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Marchas em Montanha

Marchas em Montanha. Infiltra, Reconhece e Guia. MARCHAS EM MONTANHA. 1. Introdução - Terreno bastante acidentado - Características especiais: * Medidas de segurança – Prevenção de riscos; * Responsabilidade – Especialista em montanha;

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Marchas em Montanha

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Presentation Transcript


  1. Marchas em Montanha Infiltra, Reconhece e Guia

  2. MARCHAS EM MONTANHA 1. Introdução - Terreno bastante acidentado - Características especiais: * Medidas de segurança – Prevenção de riscos; * Responsabilidade – Especialista em montanha; * Planejamento detalhado – Evitar desgastar a tropa.

  3. 2. Desenvolvimento a. Características das marchas em montanha: - Balizadas por trilhas e picadas; evitar de acordo com a situação tática; - “Passo de montanhês” e rigorosa disciplina de marcha; - Maiores profundidades das colunas e rigorosa disciplina de marcha; - Intenso desgaste físico-psicológico – adestramento mais apurado; - Considerar o tempo de duração e não a distância; - Marchas forçadas – maior tempo de duração e não maiores distâncias.

  4. b. Tipos de marcha x Finalidade - Marchas administrativas; - Marchas de reconhecimento em montanha; - Marchas táticas. c. Preparação das marchas - Domínio da técnica de orientação; - Preparo físico, psicológico e material.

  5. 1) Reunião de informações - Nativos da região / guias civis; - Guias militares de montanha; - Cartas topográficas; - Fotografias aéreas; - Relatórios de reconhecimentos anteriores. 2) Na seleção do itinerário, considerar: # Finalidade da marcha; # Adestramento / nível de aclimatação da tropa; # Quantidade, peso e natureza do equipamento; # Meios disponíveis (Mat escalada, muares, Vtr); # Condição da coluna de marcha.

  6. 3) Seleção do material - Condições climáticas; - Época do ano; - Duração da marcha; - Missão ou finalidade. a) Material a ser conduzido nas marchas em montanha: - Abrigo de chuva; - Poncho; - Manta; - Abrigos de frio (agasalhos, luva, capuz, etc.); - Saco de dormir; - Marmita e talher;

  7. - Kit manutenção do uniforme; - Óculos escuros; - Bússola; - Kit escalada individual; - Mat escalada coletivo; - Fogareiro e isqueiro / fósforo; - Barraca; -Uniforme de muda completo (calça, gandola, meia, camiseta, cueca); - Abrigo interior; - Isolante térmico; - Tênis; - Lanterna;

  8. - Kits: sobrevivência, 1ºs socorros, higiene, manutenção, reposição (pilhas, velas, ligas, etc), alimentação, topografia; - Rádio ERC 108. d. Execução das Marchas 1) Início da Marcha - Sempre que possível, iniciá-la pela manhã e com a tropa alimentada; - Usar roupas adequadas ao clima; - Conduzir todos os kits e ração; - Atentar para a carga máxima por homem (30 Kg, aproximadamente);

  9. - Disciplina: consumo d’água / prevenção de riscos; - Prever duração, visando o horário / local de pernoite. 2) Disciplina de Marcha -Passo montanhês (quanto maior a pendente, mais lento); - Regulador de marcha à testa; - Velocidade de marcha: 25 min x 5 min; - Cerra-fila deve ser um graduado; - Evitar deixar vestígios;

  10. - Alimentar-se pouco e com freqüência; - Usar óculos escuros e cobertura (ceratite / insolação); - Levantar o maior número possível de dados (trabalhos do ponto); 3) Altos durante a marcha - Fazê-los com regularidade (25x5); - Com frio intenso, diminuir o tempo do alto; - Ajustar equipamento, trocar peças de roupas molhadas; - Verificar a amarração da carga nos muares;

  11. - Abrigar-se do frio, agasalhar-se e alimentar-se; - Fazer anotações de dados e informações do terreno (EEI); - Manter as pernas elevadas; 4) Conduta nos grandes altos - Para descansos maiores, consumo de ração e pernoite; a) Local - Protegido do vento; - Sol ao amanhecer; - Próximo de fonte d’água;

