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Filo Apicomplexa . Classe Aconoidasida
E N D
1. BMP-0222 Introdução à Parasitologia Veterinária
Apicomplexa
Babesia
Arthur Gruber
2. Filo Apicomplexa
3. Introdução – ordem Piroplasmida
4. Introdução
5. Introdução
EUA 1890 – toda a região sudeste acometida por uma doença bovina
Febre do gado do Texas, água vermelha, hemoglobinúria
Destruição maciça de hemácias
Morte dentro de algumas semanas
Introdução de gado do sudeste em áreas ao norte levava a um rápido acometimento do gado dessas regiões
Smith & Kilbourne – identificação do papel do carrapato Boophilus annulatus como vetor
6. Introdução
Várias espécies do gênero Babesia acometem animais domésticos - cão, eqüinos, suínos, ruminantes
Parasitam os eritrócitos dos vertebrados e são transmitidos por várias espécies de carrapatos.
Babesiose ? principais sintomas: febre, anemia e hemoglobinúria.
Após resolução do quadro clínico ? animais podem ficar cronicamente infectados.
Babesiose ? relativamente grave para animais introduzidos em áreas endêmicas e que não tiveram exposição anterior.
7. Introdução
Localização do parasita
Periférica (alta parasitemia)
Viscerotrópica - podem causar doença sem alta parasitemia, os animais podem sofrer infecções letais com formação de trombo cerebral sem apresentar anemia.
Homem ? Babesia microti e B. divergens
8. Etiologia
9. Hospedeiros
Ciclo biológico heteroxeno
Acomete hospedeiros vertebrados e invertebrados. Podem variar de acordo com a espécie de Babesia
Hospedeiro invertebrado - geralmente são carrapatos ixodídeos. Carrapatos podem albergar mais de uma espécie de Babesia. Há reprodução assexuada e sexuada.
Hospedeiro vertebrado - bovinos, equinos, cães, homem. Reprodução assexuada nos eritrócitos.
10. Hospedeiros
11. Hospedeiros invertebrados
12. Hospedeiros invertebrados
13. Hospedeiros
14. Hospedeiros
15. Ciclo Biológico Esporozoítos eliminados pela saliva do carrapato são injetados no hospedeiro vertebrado
Hemáceas – diferenciação em trofozoíto e multiplicação (assexuada) de merozoítos (2-4 indivíduos por fissão binária) e invasão de novas hemáceas
Ingestão de hemáceas com merozoítos pelo carrapato, digestão no trato intestinal
Diferenciação em gamontes com protrusões (corpos radiados)
Reprodução sexuada no lúmen intestinal do carrapato – formação de um cineto
Invasão de vários tecidos:
Ovário da fêmea - podem passar para os ovos (passagem transovariana)
Glândulas salivares - passando para o próximo hospedeiro vertebrado
Diferenciação em esporozoítos (fase infectante)
16. Ciclo Biológico
Há 3 tipos de reprodução:
Merogonia: reprodução assexuada nas hemácias do hospedeiro vertebrado ? merozoítos
Gametogonia: terminação da formação e fusão dos gametas ? tubo digestivo dos carrapatos
Esporogonia: reprodução assexuada nas glândulas salivares dos carrapatos ? esporozoítos
17. Ciclo Biológico
18. Ciclo Biológico Em hospedeiros vertebrados imuno-resistentes a fase de multiplicação pode ser reduzida ou ausente. Alguns trofozoítos não se multiplicam, aumentam de tamanho ? gametócitos.
A Babesia é patogênica para o carrapato ? diretamente relacionada ao grau de parasitemia no hospedeiro e susceptibilidade do vetor ? leve depressão na produção de ovos até morte da fêmea ingurgitada.
19. Ciclo Biológico
20. Hospedeiros invertebrados
21. Ciclo Biológico
22. Patogenia Forma periférica - alta parasitemia, anemia hemolítica.
Forma viscerotrópica - eritrócitos infectados também podem ficar seqüestrados no endotélio capilar ou pós-capilar
Babesia induz a formação de protusões na membrana do eritrócito responsáveis pela adesão
Esta forma é freqüentemente associada à forma cerebral da babesiose
Animal pode apresentar hipotensão, alteração da coagulação e há formação de trombos.
23. Patogenia
24. Mecanismos de escape do sistema imune
25. Patogenia Pode variar de acordo com:
Idade do hospedeiro - animais mais velhos são mais susceptíveis
Animais jovens ? resistência natural ? quadro de menor intensidade (anemia e duração da parasitemia) ? anticorpos no colostro, persistência do timo, hemoglobina fetal (mais resistente à infecção por Babesia).
Estado nutricional
Estado imunológico
Imunodeprimidos ? mais susceptíveis
Após a primo-infecção ? recidivas: estabelecimento gradual de imunidade
Sem reinfecção por ~ 8 meses: menor resposta imunológica.
