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Proposta de um modelo de comunicação democrática. Rodrigo Jacobus: rodrigojacobus@gmail.com. Bruno Lima Rocha: blimarocha@gmail.com. Rádios comunitárias.
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Proposta de um modelo de comunicação democrática Rodrigo Jacobus: rodrigojacobus@gmail.com Bruno Lima Rocha: blimarocha@gmail.com
Rádios comunitárias • emissora de rádio FM que opera em baixa potência e cobertura restrita (potência limitada a um máximo de 25 watts ERP, antena não superior a 30m e alcance máximo de 1 km); • voltada para o desenvolvimento local: propõe-se ao exercício da cidadania, pois é um canal de comunicação inteiramente dedicado aos interesses da comunidade; • possibilita a divulgação de idéias, manifestações culturais, artísticas e folclóricas, tradições e hábitos sociais, serviços, atividades educacionais, etc.; • área de atuação: centros urbanos e áreas rurais – bairros, vilas, distritos e povoados.
Restrições à rádio comunitária • não pode ter fins lucrativos nem vínculos de qualquer tipo, tais como: partidos políticos, instituições religiosas, etc.; • não pode, em hipótese alguma, inserir propaganda comercial, a não ser sob a forma de apoio cultural, de estabelecimentos localizados na sua área de cobertura; • Não podem operar em rede; • Essencialmente, deve observar os princípios estabelecidos na Lei 9.612/98, Decreto 2.615/98 e Portaria 191/98.
Como fazer uma rádio comunitária? • Somente as fundações e as associações comunitárias sem fins lucrativos, legalmente constituídas e registradas, com sede na comunidade em que pretendem prestar o serviço, cujos dirigentes sejam brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, maiores de 18 anos, residentes e domiciliados na comunidade; • A fundação/associação candidata a prestar serviço de RÁDIO COMUNITÁRIA, não deverá, de forma alguma, ter ligação de qualquer tipo e natureza com outras instituições.
Autorização • formulário “Demonstração de Interesse” (MC); • Aviso de Habilitação no Diário Oficial da União; • 45 dias para apresentar a documentação destinada à seleção das que podem receber autorização, segundo o “Manual de Orientação”; • pagar encargos à ANATEL; • ANATEL indica o canal (freqüência) apropriado, respeitando um limite de 4 km entre as emissoras (para evitar interferências); • emissão de uma licença (OUTORGA); • A autorização para a execução do serviço; • A outorga valerá por dez anos, podendo ser prorrogada apenas se a entidade executar o serviço de forma apropriada. verwww.mc.gov.br
Rádio via Internet • Dois computadores com banda larga: • um para envio de áudio a um provedor próprio para hospedagem de rádio virtual; • Um para retorno (recebimento do sinal), para controle da qualidade final (opcional); • Programas: Edcast (antigo oddcast v3) ou SHOUTcast Server (para o streaming – funciona como um transmissor via web) www.oddsock.org/tools/edcast (bom tutorial embill.dissonante.org/site/index.php?arquivo=comofazer) / baixaki.ig.com.br/download/shoutcast.htm
Rádio via Internet • Uma conta em um servidor de Rádio Web, como, por exemplo, www.giss.tv.com ou http://www.listen2myradio.com/index.php ; • um microfone; • músicas ou gravações em formato mp3 ou ogg e/ou aparelho de som conectado ao PC para tocar CD, fita K7, vinil, etc; • No caso das rádios comunitárias, a estrutura do estúdio pode ser aproveitada. É só procurar uma saída geral de áudio da mesa de som e conectá-la ao PC com os cabos corretos.
ABRAÇO • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA • Surge em 1996: necessidade de unificar a luta das rádios comunitárias na defesa da liberdade de expressão e fortalecimento da resistência à ação repressiva do Estado; • Rede ABRAÇO: canal de integração. http://www.abracors.org.br/index.php
Cenário em Porto Alegre freqüência padrão: 87.9 OUTORGADAS • Rádio Nonoai FM (Nonoai) http://www.radiononoai.com.br/ • Rádio Lomba do Pinheiro (Lomba do Pinheiro) • Rádio Ipanema Comunitária (Ipanema) http://www.ipanemacomunitaria.com.br/ • Rádio Obirici (Passo da Areia) • Rádio Glória (Glória)
Cenário em Porto Alegre SEM OUTORGA • Rádio Vila Nova FM (89.9 – Vila Nova) • RCB Belém Velho (87.9 – Belém Velho) • Quilombo FM (101.6 – Restinga) • A Voz do Morro (88.3 – Morro Santana) http://avozdomorro.blogspot.com/ • Rádio Santa Isabel FM (91.7 - Viamão) http://www.viamaohoje.com.br/rsifm/
A VOZ DO MORRO (FM 88.3) PROGRAMAÇÃO: • 14hs - Mães e Filhas (Sábado) • 15hs - 490 Crew (Sábado) • 16hs - Late na América (Sábado) • 18hs - Show da Noite (Sábado) • 20hs - Koisarada (Sábado) • 14hs - Zona Livre (Domingo) • 16hs - Repórter Popular (Domingo) • 17hs - Raízes do Sul (Domingo) • 19hs - Lokomotiva (Domingo) • 21hs - Arquivo Morto (Domingo)
SANTA ISABEL (FM 91.7) PROGRAMAÇÃO (segunda a quinta): Amanhecer na Querência: Pampa, Querência e Gaitaço por Roberto Kellerman e Manoel Bagual 05:00 as 08:00 hsInformação, utilidade pública, música tradicionalista para tornar seu amanhecer mais alegre e vibrante.
