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As vezes, precisamos perder as pessoas para descobrir a importância que elas tinham. E quanto eram importantes. Esse texto o padre Fabio de Melo e screveu quando sua irmã morreu. Ela tinha ligado um dia antes para falar c om ele e ele não deu muita atenção pois
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As vezes, precisamos perder as pessoas para descobrir a importância que elas tinham. E quanto eram importantes... Esse texto o padre Fabio de Melo escreveu quando sua irmã morreu. Ela tinha ligado um dia antes para falar com ele e ele não deu muita atenção pois estava com um compromisso marcado.
Fico pensando que ás vezes, na vida, o ensinamento mais doído seja esse: quando nós já não temos mais a oportunidade de fazer alguma coisa. Oinferno talvez seja isso – a impossibilidade de mudar alguma situação.
E quando as pessoas se vão, já não há mais o que dizer, porque não podem mais perdoar, não podem mais sorrir, não podem amar, nem tão pouco ouvir de nós que as amamos.
Sabe quando você fala, mas fala na correria, porque você tem muita coisa pra fazer? E foi assim...se eu soubesse que aquela seria a última oportunidade de olhar nos olhos dela, eu certamente teria esquecido toda a pressa, porque na vida é assim, quando você sabe que é última oportunidade, você não tem pressa para mais nada. Já não há mais o que fazer.
E eu descobri com isso, que não tenho o direito de esperar amanhã pra dizer que amo, pra perdoar, para abraçar, dizer que é importante, que é especial.
O amanhã eu não sei se virá, mas o agora sei que existe, e ás vezes, na vida, nós perdemos...
Não espere as pessoas irem embora. Não espere o definitivo bater na sua porta. Viva como se fosse o último dia da sua história. Se hoje você fosse conhecedor que seria o último de sua vida, certamente você não teria pressa. Você celebraria até o fim, e ficaria ao lado de quem você ama.
Viva como se fosse o último dia da sua vida. Viva como se fosse a última oportunidade de amar quem você ama, de olhar nos olhos de quem é especial pra você.
Eu descobri porque eu gosto tanto dessa música. Ela não fala de um amor que foi embora; o compositor fez para a filha que morreu em um acidente; porque é assim, quando o outro vai embora é que a gente descobre o tamanho do espaço que ele ocupava.
“Não sei porque você se foi, Quanta saudades eu senti, E de tristeza vou viver, E aquele adeus não pude dar...
Você marcou a minha vida, Viveu, morreu na minha história, Chego a ter medo do futuro E da solidão que em minha porta bate.
E eu! Gostava tanto de você Gostava tanto de você.
Eu corro, fujo desta sombra, Eu sonho vejo este passado, E na parede do meu quarto Ainda está o seu retrato.
Não quero ver pra não lembrar, Pensei até em me mudar... Lugar qualquer que não exista O pensamento em você...
E eu! Gostava tanto de você, Gostava tanto de você.
O triste da música é que a gente precisa conjugar o verbo no Passado, a pessoa se foi, já não há mais o que fazer. Mas não tem nenhum sofrimento nessa vida que passe por nós sem deixar nenhum ensinamento... Tem que nos ensinar, não dá pra sofrer em vão. Alguma coisa a gente tem que extrair.
Extraia o sofrimento e descubra o ensinamento. Resta a possibilidade de mudar o verbo, de trazê-lo para o presente e de cantá-lo olhando para as pessoas que são especiais. Quem sabe cantando para ela nesse momento...
Se ela está ao seu lado, se você tem algum amigo que mereça ouvir isso de você, alguém que faz diferença na sua história...
Ao invés de dizer que gostava, você diz que gosta... Vamos mudar o verbo! Vamos amar a vida! Vamos amar as pessoas antes que elas vão embora.
E eu...gosto tanto de você. Gosto tanto de você!!!