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A evolução do espaço urbano-industrial mundial

A evolução do espaço urbano-industrial mundial. A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA. ARTESANATO : NÃO HÁ DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO, POIS O ARTESÃO REALIZA TODAS AS ETAPAS DO PROCESSO PRODUTIVO. MANUFATURA : HÁ PEQUENA DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO E A EXISTÊNCIA DE PEQUENAS MÁQUINAS.

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A evolução do espaço urbano-industrial mundial

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Presentation Transcript


  1. A evolução do espaço urbano-industrial mundial

  2. A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA • ARTESANATO: NÃO HÁ DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO, POIS O ARTESÃO REALIZA TODAS AS ETAPAS DO PROCESSO PRODUTIVO. • MANUFATURA: HÁ PEQUENA DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO E A EXISTÊNCIA DE PEQUENAS MÁQUINAS. • MAQUINOFATURA: INTENSA DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO E A UTILIZAÇÃO DE MÁQUINAS MAIS SOFISTICADAS. • PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: SURGE NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII, NA INGLATERRA. CARACTERÍSTICAS: CARVÃO MINERAL (FONTE ENERGÉTICA), MOTOR A VAPOR, TEAR MECÂNICO ETC. • SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: SURGIU NA EUROPA NO SÉCULO XIX. CARACTERÍSTICAS: PETRÓLEO E HIDRELETRICIDADE, MOTOR A EXPLOSÃO. PRODUÇÃO RÍGIDA, BASEADA NA PRODUÇÃO EM SÉRIE (SERIALIZADA) E EM LARGA ESCALA. MODELO DE PRODUÇÃO FORDISMO-TAYLORISTA. • TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (TÉCNICA-CIENTÍFICA): SURGIU NO JAPÃO (DÉCADAS DE 1950-60) NAS FÁBRICAS DA TOYOTA. CARACTERÍSTICAS: SÓ PRODUZ QUANDO SOLICITADA PELO MERCADO, NÃO FORMA ESTOQUES. PRODUÇÃO FLEXÍVEL, POIS É CAPAZ DE ADAPTAR-SE ÀS SOLICITAÇÕES DO MERCADO EM POUCO TEMPO.

  3. PRINCIPAIS REGIÕES INDUSTRIAIS

  4. DO MODELO DE INDUSTRIALIZAÇÃO CLÁSSICA À NOVA GEOGRAFIA DAS INDÚSTRIAS • A REVOLUÇÃO FOI UMA DECORRÊNCIA DA EVOLUÇÃO DO SISTEMA CAPITALISTA, QUE INSTAUROU A DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (DIT). • FATORES DO ADVENTO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: • CAPITAIS ACUMULADOS DURANTE A ÉPOCA DO MERCANTILISMO, COADJUVADO PELOS FORTES LUCROS DO MONOPÓLIO DO TRÁFICO NEGREIRO. • AS FARTAS JAZIDAS INGLESAS DE MINÉRIO DE FERRO E CARVÃO MINERAL. • A POPULAÇÃO EUROPÉIA, QUE CONSTITUÍA GRANDE MERCADO CONSUMIDOR E MÃO-DE-OBRA ABUNDANTE. • OS FATORES CITADOS ACIMA INCREMENTARAM A INDÚSTRIAL TÊXTIL, GERANDO ACÚMULO DE CAPITAIS E ESTIMULOU A RIVALIDADE ENTRE AS NAÇÕES DA EUROPA, ÁVIDAS EM CONQUISTAR NOVAS FONTES DE MATÉRIAS-PRIMAS, LEVANDO-AS ÀS DUAS GUERRAS MUNDIAIS.

  5. A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS INDÚSTRIAS DURANTE O FORDISMO • A LOCALIZAÇÃO DE GRANDE PARTE DAS INDÚSTRIAS MAIS TRADICIONAIS DURANTE A PRIMEIRA E SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, DEPENDEU DOS SEGUINTES FATORES LOCACIONAIS: • MATÉRIAS-PRIMAS • TRANSPORTE • ENERGIA • MÃO-DE-OBRA • MERCADO CONSUMIDOR

  6. TEMPOS MODERNOS– UMA CRÍTICA AO MODELO FORDISTA-TAYLORISTA DE PRODUÇÃO – TÍPICO DA SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL. PRODUÇÃO RÍGIDA (EM SÉRIE E EM LARGA ESCALA).

