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Abordagem Nutricional no Tratamento de Mulheres Dependentes de Álcool e outras Drogas

Abordagem Nutricional no Tratamento de Mulheres Dependentes de Álcool e outras Drogas. Adriana Kachani Nutricionista-Responsável PROMUD. PROMUD. Programa de Atenção à Mulher Dependente Química - IPq – HC - FMUSP

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Abordagem Nutricional no Tratamento de Mulheres Dependentes de Álcool e outras Drogas

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Presentation Transcript


  1. Abordagem Nutricional no Tratamento de Mulheres Dependentes de Álcool e outras Drogas Adriana Kachani Nutricionista-Responsável PROMUD

  2. PROMUD Programa de Atenção à Mulher Dependente Química - IPq – HC - FMUSP Fundado a partir da tese de doutorado da Dra. Patrícia Hochgraf, que estudou comparativamente homens e mulheres dependentes de álcool, avaliando características sócio demográficas, evolução e aderência ao tratamento.

  3. PROMUD • Atividades estabelecidas no tripé: Assistência, pesquisa e ensino ASSISTÊNCIA AMBULATORIAL: • Consultas individuais com psiquiatra (frequência variável); • Grupo psicoterapêutico • Grupo de terapia ocupacional • Aconselhamento legal • Aconselhamento nutricional • Atendimento médico outras especialidades.

  4. PROMUD INTERNAÇÃO • Atendimento psiquiátrico diário; • Psicoterapia individual – 2x semana • Psicoterapia familiar – 1x semana • Terapia ocupacional individual – 2x semana • Terapia nutricional – 1x semana

  5. O papel da Nutricionista

  6. Dependência Química e Nutrição • Pacientes psiquiátricos possuem barreiras frente a conselhos relacionados à saúde, apesar de terem hábitos relacionados ao estilo de vida menos saudáveis do que a população em geral (DESAL et al. JGIM, vol 17, 2002); • Pacientes dependentes de substâncias psicoativas tratados por equipes que contenham um nutricionista possuem melhor evolução e prognóstico (GRANT et al. J Am Diet Assoc, vol 104, no.4, 2004).

  7. Dependência Química e Nutrição • Além dos já conhecidos efeitos fisiológicos maléficos da dependência de substâncias psicoativas, a doença prejudica o modo de vida dos drogadictos, entre os quais, os hábitos alimentares. Nesta população, é evidente a alimentação irregular e dietas pobres em valor nutricional (University of Maryland, 2006- www.umm.edu/ency/article/002149.htm ).

  8. Usando critério de IMC, Jackson e Grilo (2002) encontraram 71% de sobrepeso e 8% de obesidade em pacientes em tratamento ambulatorial de dependência de substâncias químicas...

  9. ...um resultado compatível com o que mostra a literatura científica: Uso de maconha leva ao aumento de apetite (Borini, Guimarães e Borini,2004); Anfetaminas e cocaína são substâncias anorexígenas, e a interrupção do consumo leva a um aumento de apetite (Piran & Robinson, 2006; Cochrane, Malcolm & Brewerton, 1998); O álcool possui alto valor energético (Mitchell& Herlong, 1986; Gurr, 1993; Reis & Rodrigues, 2003)

  10. Em relação ao álcool, Suter PM, Hasler E & Vetter, W. Nutrition Reviews vol.55, no. 5, 157-171, 1997.

  11. O consumo de álcool é relacionado com aumento de IMC Suter PM, Hasler E & Vetter, W. Nutrition Reviews vol.55, no. 5, 157-171, 1997.

  12. Paralelamente, o alto consumo de bebidas alcoólicas é associado com aumento da circunferência da cintura: Kachani, Cardoso, Barbosa, Furtado, Brasiliano & Hochgraf, 2006

  13. Paralelamente, o alto consumo de bebidas alcoólicas é associado com aumento da circunferência da cintura: Kachani, Cardoso, Barbosa, Furtado, Brasiliano & Hochgraf, 2006

  14. Normalmente, o apetite é restabelecido durante o tratamento da dependência, causando um alto consumo de alimentos (University of Maryland, 2006)

  15. Medicação • Antipsicóticos possuem alguns efeitos adversos: • Ganho de peso; • Hiperglicemia e diabetes; • Dislipidemias ; • Síndrome metabólica. FDA determinou (2004) que pacientes fossem monitorados. Teixeira & Rocha, Rev Psiquiatr RS, 2006

  16. Uma vez que o peso é uma preocupação constante no gênero feminino, um tratamento para dependência química especializado em mulheres não pode menosprezar este dado. Portanto, faz-se necessário a presença do nutricionista para orientar as pacientes adequadamente.