Virulência do agente
Grau de infestação (carrapatos)
Associação com outros patógenos, hemoparasitas
26. Aspectos epidemiológicos Possibilidades de ocorrência de surto
No Sul do País os carrapatos não transmitem Babesia o ano todo. Variação na população de carrapatos em função do clima. ?população de carrapato ? possibilidade surto.
Propriedades com controle de carrapatos - animais não tem exposição prévia – quando expostos podem apresentar surtos
Bezerros criados confinados (animais sem exposição prévia) quando transferidos para o pasto após queda da imunidade passiva pelo colostro – maior possibilidade surto.
A exposição é importante para manter a resposta imune - se for muito intensa pode causar doença clínica.
27. Resposta imunológica
28. Babesiose em equinos
Também denominada de piroplasmose equina ou nutaliose
A doença é o principal impedimento para o trânsito internacional de cavalos. Países que possuem uma indústria equina importante estão livres da doença (Japão, Canadá, Estados Unidos e Austrália). Cavalos positivos para Babesia estão impedidos de entrar nestes aíses, quer seja para competição ou exportação.
Brasil ? Problemas na exportação de equinos.
Babesia caballi ? parasitemias baixas < 1%, portadores por 1 a 3 anos, tende a ser menos patogênica: sintomas clínicos menos severos. Período de incubação entre 10-30 dias.
Babesia equi ? Theileria equi ? Infecções persistentes por toda a vida: o animal perpetua o agente, divisão em 4 merozoitos (cruz de malta), desenvolvimento primário em linfócitos, período de incubação entre 12-19 dias.
29. Babesiose em equinos Sintomas
Agudos - febre, inapetência, dispnéia, edema, icterícia, prostração (raro em áreas endêmicas).
Sub-agudos - mesmos sinais com manifestação menos intensa e intermitente.
Crônicos - mais comuns, sintomas inespecíficos.
Portador assintomático - pode reverter para quadros agudos ou sub-agudos em situações de estresse ou doenças intercorrentes.
Quadros sub-clínicos - diminuição da performance em animais de competição, pode comprometer o potencial atlético do animal.
30. Babesiose em bovinos
Doença conhecida com os seguintes nomes:
Tristeza parasitária bovina (Brasil)
Febre do Texas (EUA)
Febre esplênica
Malária bovina
Água vermelha
Pode estar associada com rickettsias - Anaplasma marginale, A. centrale
Período de incubação: 8 a 12 dias
31. Babesiose em bovinos B. bigemina
Induz anemia severa.
Há alta parasitemia, intensa lise de hemácias na corrente sanguínea ? anemia que pode ser severa, icterícia, hemoglobinúria, acidose metabólica.
Acomete uma grande variedade de ruminantes: cervídeos, búfalos , além dos bovinos.
Mortalidade em animais não tratados ? 50 a 90%.
32. Babesiose em bovinos B. bovis – viscerotrópica – leva à formação de trombos
Visceral, com tropismo pelo cérebro baço e fígado: parasitemia baixa (não detectável), formação de trombos nas vísceras.
Também apresentam anemia, hemoglobinúria, febre, icterícia
Pode ocorrer diarréia, abortamentos, sintomas neurológicos (parasita nos capilares cerebrais), agressividade ou apatia extrema, paresia (interrupção dos movimentos) e convulsões.
Antígenos na membrana do eritrócito ? favorece adesão destas células aos receptores das células endoteliais.
Infecção aguda: aumento da atividade de agentes vasoativos - calicreína, bradicinina, histaminas ? estase sangüínea ? favorece adesão entre eritrócitos e destes ao endotélio vascular ? trombos.
Distúrbios de coagulação (metabolismo do fibrinogênio): hipercoagulabilidade
33. Babesiose em cães Conhecida como babesiose canina, piroplasmose dos cães e “nambiuvu”
Importante no Brasil - descrita no Rio Grande do Sul, São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e Paraná
Freqüente em cães jovens e com mais de 2 anos de idade
Características
Manifestações clínicas relacionadas com a intensidade da parasitemia
Doença hemolítica, anemia progressiva, pode ocorrer choque endotóxico e alterações da coagulação
Sintomas – anemia, febre, anorexia, desidratação, perda de peso, dor abdominal e sensibilidade renal à palpação
Babesiose cerebral pode ser observada
34. Babesiose em cães
Cepas de B. canis apresentam variabilidade genética, de virulência e de especificidade de hospedeiro invertebrado.
B.canis canis: Dermacentor reticulatus
B. canis rossi: Haemophysalis leachi
B. canis vogeli: Rhipicephalus sanguineus
Brasil ? ocorrência de cepas de B. canis ainda não está bem caracterizada.
35. Diagnóstico
36. Infecção por Babesia spp.
37. Infecção por Babesia spp.
38. Infecção por Babesia spp.
39. Tratamento
40. Controle
41. Controle
42. Controle
43. Bibliografia