  7. A FÁBRICA GLOBAL • SURGE NO FINAL DA IIª GUERRA MUNDIAL, QUANDO INÚMERAS TECNOLOGIAS QUE HAVIAM SIDO DESENVOLVIDAS PARA A FABRICAÇÃO DE ARMAMENTOS FORAM REDIRECIONADAS PARA USO PACÍFICO, OU SEJA, USADAS PELAS INDÚSTRIAS PARA CONQUISTAR NOVOS MERCADOS CONSUMIDORES. • TEM INÍCIO NO JAPÃO ENTRE AS DÉCADAS DE 1950-1960 NAS FÁBRICAS DA TOYOTA, ATINGINDO A EUROPA E OS ESTADOS UNIDOS, ONDE PASSOU A IDENTIFICADA POR JUST-IN-TIME. VEM CARACTERIZAR O QUE FICOU DENOMINADO COMO TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, RESPONSÁVEL PELO DESENVOLVIMENTO DA MICROELETRÔNICA, DA BIOTECNOLOGIA, DA QUÍMICA FINA, DAS TELECOMUNICAÇOES, DA INFORMÁTICA E DA COMPUTAÇÃO. • ESTAS TECNOLOGIAS SÃO RESPONSÁVEIS PELA FÁBRICA GLOBAL, ISTO É, UMA NOVA GEOGRAFIA DA INDÚSTRIA, CUJAS CARACTERÍSTICAS SÃO: • INFORMATIZAÇÃO EM LARGA ESCALA, RELACIONADA AO ARMAZENAMENTO E TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÕES, E BUSCA CONSTANTE E NOVAS FONTES DE ENERGIA. • PRODUÇÃO DE NOVOS MATERIAIS, COMO A CERÂMICA TÉCNICA, COMBINADA AO FABRICO DE CIRCUITOS INTEGRADOS E SEMICONDUTORES. • ARTICULAÇÕES ENTRE A PESQUISA E A TECNOLOGIA, AMPLIANDO CAMPOS DE APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS DA MODERNA BIOTECNOLOGIA E DA MICROELETRÔNICA (NANOTECNOLOGIA). • SEGMENTAÇÃO DA PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS EM REDES MUNDIALIZADAS, TENDO COMO SUPORTE OS MEIOS TÉCNICO-INFORMACIONAIS, QUE PERMITE A TERCEIRIZAÇÃO.

  8. TERCEIRIZAÇÃO É O PROCESSO DE TRANSFERÊNCIA DE PARTE DA PRODUÇÃO DE UMA EMPRESA PARA OUTRA. DESSA FORMA, AS EMPRESAS TENTAM DIMINUIR OS CUSTOS DE PRODUÇÃO, ABRINDO MÃO DO CONTROLE DE CERTAS FASES DO PROCESSO PRODUTIVO.

  9. TOYOTISMO – JUST-IN-TIME A NOVA GEOGRAFIA DAS INDÚSTRIAS CHEGOU AO INTERIOR DA FÁBRICA, ONDE AS DIFERENTES ETAPAS DE PRODUÇÃO – DESDE A ENTRADA DAS MATÉRIAS-PRIMAS ATÉ A SAÍDA DO PRODUTO – SÃO REALIZADAS DE FORMA COMBINADA ENTRE FORNECEDORES E COMPRADORES, SUPERANDO A RIGIDEZ DO FORDISMO.

  10. IMPACTOS AMBIENTAIS DA INDÚSTRIA TRADICIONAL AS ANTIGA FÁBRICAS ERAM ALTAMENTE POLUENTES (SIDERURGIA, METALURGIA, QUÍMICA PESADA, CONSTRUÇÃO NAVAL ETC.) NÃO SE PREOCUPAVAM COM SEUS RESÍDUOS QUE AGREDIAM VIOLENTAMENTE O MEIO AMBIENTE. AS NOVAS FÁBRICAS COSTUMAM LEVAR EM CONSIDERAÇÃO AS QUESTÕES AMBIENTAIS E A OCUPAÇÃO RACIONAL DO ESPAÇO