SANTA ISABEL (FM 91.7) PROGRAMAÇÃO (segunda a quinta): Bom Dia Comunidade por Joveline Rodrigues 08:00 as 10:00 hsDe segunda a quinta-feira, das 8 as 10 da manhã, Joveline Rodrigues com sua simpatia leva noticias, curiosidades, serviços à comunidade e muito mais.
SANTA ISABEL (FM 91.7) PROGRAMAÇÃO (segunda a quinta): Agora é que São Eles por Rodrigo Ojeda 10:00 as 12:00 hsMúsica, informação, notícias curiosas, utilidade pública, horóscopo e muita alegria no programa mais animado das manhãs de Viamão.
SANTA ISABEL (FM 91.7) PROGRAMAÇÃO (segunda a sexta): O Prato é o Esporte por Toninho Melo 12:00 as 13:00 hsEsporte local tratado com o respeito que nossos craques merecem.
SANTA ISABEL (FM 91.7) PROGRAMAÇÃO (segunda a quinta): Show da Tarde por Rafael Paz 13:00 as 16:00 hsMúsica, informação e muita alegria na voz mais poderosa do Rádio de Viamão.
SANTA ISABEL (FM 91.7) PROGRAMAÇÃO (segunda a sexta): No Embalo por Miro Rodrigues 16:00 as 18:00 hsMúsica, informação e muita alegria na voz mais poderosa do Rádio de Viamão.
SANTA ISABEL (FM 91.7) PROGRAMAÇÃO (segunda a sexta): Viamão Caboclo por Carlos Cesar das 18:00 as 20:00 hsMúsica de raiz na voz calma e inigualável de Carlos Cesar.
SANTA ISABEL (FM 91.7) PROGRAMAÇÃO (segunda a quinta): Coisas do Coração por Rafael Paz das 22:00 as 00:00 hsMúsica, poesia, sua história de amor, características do ouvinte e muito romance no ar.
SANTA ISABEL (FM 91.7) PROGRAMAÇÃO (sexta-feira): Rio Grande História e Canto por Nei Rodrigues 20:00 as 22:00 hs programa sócio-cultural regado a uma boa música gaúcha.
SANTA ISABEL (FM 91.7) PROGRAMAÇÃO (sexta-feira): Espaço Comunitário por Professora Ducarmo 08:00 as 10:00 hsInformação, utilidade pública, música tradicionalista para tornar seu amanhecer mais alegre e vibrante.
SANTA ISABEL (FM 91.7) PROGRAMAÇÃO (sexta-feira): Mateando com a Resistência por Bruno Lima Rocha 10:00 as 12:00 hsInformação, utilidade pública, música tradicionalista para tornar seu amanhecer mais alegre e vibrante.
SANTA ISABEL (FM 91.7) PROGRAMAÇÃO (sexta-feira): Terra Nativa por João Batista 21:00 as 23:00 hsInformação, utilidade pública, música tradicionalista para tornar seu amanhecer mais alegre e vibrante.
SANTA ISABEL (FM 91.7) PROGRAMAÇÃO (Sábado) 06:00/09:00 Fogão a Lenha 09:00/12:00 Campo e Cidade 12:00/13:00 Tempo de Decisão 13:00/15:00 100% Tchê 15:00/17:00 Sul em Canto 17:00/18:00 Radionovela 18:00/20:00 Caminhos do Pampa 20:00/22:00 A Musica da Santa Isabel 22:00/00:00 Fora de Controle
SANTA ISABEL (FM 91.7) PROGRAMAÇÃO (Domingo) 06:00/09:00 Cepa Gaúcha 09:00/10:00 Santa Missa 10:00/13:00 Assim Canta o Rio Grande 13:00/16:00 Domingueira 16:00/18:00 Camperiando 18:00/20:00 De Estância em Estância 20:00/22:00 Panelão 22:00/00:00 Sintonia do Amor
Links interessantes para outras rádios comunitárias (interior do RS) • Radio Comunitária 97.9 (Frederico Westphalen) http://www.comunitaria.com.br/ • Sintonnia FM 102.9 (Bagé) http://www.sinttoniafmdebage.com.br/ • Rádio Comunitária 105.9 (Sta Cruz do Sul) http://www.radiocomscs.org.br/
Audiovisual de baixo custo • Combinação de som e imagem; • Equipamento: Câmera (celular, câmera digital), computador (para edição); • Veiculação: Televisão Comunitária, Internet (You Tube) exibições públicas (escolas, centros comunitários, etc); • Promoção através de mostras, festivais, organizados e veiculados em universidades/faculdades e escolas.
