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Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental?
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Plano de assunto temático ou plano de assunto experimental? Plano de assunto é a estruturação que dá forma ao texto de um trabalho científico, isto é, a "árvore temática" ou "esqueleto" que contém todos os assuntos que serão expostos e discutidos no trabalho. Assemelha-se ao sumário, porquanto exibe as seções e subseções em que o texto está organizado, bem como sua seqüência. A redação de um trabalho científico começa pela organização de um plano de assunto.
o plano de assunto temático A forma mais comum é o plano de assunto temático. É aquela que descrevemos logo acima. Caracteriza-se por organizar seções (capítulos) que desenvolvem extensivamente um tema, reunindo para isso informações de diversas fontes, obtidas por diferentes formas de pesquisa. O conjunto das seções expõe ao leitor os raciocínios do autor, bem como as informações em que os baseia. Como regra, todo o conteúdo deve ser tratado nas seções. A introdução fornece ao leitor indicativos que lhe permitirão compreender o conteúdo das seções; a conclusão retoma, organizadamente, os principais pressupostos e as conclusões obtidas.
A utilização do plano de assunto temático traz vantagens evidentes: permite reunir, na exposição e discussão de um tema, informações obtidas em pesquisas de diferentes naturezas, como, por exemplo, experimental, bibliográfica, documental, levantamentos, estudos de caso e outras. Por causa disso, permite a construção de trabalhos versáteis, que abrangem tanto os fundamentos teóricos (obtidos na literatura científica), quanto à descrição de realidades (pesquisas quantitativas ou qualitativas, de campo ou laboratorial, experimental ou documental), e a discussão de aplicações, isto é, de técnicas de intervenção na realidade estudada.
SUMÁRIO INTRODUÇÃO..........................................................................07 . 1 O ACESSO AO PENSAMENTO POLÍTICO MARITAINIANO.....................................................11 1.1 Maritain e o tomismo contemporâneo................................11 1.2 O tomismo de Jacques Maritain.........................................16 1.3 A base metafisica da filosofia de Jacques Maritain............23 1.4 Espiritual e temporal...........................................................30 1.5 As obras políticas................................................................35 2 CRÍTICA DOS HUMANISMOS E DO MUNDO MODERNO.....41 2.1 A noção de mundo moderno...............................................41 2.2 Tragédia dos humanismos modernos ................................44 2.3 O crepúsculo da civilização e o novo humanismo...............53 2.4 O Humanismo Integral e o Projeto da Nova Cristandade....58 2.5 O Ideal Histórico de uma Nova Cristandade .......................64 2.6 A democracia na Nova Cristandade.....................................70 3 UMA FILOSOFIA DA DEMOCRACIA........................................75 3.1 Origens evangélicas do ideal democrático...........................77 3.2 O caráter natural da democracia..........................................85 3.3 O conceito de democracia....................................................96 3.4 Igualdade e democracia......................................................106 3.5 Amizade civil e democracia.................................................111 3.6 Autoridade e democracia.....................................................113
4 PERSPECTIVAS ABERTAS PELA DEMOCRACIA ...............151 4.1 O bem comum pode serrealizado pela democracia.151 4.2 A racionalização moral da vida política e o fim do maquiavelismo...................................157 4.3 A instauração de uma sociedade mundial................165 4.4 A cidade fraterna - democracia ou cristandade?.......167 CONCLUSÃO................................................................................171 BIBLIOGRAFIA..............................................................................174 APÊNDICE A - A utilização da obra de Maritain no Brasil............180 ANEXO A - Bibliografia completa das obras de Jacques Maritain.........................................190 ANEXO B - Bibliografia das principais obras sobre Jacques Maritain...........................................199
o plano de assunto experimental Diversas áreas do saber realizam pesquisas de tipo experimental com muita freqüência. Os trabalhos científicos que apresentam essas pesquisas utilizam, tradicionalmente, um plano de assunto que chamo "experimental", porque corresponde, de cerla forma, às etapas do método experimental. Essa estruturação do trabalho diverge bastante do plano de assunto temático porque, ao invés de discorrer sobre um tema, expõe, nas seções, as sucessivas etapas de uma experiência.
