da anomalia da altura geopotencial em 500hPa (cores) para o período de 18 a 30 de janeiro de 2008. Composto da anomalia de temperatura do ar em 850hPa (cores) e das linhas de corrente em 850hPa, da anomalia de precipitação (cores) e das linhas de corrente em 250hPa para o período de 18 a 30 de janeiro de 2008.

  14. BLOQUEIOS – HN: LOCALIZAÇÃO E VARIAÇÃO SAZONAL • DJF: bloqueios podem ocorrer com a mesma frequência nos dois setores (Euro-Atlantic e Pacific). Valor máximo de 20%. • MAM: EA pico aumenta para 25%; PAC pico enfraquece (metade do pico de DJF). Frequência percentual dos dias bloqueados no HN como função da longitude. Fonte: Tibaldi et al., 1994. Número total de dias bloqueados e casos de bloqueios para os setores EA e PAC. Fonte: Tibaldi et al., 1994.

  15. BLOQUEIOS – HN: LOCALIZAÇÃO E VARIAÇÃO SAZONAL • JJA: PAC mostra pouca diferença com a primavera. Através desta figura é impossível distinguir os dois setores. • SON: PAC o pico começa a se reconstituir. Menores frequências de bloqueios. Frequência percentual dos dias bloqueados no HN como função da longitude. Fonte: Tibaldi et al., 1994. Número total de dias bloqueados e casos de bloqueios para os setores EA e PAC. Fonte: Tibaldi et al., 1994.

  16. BLOQUEIOS – HN: VARIAÇÃO SAZONAL • Bloqueios no HN são caracterizados por um ciclo sazonal marcado. • EA: Máximos isolados: março e maio (primavera). Inverno e primavera -> bloqueios. Verão e outono -> fluxo zonal. Porcentagem de dias bloqueados para cada década do ano: (a) Euro-Atlantic e (b) Pacific. Fonte: Tibaldi et al., 1994.

  17. BLOQUEIOS – HN: VARIAÇÃO SAZONAL • PAC: Máximos isolados: setembro e julho. Bloqueios mais confinados no inverno, com um pico secundário no verão. Porcentagem de dias bloqueados para cada década do ano: (a) Euro-Atlantic e (b) Pacific. Fonte: Tibaldi et al., 1994.

  18. BLOQUEIOS – HS: LOCALIZAÇÃO E VARIAÇÃO SAZONAL • Bloqueios são menos frequentes e não mostram uma dependência sazonal forte. • AUSTRALIAN: pouca variabilidade sazonal da intensidade. Frequência percentual dos dias bloqueados no HS como função da longitude. Fonte: Tibaldi et al., 1994. Número total de dias bloqueados e casos de bloqueios para o setor Australian. Fonte: Tibaldi et al., 1994.

  19. BLOQUEIOS – HS: LOCALIZAÇÃO E VARIAÇÃO SAZONAL • Os Andes não tem uma importante contribuição para as atividades de bloqueio no HS. Inverno: só tem uma área (dois máximos relativos). Número total de dias bloqueados e casos de bloqueios para o setor Australian. Fonte: Tibaldi et al., 1994. Frequência percentual dos dias bloqueados no HS como função da longitude. Fonte: Tibaldi et al., 1994.

  20. BLOQUEIOS – HS: VARIAÇÃO SAZONAL • 30% dos dias sobre o ano são bloqueados. Ciclo anual da porcentagem de dias bloqueados (para cada década) para o setor Australian. Fonte: Tibaldi et al., 1994.

  21. BLOQUEIOS – HS: VARIAÇÃO SAZONAL • Os bloqueios do Oceano Pacífico e Atlântico apresentam uma dependência sazonal marcante, onde período de máximo de ocorrência é no inverno e início da primavera e máximosecundário entre os meses de abril e maio. Já no Oceano Índico a sazonalidade não é tão marcante e a frequência mantém-se pequena durante o anointeiro.

  22. BLOQUEIOS – HS: LOCALIZAÇÃO • Quatroregiões preferidas para formação de bloqueios no HS: região da Austrália, NovaZelândia ePacíficoSudoeste (120E-120W); PacíficoSudeste (120W-80W); OceanoAtlântico (80W-10W) e OceanoÍndico (70E-120E). • Sobre o PacíficoSul (180W-80W) os eventos de bloqueios se concentram praticamente entre as longitudes de 180W-120W (PacíficoSudoeste). Distribuição longitudinal de frequência (linhas) de eventos de bloqueios (em percentagem) e de dias bloqueados (colunas) para o período de 1960-2000. Fonte: Mendes et al, 2005. Esquema gráfico longitudinal das áreas de estudo. Fonte: Mendes et al, 2005.