  11. 0 ESPAÇO INDUSTRIAL EUROPEU VALE DO RUHR - ALEMANHA VALE DO PÓ - ITÁLIA SITUADO NO NORTE DA ITÁLIA, ESSE RIO NASCE NOS ALPES CENTRAIS, ENTRE A FRANÇA E A ITÁLIA. ATRAVESSA A REGIÃO DE TURIM, MILÃO E GÊNOVA (COM FORTE CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL). DESAGUANDO NO MAR ADRIÁTICO. • SITUADO NO OESTE DA ALEMANHA, ESTÁ ENTRE AS MAIORES ZONAS INDUSTRIAIS DA EUROPA. • GRANDES RESERVAS CARBONÍFERAS. PRESENÇAS DE SIDERÚRGICAS. • PRODUÇÃO ESCOADA ATRAVÉS DO RIO RENO EM DIREÇÃO DO PORTO DE ROTERDÃ, NA HOLANDA.

  12. O NORTE INDUSTRIALIZADO E O SUL (MEZZOGIORNO) VOLTADO PARA A ATIVIDADE AGRÍCOLA – RELAÇÕES DE MEAÇÃO ENTRE O DONO DA TERRA E O EXPROPRIADO DA TERRA (MEZZANIA).

  13. A CAPACIDADE MÚLTIPLA DA INDÚSTRIA ALEMÃ

  14. BACIA PARISIENSE BACIA DE LONDRES (VALE DO TÂMISA) UM DOS MAIS TRADICIONAIS CENTROS MANUFATUREIROS. TEVE SEU APOGEU NO INÍCIO DO SÉCULO XX. • RELEVO BAIXO FAVORECE A NAVEGABILIDADE DO RIO SENA, QUE BANHA A CAPITAL. • ABUNDANTE MÃO-DE-OBRA E UM AMPLO MERCADO CONSUMIDOR.

  15. REGIÃO DE MOSCOU BENELUX (BÉLGICA, HOLANDA E LUXEMBURGO) ESTES TRÊS PAÍSES LOCALIZAM-SE NA DESEMBOCADURA DO RIO RENO, PERTO DO QUAL ESTÁ O PORTO DE ROTERDÃ. GRANDE CONCENTRAÇÃO POPULACIONAL FOI FATOR DECISIVO PARA ABRIGAR UM GRANDE PARQUE INDUSTRIAL, QUE SE VALEU DE RICAS RESERVAS CARBONÍFERAS, FERRÍFERAS, PETROLÍFERAS E DOS RECURSOS FINANCEIROS HOLANDESES. • A INDÚSTRIA ESTÁ CONCENTRADA ENTRE A CAPITAL RUSSA E OS MONTES URAIS, IMPORTANTE FONTE DE MINÉRIO DE FERRO. • ESTAS INDÚSTRIAS QUE HAVIAM SIDO DIRIGIDAS PARA O SETOR DE BASE DURANTE A FASE DO SOCIALISMO REAL (1917-1991), ESTÃO ATUALMENTE SENDO REESTRUTURADAS POR MEIO DO INGRESSO DE CAPITAIS ESTRANGEIROS.

  16. INDÚSTRIA DOS PAÍSES BAIXOS: BÉLGICA E HOLANDA

  17. PAÍSES NÓRDICOS (SUÉCIA, NORUEGA E FINLÂNDIA) ÁREAS CARBONÍFERAS DONBASS: UCRÂNIA. SILÉSIA: POLÔNIA. ALSÁCIA-LORENA: FRANÇA. TAMBÉM POSSUI GRANDES RESERVAS DE FERRO. A REGIÃO DE LYON, BANHADA PELO RIO RÓDONO, QUE SE TORNOU NAVEGÁVEL GRAÇAS ÀS ECLUSAS, E PELAS SUAS RESERVAS DE BAUXITA, QUE FIZERAM DELA UM GRANDE CENTRO METALÚRGICO FRANCÊS. • GRANDE PARQUE INDUSTRIAL BASEADO NA EXPLORAÇÃO DAS RICAS JAZIDAS DE MINÉRIO DE FERRO E DO POTENCIAL DOS ALPES ESCANDINAVOS. • A INDÚSTRIA MADEIREIRA (TAIGA ESCANDINAVA) IMPULSIONOU SUA INDUSTRIALIZAÇÃO. • OUTRAS INDÚSTRIAS: MECÂNICA PESADA, NAVEGAÇÃO E O SETOR PETROQUÍMICO.