São elas: Introdução - Expõe os fundamentos teóricos da problemática tratada revisando a literatura científica disponível; Seção I - Objetivos - formula, com precisão, os objetivos da pesqmsa; Seção 2 - Problema - contextualiza e justifica o problema investigado; Seção 3 - Hipóteses formula as hipóteses que respondem ao problema; Seção 4 - Materiais e Métodos - indica os métodos e materiais utilizados na coleta de dados; Seção 5 - Resultados - expõe, organizadamente, por meio de recursos estatísticos, os dados colhidos; Seção 6 - Análise e Interpretação dos Resultados - procura compreender que fenômenos mostram os dados colhidos, bem como seu significado teórico ou prático; Conclusão - Expõe, esclarece e discute a conclusão ou as conclusões a que chegou o pesquisador; Referências - Indica a literatura científica consultada.
É também legítimo utilizar uma introdução com elementos e funções semelhantes à do plano de assunto temático (tema, problema, hipótese e justificativas). Nessa caso, a seção I conterá a revisão bibliográfica. A estruturação do trabalho baseada em plano de assunto experimental apresenta uma clara limitação: só apresenta pesquisas experimentais. Em compensação, facilita bastante a redação do trabalho, seja ele um simples relatório ou uma tese doutoral.
SUMÁRIO INTRODUÇÃO..................................12 1 OBJETIVOS...................................39 2 PROBLEMA....................................41 3 HIPÓTESES...................................43 4 MATERIAIS E MÉTODOS..............45 5 RESULTADOS................................51 6 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS65 CONCLUSÃO....................................75 . REFERÊNCIAS.................................78 . APÊNDICE........................................80 ANEXO..............................................84
Ilustrações Ilustrações são imagens inseridas no texto com a finalidade de esclarecer ao leitor o que está sendo exposto ou discutido. Não são obrigatórias, mas podem ser necessárias à compreensão do texto. Boas ilustrações enriquecem, em muito, um trabalho.
Podem ser de vários tipos: desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros. As ilustrações devem ser inseridas no corpo do texto, o mais próximo possível do trecho a que se referem. Com os atuais recursos de informática, não mais se justifica reunir as ilustrações no final do trabalho ou nos anexos.
Num trabalho pequeno, as poucas ilustrações podem ser apresentadas sob o nome genérico de "Ilustrações", quaisquer que sejam seus tipos, bem como compor, nas partes pré-textuais, uma única lista de ilustrações. Trabalhos maiores, em que haja um número grande de ilustrações, elas devem ser organizadas por seus diferentes tipos: uma lista de desenhos, uma lista de gráficos, uma lista de esquemas etc. Cada uma delas receberá sua própria numeração.
A identificação das ilustrações, seja no texto, seja nas listas, deverá iniciar-se pela palavra designativa (Ex: Gráfico, Quadro, Fotografia etc., segundo a natureza da ilustração), pelo número de ordem em algarismo arábico, seguido do respectivo título, legenda explicativa e indicação da fonte da qual foi extraída, modificada ou na qual foi baseada. Inserida no texto, a identificação sempre aparece abaixo da respectiva ilustração, evitando confundir-se com o texto. Legendas devem ser digitadas em espaço simples e apresentadas em fonte (tamanho de letra) menor que a do texto (recomenda-se 10 ou 11).
Tabelas Tabelas são utilizadas para demonstrar dados tratados estatisticamente, em geral, resultantes de pesquisas quantitativas. Não se deve confundi-las com quadros, que expõem elementos conceituais. As tabelas são construídas pelo autor do trabalho, conforme a necessidade de exposição de dados e suas relações, para facilitar sua compreensão e apoiar a sua leitura. Não devem, entretanto, substituir o texto. Trabalhos que utilizam gráficos não devem dispensar tabelas, pois elas demonstram, com precisão e clareza, o valores, enquanto os gráficos demonstram a variação conjunta ou a correlação entre as variáveis.
Há situações em que o autor insere, em seu trabalho, uma tabela extraída de outra fonte. Nesse caso, deverá identificá-la como "extraída", "modificada" ou "baseada em" e indicar a sua fonte.
A apresentação gráfica de tabelas obedece às Normas de Apresentação Tabular, do IBGE. Devem ser apresentadas pela palavra designativa "Tabela", seguida por seu número de ordem e um título adequado (o que, onde, quando). Os dados são dispostos em colunas, preferivelmente, sem linhas de grade. Eventual fonte é indicada abaixo da tabela.