  23. BLOQUEIOS – HS: VARIAÇÃO SAZONAL • Maiorocorrência de eventos e de número de diasbloqueados nos meses de inverno e início da primavera para o PacíficoSudeste e Sudoeste. • O conceito de diabloqueado (Tibaldi et al., 1994; Renwick, 1998; Trigo et al., 2004 e Wiedenmann et al., 2002) refere-se ao “dia” onde o índice de bloqueio foi verificado, enquanto que cada episódio de bloqueiocorresponde à somatória dos diasbloqueados, desde que seja verificado um mínimo de 5dias. • Wiedenmann et al. (2002) assinalaram que os episódios de bloqueio sobre o PacíficoSul eram maisfortes e mais duradouros na estaçãofria. Wiedenmann et al. (2002) obtiveram ainda uma frequência muito baixa de bloqueios duplos sobre este hemisfério. Variabilidade mensal dos dias bloqueados (colunas) e da frequência dos eventos de bloqueios (linhas) para: Pacífico Sul, Sudoeste e Sudeste do Pacífico Sul. Fonte: Mendes et al, 2005.

  24. BLOQUEIOS – COMPARAÇÃO INTER-HEMISFÉRICAS • A duração dos bloqueios no HS é menor do que o observado no HN. • Sistemas de bloqueios no HS são menosfrequentes que no HN. • Bloqueios no HS em média localizam-se em latitudesmaisbaixas que no HN.

  25. BLOQUEIOS – HS: VARIAÇÃO INTERANUAL • Em estudos da variabilidade interanual verificou-se uma associação da redução do número de bloqueios em anos de ElNiño e um aumento em anos de LaNiña, na região de maior ocorrência deste fenômeno (região da Austrália e NovaZelândia). Na costaoeste da AS, não se observa mudanças da frequência entre estes dois períodos. Na região do OceanoÍndico, há um aumento na frequência de bloqueios durante os anos de ElNiño em relação aos anos de LaNiña.

  26. BLOQUEIOS – CARACTERÍSTICAS DA ATMOSFERA: VENTO ZONAL • Nas regiões dos OceanosAtlântico e Índico o ventozonal é aproximadamente constante. Entretanto, no OceanoPacífico ocorrem as maioresmudanças de intensidade do ventozonal de uma estação para outra. Média de DJF e JJA do vento zonal (m/s) em 500mb de 1980 a 1993. Áreas que excedem 20m/s são sombreadas. Fonte: Climanálise especial.

  27. BLOQUEIOS – CARACTERÍSTICAS DA ATMOSFERA: VENTO ZONAL • Segundo Trenberth (1982), esta mudança de comportamento do vento zonal na região do Oceano Pacífico está associada ao desenvolvimento do JST no inverno, que atingevelocidadessuperiores a 50ms-1 em 200hPa. Observa-se que nas latitudesmédias do HS, os ventosmaisfracos são encontrados na região da NovaZelândia, com uma bifurcação do jato de oeste no sul da Austrália. Portanto, enfatiza-se que a característicaclimatológica do ventozonal é um dos mecanismosmaisimportantes quanto à predominância dos bloqueios no sudeste da Austrália no inverno. Assim, perto da NovaZelândia, região onde há a existência dos doisjatos, é favorecida a formação de bloqueios (Van Loon, 1964; Palmén e Newton, 1969). Média de DJF e JJA do vento zonal (m/s) em 500mb de 1980 a 1993. Áreas que excedem 20m/s são sombreadas. Fonte: Climanálise especial.

  28. BLOQUEIOS – CARACTERÍSTICAS DA ATMOSFERA: VENTO ZONAL • A existência dos doisjatos em torno de 180º de longitude é claramente observada em anos de LaNiña. Nota-se nitidamente a presença do jatopolar no sul da NovaZelândia no inverno de 1985, com uma forte bifurcação do jato no sul da Austrália, característicanãoobservada no inverno de 1990. Ressalta-se a grande importância das variaçõessazonal e interanual da configuraçãopadrão do ventozonal na formação de bloqueio na região do OceanoPacífico. Média de JJA do vento zonal (m/s) em 500mb de 1985 (Ano de La Niña) e 1990 (Ano de El Niño). Áreas que excedem 20m/s são sombreadas. Fonte: Climanálise especial.

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