  12. - Plano, limpo e sem umidade; - Evitar ravinas e cristas (inundações / tormentas). b) Almoço - Duração de 30 - 40 min; - Local protegido do sol e vento. c) Pernoite - Duração de aproximadamente 12 horas (conforme a missão);

  13. - Local protegido do frio, vento e umidade; - Ocupar a área horas antes do anoitecer; - Montar ou construir barraca ou abrigo; - Calçar tênis e fazer massagem nos pés; - Se a marcha for feita empregando muares, tratar antes os animais (descarregar, alimentar, etc).

  14. 5) Seqüência de trabalhos no pernoite 1º - Descarregar e tratar os animais; 2º - Calçar tênis e agasalhar-se; 3º - Montar a barraca ou abrigo; 4º - Consumir a ração; 5º - Realizar os serviços na área, tais como apanhar água e estabelecer rodízio de elementos para a segurança dos demais.

  15. Reconhecimento em Montanha Infiltra, Reconhece e Guia

  16. RECONHECIMENTO EM MONTANHA 1. Introdução - Missão típica do guia de montanha; - Levantamento de dados (EEI) em regiões ainda não conhecidas; - Guia de montanha reconhece, prepara e baliza o itinerário de marcha, guia tropas e realiza propostas quanto ao emprego de tropas em região de montanha.

  17. 2. Relatório de Reconhecimento em Montanha - Composto por vários documentos reunidos em três grupos: a.Documentos preparados antes do reconhecimento: - Identificação dos pontos - Folha de cálculo de itinerário - Perfil de marcha

  18. b.Documentos preparados depois do reconhecimento: - Folha de marcha - Memória de marcha c. Anexos: - Calco - Carta topográfica - Resenha gráfica (SFC)

  19. 3. Confecção dos documentos a.Documentos Preparados Antes do Reconhecimento - Conhecimento e domínio de topografia: locação de pontos; - Cálculo de pendentes / tempo de marcha. 1) Identificação dos pontos - Estudo pormenorizado da carta; -Marcar pontos nítidos para divisão do itinerário; -Marcar PI e PF, e dividir o Itn em vários trechos; -Preencher a Identificação dos pontos, utilizando coordenadas retangulares métricas.

  20. 2) Folha de cálculo de itinerário a) TRECHOS: Colocar ponto a ponto a extensão dos trechos do itinerários.

  21. b) DISTÂNCIA REAL (metros): Distância na carta entre pontos do itinerário.

  22. b) DISTÂNCIA PARCIAL (metros): Distância na carta somada trecho a trecho

  23. c)ALTITUDE(metros): - Pelas curvas de nível, determinar a altitude dos vários pontos do itinerário de marcha; - Anotar altitude inicial, final e a diferença (+/-/nula).

  24. d) PENDENTE (declividade): - Inclinação do terreno em relação ao plano horizontal, expressa em (%). Calculada pela fórmula abaixo: Pendente = Diferença de Nível x 100 Distância Horizontal DIFERENÇA DE NÍVEL Pend DISTÂNCIA HORIZONTAL

  25. Exemplos: PI – 1: Pendente = +172 x 100 = + 17,9%. 960 1 – 2: Pendente = - 37 x 100 = 5,6%. 660

  26. e) TEMPOS EMPREGADOS: São os seguintes tempos calculados: • Tempo de deslocamento em cada trecho; • Somatório parcial dos tempos de deslocamento nos trechos; • Tempo previsto, que é o somatório total dos tempos de todos os trechos; • Tempo total, que é o somatório geral dos tempos dos vários trechos (tempo previsto) com tempos destinados aos altos (25 x 5 min) e pernoite (+/- 12 horas, dependendo da missão tática).