Citações Citação é a menção, no texto que se está escrevendo, de uma informação extraída de um livro ou artigo que se leu. Trata-se de um recurso importante utilizado, com muita freqüência, em todos os tipos de trabalhos acadêmicos. O autor do trabalho usa as citações para referir-se a trabalhos anteriores, seus ou de outros autores, dos quais retirou conceitos, dados quantitativos, técnicas e outras informações que utilizou para elaborar seu próprio trabalho. Pode, também, usá-las para marcar suas discordâncias em relação a esses trabalhos. Os saberes universitários são construídos - progressiva mas não linearmente - por meio do diálogo, do debate, das concordâncias e discordâncias, retomadas e inovações.
O uso de citações é normatizado pela NBR l0520 de agosto de 2002. As citações utilizadas num trabalho podem ser diretas ou indiretas (paráfrases).
Citações diretas As citações diretas são aquelas em que o autor do trabalho transcreve para seu texto um trecho de livro ou artigo consultado, indicando, imediatamente, a obra da qual o retirou. Se o trecho for pequeno, deve aparecer entre aspas, com indicação da obra, dentro do corpo do texto. Se o trecho citado tiver mais de três linhas, deve aparecer transcrito, separadamente, do corpo do texto, em bloco recuado de 4 cm da margem esquerda, sem aspas, em fonte tamanho 10, espacejamento simples, com a indicação da obra da qual foi extraído. Segue um exemplo de citação longa:
O que o português vinha buscar era, sem dúvida, a riqueza, mas riqueza que custa ousadia, não riqueza que custa trabalho. A mesma, em suma, que se tinha acostumado a alcançar na Índia com as especiarias e os metais preciosos. Os lucros que proporcionou de início, o esforço de plantar a cana e fabricar o açúcar para mercados europeus, compensavam abundantemente esse esforço - efetuado, de resto, com as mãos e os pés dos negros - mas era preciso que fosse muito simplificado, restringindo-se ao estrito necessário às diferentes operações (HOLANDA, 1984, p. 18).
Pode haver necessidade de suprimir trechos das citações textuais, ou mesmo interpolar acréscimos e comentários. Interpolações devem ser feitas entre colchetes e supressões devem ser indicadas com sinal de reticências dentro de colchetes. Veja o exemplo a seguir:
Exemplos: "O saint-simonismo foi uma teoria filosófica que pretendeu [ ... ] estabelecer um programa para implementar uma nova organização racional da sociedade" (CARVALHO, 1997, p. 233). Segundo Nascimento (1999, p. 284): "[ ... ] elemento muito importante na difusão da cultura alemã em todo o Brasil foi a existência de jornais editados em alemão, principalmente no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Rio Grande do Sul [ .. .]".
Se o trecho citado diretamente (entre aspas, portanto), utilizar grafia diferente do atual sistema ortográfico, deve-se transcrevê-Ia com exatidão. Exemplo: "Um ramilhete não é um horto botanico. Basta que formosas e aromaticas sejam as flores aqui reunidas, e que offerecemos á mocidade de ambos os paizes onde se falla o portuguez" (BARRETO; LAET, 1915, p. 9).
Se houver necessidade de citar um trecho escrito em língua estrangeira, deve-se traduzi-lo, acrescentando, após a chamada, entre parênteses, a expressão "tradução nossa".
Se, num trecho citado, houver palavra ou expressão contendo erro gramatical ou idéia absurda, pode-se chamar a atenção do leitor para o fato de que isso se encontra dessa forma no texto original, colocando entre colchetes a palavra latina "sic" (assim), logo após a palavra ou expressão questionada.
Citações indiretas As citações indiretas, também conhecidas como "paráfrases", são aquelas em que o autor do trabalho apresenta, com suas próprias palavras, uma informação extraída de uma obra consultada, indicando, em seguida, esta última.
Exemplos: Há controvérsias entre historiadores sobre o aspecto legal e o significado do título de Imperador recebido por Carlos Magno (GIORDANI, 1985, p. 196). Holanda (1984, p. 53) sustenta que a família patriarcal forneceu o modelo das relações políticas entre a monarquia brasileira e seus súditos.
