E N D
Perda Auditiva Induzida pelo Ruído Dr. Carlos Eduardo Nigro Doutor em ORL pelo HCFMUSP
PAIR • Efeitos do ruído • Adaptação • Fadiga • PA temporária • Trauma Acústico • PAIR
PAIR • Efeitos do ruído • Adaptação • Fadiga • PA temporária • Trauma Acústico • PAIR • Decréscimo na sensibilidade na presença de um som facilmente audível
PAIR • Efeitos do ruído • Adaptação • Fadiga • PA temporária • Trauma Acústico • PAIR • Diminuição transitória do limiar auditivo após exposição a som intenso por diminuição de neurotransmissores
PAIR • Efeitos do ruído • Adaptação • Fadiga • PA temporária • Trauma Acústico • PAIR • Alteração metabólica da cóclea após exposição a som intenso por horas, dias, semanas
PAIR • Efeitos do ruído • Adaptação • Fadiga • PA temporária • Trauma Acústico • PAIR • Exposição súbita a ruídos altíssimos: >40dB • Pode haver rutura da MT e desarticulação da cadeia ossicular
PAIR • Efeitos do ruído • Adaptação • Fadiga • PA temporária • Trauma Acústico • PAIR • Perda Auditiva Induzida por Ruído • Exposição continuada ao ruído afetando a cóclea e o nervo auditivo • É a 2a maior causa de perda auditiva sensorioneural
PAIR • Histórico • Grandes mamíferos não dormem próximo a grandes quedas d’água • 720 ac sibaritas • Séc I 1o estudo de população que morava próximo a queda d’água • Séc XII pólvora • Séc XVI rainha Elizabeth I baixou um decreto proibindo que os maridos surrassem as mulheres após as 22h • 1929 Fowler descreveu a PAIR • 1961 OMS reconhece a PAIR • Séc. XX 2ª guerra mundial
PAIR Fisiopatologia Atividade metabólica cels sensoriais
PAIR Fisiopatologia Atividade metabólica cels sensoriais estoque de ¨E¨
PAIR Fisiopatologia Atividade metabólica cels sensoriais estoque de ¨E¨ Alteração ddp
PAIR Fisiopatologia Atividade metabólica cels sensoriais estoque de ¨E¨ Alteração ddp Transtorno metabólico
PAIR Fisiopatologia Atividade metabólica cels sensoriais estoque de ¨E¨ Alteração ddp Transtorno metabólico Ainda reversível
PAIR Fisiopatologia Com a manutenção do ruído
PAIR Fisiopatologia Com a manutenção do ruído Distúrbio metabólico prolongado
PAIR Fisiopatologia Com a manutenção do ruído Distúrbio metabólico prolongado Morte celular
PAIR Fisiopatologia Com a manutenção do ruído Distúrbio metabólico prolongado Morte celular 1o CCE ... 2o CCI ... 3o FFNN ...4o Cels sust.
PAIR Fisiopatologia Com a manutenção do ruído Distúrbio metabólico prolongado Morte celular 1o CCE ... 2o CCI ... 3o FFNN ...4o Cels sust. Irreversível
PAIR • Níveis sonoros • 30 dB sussurro • 50 dB chuva / geladeira • 60 dB máquina de lavar louça / conversa • 70 dB aspirador de pó / restaurante • 80 dB alarme do relógio / metrô • 90 db barbeador elétrico / cortador de grama • 100 db caminhão de lixo / serra elétrica • 110 db motosserra / show de rock • 120 db turbina de avião / danceteria / trovão • 130 db bate-estaca • 140 db tiro • 180 db decolagem de foguete
PAIR • IPodE? • 70 dB IPod baixo • 80 dB IPod ¼ • 100 db IPod na metade • 120 db IPod alto
PAIR • PA devido à exposição continuada ao ruído • 85 dB 8 h/dia 5 dias/semana • 90 dB 4 h/dia 5 dias/semana • 95 dB 2 h/dia 5 dias/semana • 100 dB 1 h/dia 5 dias/semana • 115 dB 7 min/dia 5 dias/semana
PAIR • Perda Auditiva Ocupacional • Vibração
PAIR • Quadro Clínico • Hipoacusia • Zumbido • Intolerância a sons intensos • Dificuldade para localizar fontes sonoras • Dificuldade no entendimento da fala
PAIR • Quadro Clínico • Irritabilidade • Dificuldade de concentração • Cansaço • Alteração de humor • Desencadeamento ou piora de crises de epilepsia • Vertigens, náuseas • Problemas digestivos
PAIR • Anamnese e exame físico • Identificação do paciente com foto • AF, AP, passado otológico, drogas ototóxicas • Empregos anteriores • Exposição fora do trabalho • Doenças associadas • Tipo e tempo de exposição • Otoscopia • Audição atual
PAIR • Exames subsidiários • Audiometria tonal e vocal • Imitanciometria • BERA • Emissões otoacústicas
PAIR Audiograma 0,25 0,5 1 2 3 4 6 8 • Sempre sensorioneural • Meses até 15o ano, depois tende a estabilizar • Quase sempre bilateral e simétrica • Audiograma: • 4-6 3 8 2 1 0,5 0,25 • Raramente leva a PA profundas • Boa discriminação de palavras • Irreversível • Afastando-se do ruído a perda não progride -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
PAIR Audiograma 0,25 0,5 1 2 3 4 6 8 • Sempre sensorioneural • Meses até 15o ano, depois tende a estabilizar • Quase sempre bilateral e simétrica • Audiograma: • 4-6 3 8 2 1 0,5 0,25 • Raramente leva a PA profundas • Boa discriminação de palavras • Irreversível • Afastando-se do ruído a perda não progride -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
PAIR Audiograma 0,25 0,5 1 2 3 4 6 8 • Sempre sensorioneural • Meses até 15o ano, depois tende a estabilizar • Quase sempre bilateral e simétrica • Audiograma: • 4-6 3 8 2 1 0,5 0,25 • Raramente leva a PA profundas • Boa discriminação de palavras • Irreversível • Afastando-se do ruído a perda não progride -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