  18. ÁREAS INDUSTRIAIS EUROPÉIAS • O MAPA DAS ÁREAS INDUSTRIAIS EUROPÉIAS MOSTRA QUE A PORÇÃO NORTE-OCIDENTAL CONCENTRA OS MAIORES CENTROS URBANOS-INDUSTRIAIS DE TODO O CONTINENTE. • ESTE FATO REFLETE O MAIOR DINAMISMO ECONÔMICO DA UNIÃO EUROPÉIA (UE) EM COMPARAÇÃO ÀS DEMAIS REGIÕES DO CONTINENTE, UMA HERANÇA DA INDUSTRIALIZAÇÃO CLÁSSICA VIVIDA PELOS SEUS PAÍSES MEMBROS.

  19. O ESPAÇO INDUSTRIAL DOS ESTADOS UNIDOS • OS ESTADOS UNIDOS PARTICIPARAM DA INDUSTRIALIZAÇÃO CLÁSSICA. • A PRINCIPAL ÁREA FOI A NOVA INGLATERRA, PRINCIPALMENTE NO ENTORNO DA CIDADE DE BOSTON. • APARECIMENTO DE UM MERCADO CONSUMIDOR, O QUE ESTIMULOU O SURGIMENTO DAS PRIMEIRAS INDÚSTRIAS AINDA NO FINAL DO SÉCULO XVIII. • APARECIMENTO DE DUAS ÁREAS DE FORTE CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL: NORDESTE (NOVA INGLATERRA – BOSTON)E NO ENTORNO DOS GRANDES LAGOS, CARACTERIZANDO O CHAMADO MANUFACTURING BELT (CINTURÃO INDUSTRIAL).

  20. FATORES DE EXPANSÃO DO MANUFACTURING BELT • GRANDE MERCADO CONSUMIDOR, REPRESENTADO PELOS IMIGRANTES E SEUS DESCENDENTES • PRESENÇA DO PORTO DE NOVA IORQUE, PORTA DE ENTRADA PARA IMIGRAÇÃO NOS SÉCULOS XIX E XX. • RECURSOS NATURAIS DOS APALACHES (CARVÃO MINERAL) E DO PLATÔ DOS GRANDE S LAGOS (MINÉRIO DE FERRO), ALÉM DA FARTURA DE ÁGUAL. • NAVEGABILIDADE DO RIO HUDSON, COM UM SISTEMA DE ECLUSAS E COMPORTAS QUE PERMITEM A INTEGRAÇÃO ENTRE OS RIOS SÃO LOURENÇO E OS GRANDES LAGOS, ALÉM DA CONECÇÃO DE CHICAGO (LAGO MICHIGAN) COM O PORTO DE NOVA IORQUE. • DEU ORIGEM A DUAS MEGALÓPOLES: BOSWASH(BOSTON-WASHINGTON) E CHIPITTS (CHICAGO E PITTSBURGH).

  21. TRANSFORMAÇÕES DO MANUFACTURING BELT • O ADVENTO DO FENÔMENO DA GLOBALIZAÇÃO E A CONCORRÊNCIA TEM PROVOCADO A SAÍDA DE MUITAS INDÚSTRIAS DESSAS REGIÕES, EM BUSCA DE MENORES CUSTOS DE PRODUÇÃO. • O MANUFACTURING BELT TRANSFORMOU-SE NO RUST BELT (CINTURÃO DA FERRUGEM), PELO ABANDONO DOS GALPÕES EM CIDADES COMO BOSTON, DETROIT, PITTSBURGH, BALTIMORE ETC. • OS FATORES BÁSICOS DESTA TRANSFORMAÇÃO: IMPOSTOS URBANOS MUITOS CAROS; RÍGIDAS LEIS AMBIENTAIS; TRÂNSITO CAÓTICO, QUE ELEVA OS CUSTOS DO FRETE; SINDICATOS ORGANIZADOS, QUE PRESSIONAM O GRANDE CAPITAL. • ESTAS TRANSFORMAÇÕES – DESCONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL – NÃO SIGNIFICA DECADÊNCIA, MAS UMA TRANSFORMAÇÃO ESTRUTURAL, OPTANDO PELO SETOR DE SERVIÇOS, COMANDADO PELO MERCADO FINANCEIRO – WALL STRETT.

