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... Um belo dia, frio, (o frio também é gostoso, depende da ocasião) em pleno inverno em Santa Catarina, lá fomos nós visitar a avó. Felizes. O Jipe, é claro, pegou no tranco. Todos agasalhados eu, meus pais e mais 3 irmãos. Aquela neblina, que lá conhecem como cerração, quase tirava toda a visão. Viajamos uns 8 kilômetros e, fogo, fumaça, aquele susto. Pegou fogo na instalação elétrica do Jipe. Algumas coisas não funcionaram mais, como o limpador de pára-brisa, faróis, etc. Mas a viajem continuou e por sinal o Jipe foi e voltou muito bem, daquele jeito é claro, dá até para imaginar... Prof. Valmir Vieceli
Quando me recordo dos meus sete anos, me vem na lembrança a casa que eu morava com meus pais. Me lembro do sol no final da tarde adentrando o vitrô da cozinha e iluminando todo o ambiente.Sempre tinha um bolo pronto ou uma rosca doce assando, casa de mãe, casa com alma.Adorava brincar de casinha, só sabia brincar disso, sempre quis ser mãe e dona de casa... Profa. Marta Arruda de Faria e Souza Melo
A primeira vez que eu fui ao Playcenter Eu fui à primeira vez com a banda ao playcenter fazer uma apresentação, mas enquanto não era a apresentação a gente podia ficar nos brinquedos do playcenter para depois fazer a apresentação. Eu estava perdida por que a minha irmã não estava lá e eu ficava sempre com ela e com os nossos amigos, eu estava com medo, eu tinha ficado com as minhas colegas da banda, mas eu estava com tanto medo que eu não fui em nenhum brinquedo. Pois só fiquei esperando a apresentação e depois eu continuei esperando a hora de ir embora e acabei não indo a nenhum brinquedo. Depois eu me arrependi muito, porque eu não sabia se eu iria lá novamente. Lígia dos Santos Matias, 7ªA Lígia dos Santos Matias EMEF Rodrigues Alves São Paulo - SP 07/05/2008
Cena de uma aula vaga Estava lá, quieto e tranqüilo, observando quem estava do meu lado, cumprimentando meu amigo que logo havia passado. Tiro meus materiais e, coloco sobre a carteira, esperando a professora chegar, não chega, logo percebo que ela havia faltado. Observo na janela aquela manhã cinza de segunda-feira. Na sala, alguns alunos conversando entre si, outros não, uns fazendo a lição que retardou, outros não e, principalmente uns com cara de tacho, com um baita sono, olhando tudo em sua volta e pensando: “o que é que estou fazendo aqui?!” Eu. Mas logo tudo isso passou, sentei-me com uns amigos mais próximos e começamos a conversar, sobre coisas sem sentido, só para passar o tempo, sabe? E ouvindo uma bendita aluna não parar de cantar, achando que é a Whitney Houston. Que tédio! O sinal bate. Até que enfim! E a próxima aula, aí sim, tem um professor. Luis Felipe Soares EMEF Celso Leite Ribeiro Filho São Paulo - SP - 09/05/2008
O primeiro beijo Oi sou a Tati e vou contar como foi o meu primeiro beijo. Lembro que foi com 11 anos na hora do intervalo, Com o Paulo meu melhor amigo! Bom tudo começa quando as minhas amigas (Juliana e Carol ) falavam que eu ia morrer sem ter beijado. Que eu era muito difícil etc. Bom acho que sou meio difícil. Meu amigo Paulo que ajudou as meninas a achar o menino do meu primeiro beijo, e acharam, o nome dele era... Não lembro porque não fiquei com ele, pois bem na hora que eu estava atrás da parede veio o meu amigo Paulo e disse: -Não faz isso comigo. Não dava para acreditar! Na hora parecia que eu tinha tomado um tapa, ficamos em silêncio alguns minutos, ele colocou a mão no meu ombro e ai aconteceu o primeiro beijo. Minhas amigas chegaram na hora e ficaram muito assustadas, até eu fiquei! Só sei que até hoje eu fico vermelha de vergonha quando o encontro na rua. Tatiana de Oliveira Cardoso EMEF Cândido Portinari São Paulo - SP 29/04/2008