1991 - aldeia xavante dePimentel Barbosa • O cacique Warodi, junto com os anciões da aldeia, planejou uma série de performances que sabia que interessariam a antropóloga Laura Graham; • Ela realmente fotografou e gravou em áudio e vídeo os pronunciamentos de Warodi, que sempre os concluía pedindo à antropóloga que levasse suas palavras ao outro lado do oceano; • Laura acabou por discutir com a comunidade a importância de criar um arquivo audiovisual para as futuras gerações e - detalhe importantíssimo - incentivou que os próprios xavante operassem a câmera.
1991 - aldeia xavante dePimentel Barbosa • A aldeia transcendeu a intenção original do projeto Vídeo nas Aldeias, ideado em 1987 pela ONG CTI (Centro de Trabalho Indigenista). Até então, o registro da vida indígena era sempre realizado por jornalistas, antropólogos e cineastas não-índios; • Uma interessante forma de uso do vídeo foi sua incorporação ao warã, tradicional reunião dos homens adultos ao amanhecer e ao entardecer que busca soluções de consenso para problemas da aldeia. Quando acontecia de um líder xavante ser chamado a reuniões fora da aldeia, ele se sentia melindrado em decidir algo que não teria passado pelos outros. A gravação da reunião, posteriormente exibida no warã, permitia que todos tivessem conhecimento dos temas debatidos. Na aldeia citada continua havendo apenas um aparelho de TV, de forma que a recepção de conteúdo audiovisual sempre ocorre coletivamente, contribuindo para perpetuar suas tradições; • Esta aldeia xavante destacou-se por buscar utilizar os modernos meios de comunicação para levar sua cultura ao conjunto da população brasileira, participando de CDs de Milton Nascimento e Sepultura, gravando seu próprio CD, filmando um documentário, expondo fotografias e realizando espetáculos de canto e dança; • Desta forma, adaptavam aspectos de sua tradição aos formatos dos produtos culturais aos quais a sociedade está habituada, garantindo que não haveria interferências no caráter xavante da mensagem.
Meios Impressos – Visão do Alto • Rosana Cabral Zucolo e Ana Cristina Spannenberg, da Faculdade Social da Bahia, junto ao Corte Grande, uma área de ocupação no bairro de Ondina, Salvador; • A Faculdade procurou em 2002 três comunidades do Corte - Alto de Ondina, Baixa da Alegria e Pedra da Sereia -, apresentando a idéia de publicar jornais-laboratório feitos pelos alunos de Jornalismo nos quais os moradores pudessem se expressar; • Os assuntos a serem abordados nos jornais são sugeridos pelos moradores e debatidos com toda a comunidade, de forma a realmente refletir sua visão de mundo. Inicialmente, foram criados dois veículos, Comunidade Alegria (para a Baixa da Alegria) e Visão do Alto (Alto de Ondina);
Meios Impressos – Visão do Alto • Como se constatou que as pautas e as reivindicações dos dois grupos eram semelhantes, os próprios moradores optaram pela unificação da proposta no Visão do Alto; • Infelizmente, a produção do veículo vem enfrentando problemas. Autoridades e representantes de empresas concessionárias de serviços públicos, muitas vezes, deixam de atender os alunos-repórteres por não serem da grande imprensa. Em função disso, o lúcido editorial da edição nº 3 do Visão, intitulado Quem Impede que a Informação Chegue Até Você?, denuncia a prática.
QUEM IMPEDE QUE A INFORMAÇÃO CHEGUE ATÉ VOCÊ? • Editorial da edição nº 3 (ano 2) de Visão do Alto, jornal comunitário experimental produzido pelos alunos do 3º semestre do curso de Jornalismo da Faculdade Social da Bahia (junho de 2004) e distribuído nas comunidades do Alto de Ondina, Travessas Manoel Rangel e Pedra da Sereia (Salvador, BA). Professores responsáveis: Rosana Zucolo e Ricardo Mendes. • "Não tenho interesse em fornecer informações a jornal pequeno ou a pessoas físicas!". A afirmação, pasmem, é de funcionários públicos. Repetidas vezes os repórteres de Visão do Alto ouviram representantes de empresas que exploram concessões públicas ou autoridades - que são pagas para agir em benefício da população - negar informações importantes para entendermos por que, por exemplo, um bairro não tem posto de saúde, ou como ter acesso a um programa social. Tem gente que bateu o telefone na cara de repórter. • Todo ano, ingressam, no mercado de trabalho baiano, jornalistas que são profissionalizados nas sete instituições de ensino superior (só na capital). Elas oferecem o curso de Comunicação Social para a preparação de profissionais qualificados, conscientes das responsabilidades de quem escolheu o jornalismo como área de atuação. • As universidades e faculdades estabeleceram uma metodologia de ensino que exige o exercício mais básico de cidadania: cobrar responsabilidades e checar informações antes de levá-las a público. Para produzirem o material, os alunos-repórteres têm, muitas vezes, que se dirigir a determinados órgãos a fim de obter a confirmação ou explicação de dados apurados pela redação do jornal.