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A DIMENSÃO CONTINENTAL NO MEIO DE NÓS. Para uma missão intergentes na América Latina e Caribe junto aos migrantes. O DESAFIO DA MOBILIDADE HUMANA. Condições a que está submetida a pastoral: Pastoral de fronteira e Pastoral ambiental. PASTORAL DE FRONTEIRA.
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A DIMENSÃO CONTINENTAL NO MEIO DE NÓS Para uma missão intergentes na América Latina e Caribe junto aos migrantes
O DESAFIO DA MOBILIDADE HUMANA Condições a que está submetida a pastoral: Pastoral de fronteira e Pastoral ambiental
PASTORAL DE FRONTEIRA “FRONTEIRA”: limiar, limite, intersecção entre diferentes territórios LUGAR AMBIGUO: simultaneamente barragem e passagem para lugares distintos NA PASTORAL: situações de contato e intercâmbio entre a Igreja e sociedade
PASTORAL DE FRONTEIRA PASTORAIS SOCIAIS, PASTORAL URBANA: intercâmbio, parceria e conflito com movimentos sociais, ONGs, órgãos públicos, mundo técnico científico e sócio-político MISSÃO INTERGENTES: problemática do diálogo intercultural e interreligioso ESPAÇO DA “INDEFINIÇÃO ECLESIAL”: o que é pastoral ou não?
PASTORAL DE FRONTEIRA LUGAR DO ENCONTRO DA AÇÃO EVANGELIZADORA E MISSIONÁRIA DA IGREJA NO MUNDO Relação Dialética INSTITUIÇÃOXEVANGELIZAÇÃO
PASTORAL DE FRONTEIRA CONDIÇÃO SOCIAL DO MIGRANTE: - condição liminar, nem na origem nem no destino; - provisoriedade permanente, instabilidade constante; • deslocamento em relação ao Estado (lei) e em relação à Igreja (canônico); • Isolamento, segregação, confinamento
PASTORAL DE FRONTEIRA CONDIÇÃO SOCIAL DO MIGRANTE: • deslocamento: outro uso do território “alheio”, outra forma de apropriação; • lógica da hibridez e do sincretismo: “mistura” de referenciais culturais e religiosos; • reconstrução de seu próprio ambiente de identificação; • busca de reconhecimento de sua alteridade social e cultural
PASTORAL AMBIENTAL • Em que a pastoral se reformula dentro dos contornos e pela mediação de outro contexto ou ambiente “ESPAÇO ECLESIAL” X OUTROS AMBIENTES
PASTORAL AMBIENTAL MIGRANTES NO “TERRITÓRIO” PAROQUIAL E NO “ESPAÇO” DA IGREJA: • condições para diálogo: linguagem comum e saber conviver com o conflito; • “espaço eclesial”: cada vez mais múltiplo e com significações cruzadas; • superposição de diferentes “territorializações”
PASTORAL AMBIENTAL REDEFINIÇÃO DA “INCULTURAÇÃO”: • outra definição de “cultura”: não mais estável, nem harmônica, nem coerente; • intercâmbios culturais: cruzamentos híbridos, em diferentes contextos frente a diferentes necessidades; • “inculturação” frente ao móvel, provisório e imprevisível.
PASTORAL AMBIENTAL E DE FRONTEIRA MISSÃO INTERGENTES NO MUNDO DA MOBILIDADE HUMANA AGENTE DE PASTORAL COMO AGENTE DE “MEDIAÇÕES”
EXSUL FAMILIA (1952) “carta magna” do surgimento da Pastoral da Mobilidade Humana; primeira sistematização coerente das normativas que orientam a pastoral, que foram surgindo desde o final do século XIX; contexto das grandes migrações e refugiados do pós II Guerra;
“PASTORALIS MIGRATORUM CURA” (1969) Definição “pastoral” de migrante: “A Igreja se preocupa, com materna solicitude, de prestar-lhes uma oportuna assistência pastoral. É precisamente deste ponto de vista pastoral que se trata agora, que no conceito de migrantes estão compreendidos todos aqueles que, por qualquer motivo, vivem fora da pátria ou da própria comunidade étnica e necessitam verdadeiramente de uma assistência particular.”
“PASTORALIS MIGRATORUM CURA” (1969) • Vaticano II: contexto da abertura ao mundo moderno e desdobramento da atuação pastoral nos vários campos da mobilidade humana a partir dos anos 1970; • Estrutura nacional: Comissão Católica de Migrações; • Estrutura local: “Paróquias pessoais” e comunidades “com cura animarum”.
