E N D
1. Raquitismo
2. Definição / Classificação DEFINIÇÃO: Doença metabólica caracterizada por deficiente
MINERALIZAÇÃO do tecido ósseo.
2) CLASSIFICAÇÃO:
*RAQUITISMO CARENCIAL : def. de vit. D / cálcio e fósforo
*RAQUITISMO SECUNDÁRIO A TUBULOPATIAS RENAIS
Com depleção de fosfato
*RAQUITISMO ASSOCIADO A MÁ ABSORÇÃO INTESTI-
NAL
*RAQUITISMO SECUNDÁRIO A DISTÚRBIOS DO META-
BOLISMO DA VITAMINA D
3. Anatomia da placa de crescimento Fise normal: é uma estrutura constituída de tecido fibroso, cartilaginoso e ósseo. Apresenta em sua superfície pequenas protuberâncias denominadas processos mamilares.
Histiologicamente 4 camadas com aumento progressivo do número e do tamanho das células cartilaginosas, bem como arranjo colunar à medida que se aproxima do lado metafisário:
Repouso ou germinativa: situa-se adjacente à epífise, com poucos condrócitos;
Proliferativa: os condrócitos apresentam-se achatados e começam a organizar-se em colunas;
Hipertrófica: região onde os condrócitos sofrem aumento de tamanho e vacuolização progressiva, sendo que as células mais próximas à metáfise tornam-se inviáveis, com concomitante calcificação da matriz adjacente; e
Transição entre a placa de crescimento e a metáfise: zonas de osso esponjoso primária e secundária, existindo nesta sede algumas barras de cartilagem as quais se encontram parcial ou totalmente calcificadas, ocorre a predominância de osteoblastos com deposição de tecido osteóide, tecido ósseo produzido por ossificação endocondral
4. Fisiopatologia A atividade e a produção da matriz óssea ocorrem normalmente, entretanto há uma deficiência de mineralização do tecido osteóide e também da matriz cartilaginosa pré óssea, ao nível da zona de calcificação provisória.
As vitaminas D também chamadas de calciferóis tem papel fundamental na concentração de cálcio e fosfato no líquido extracelular.
VITAMINA D : 2 formas ativas: D2 – vegetal – ergosterol - ( óleo de fígado de peixe), D3 presente na derme, epiderme – ativação via raios U.V.:
7-deidrocolesterol
I – rad. U.V.
Pré- vitamina D3
I- estabilização térmica
Vit. D3 ( Colecalciferol )
5. Após ocorre 2 etapas de Hiroxilação: 1 no Fígado:
COLECALCIFEROL
Fígado hidroxilação do carbono 25 (pode ocorrer no intestino e nos rins), formando o 25 hidroxicolecalciferol
Segunda etapa no RIM:
25-Hidroxicolecalciferol
RIM atrvés da atividade do PTH e baixa [ ] de fósforo no sangue
1,25 Diidroxicolecalciferol ou 1,25 Dioidroxivitamina D ou 1,25 (OH)2D – forma ativa da vit D.e atua pincipalmente nos OSSOS e RIM.
A falta de vit D promove uma diminuição de cálcio plasmatico e deficiência da mineralização óssea prejudicando o crescimento (crianças) e metabolismo ósseo ( adultos ).
Deve-se ter em mente que a matriz orgânica NÃO é afetada com a falta de mineralização óssea.