PAIR Audiograma 0,25 0,5 1 2 3 4 6 8 • Sempre sensorioneural • Meses até 15o ano, depois tende a estabilizar • Quase sempre bilateral e simétrica • Audiograma: • 4-6 3 8 2 1 0,5 0,25 • Raramente leva a PA profundas • Boa discriminação de palavras • Irreversível • Afastando-se do ruído a perda não progride -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
PAIR Audiograma 0,25 0,5 1 2 3 4 6 8 • Sempre sensorioneural • Meses até 15o ano, depois tende a estabilizar • Quase sempre bilateral e simétrica • Audiograma: • 4-6 3 8 2 1 0,5 0,25 • Raramente leva a PA profundas • Boa discriminação de palavras • Irreversível • Afastando-se do ruído a perda não progride -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
PAIR Audiograma 0,25 0,5 1 2 3 4 6 8 • Sempre sensorioneural • Meses até 15o ano, depois tende a estabilizar • Quase sempre bilateral e simétrica • Audiograma: • 4-6 3 8 2 1 0,5 0,25 • Raramente leva a PA profundas • Boa discriminação de palavras • Irreversível • Afastando-se do ruído a perda não progride -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
PAIR Audiograma 0,25 0,5 1 2 3 4 6 8 • Sempre sensorioneural • Meses até 15o ano, depois tende a estabilizar • Quase sempre bilateral e simétrica • Audiograma: • 4-6 3 8 2 1 0,5 0,25 • Raramente leva a PA profundas • Boa discriminação de palavras • Irreversível • Afastando-se do ruído a perda não progride -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
PAIR Audiograma • Classificação: • leve, • moderada, • severa, • profunda, em tais freqüências • induz o paciente ou o juiz ao erro
PAIR Audiograma Portaria 19 • Audiograma único: análise qualitativa • Dentro dos limites aceitáveis • Sugestivo de PAIR • Não sugestivo de PAIR
PAIR Audiograma Portaria 19 • Audiogramas seqüenciais: análise quantitativa • Tecnicamente estabilizado • Piora significativa: desencadeamento ou agravamento • 10dB na média de 3,4 e 6 KHz • 15dB em uma frequência isolada • Re-testar Médico do trabalho toma as providências necessárias e este exame passa a ser o audiograma referência
PAIR Audiograma • Primeiro audiograma dá 5dB pior em 95% dos trabalhadores devido ao stress (Everardo) Poderia ser realizada outra audiometria para re-teste
PAIR Imitanciometria 1. OD OE Pressão O.M. (daPa) 0 0 C. Max. Relax. 1,6 1,5 C. +200mm H2O 0,8 0,9 C. Estática 0,8 0,6 • Complacência estática • Timpanometria dinâmica • Pesquisa do reflexo estapédico 1,4 ml 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0 2. daPa -500 -400 -300 -200 -100 0 +100 +200 +300 3. Via aferente direita Via aferente esquerda Freq. (Hz) limiar reflexo dif. reflexo limiar reflexo dif. reflexo OD contralat ipsi OE contralat ipsi 500 15 90 75 30 110 80 1000 20 100 80 95 25 95 70 95 2000 40 100 60 100 35 105 70 100 4000 55 110 55 45 110 65
PAIR BERA (audiometria de tronco cerebral) • Limiar auditivo: simuladores • Diferenciar doença coclear X retrococlear
PAIR EOA (emissões otoacústicas) • Presentes em indivíduos com limiares auditivos melhores que 30 db • Confirma a integridade do mecanismo coclear • Ideal p/ programas de triagem auditiva trabalhadores expostos à ruídos • Diagnóstico diferencial com patologias retrococleares • Simuladores
PAIR Susceptibilidade individual • Ouvido de cristal X ouvido de pedra • O mesmo indivíduo pode ter um ouvido mais sensível • Quanto melanina resistente • Homem é mais susceptível • Idade > 45 anos é mais susceptível • Indivíduo com PASN é mais susceptível • Colesterol, Mg, stress, fumo, ototóxicos • Produtos químicos, vibrações, temperatura (Perda Auditiva Ocupacional)
PAIR Diagnóstico diferencial • Processo infeccioso • Processo degenerativo • Doença de Ménière • Neurinoma do Acústico • PA hereditária • Trauma acústico • TCE • Ototóxicos • Produtos químicos • Distúrbio metabólico • Presbiacusia
PAIR Avaliação da PAIR 1o nível: admissional, periódico, demissional 2o nível: clínico 3o nível: trabalhista, previdenciário
PAIR Tratamento • AASI valorizando as altas freqüências • Orientação • No futuro • Curativo: terapia genética • Preventivo: drogas que bloqueiam as sinapses
PAIR Programa de prevenção • Avaliação do ruído • Dosagem de exposição; > 80 dB
PAIR Programa de prevenção • Avaliação Audiométrica dos trabalhadores • se tudo bem documentar • se não • barulho se possível • Higiene industrial • EPI: espuma (duração 1 mês), silicone (6meses) • Bota para vibração • Educação (avisos) • Legislação: portaria 19 (9/4/98) • norma técnica previdenciária – 05/608 (5/8/98)
PAIR Perícia • Advogado de nenhuma das partes pode acompanhar – risco de nulidade da perícia. • Introdução, levantamento técnico com laudos de calibração, descrição e análise do local de trabalho, EPI usados. • Não decide, só relata nexo de causalidade.