  22. O SUN BELT – CINTURÃO DO SOL • TEM SUA ORIGEM NA CONCORRÊNCIA, BUSCANDO DIMINUIR CUSTOS DE PRODUÇÃO, COMO TERCEIRIZAÇÃO E A DESCONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL. • O SUN BELT É UMA EXTENSA FAIXA DE TERRAS MERIDIONAIS QUE SE ESTENDEM DA FLÓRIDA ATÉ A CALIFÓRNIA. • O PRIMEIRO IMPULSO ACONTECEU NOS ANOS 1960, COM O AUMENTO DA EXTRAÇÃO DO PETRÓLEO NO TEXAS E O DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA AEROESPACIAL NA FLÓRIDA. • TODAVIA, A ÁREAS INDUSTRIAL MAIS MODERNA FOI O VALE DO SILÍCIO, NA CALIFÓRNIA, NA DÉCADA DE 1970.

  23. VALE DO SILÍCIO • CONCENTRA EMPRESAS LIGADAS ÀS TECNOLOGIAS DA TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (MICROELETRÔNICA, MICROINFORMÁTICA, QUÍMICA FINA, TELECOMUNICAÇÕES, ROBÓTICA E BIOTECNOLOGIA. • FATORES QUE FAVORECERAM O VALE DO SILÍCIO: • POSIÇÃO GEOGRÁFICA DESSA REGIÃO NAS PROXIMIDADES DO OCEANO PACÍFICO, O QUE FACILITA O ACESSO À BACIA DO PACÍFICO, ONDE ESTÁ O JAPÃO. • EXISTÊNCIA DE CENTROS DE PESQUISA E UNIVERSIDADES EM PARCERIA COM AS EMPRESAS, PROMOVENDO P&D. ASSIM, SURGIU O GOOGLE (SITE DE BUSCA DA INTERNET). • TERRENOS MAIS BARATOS; GRANDES AGÊNCIAS GOVERNAMENTAIS COMO A NASA E A MÃO-DE-OBRA BARATA DOS LATINOS, ESPECIALMENTE DOS MEXICANOS. • SURGIMENTO DA MEGALÓPOLE DE SAN-SAN.

  24. INDÚSTRIAS DE PONTA NO MUNDO

  25. O ESPAÇO INDUSTRIAL DO JAPÃO IMPERADOR MITSUHITO • A INDUSTRIALIZAÇÃO DO JAPÃO COMEÇA COM O FIM DO REGIME DO XOGUNATO E A RESTAURAÇÃO MEIJI (1868), APÓS O BOMBARDEIO DOS PORTOS JAPONESES PELA ESQUADRA NORTE-AMERICANA COMANDADA PELO COMODORO MATTHEW CALBRAITH PERRY QUE IMPÔS AO JAPÃO O TRATADO DE KANAGAWA (1854), ENCERRANDO O XOGUNATO TOKUGAWA SUBSTITUÍDO PELO GOVERNO IMPERIAL NA PESSOA DE MITSUHITO. • A DINASTIA MEIJI (GOVERNO ILUSTRADO) INVESTIU NA EDUCAÇÃO E NA INDÚSTRIA DE BASE, DE ONDE SAÍRAM OS ZAIBATSU – PRIMEIRAS INDÚSTRIAS DE CAPITAIS PRIVADOS PERTENCENTES ÀS FAMÍLIAS TRADICIONAIS E PODEROSAS, COM PRESTÍGIO JUNTO AO IMPERADOR, QUE LHES GARANTIU GRANDES MONOPÓLIOS. MATTHEW C. PERRY

  26. A EXPANSÃO MILITAR JAPONESA • PARA DAR SUPORTE À INDUSTRIALIZAÇÃO, FOI INICIADA UMA RÁPIDA MILITARIZAÇÃO QUE SEGUIU ATÉ A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. • META: GARANTIR OS RECURSOS NATURAIS EXIGIDOS PELA INDUSTRIALIZAÇÃO E QUE O TERRITÓRIO JAPONÊS NÃO POSSUÍA.