PONTIFICIO CONSELHO DA PASTORAL PARA OS MIGRANTES E ITINERANTES (1988) • MIGRANTES; • REFUGIADOS E DESLOCADOS INTERNOS; • ESTUDANTES INTERNACIONAIS; • TURISMO, PEREGRINAÇÕES E SANTUÁRIOS;
PONTIFICIO CONSELHO DA PASTORAL PARA OS MIGRANTES E ITINERANTES (1988) • APOSTOLADO DO MAR; • AVIAÇÃO CIVIL; • NÔMADES; • CIRCENSES E PARQUISTAS; • APOSTOLADO DA ESTRADA.
ERGA MIGRANTES CARITAS CHRISTI (2004) Novo enfoque das migrações no contexto da Globalização • nacionalismo exacerbado, violência e xenofobia; • políticas que negam direitos fundamentais dos migrantes; • penetração do capital e acirramento das causas das migrações; • relações interculturais e interreligiosas;
ERGA MIGRANTES CARITAS CHRISTI (2004) Novo enfoque das migrações no contexto da Globalização • aumento dos refugiados e deslocados internos • tráfico de seres humanos e trabalho degradante; • violência do terrorismo e intervenção militar nos países do Terceiro Mundo; • Feminização das migrações.
ERGA MIGRANTES CARITAS CHRISTI (2004) “Migrantes e Pastoral da Acolhida” • inculturação e pluralismo cultural e religioso; • Acolhida e solidariedade; • Liturgia e religiosidade popular; • Migrantes católicos, não católicos e muçulmanos; • Diálogo interreligioso;
ERGA MIGRANTES CARITAS CHRISTI (2004) “Agentes de uma pastoral da comunhão” Nas Igrejas da origem e da chegada: capelães e missionários para os migrantes; religiosos; leigos e movimentos eclesiais “Estrutura da pastoral missionária” Unidade na pluralidade: problemática de conciliar a “estabilidade” normativa da pastoral com a “flexibilidade” da nova realidade das migrações.
CONFERÊNCIA DE APARECIDA (2007) Entre os “ROSTOS SOFREDORES QUE DOEM MAIS” (c. 8.6) estão os “MIGRANTES” (411-416): A Igreja, como Mãe, deve sentir-se como Igreja sem fronteiras, Igreja familiar, atenta ao fenômeno crescente da mobilidade humana em seus diversos setores. Considera indispensável o desenvolvimento de uma mentalidade e espiritualidade a serviço pastoral dos irmãos em mobilidade, estabelecendo estruturas ...
CONFERÊNCIA DE APARECIDA (2007) ... nacionais e diocesanas apropriadas, que facilitem o encontro do estrangeiro com a Igreja particular de acolhida. As Conferências Episcopais e as Dioceses devem assumir profeticamente esta pastoral específica com a dinâmica de unir critérios e ações que favoreçam uma permanente atenção também aos migrantes, que devem chegar a ser também discípulos e missionários. [412]
CONFERÊNCIA DE APARECIDA (2007) Destacado pelos Bispos: • necessidade de maior diálogo e cooperação entre Dioceses de origem e destino dos migrantes; • assistência social, pastoral e religiosa; • conscientização na formação dos novos presbíteros nos Seminários • preparação e sensibilização dos leigos;
CONFERÊNCIA DE APARECIDA (2007) Destacado pelos Bispos: • profetismo: defesa dos migrantes contra violência e injustiças; promoção de uma política migratória no respeito aos direitos fundamentais, e da “cidadania universal”; • visão da migração não como um problema, mas como uma oportunidade e um recurso para a humanidade e a Igreja.
A MOBILIDADE HUMANA E A IGREJA NO BRASIL • contexto do Vaticano II: no Brasil vivia-se o auge da urbanização e modernização capitalista sob o regime militar; • migrações internas: fluxos para os centros urbanos; “fronteira agrícola”; migração temporária rural; • CF 1980: “PARA ONDE VAIS?”, inicia-se um processo de organização pastoral apoiado nas CEBs e pastorais populares;
A MOBILIDADE HUMANA E A IGREJA NO BRASIL • Serviço Pastoral do Migrante (1985): referência para todas as pastorais dos migrantes por mais de 20 anos; • estruturado em regionais pelo Brasil e em setores: migrantes urbanos; temporários rurais; imigrantes (latinoamericanos); • referência para as Pastorais Sociais (atual comissão 8 – CNBB) e outras articulações com movimentos sociais;
A MOBILIDADE HUMANA E A IGREJA NO BRASIL globalização e realidade mais complexa dos migrantes, a partir do anos 1990: • emigrantes brasileiros: criação da PBE (comissão da ação missionária); • refugiados: ação coordenada pela CARITAS; • criação do Setor Pastorais da Mobilidade Humana (comissão 8): nômades; apostolado do mar; pastoral do turismo; pastoral da estrada; comunidades étnicas; • Outras realidades: tráfico e trata; fronteiras
A MOBILIDADE HUMANA E A IGREJA NO BRASIL Desafios internos à Igreja - dificuldade na articulação como Igreja devido à dispersão e diversidade das iniciativas em várias pastorais, organismos e institutos; • sensibilização de Regionais e Dioceses para a mobilidade e articulação num trabalho comum; • “capilaridade”: inserção nas paróquias e dioceses onde se realiza a ação evangelizadora.