Meu primeiro parque de diversões Meu nome é Thais Inácio. Tenho 10 anos e sou da 5ª A. O meu primeiro parque de diversões foi como uma festa para mim. Faz um pouco de tempo que se passou, eu adorei. Fui para o parque com minha mãe Simone, meu padrasto Alexandre e minhas irmãs Thainara, Geovana e Mayara, também estava presente a irmã do meu padrasto que se chama Adriana. Foi muito legal porque quando eu cheguei, só queria brincar nos brinquedos: pula-pula, piscina de bolinha e roda-gigante. Quando eu fui para o primeiro brinquedo, fiquei morrendo de medo, foi o brinquedo do barco, ia para cima e para baixo, fiquei com medo de cair do brinquedo muito longe do parque. Eu sai do barco com um frio na barriga, mas foi muito legal. Vou me lembrar para o resto da minha vida. THAIS INACIO DOS SANTOS EMEF Capistrano de Abreu São Paulo - SP 14/05/2008
Uma História com Tempero Há diversas histórias, aliás, todo mundo tem uma história para contar. Eu também tenho a minha. Ela é diferente, única, quase um segredo. Penso que seja a primeira história temperada, tem aroma de azeite e ervas finas. Por ser especial, eu a mantenho numa panela bem tampada e cada vez que sinto vontade de revivê-la, levanto a tampa devagarzinho, dou um suspiro profundo, fecho os olhos e revivo na alma a última ceia de natal. Minha mãe! O sorriso do tamanho da vida levando à mesa a panela fumegante, transbordando de sabor. - Veja que maravilha de panela, tudo fica perfeito, não gruda nada, excelente para se fazer um bom fricassê! Fricassê? Nome pomposo para se dizer purê de batata apurado no creme de leite.
Pouquíssimas vezes ouvi minha mãe mentir. Para ser sincero nunca a vi mentir, porque mãe não mente, ainda que seja tão humana como qualquer um de nós e também morra! Acho que esta foi a primeira vez que a vi mentir. Não é verdade que esta panela não gruda nada! Nela ficou grudado, o seu sorriso, as suas mãos, sua voz, e não há nada que possa limpar dela estas memórias! Que mentira gostosa meu Deus! Veja, não é uma história alegre e nem triste. É apenas uma saudade e como só as pessoas especiais deixam saudades, quero que ela seja um banquete de lembranças agradáveis, uma sinfonia de vozes, de gestos expansivos, de risos. Quero que ela seja uma ceia de Natal. Uma mesa imensa e no centro dela, misturada a outros pratos e travessas, a panela de fricassê! Filhos, genros, noras, dezenas de netos e uma mãe contando outras histórias tão saudosas quanto esta que eu conto agora.
Esta panela certamente serviu outros sabores desenhados pelas mãos mágicas de minha mãe. Mas só um ficou impregnado para sempre em suas bordas internas e nos corações de quem o saboreou. Alguns meses depois daquela ceia de Natal, recebi a notícia de que minha mãe tinha adoecido, entrou em um profundo processo de depressão. Ela se fechou em si mesma. Não tive mais oportunidade de experimentar o seu tempero. Para não perdê-lo para sempre, em forma de lembranças, fechei-o na panela de fricassê. Quando a minha mãe foi embora, eu e meus irmãos nos reunimos em torno daquela mesma mesa e, como um trato de união eterna, cada um de nós escolheu um objeto que mais a lembrasse. Assim foi quando meu pai partiu, assim ela desejava.
Alguém escolheu um quadro, esqueci de dizer que minha mãe gostava de pintar, outro um par de brincos, uma toalha de mesa, um rádio, fotografia, um anel ... Eu? Olhei para cima do armário. Lá estava ela, a panela de fricassê exatamente como minha mãe a deixara. Naquele momento, vi muito mais do que a panela! Vi seu sorriso, ouvi sua voz, senti o aroma do seu tempero, um burburinho de festa, de festa de Natal! Peguei–a, ela é minha. Não sei porque, mas uma imensa alegria invadiu-me, ri, ri muito. Pensaram que eu enlouquecera. É minha, minha! Ela e todas as lembranças que ela me traz. Trago-a sempre tampada sobre a mesa de jantar. Prof. Marco Antonio Reis