Quando se utilizam citações diretas e indiretas As citações diretas devem ser utilizadas para apresentar um ponto em discussão, devendo ser comentada em seguida, ou para confirmar afirmações previamente apresentadas. Jamais, deve-se utilizar a citação direta para deixar de redigir uma passagem mais difícil: o texto torna-se uma colcha de retalhos. A utilização sistemática da citação indireta (paráfrase) torna o texto mais fluido e convidativo para a leitura, além de permitir igual rigor na remissão das informações às suas fontes.
Citação de citação Pode ser necessário citar um trecho que já aparece como citação na obra consultada. A isso se chama "citação de citação". É legítimo recorrer a ela quando não se tem acesso a um texto original. Nesse caso, indica-se a autoria do trecho, seguida da expressão latina apud (segundo, conforme) e da fonte efetivamente consultada. Citar um texto que não se consultou diretamente é desonesto e arriscado, pois o trecho pode ter sido adulterado por seguidas traduções ou supressões.
Exemplos: Segundo Ricoeur (1977 apud FRANCO, 1995, p. 188) o sujeito se constitui na palavra. "Tão descabidas louvaminhas fizeram até mal ao orgulhoso provinciano. Guindado tão alto, vieram-lhe vertigens." (FRANCA, 1943, p, 296 apud JAIME, 1998, p. 193). --
Citação de informação verbal ou texto em fase de elaboração Algumas vezes, é necessário citar uma infonnação verbal, isto é, informação obtida em palestras, cursos, debates etc. Nesse caso, deve-se indicar no texto, entre parênteses, a expressão "informação verbal", apresentando dados complementares em nota de rodapé. No caso de citar-se um trabalho em fase de elaboração, segue-se o mesmo procedimento, mas inserindo, entre parênteses, a expressão "em fase de elaboração".
Exemplo: No texto aparece: No segundo semestre, os juros baixarão e o Brasil voltará a crescer a taxas superiores a 5% ao ano (informação verbal)1. No rodapé da página aparece: 1 Prognóstico fornecido por João da Ega e Souza no Congresso Internacional de Engenharia Econômica, em Washington, em junho de 2003.
Para enfatizar palavras ou expressões de uma citação Há casos em que é necessário enfatizar palavras ou frases de uma citação. Ao fazê-lo, deve-se utilizar o negrito, itálico ou sublinhado, indicando, dentro da chamada, a responsabilidade do destaque. Confira os exemplos a seguir:
Exemplos: "Na faixa pré-kantiana, a consciência precedia ontologicamente a intencionalidade: ela era intencional porque existia" (BRANDÃO, 1994, p. 19, grifo do autor). "A liberdade transforma-se em condição jurídica da burguesia [ ... ] (PIRENNE, 1979. p. 57, grifo nosso).
Notas e sistemas de referência Em todos os trabalhos científicos - quer sejam simples relatórios de graduação, quer sejam dissertações, teses ou artigos destinados a publicação - é indispensável apresentar ao leitor as fontes de informação consultadas, em especial, as fontes das quais foram retiradas as citações. Esse procedimento permitirá ao leitor compreender melhor a matriz teórica a partir da qual foi elaborado o trabalho, bem como aprofundar-se em algum aspecto que lhe interesse. Examinando as fontes, é possível, também, perceber se o trabalho está atualizado ou não.
As fontes bibliográficas e documentais de um trabalho científico devem ser apresentadas, por meio de referências bem elaboradas, na folha intitulada "Referências". Tão importantes quanto elas são as indicações (chamadas) inseridas no corpo do texto e nas notas de rodapé. Explicamos, aqui, os sistemas autorizados pela NBR 10520 (ABNT), tal como se pode depreender de seu texto lamentavelmente confuso. O sistema escolhido deve ser utilizado, uniformemente, ao longo de todo o trabalho.
Sistema autor-data Esse sistema consiste em inserir, no próprio texto do trabalho, chamadas correspondentes às fontes das citações diretas e indiretas. Para isso, são apresentados, entre parênteses, separados por vírgulas, o sobrenome do autor em letras maiúsculas, o ano de publicação e a página em que consta a citação. É claro que essa indicação simplificada deve corresponder, na folha de referências (bibliografia do final do trabalho), a uma referência bibliográfica completa.