  27. A EXPANSÃO MILITAR JAPONESA • As vitórias alcançadas nas guerras Sino-Japonesa e Russo-Japonesa marcam o começo de sua expansão e da construção de sua hegemonia no Leste Asiático. No entanto, o Japão só viria a ser desafiado na execução de tal projeto quando da invasão do território chinês em 1937 – a China não capitula e os EUA exigem a retirada dos japoneses desse território. A recusa japonesa leva os Estados Unidos a anular o Acordo Comercial de 1911, que garantia o suprimento de matérias-primas para a indústria bélica japonesa. Ao imporem o jogo de soma-zero na solução desse conflito de interesses, os Estados Unidos estavam decididos a reduzir o Japão a uma posição de importância secundária no Leste Asiático. Segundo os japoneses, o objetivo norte-americano era levar o Japão ao colapso sem guerra se ele não abandonasse o território chinês. Para não se submeter aos EUA, o Japão optou pela guerra.

  28. INDÚSTRIAS JAPONESAS • A CONCENTRAÇÃO DAS INDÚSTRIAS JAPONESAS DEU-SE NO INÍCIO NO LITORAL DO PACÍFICO (EM OPOSIÇÃO DO MAR DO JAPÃO). • NAS ÚLTIMAS DÉCADAS, A INSTALAÇÃO DE POLOS INDUSTRIAIS DÁ-SE EM ÁREAS AFASTADAS DAS GRANDES CONCENTRAÇÕES URBANAS DOS EIXOS TÓQUIO-OSAKA E OSAKA E FUKUOKA. TAIS MEDIDAS TEM COMO OBJETIVOS DIMINUIR OS PROBLEMAS DAS MEGALÓPOLES, COMO: • CHUVAS ÁCIDAS • POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA • FALTA DE ESPAÇO EM UM PAÍS PEQUENO E MUITO POPULOSO. • ATENDER ÀS INDUSTRIAS DOS TIGRES ASIÁTICOS, MUITAS DAS QUAIS SÃO FILIAIS DE GRANDES TRANSNACIONAIS NIPÔNICAS.

  29. PRINCIPAIS CENTROS INDUSTRIAIS DO JAPÃO

  30. A RÁPIDA RECONSTRUÇÃO JAPONESA APÓS A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL • PLANO COLOMBO: MANTER O JÁPÃO SOB A INFLUÊNCIA NORTE-AMERICANA, A PARTIR DE EMPRÉSTIMOS VOLTADOS PARA A RECONSTRUÇÃO DO PAÍS, ALÉM DE IMPOR DURAS CONDIÇÕES, COMO A PROIBIÇÃO DE REMILITARIZAÇÃO. TODAVIA, ESTAS CONDIÇÕES NÃO TORNARAM O PAÍS UMA ECONOMIA PERIFÉRICA DO CAPITALISMO, COMO, POR EXEMPLO: • ELEVADA QUALIFICAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA; • RIGOROSOS PROGRAMAS DE CONTROLE DE QUALIDADE DOS PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS, BASEADOS EM CÁLCULOS ESTATÍSTICOS; • DIRECIONAMENTO DE GRANDE PARTE DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL PARA O MERCADO EXTERNO, AMPARADO POR UMA FORTE DESVALORIZAÇÃO DA MOEDA JAPONESA, O IENE. • CONSTRUÇÃO DE GRANDES E MODERNOS NAVIOS PARA BARATEAR O FRETE DO TRANSPORTE . • A POUPANÇA INTERNA.

  31. A CRISE DOS ANOS 1990 NO JAPÃO • APÓS A DÉCADA DE 1980, O JAPÃO ENTROU EM RECESSÃO ECONÔMICA. O QUE TERIA ACONTECIDO? • AUMENTO DA CONCORRÊNCIA MUNDIAL PROPORCIONADA PELO PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO, LEVANDO À DISPUTA COM PRODUTOS NORTE-AMERICANOS E EUROPEUS, ALÉM DOS TIGRES ASIÁTICOS, OS NOVOS TIGRES (CHINA E ÍNDIA), DENTRE OUTROS. • INVESTIMENTOS MACIÇOS EM ROBÓTICA E MECANIZAÇÃO, EM DETRIMENTO DA COMPUTAÇÃO-INFORMÁTICA.

