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Numa perspectiva Paulina faremos uma abordagem acerca da Letra e Espírito.
E N D
Introdução • Etimologia: • gramma - Letra - nomospneuma - Espírito • Contexto e fundamento: O pano de fundo da argumentação paulina é Ez 11, 19: “Dar-lhes-ei um só coração, porei no seu íntimo um espírito novo: removerei de seu corpo o coração de pedra, dar-lhes-ei um coração de carne O fundamento bíblico desse binômio encontra-se em 2Cor 3, 6, em que Paulo faz distinção entre a antiga e a nova aliança. O binômio também se refere à letra ou Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo que dá sua vida de caridade, à medida que torna escuta e ação.
desenvolvimento • O binômio tem um lugar fundamental na leitura bíblica cristã. Seguindo o exemplo do próprio Cristo, os cristãos descobriram na palavra divina do AT, que forma uma unidade com o NT. É sempre, pois, o Espírito que dá vida à letra ou a palavra ouvida. • No decorrer da história humano-cristã a tensão entre Espírito e Letra acabou criando mentalidades, correntes de pensamento e pesados conflitos.
O próprio Jesus teve que lutar contra a tendência literalista-farisaica (valoriza o exterior e condena os demais). • Da mesma forma: lutou contra a tendência espiritualista sem querer ligar-se à “encarnação”. • H. de Lubac mostrou como a leitura bíblica dos Padres e dos grandes monges medievais é influente nesse contexto epocal. Evidenciou, também, a tensão entre beneditinos (letra) e cistercienses (Espírito = primado).
Outro exemplo célebre é o da pluriformeFamília Franciscana que possuía duas tendências: a literalista-rigorista e a do Pai Seráfico São Francisco. Ele adapta a realidade... • “As palavras que eu vos disse são espírito e vida” (Jo 6, 63); “Pois a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2Cor 3,6), o Pai Seráfico escreveu que é importante, sobretudo, desejar ter o Espírito do Senhor e sua santa ação (Rb 10).
conclusão • Essa problemática continua viva nas Igrejas da Reforma protestante: “Doador da vida”... • Quanto à Igreja Católica, mesmo depois da renovação subsequente ao Vat.II, não cessa a existência de correntes opostas e discussões vigorosas a respeito.
Dessa maneira, Paulo rompe o vínculo fundamental entre espírito e algo escrito (Ez 36,26)! Existe um novo acesso a Deus, operado pelo espírito; ele está diametralmente oposto à antiga ordem representada pelas tábuas do Sinai.
Referências LACOSTE, J. Dicionário crítico de teologia. São Paulo : Paulinas, Loyola, 2004. SCHNELLE, U; OTTERMANN, M. Paulo : vida e pensamento. Santo André, SP : Academia Cristã ; São Paulo, SP : Paulus, 2010. SCHNELLE, U. Teologia do Novo Testamento. São Paulo, SP : Academia Cristã, São Paulo, SP : Paulus, 2010. SCHNELLE, U; FUCHS, W. Introdução à exegese do Novo Testamento. São Paulo : Loyola, c2004. TAMAYO-ACOSTA, JJ. Novo dicionário de teologia. São Paulo : Paulus, 2009.