E N D
1. ESTÉTICA:A vivência através da arte “Se procurar bem, você
acaba encontrando não a
explicação (duvidosa) da vida
mas a poesia (inexplicável) da vida.”
Carlos Drummond de Andrade
2. Arte: expressão criativa da sensibilidade Desde sempre, o homem é o “construtor”do mundo que o cerca, através do talento, da perícia, da habilidade, da beleza.
Em algum momento de nossas vidas, já sentimos o efeito agradável de uma obra de arte.
Mas, o que é arte?
Segundo Susanne Langer, “a arte é a prática de criar formas perceptíveis expressivas do sentimento humano.”
A arte é sempre a manifestação do sentimento humano.
3.
Um romance, por exemplo, é usualmente lido em silêncio, com os olhos, porém não é feito para a visão, como o é um quadro; e conquanto o som represente papel vital na poesia, as palavras, mesmo em poema, não são estruturas sonoras como na música.
Susanne Langer
4. O artista e a obra de arte O que é um artista?
O que é uma obra de arte?
A discrepância na visão do que é o artista ou a obra de arte, se dá por dois motivos:
Ao dizer sobre o artista, exprimimos o ponto de vista da cultura do espetáculo ou cultura de massa;
Ao dizer sobre a obra, exprimimos o ponto de vista da cultura erudita, ou de elite.
5. Cultura de massa e Indústria Cultural Romantismo (Sec. XIX): faz surgir a idéia da arte popular, representativa dos nacionalismos e do “espírito de um povo”.
Questão cultural acabou condicionada à questão classista social: burguesia industrial X pequena burguesia X proletariado.
Arte erudita (própria dos intelectuais – classe dominante) X Arte popular (ingênua – classe operária).
6. Arte erudita X Arte popular Na complexidade da elaboração: arte popular é menos complexa do que a erudita, que é mais sofisticada;
Na relação com o novo e com o tempo: a arte popular tende a ser tradicionalista e repetitiva, enquanto a erudita tende a ser de vanguarda;
Na relação com o público: na popular, como as criações são coletivas, artista e público tendem a não se distinguir, o que não acontece na arte erudita;
No modo de compreensão da realidade: o popular traz uma mensagem direta (exprime diretamente o mundo), já o erudito busca transcender o mundo dado, recriá-lo, dar-lhe novos sentidos.
7. A urbanização industrial e a arte Com o deslocamento populacional ocorrido em virtude do processo de industrialização, a partir do século XIX, dois fenômenos foram significativos:
Por um lado, em seus bairros e locais de trabalho, operários e suas famílias foram criando uma cultura e uma arte próprias (populares);
Por outro lado, essa mesma população deslocada passou a compor a grande massa de consumidores dos produtos industriais, para os quais passaram a ser produzidas, em larga escala, versões simplificadas e inferiores dos produtos e das criações da cultura e da arte de elite.
8. Cultura de massa e Indústria Cultural Folclore: tradições coletivas nacionais e populares (quadrilha, bumba-meu-boi, etc.);
Popular: criações menos complexas, de artistas que pertencem à classe trabalhadora (o samba de morro e o rap, quando não apropriados pela indústria cultural);
Erudita: criações complexas e de vanguarda de artistas individuais, que têm público restrito (um quadro de Tarsila do Amaral ou uma escultura de Lygia Clark);
De massa: financiada por grandes empresas que massificam o erudito ou o popular em versões cada vez mais banalizadas (maioria dos filmes, novelas, o funk, etc).
9. A massificação cultural Sob os efeitos da massificação pela indústria e pelo consumo culturais, as artes correm o risco de perder sua força simbólica e, com ela, o de perder algumas de suas principais características:
De expressivas, tendem a tornar-se reprodutivas e repetitivas;
De trabalho da criação, tendem a tornar-se eventos para consumo;
De experimentação e invenção do novo, tendem a tornar-se consagração do que é consagrado pela moda e pelo consumismo;
De duradouras, tendem a tornar-se parte do mercado da moda, passageiro, efêmero, sem passado e sem futuro;
De formas de conhecimento que desvendam a realidade e alcançam a verdade, tendem a tornar-se dissimulação da verdade, ilusão falsificadora, publicidade e propaganda.