  27. Para o cálculo dos tempos, utilizar a tabela:

  28. Os dados da tabela não são aplicáveis a pendentes maiores de 38,2% ou 35º e não devem ser considerados a mais de 3.000 metros de altitude, onde há a influência da rarefação do ar. Nestas condições, acrescer 30%. Nos trechos onde há pendentes : Devemos acrescer aos tempos calculados o tempo de deslocamento horizontal, considerando a velocidade de 4 Km / h. Nos trechos onde não há pendentes : Quando não houver pendente, apenas o valor de 4 Km / h é o utilizado para fins de cálculo de tempo de deslocamento.

  29. Cálculos: Considerando homens com equipamento. PI – 1: Tempo para subir os 172 m: 300 m - 60 min 172 m - x x = 34,4 min Tempo p/ o deslocamento horizontal de 960 m: 4.000 m - 60 min 960 m - y y = 14,4 min Tempo de deslocamento no 1º Trecho (PI – 1) = x + y = 34,4 + 14,4 = 48,8 min.

  30. Preenchimento na Folha de cálculo de itinerário:

  31. Tempo Previsto • É o somatório de todos os tempos de deslocamento nos vários trechos do itinerário, ou seja, é a previsão de tempo para realização da marcha sem considerar ainda os tempos de Alto e de Pernoite. • Tempo Previsto: • 48,8 + 14,3 + 18,6 + 29,1 + 40,1 + 25,8 = 2 h 56,7 min Tempo dos Altos e de Pernoite • Considerar velocidade de marcha 25 x 5 min; • Dividir o Tempo Previsto para marcha por 25 para determinar o número de altos no deslocamento; • Multiplicar o quociente pelo tempo de duração dos altos (5 minutos).

  32. Tempo para Pernoite = +/- 12 horas (dependendo da missão ou situação tática). Tempo Previsto = 2 h 56,7 min ou 177 minutos. Nº de altos = 177 : 25 = 7,08 = 7 Tempo de Altos = 7 (Nº de altos) x 5 (duração do alto) = 35 minutos Tempo de Altos = 35 minutos. Tempo de Pernoite = 12 horas

  33. Tempo Total É a previsão do tempo de duração da marcha, somando-se o Tempo Previsto, o Tempo dos Altos e o Tempo de Pernoite. Tempo Total = Tempo Previsto + Tempo dos Altos + Tempo de Pernoite Tempo Total = 2h 57min (T. Previsto) 0h 35min (T. dos Altos) 12h 00min (T. Pernoite) = 15h horas 32 minutos

  34. f) DIREÇÃO Azimute Magnético do primeiro ponto ao ponto seguinte de cada trecho.

  35. g) OBSERVAÇÃO: Especificar a condição em que foi realizada a marcha.

  36. 3) Perfil de marcha É um gráfico feito em escala que representa o itinerário de marcha dividido em trechos. Traz informações constantes da Folha de Cálculo de Itinerário expressos graficamente e divide-se em quatro partes. a) Perfil do itinerário Noção aproximada do itinerário de marcha, pontos mais elevados e, graficamente, apresenta a inclinação das pendentes. Em cada ponto mostra-se: Na escala vertical – a altitude de cada ponto. Na escala horizontal – a sua distância real em relação ao ponto inicial.

  37. 1 2 4 Utilizar a mesma escala gráfica para escala vertical e horizontal. 1035 PI 1207 PF 1170 1085 1184 1075 1015 0 960 1620 2180 2800 4600 5840 3 5 m

  38. b) Horário: Os tempos de marcha previstos na Folha de Cálculo de Marcha, contando do PI até o PF, sendo que no PF é lançado a tempo total previsto para a realização da marcha. 47’54’’ 14’18’’ 18’36’’ 29’06’’ 40’06’’ 25’48’’ 48 min 1H 03’ 1H 21’ 1H 50’ 2H 30’ 2 H 57’ Serão lançados também na parte superior da reta os tempos previstos de deslocamento em cada trecho. PI 1 2 3 4 5 PF H

  39. c) Diferença de nível Diferença de altitude (positiva / negativa) dos pontos. Os dados são obtidos na Folha de Cálculo de Itinerário. PI 1 2 3 4 5 PF + 172 - 37 - 87 + 99 - 109 - 60 m