  32. O DINAMISMO CRESCENTE DA AUSTRÁLIA • AINDA MANTÉM FORTES LAÇOS ECONÔMICOS E CULTURAIS COM A INGLATERRA, PORÉM PASSOU DE UMA ECONOMIA EXPORTADORA DE PRODUTOS PRIMÁRIOS (MINÉRIOS, LÁ, CARNE, TRIGO) PARA UM INTENSA ATIVIDADE INDUSTRIAL. • TAL FENÔMENO PODE SER RELACIONADO AO: • RICO MERCADO INTERNO; • AMPLAS ÁREAS A SEREM EXPLORADAS; • AUMENTO DO INTERCÂMBIO COMERCIAL COM O JAPÃO, EXPORTANDO RECURSOS NATURAIS E RECEBENDO INVESTIMENTOS FINANCEIROS E INDUSTRIAIS; • DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA DE TRANSPORTE E DAS TELECOMUNICAÇÕES QUE “DIMINUÍRAM” A DISTÂNCIA FÍSICA DESSA REGIÃO EM RELAÇÃO AOS MAIORES MERCADOS CONSUMIDORES; • FORTE LIGAÇÃO COM OS ESTADOS UNIDOS, NOS CAMPOS DIPLOMÁTICO, ECONOMICO E MILITAR; • INTERCÂMBIO INTENSO COM OS PAÍSES DA COMMONWEALTH.

  33. OS TIGRES ASIÁTICOS SÃO OS TRÊS PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS QUE SE INDUSTRIALIZARAM A PARTIR DOS ANOS 1970: CORÉIA DO SUL, CINGAPURA, TAIWAN (FORMOSA). HÁ AINDA HONG KONG, CIDADE LITORÂNEA CHINESA QUE FOI MANTIDA COMO COLÔNIA INGLESA DURANTE UM SÉCULO E MEIO, VOLTANDO AO CONTROLE DA CHINA EM 1997, REGIDA POR LEIS PRÓPRIAS. • FAVORECERAM A INDUSTRIALIZAÇÃO DOS TIGRES ASIÁTICOS: • MÃO-DE-OBRA INICIALMENTE POUCO QUALIFICADA, BARATA E MUITO DISCIPLINADA; • POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS DE ATRAÇÃO DE EMPRESAS TRANSNACIONAIS, COMO ISENÇÃO FISCAL E INCENTIVOS ÀS EXPORTAÇÕES; • POUQUÍSSIMAS LEIS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL; • PRATICAMENTE NENHUMA LEI TRABALHISTA, O QUE PRODUZIU A EXPLORAÇÃO EXTREMA DA MÃO-DE-OBRA, COMO AS LONGAS JORNADAS DE TRABALHO. • RECEBERAM, COMO O JAPÃO, APOIO DOS ESTADOS UNIDOS, QUE CONSOLIDOU SUA POLÍTICA DE ISOLAMENTO DE PAÍSES ALIADOS NO EXTREMO ORIENTE, EVITANDO QUE CAÍSSEM NA ESFERA DE INFLUÊNCIA DOS PAÍSES SOCIALISTAS – “CORDÃO SANITÁRIO”.

  34. NO PÓS-SEGUNDA GUERRA, O JAPÃO TEM DIRECIONADO INVESTIMENTOS, PREPONDERANTEMENTE, PARA OS TIGRES ASIÁTICOS, CHEGANDO TAMBÉM AOS NOVOS TIGRES ASIÁTICOS: INDONÉSIA, MALÁSIA, FILIPINAS, TAILÂNDIA E VIETNÃ, PROCURANDO MÃO-DE-OBRA AINDA MAIS BARATA E RECURSOS MINERAIS: • INDONÉSIA: PETRÓLEO E MADEIRA; • MALÁSIA: MADEIRA E BAUXITA; • TAILÂNDIA: BAUXITA; • VIETNÃ: TEM IMPLEMENTADO REFORMAS CAPITALISTAS E OFERECIDO INCENTIVOS FISCAIS PARA ATRAIR INVESTIMENTOS.

