DINÂMICA DA INVESTIGAÇÃO

1. DINÂMICA DA INVESTIGAÇÃO • I – AÇÃO SECRETA: Trabalho de colher informações, por meios sigilosos e técnicas de penetração, infiltração e seguimento. • INFORMAÇÕES e PESQUISAS (BANCO DE DADOS): INFORMÁTICA, BIBLIOTECAS, JORNAIS, REPARTIÇÕES PÚBLICAS e EMPRESAS. • INFORMAÇÕES SIGILOSAS – POR INVESTIGADORES (POLICIAIS OU PARTICULARES) ESPECIALIZADOS: HÁ EMPREGO DE MATERIAIS SOFISTICADOS (SATÉLITES, SENSORES, ESTAÇÃO DE INTERCEPTAÇÃO, ETC). • AÇÃO SECRETA ESPECIAL: POR ÓRGÃOS MILITARES – DESARTICULAÇÃO DE GRUPOS SUBVERSIVOS. • II – INFORMAÇÃO • NA PRÁTICA: Informação é o ato de colher dados a respeito de alguém ou de alguma coisa; • SERVIÇOS DE INTELIGÊNCIA: Informação é a necessidade de saber, de conhecer, de prever para, antecipando-se aos acontecimentos, planejar e executar.

2. NA INVESTIGAÇÃO: informação é o conhecimento útil e indispensável para esclarecer uma situação ou fato; • INFORMAÇÃO: É O CONHECIMENTO OBTIDO OU TRANSMITIDO COM A FINALIDADE DE ESCLARECER OU SERVIR DE BASE PARA ATOS DECISÓROS. • INFORME: É qualquer documento, fotografia, papel, etc. que, convenientemente processado, isto é, depois de submetido ao processo de avaliação, análise, integração e interpretação, possa transformar-se em informação e contribuir para o esclarecimento de uma situação ou fato. • CONTRA-INFORMAÇÃO: É o conjunto de ações ou medidas, ativas e passivas, de diversos tipos e naturezas que visam a impedir a obtenção de informações ou anular meios ou atividades de informações desejados. • DESINFORMAÇÃO: É uma ação ou media que tem por objetivo encobrir e dificultar a compreensão de determinados assuntos ou questões. • SERVEM PARA DAR FALSAS IMPRESSÕES, APAGAR O CAMINHO DO INVESTIGADOR, OU DIRECIONAR A ATENÇÃO PARA OUTRA COISA.

3. COLETA DE INFORMAÇÕES • O INVESTIGADOR UTILIZA-SE: • DADOS DE CRIMINALÍSTICA, MÉDICO-LEGAIS; • INFORMAÇÕES SOBRE: • ONDE e QUANDO OCORREU O FATO; • A IDENTIDADE e SITUAÇÃO DA VÍTIMA; • EVENTUAIS TESTEMUNHAS e SUSPEITOS; • UTILIZAÇÃO DE VEÍCULOS, ARMAS e OBJETOS. • REUNIR ESTES DADOS E PROCESSÁ-LOS COM PERSEVERANÇA – TRABALHO ÁRDUO: Numa atenta e inteligente observação, selecionando e interpretando os dados e desconfiando das evidências. As diligências não podem sofrer solução de continuidade. • “O TEMPO QUE PASSA É A VERDADE QUE FOGE”. • INFORMANTE: PESSOA QUE POSSA PRESTAR INFORMAÇÕES e FALAR O QUE SABE. • DEVE-SE CRIAR SITUAÇÃO DE EMPATIA – AGRADANDO-O; • NÃO FUNCIONOU: APLICAR-LHE UMA “CONGESTA”: INSINUAR QUE PARTICIPOU DOS FATOS.

4. TIPOS DE INFORMANTES: EDUCADOS, MALCRIADOS, CULTOS, IGNORANTES, EMOTIVOS, IMPASSÍVEIS, SENTIMENTAIS, INTERESSADOS NAS INVESTIGAÇÕES, OU NÃO, ETC. • A VÍTIMA: QUASE SEMPRE LEVANTA SUSPEITAS INFUNDADAS. • ALCAGÜETAS (DEDOS-DUROS, GANSOS): PEQUENOS LADRÕES, DESOCUPADOS, FARMACODEPENDENTES: GOSTAM DE USUFRUIR DE AMIZADES DE POLICIAIS – SÃO TRAIÇOEIROS E ENVOLVEM O INVESTIGADOR EM SUAS PRÁTICAS DELITIVAS. • CONTADO: o Investigador deve estabelecer meios seguros para se comunicar com a pessoa da qual estiver colhendo ou fornecendo informações. • O INFORMANTE NÃO PODE APARECER; • PREFERE-SE CONTATO RÁPIDO e VERBAL, • POR TELEFONE OU EM LOCAIS PRÉ DETERMINADOS.