  17. OBJETIVO GERAL da TERAPIA NUTRICIONAL Ensinar uma nova forma do paciente encarar as escolhas alimentares que devem associar a importância dos nutrientes ao organismo e sua relação com a promoção da saúde(Desai et al. 2002; Grant et al, 2004; Alvarenga et. al, 2004).

  18. Objetivos do tratamento ambulatorial • Contenção de excessos alimentares • Reeducação alimentar • Manutenção da eutrofia • Melhora da auto estima • Prevenção da recaída • Melhora da qualidade de vida • Prevenção dos Transtornos Alimentares

  19. Objetivos do tratamento na enfermaria • Recuperação do estado nutricional • Recuperação do peso • Melhora da ingestão de micro e macro nutrientes • Melhora da depressão • Melhora do prognóstico

  20. Descrição da composição alimentar e do consumo alcoólico na fase lútea tardia de mulheres dependentes de álcool. Adriana Trejger Kachani Orientador: Prof.Dra.Patrícia Brufentrinker Hochgraf

  21. REVISÃO DA LITERATURA

  22. COMPULSÃO ALIMENTAR • Alteração alimentar mais relatada; • Alterações bioquímicas redução de serotonina; Serotonina triptofano carboidratos (PEARLSTEIN & STEINER, 2000) • Aumento da demanda energética?? Aumento da fome? (EVANS e cols, 1999; DYE & BLUNDELL, 1997)

  23. ÁLCOOL E TPM • TPM = fase de risco para exacerbação de comorbidades psiquiátricas (EHLERS & PARRY, 1996); • TDPM possui correlação neurofisiológica com alcoolismo (LIMOSIN & ADES, 2001); • Mulheres com TDPM relatam maior consumo de álcoole grande comorbidade com alcoolismo (RAGAN, 1995);

  24. ÁLCOOL, COMPULSIVIDADE E TPM Dependência de substâncias está entre as doenças relacionadas a compulsões; na abstinência pode ser direcionada a outros elementos, por exemplo, o alimento (BRASILIANO, 2005).

  25. Linha de Pesquisa

  26. BRASILIANO, 2005 Avaliou a presença e o impacto dos transtornos alimentares clínicos e subclínicos no tratamento de 80 pacientes dependentes de substâncias psicoativas.

  27. KACHANI, 2007 • Continuação da pesquisa em relação a heterogeidade em subgrupos de mulheres dependentes de álcool; • Carência de trabalhos que estudem a fase lútea tardia e a dependência de álcool. • Neste sentido, O período pré menstrual influenciaria o aumento de consumo alimentar e alcóolico? Aumentaria a vontade do consumo alcoólico? Seria uma fase perigosa para recaídas? Aumentaria o consumo alimentar, dificultando a manutenção de peso, peça fundamental na garantia da auto estima das pacientes?

  28. OBJETIVOS

  29. GERAL Avaliar o consumo alimentar e alcoólico de mulheres dependentes de álcool durante a fase lútea tardia.

  30. ESPECÍFICOS • Investigar a quantidade de fome na TPM; • Verificar o consumo de energia e macronutrientes na TPM; • Observar o número de refeições na TPM; • Estudar o desejo por alimentos específicos na TPM; • Avaliar a presença ou não de compulsões na TPM; • Observar o uso de álcool e avaliar associação do período com recaídas.

  31. CASUÍSTICA E MÉTODO

  32. Inclusão Preencher critério diagnóstico p/ dependência de álcool (DSM-IV); Ser maior que 18 anos; Ser alfabetizada; Ter ciclos menstruais regulares; Assinar termo de consentimento; Estar em tratamento no PROMUD. Exclusão Doença clínica ou ginecológica que contribuam para piora dos sintomas; Uso de medicação hormonal – últimos 6m- excluindo anticoncepcionais orais; Gestação. CASUÍSTICA

  33. MÉTODO APLICAÇÃO DE ESCALAS: • Protocolo comum • Mini International Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I.) • Questionário Transtornos do Controle de Impulso; • Questionário de Sintomas do Transtorno Disfórico Pré-Menstrual; • Questionário de Consumo Alimentar na TPM.

  34. MÉTODO

  35. MÉTODO CICLO 1 CICLO 2 4 dias fase lútea 4 dias fase lútea 4 dias fase folicular 4 dias fase folicular Média FL 1 Média FL 2 Média FF 1 Média FF 2 Média FL`1 + Média FL 2 / 2 Média FF 1 + Média FF 2 / 2

  36. OBRIGADA drikachani@uol.com.br promud@hcnet.usp.br

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