  35. A CORÉIA DO SUL • TEVE SUA INDUSTRIALIZAÇÃO INICIADA NOS ANOS 1980, COM INVESTIMENTOS JAPONESES E NORTE-AMERICANOS. • IMPORTANTE INDÚSTRIA DE BASE QUE PERMITIU O DESENVOLVIMENTO DE SETORES MAIS COMPLEXOS, COMO O DE BENS DE CONSUMO DURÁVEIS (AUTOMÓVEIS E ELETRODOMÉSTICOS) E O NAVAL (SEGUNDO MAIOR DO MUNDO). • TAMBÉM CHAMADO DE NIC’S – NEW INDUSTRIAL COUTRIES (NOVOS PAÍSES INDUSTRIALIZADOS). • É DIFERENCIADO DOS DEMAIS TIGRES ASIÁTICOS QUE, LIMITARAM SUA INDUSTRIALIZAÇÃO AOS SETORES MAIS LEVES,TRADICIONAIS, COMO O DE BENS DE CONSUMO DURÁVEIS (TÊXTIL, PLÁSTICOS ETC.).

  36. O VIETNÃ • EXPULSOU OS COLONIZADORES FRANCESES (1954) E, EM SEGUIDA, EXPERIMENTOU UMA GUERRA CIVIL, QUE DIVIDIU O SEU TERRITORIO (VIETNÃ DO NORTE E VIETNÃ DO SUL). • ENTRE 1960 E 1970 HOUVE O ENVOLVIMENTO DIRETO DOS ESTADOS UNIDOS, CULMINANDO COM A SUA EXPULSÃO EM 1975 E A VITÓRIA DAS FORÇAS DO NORTE (SOCIALISTA), MANTENDO O VIETNÃ ISOLADO NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS. • A PARTIR DE 1980, O GOVERNO ADOTOU UM AMPLO PROGRAMA DE REFORMAS ECONÔMICAS QUE ABRIAM O PAÍS AO CAPITAL INTERNACIONAL (EXTERNO), EMBORA MANTENDO O SISTEMA SOCIALISTA. • INTENSO FLUXO DE CAPITAIS PASSOU A DIRECIONAR-SE PARA O VIETNÃ QUE COMEÇOU A DESPERTAR PARA O MERCADO EXTERNO.

  37. OS TIGRES ASIÁTICOS

  38. A NOVA CHINA • UM PAÍS, DOIS SISTEMAS – POLÍTICA ECONÔMICA IMPLEMENTADA PELO DENG XIAO PING (1978), SUBSTITUTO DE MAO TSÉ-TUNG (FALECIDO EM 1976). • UM PAÍS, DOIS SISTEMAS OU ECONOMIA SOCIALISTA DE MERCADO, QUE POSSUI AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS: • CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA – PARTIDO COMUNISTA CHINÊS (PCC); • ABERTURA CONTRALADA DA ECONOMIA ATRAVÉS DAS ZONAS ECONÔMICAS ESPECIAIS (ZEEs), LOCALIZADAS NA CIDADES LITORÂNEAS QUE PASSARAM A ABRIGAR EMPRESAS TRANSNACIONAIS ATRAVÉS DE PARCERIAS COM EMPRESAS CHINESAS (JOINT-VENTURES).

  39. FATORES DE ATRAÇÃO DO CAPITAL EXTERNO PARA A CHINA • MÃO-DE-OBRA BARATA E DISCIPLINADA (AUSÊNCIA DE SINDICALISMO ORGANIZADO E REIVINDICAÇÕES TRABALHISTAS; • INCENTIVOS OFICIAIS ÀS EXPORTAÇÕES; • ENORME E INEXPLORADO MERCADO CONSUMIDOR (1,3 BILHÕES DE PESSOAS); • VASTAS RESERVAS MINERAIS NA MANCHÚRIA (DE CARVÃO MINERAL). • PRINCIPAIS SETORES INDUSTRIAIS CHINESES: • INDÚSTRIAS DE BASE – HERANÇA DE MAO TSÉ-TUNG; • INDÚSTRIA LEVES – INSTALADAS NAS ZEEs, NA FAIXA LITORÂNEA.

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