5. PENETRAÇÃO E INFILTRAÇÃO • AS INSTALAÇÕES DE EMPRESAS E INDÚSTRIAS POSSUEM SEGURANÇA POR SISTEMAS e FUNCIONÁRIOS. • PENETRAÇÃO: É a ação de adentrar nos recintos, mediante artifícios, para obter informações, fazer croquis, filmar, fotografar, gravar, instalar transmissores, etc. • DEVE-SE ESTUDAR O LOCAL, OBSERVAR PESSOAS, SE NECESSÁRIO, SE APROXIMAR DELAS. COM INFORMAÇÕES, FACILITA-SE A DINÂMICA DA PENETRAÇÃO (USO DE DISFARCES, EQUIPAMENTOS APROPRIADOS, ETC.). • O INVESTIGADOR DEVE ANTECIPAR QUE SERÁ DESCOBERTO – NECESSITA DE PRESENÇA DE ESPÍRITO PARA DAR EXPLICAÇÕES ADEQUADAS, NÃO DEIXANDO PERGUNTAS SEM RESPOSTAS. • INFILTRAÇÃO: É a ação de introduzir-se astuciosamente em determinado meio para nele, temporariamente, agir, viver ou conviver, trabalhar ou participar de suas atividades, a fim de obter informações.

6. OBJETIVOS DA INFILTRAÇÃO: • OBTER INFORMAÇÕES; • FOTOGRAFAR e FILMAR; • CONSTATAR A EXISTÊNCIA DE MÁQUINAS, ARMAS, INSTRUMENTOS OU MATERIAIS DIVERSOS; • APURAR SITUAÇÕES; • VERIFICAR A PRESENÇA DE MATERIAIS ILÍCITOS; • IDENTIFICAR PESSOAS; • LEVANTAR OS CONTATOS; • LEVANTAR VEÍCULOS; • INSTALAR ESCUTAS; • OBTER PROVAS; • DETERMINAR MOMENTO PARA BUSCAS OU PRISÕES. • NA PENETRAÇÃO O INVESTIGADOR ENTRA e SAI DO RECINTO, ENQUANTO NA INFILTRAÇÃO AQUELE ENRA E CONVIVE COM S PESSOAS PELO TEMPO NECESSÁRIO À EXECUÇÃO DE SUA MISSÃO. • SÃO DILIGÊNCIAS DE SERVIÇO POLICIAL, PARTICULAR, ESPIONAGEM INTERNACIONAL E A SERVIÇO DE GOVERNOS.

7. OBSERVAÇÃO e DESCRIÇÃO • OS PARTICULARES ENXERGAM COISAS, MAS POUCAS CONSEGUEM VER, ISTO É, OBSERVAR, REPARAR, RECONHECER OU COMPREENDER O QUE SE PASSA. • O INVESTIGADOR DEVE TREINAR E DESENVOLVER SUA CAPACIDADE DE OBSERVAÇÃO, PERCEPÇÃO E MEMÓRIA – PARA DESCREVER O QUE VIU, OUVIU e SENTIU. • OBSERVAR: OLHAR COM ATENÇÃO - É EXAMINAR COM CUIDADO OS OBJETOS, AS PESSOAS E O AMBIENTE QUE OS CERCAM. • Observar é um processo altamente seletivo de registro de impressões pelos órgãos e sentidos e por experiências sensoriais. Os dados colhidos por esse processo proporcionam a montagem de um quadro de significados, motivos, emoções e propósitos. • DESCREVER: É RELATAR COM MINÚCIA O QUE SE VIU OU PERCEBEU. • O INVESTIGDOR DEVE OBSERVAR E SABER DISTINGUIR OS ASPECTOS OU DETALHES DO COMPORTAMENTO DAS PESSOAS, PARA DESCREVÊ-LOS COM FIDELIDADE.