Se não houver nome de autor, indica-se o nome da organização que se responsabiliza pela publicação consultada (até o primeiro sinal de pontuação) ou, ainda, na sua falta, a primeira palavra do título, seguida de sinal de reticências. Se houver artigo antecedendo essa palavra, deve ser incluído. Atente aos exemplos:
Exemplos: No texto: "[ ... ] se você quer escrever uma tese, escolha um tema limitado, um orientado razoavelmente competente e medianamente equilibrado, e trabalhe com afinco, mas sem muita pretensão. Afinal, você vai apenas escrever uma tese - não vai abalar a ciência, nem salvar o mundo" (VIEIRA, 2002, p. 14). Na lista de referências: VIEIRA, Sônia. Como escrever uma tese. 5.ed. rev. amp. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002.
No texto: A seleção natural foi o modo pelo qual evoluíram todas as formas de vida (HAZEN; TREFIL, 1999, p. 363). Na lista de referências: HAZEN, Robert; TREFIL, James. Saber ciência. 5. ed. São Paulo: Cultura, 1999.
No texto: "Sobre a terra não cultivada, nas florestas e selvas, começa a ressoar a linguagem humana" (INSTITUTO CATEQUÉTICO SUPERIOR DE NIJMEGEN, 1982, p. 33). Na lista de referências: INSTITUTO CATEQUÉTICO SUPERIOR DE NIJMEGEN. O novo catecismo: a fé para adultos.6.ed., São Paulo: Loyola, 1982.
Se a citação for indireta, pode-se dispensar a indicação da página, embora esse procedimento dê origem a eventuais imprecisões. Se o nome do autor (ou dos autores) estiver incluído na frase, não se utilizam letras maiúsculas e indicam-se, entre parênteses, apenas o ano de publicação e a página.
Exemplos: Marías (2000, p. 79) afirma: "A expectativa da vida perdurável é o núcleo essencial da perspectiva cristã". Segundo Rojas (1996), quase todos os finais de século trazem confusões e desordens.
Se diversos trabalhos de um autor tiverem um mesmo ano de publicação, devem ser distinguidos por letras minúsculas anexadas ao ano de publicação. Exemplos: Segundo BOFF (2002a), [ ... ] (BOFF,2002b)
Em geral, não se incluem, nesse sistema, as iniciais dos autores. No entanto, se houver coincidência de sobrenomes, devem ser acrescentadas as iniciais de seus prenomes; persistindo a coincidência, acrescentam-se os prenomes por extenso. Exemplos: (BOFF, L., 2001) (BOFF, C., 2002) (PAIM, Antônio, 1975) (PAIM, Assis, 1975)
Uma dúvida comum entre os estudantes é o local do texto em que devem ser inseridas as chamadas as quais devem acompanhar, com relativa precisão, as informações cuja fonte se indica. Fontes das citações indiretas podem ser inseridas ao final da frase ou parágrafo; fontes das citações diretas podem se inseridas antes ou depois das aspas, inteiramente entre parênteses ou integradas a uma frase. Devido à sua enorme difusão, é atualmente preferível utilizar o sistema autor-data.
Sistema de notas de rodapé O sistema de notas de rodapé é admitido pela norma NBR 10520 com algumas alterações, que o tornam um pouco distinto do sistema tradicional de notas de rodapé.
Esse sistema consiste na inserção de números de chamada no texto, que correspondem a notas colocadas no pé da página. Essas notas têm a dupla função de apresentar fontes de citações diretas e indiretas, bem como explicações e comentários que não se encaixam no corpo do texto. As notas são numeradas, consecutivamente, ao longo de todo o trabalho, ou mesmo ao longo de cada capítulo ou parte, utilizando algarismos arábicos. A norma interdita a prática de reiniciar a numeração das notas a cada página. Devem ser digitadas em espacejamento simples, com letras de tamanho menor que as do texto (recomenda-se 10 ou 11).
Na primeira vez que uma obra é citada em nota de rodapé, deve ser apresentada a sua referência bibliográfica completa. Nas citações subseqüentes, à semelhança do sistema autor-data, apresentam-se o sobrenome do autor (em maiúsculas), ano de publicação e página, separados por vírgulas. As abreviaturas tradicionais podem ser utilizadas, desde que apareçam na mesma página da citação a que se referem. As abreviaturas mais úteis ao estudante estão descritas no Quadro 2.