  40. d) Itinerário retificado Representação gráfica do ponto, com base nas convenções cartográficas e o nome gráfico do ponto, de acordo com o que for observado na carta. 960 660 560 620 1.800 1.240 PI 1 2 3 4 5 PF m Trilha no Colo Ravina com trilha Poste Duplo Colo Ponte P Cot Torre TV

  41. b. Documentos preparados após o reconhecimento 1) Folha de marcha Neste documento são registradas informações: * Quanto à transitabilidade, tanto para tropa a pé como para muares; * Locais de nascentes ou pontos d’água; * Áreas propícias a LocAter; * Zonas de reunião para Btl, Cia, Pel, GC; * Informações com relação ao terreno, à vegetação e hidrografia.

  42. Registrados também os tempos reais de deslocamento em cada trecho. FOLHA DE MARCHA

  43. 3) MEMÓRIA DE MARCHA É um relato detalhado do reconhecimento realizado, descreve-se neste documento todos os EEI de importância para a tropa que irá operar na região, tais como transitabilidade para tropa a pé e muares, pontos d’água, LocAter, Z Reu, pontos críticos, além das retificações nos documentos confeccionados antes da marcha e quaisquer outros dados julgados relevantes.

  44. MEMÓRIA DE MARCHA 1. LOCAL: Serra do Lenheiro 2. DATA/HORA: INÍCIO: 231300Ago95 Alt:1035 m TÉRMINO: 241730Ago95 Alt: 1015 m 3. CARTA: São João del-Rei 1/25.000 4.PERCURSO: PI (73900 - 62360), P1 (73060 – 61870), P2 (72480 - 61540), P3 (72440 – 60980), P4 (72060 – 60480), P5 (70500 – 59600), PF (69690 – 58680).

  45. A região da Serra do Lenheiro apresenta como característica principal a pouca quantidade de pontos de ressuprimento d’água, além da vegetação escassa, o que dificulta a camuflagem das possíveis Z Reu. Apresenta, no entanto, inúmeras trilhas e pontos de passagem, o que facilita o acesso. PI – P1: A transitabilidade no trecho é regular para tropa a pé e impraticável para muares, pois há trechos de pequena escalada. Há um ponto d’água em (73430 – 62200), com vazão para Pel, provavelmente potável. Há boa área para LocAter em (73020 – 62500); comporta 03 HM – 1, solo consistente, ventos predominantes de 0 a 2 Kt; tem como obstáculo principal o PCot 1207 a S, além de pequenos arbustos na região, sendo necessário uma limpeza na área.

  46. Para maior segurança do LocAter é necessário se apossar de PCot 1207, pois o mesmo domina a área por fogos e pela vista. Não há local para armazenamento de combustível. Há uma região propícia para ZReu valor Cia em (73850 – 62510), com camuflagem R; dominada por N pelo PCot 1085 (vistas e fogos) e por W pelo PCot 1150 (vistas); possuem cobertas R e abrigos B, devido à presença de pedras na área; tem como via de acesso a trilha que sai da estrada principal para N. Como ponto crítico podemos citar o desfiladeiro em (73700 – 62400), por ser uma área favorável a emboscadas.

  47. c. Anexos 1) Resenha gráfica A Resenha Gráfica é um documento confeccionado quando no itinerário da marcha existir escalada. Representa os diferentes tipos de vias a serem equipadas. Em resumo, deve conter todas as informações sobre a rota de escalada.

  48. PASSA MÃO 10 METROS IIº Exemplo: Suponhamos que no deslocamento, nos deparamos com uma parede de 100 metros de altura. PONTO DE REUNIÃO FÁCIL A-3 ASCENSOR 20 METROS PONTO DE REUNIÃO DIFÍCIL PONTO DE REUNIÃO MUITO DIFÍCIL A-2 VEGETAÇÃO ESCADA 15 METROS FENDA IVº PASSA MÃO 40 METROS FENDA PARA SUPERIOR EMPREGANDOS MEIOS ARTIFICIAIS IVº PASSA MÃO 15 METROS TETO ENCOSTA IIIº

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