8. CAMPANA: “Observação discreta”, “vigilância dissimulada”, “arte de seguir” – É seguir e observar uma pessoa sem despertar suspeitas. • CAMPANA FIXA: Vigilância feita em algum lugar, para observar, filmar ou fotografar a chegada ou saída de pessoas, veículos e mercadorias. • CAMPANA MÓVEL: Seguir alguém de modo discreto, pra saber onde vai, com quem se encontra, o que entrega ou recebe. Pode ser feita individualmente ou por equipe, com revezamento a pé, de automóvel ou de motocicleta, com auxílio de rádio. • CAMPANA OSTENSIVA: Acompanhar uma pessoa, para que esta perceba que está sendo seguida, para que, acuada, tome alguma atitude impensada ou reveladora. • OBJETIVOS DA CAMPANA: • CONHECER A PESSOA e OS LUGARES QUE FREQÜENTA e MORA, VIVE OU SE ESCONDE; • REVELAR O TIPO DE ATIVIDADE QUE EXERCE; • SEUS COMPANHEIROS, CONTATOS OU GRUPOS; • OS VEÍCULOS UTILIZADOS.

9. RECOMENDAÇÕES: • ATUAR COM NATURALIDADE; • VESTIR-SE DE ACORDO COM O MEIO, SEM CHAMAR A ATENÇÃO; • ESTAR PREPARADOS PARA DAR EXPLICAÇÕES; • NÃO FICAR FACE A FACE COM O CAMPANADO; • SEGUIR VEÍCULOS, ANOTANDO OS SEUS DADOS (ATENÇÃO NOS ESPELHOS); • ESTUDAR A PESSOA SEGUIDA – TRAÇOS FÍSICOS, COSTUMES, MANIAS, PECULIARIDADES, VESTIMENTAS, ETC; • FOTOGRAFAR O CAMPANADO E SEUS CONTATOS; • PERMANECER NA RUA PELO TEMPO NECESSÁRIO; • VIGIAR A PESSOA, MANTENDO DISTÂNCIA IDEAL, PARA NÃO PERDÊ-LO DE VISTA E NÃO LEVANTAR SUSPEITA. • A CAMPANA É UM TRABALHO CANSATIVO – REQUER: PRESENÇA DE ESPÍRITO, PACIÊNCIA E HABILIDADE. HÁ A CONVENIÊNCIA DE TRABALHAR COM MAIS DE UMA PESSOA.

10. DISFARCE e DESPISTAMENTO • DISFARCE: UTILIZAÇÃO DE ARTIFÍCIOS PARA BURLAR A A VIGILÂNCIA OU PERCEPÇÃO DO INVESTIGADO. • PERUCA, BARBA E BIGODE POSTIÇO, MAQUIAGEM, ÓCULOS, ROUPAS – VISA-SE MODIFICAR A APARÊNCIA. • DEVE-SE TER EM MENTE ESTÓRIAS FÍCTÍCIAS PARA DAR EXPLICAÇÕES. • TRATA-SE DE ARDIL DE POLICIAIS E DE DELINQUENTES. • DESPISTAMENTO: ILUDIR A PESSOA VISADA, PROCURANDO FAZER COM QUE O PERCA DE VISTA. • MÉTODOS DE DESPISTAMENTO A PÉ: • NÃO CORRER OU OLHAR PARA TRÁS; • ENTRAR E SAIR POR PORTAS DIFERENTES; • MUDAR DE ROUPAS; • TOMAR CONDUÇÃO DE DESCER LOGO APÓS; • PARAR E VOLTAR REPENTINAMENTE; • FICAR NO FIM DA FILA; • OLHAR VITRINES, FAZENDO-AS DE ESPELHO.

11. MÉTODOS DE DESPISTAMENTO EM AUTOMÓVEL: • DAR VOLTAS NO QUARTEIRÃO; • PARAR E VOLTAR PELA MESMA RUA; • AUMENTAR E DIMINUIR A VELOCIDADE, NO ACOMPANHAMENTO DO SUSPEITO; • NÃO PARAR DEFRONTE A GARAGENS; • PROCURAR LOCAIS MOVIMENTADOS; • NÃO BATER A PORTA DO CARRO AO DESCER. • SEGURANÇA DE ASSUNTOS SIGILOSOS • DURANTE AS INVESTIGAÇÕES AS INFORMAÇÕES E O MATERIAL SIGILOSO COLHIDO DEVE SER PROTEGIDO. • NÃO JOGAR FORA PAPÉIS IMPORTANTES; • DESTRUIR OU INUTILIZAR PAPÉIS E DOCUMENTOS; • EVITAR FÁCIL ACESSO À DOCUMENTOS; • CONTROLAR AS FITAS E PROGRAMAS DE COMPUTADOR, BACK UPS, ETC; • NÃO PASSAR INFORMAÇÕES PARA QUALQUER PESSOA; • TRANCAR GAVETAS E ARMÁRIOS; • NÃO FALAR SOBRE ASSUNTOS RESERVADOS – TELEFONE.