A PROPOSTA DA MISSÃO CONTINENTAL“o continente em nós e nós no continente”
PROJETO “O BRASIL NA MISSÃO CONTINENTAL” Duas propostas de “gesto concreto”: “encontro com os latino-americanos que vivem no Brasil”; “encontro com os brasileiros que vivem no exterior e fortalecer a presença missionária junto aos brasileiros no exterior”;
PROJETO “O BRASIL NA MISSÃO CONTINENTAL” Outros trabalhos com dimensão nacional e continental: • Centros de apoio e casas do migrante; • Apostolado do mar; • Pastoral rodoviária; • Colaboração entre Dioceses de fronteira; • Intercâmbio entre Dioceses de origem e destino de migrantes temporários rurais.
DUAS DIMENSÕES A DESENVOLVER • O “discípulo missionário” como agente de mediação • A dilatação da “conversão pastoral”
DISCÍPULO MISSIONÁRIO COMO AGENTE DE MEDIAÇÃO • Lema: “A alegria de ser discípulo missionário”; • Para o “processo pedagógico” (MC) e viver o “profetismo” (Ap) é preciso formar os “interlocutores”: formar para a participação, a corresponsabilidade, e também para o exercício da mediação (pastoral de fronteira e ambiental); • Qualidades humanas: “facilitador” e intérprete; • Qualidades teológicas: maturidade vocacional para uma condição conflituosa; despojamento (Kénosis e compaixão); permeabilidade.
A DILATAÇÃO DA “CONVERSÃO PASTORAL” • Diocese como unidade pastoral da MC (planejamento); • Paróquia como operacionalizadora da MC e lugar de vivência comunitária; • Meta da MC: renovação das estruturas paroquiais e torná-la “rede de comunidades”; • Profetismo: “missão setorial e ambiental”;
A DILATAÇÃO DA “CONVERSÃO PASTORAL” Nova realidade da paróquia • interação de uma multiplicidade de grupos: redefinem suas identidades no jogo entre diferentes subjetividades; • espaço mais “plural”: pertencimentos não se definem mais de forma “unívoca”; • fluidez e instabilidade: permanente inculturação; • migrantes: demanda pelo reconhecimento de suas formas próprias de vida comunitária;
A DILATAÇÃO DA “CONVERSÃO PASTORAL” repensar a “catolicidade” da Igreja • Em cada grupo de cristãos que vive e celebra a fé, na mesma medida em se reconhece constituído e unido a todas as comunidades e grupos eclesiais numa mesma “comunhão eclesial”, nele se realiza toda a Igreja de Cristo; • Alargar a dinâmica da MC: “capilaridade” e “transversalidade”.
CAPILARIDADE • A “missão permanente” deve se fazer presente nos setores afastados, excluídos e segregados; • Ambientes em que se vive a condição da mobilidade humana; • No contato humano junto aos migrantes e no esforço de “mediação”, entre a Igreja e os grupos migrantes, realiza-se a ação evangelizadora que funda a catolicidade da Igreja, que pode tornar os migrantes “discípulos missionários”;
TRANSVERSALIDADE • Referenciais culturais e religiosos dos migrantes atravessam vários territórios e não conhecem fronteiras; • novas formas de vida comunitária: polarizados entre a origem e o destino, necessitam outras formas de articulação que atravessem as estruturas das Igrejas locais; • maior sensibilização e corresponsabilidade entre as Igrejas pela participação dos migrantes como “discípulos missionários”.
O continente latino-americano está entre nós A alteridade do migrante está por toda parte e também ao nosso lado. Também na Igreja esse sentimento se faz mais presente ... Independente dos ambientes em que se encontrem os migrantes, não importa a natureza da fronteira que deva ser vencida para se encontrar com eles, novas modalidades de vivenciar a mesma fé esperam para ser gestadas, para assumirmos juntos a mesma catolicidade.