6. Clínica Irritabilidade / apatia;
Achatamento do crânio;
Alargamento da porção cartilaginosa das suturas do crânio;
Dentinogênese retardada e/ou defeituosa;
Articulações costocondrais proeminentes (Rosário raquítico);
Indentação das últimas costelas na região do diafragma (Sulcos de Harrison);
Pectus carinatum;
Infecções respiratórias freqüentes;
Distenção abdominal;
Fraqueza muscular;
Frouxidão ligamentar;
Encurvamento dos ossos longos, podendo levar a deformidade do úmero e do antebraço (coxa vara, joelho valgo e joelho varo)
7. Cifoescoliose;
Baixa estatura, secundária às deformidades ósseas
Cotovelos punho joelhos e tornozelos, mostram-se alargados ao exame físico
Sinal de hipocalcemia (Sinal de Chvostek e Trousseau)
8. Radiologia Região cortical dos ossos mostra-se adelgaçada e com áreas de reabsorção;
Trabeculado ósseo diminuído e com distribuição irregular;
Aumento da espessura da placa de crescimento pela ausência da zona de calcificação provisória;
Aspecto de taça na região de transição entre a metáfise e a fise, exibindo alargamento;
Alterações mais intensas nas regiões de maior crescimento ósseo;
Linhas de Looser ou Pseudofraturas de Milkman, apresentam-se no lado côncavo dos ossos longos do colo femoral, nas costelas, nos ramos ísquiopúbicos e na borda axilar da escápula, são linhas radiotransparentes de orientação transversal ao longo do eixo ósseo. São zonas de acúmulo de matriz osteóide não calcificada
9. Bioquímica plasmática e urina Cálcio plasmático normal ou discretamente diminuído;
Fósforo está diminuído exceto na insuficiência glomerular renal;
FA aumentada;
Excreção urinária de cálcio esta diminuída exceto no caso de raquitismo hipercalciúrico
11. Tratamento / Diagnóstico diferencial Carencial: 2 a 5000 UI Vit. D durante 6 a 10 semanas;
Osteodistrofia renal: 100 a 200.000UI /dia, quando FA diminuir e o quadro radiográfico mostrar sinais de cura a dose deve ser reajustada para 50.000 UI três vezes por semana;
Secundário a Insuficiência tubular renal: altas doses de vit D 50 a 500.000UI/dia, com o objetivo de aumentar o nível plasmático de fosfato, entretanto deve-se manter a excreção urinária de cálcio abaixo de 6 mg/dia e a calcemia abaixo de 10,6mg/100ml (risco de intoxicação por vit D). As deformidades dos MMII podem ser tratadas com órteses; osteotomia corretiva nos casos de instabilidade do joelho em concomitância com dor, deve-se interromper o uso da vit D seis semanas antes da cirurgia.
Diagnóstico diferencial:
*OSTEOGÊNESIS IMPERFEITA
*ESCORBUTO
*DISCONDROPLASIAS
17. Escorbuto DEFINIÇÃO: Doença osteometabólica de carência nutrici-
Onal, onde ocorre uma deficiência de vitamina C ( ácido
Ascórbico ) na dieta normal.
*Há uma interfêrencia na hidroxilação da LISINA E PROLINA
*Ocorre deficiência da quantidade e qualidade do colágeno
*Vit. C é encontrada em frutas e hortaliças verdes, e inativada pela exposição solar / ar / aquecimento e alcalinização
18. Clínica Crianças: Irritabilidade, hiperestesia e hipotonia muscular, principalmente dos MMII obrigando o paciente a ficar com as articulações fletidas. Febre e hemorragias gengivais são mto freqüentes, bem como do subcutâneo.
A sintomatologia aparece dos seis aos nove meses de idade (Lopresti, 1964);
Dor osteoarticular acompanha toda a fase aguda da doença;
Aumento do diâmetro dos membros e das articulações decorrentes dos hematomas
19. *Em adultos predomina formas hemorrágicas e crianças as
Alterações ósseas ( ocorre deposição cálcica normal em
Substrato deficiente – o colágeno.
*A doença deve ser suspeitada em crianças entre 6m – 2 anos cujo apresentam dor a manipulação dos membros ppte os
Inferiores, incapacidade motora ( def. ao sentar )
*os sinais mais importantes são o rosário costal, pétequias,
Púrpuras e equimoses, hemorragias gengivais e anemia.O
Paciente toma posição de rã ou batráquio ( posição de maior
Conforto).
20. Características Laboratoriais e Radiográficas Nível de ácido ascórbico abaixo de 0,2mg/100ml identifica o déficit vitamínico, porém a sintomatologia pode aparecer após 3 meses;
Linha branca de Frankel linha metafisária densa contrastante com osteopenia generalizada;
Osteoporose lembra vidro esmerilhado;
Esporões laterais (esporões de Pelkan);
Fragilidade capilar resulta em hemorragias formando uma imagem fantasma que envolve o osso afetado em decorrência de hemorragias superiosteais.
21. Tratamento e diagnóstico diferencial Diagnóstico diferencial
*POLIOMIELITE
*RAQUITISMO
*SÍNDROME DA CRIANÇA ESPANCADA
TRATAMENTO :
*Administração de vit C na forma de alimentos ou medicamentos ( 300-400mg / dia ) até a cura radiográfica
Que leva de 3-4 semanas, após profilaxia ( 50mg / dia ).