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O Efeito de Choques Inflacionários de Curto Prazo e a Credibilidade da Política Monetária no Brasil e no Mundo*. Márcio Garcia Alexandre Lowenkron Departamento de Economia PUC-Rio Seminário ABERJ – 29/04/2005
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O Efeito de Choques Inflacionários de Curto Prazo e a Credibilidade da Política Monetária no Brasil e no Mundo* Márcio Garcia Alexandre Lowenkron Departamento de Economia PUC-Rio Seminário ABERJ – 29/04/2005 * - Agradecemos André Luis Pulcherio e João Paulo Pereira pela excelente assistência na pesquisa.
Surpresa Inflacionária [IPCAmês t-Emês t-1(IPCAmês t)] vs. Desvio Projetado da Meta de Inflação
Surpresa Inflacionária e Desvio Projetado da Meta de Inflação
Desvios Projetados da Meta no Brasil Onde, Surpresa t (dia 15 do mês t)= IPCA mês t-1 (divulgado dia 15 do mês t) – Expectativa IPCA do mês t-1 (no dia 15 do mês t-1) Robusto a variações da janela de estimação: coef da surpresa positivo e significativo com dados a partir de jan/2003, porém menor.
O coeficiente da “surpresa” inflacionária • Sob credibilidade total da política monetária e compromisso do BC em anular o efeito inflacionário de qualquer choque (demanda e oferta), o coeficiente deveria ser zero: a expectativa seria sempre igual à meta. • Se BC pretende acomodar os choques de oferta (nunca os de demanda) o coeficiente deveria ser: (choques oferta/choques totais)*(% acomodado) • % acomodado dos choque de oferta: ata de set/2004 explicita que acomodará 2/3 do choque. • (choques oferta/choques totais) = 50% ?? • Sob tais hipóteses, o coeficiente deveria ser = 0.34 • O coeficiente estimado é aproximadamente = 1 e estatisticamente maior que 0.34.
O Efeito da surpresa inflacionária de curto prazo nas expectativas de médio prazo: uma comparação internacional (1) • BCs de outros países não têm dados tão completos sobre expectativas quanto no Brasil. (Base de dados ideal Consensus Forecast, mas..... $$$). Geralmente só há dados de expectivas 12 meses à frente ou expectativas para o fim do ano. Logo, não é possível construir a série “surpresa inflacionária” • Instrumento utilizado: Surpresa(t) = IPC(t-1) – IPC (t-2) • Variável dependente: Expectativa12m(t)-Expectativa12m(t-1)
O Efeito da surpresa inflacionária de curto prazo nas expectativas de médio prazo: uma comparação internacional (2)
Conclusões Intermediárias e Roteiro da 2a parte da apresentação (1) • Surpresas de curto prazo da inflação no Brasil levam a uma grande correção nas expectativas de médio prazo, mesmo controlando para choques do câmbio. • Este efeito não foi encontrado nos outros países analisados. • Duas principais razões (e/ou): • Falta de credibilidade da autoridade monetária. • Efeito da indexação remanescente da economia. • Se a causa for apenas indexação, não há razão para que haja um aumento na incerteza quanto à inflação futura. Haverá aumento e pronto. Já se a causa for, pelo menos em parte, relativa à credibilidade da autoridade monetária haverá aumento de incerteza.
Conclusões Intermediária e Roteiro da 2a parte da apresentação (2) • A próxima parte do trabalho tentará mostrar que: • Utilizando a Prêmio de Risco Inflacionário como variável substituta (proxy) para incerteza sobre a inflação, choques de curto prazo levam a um aumento da incerteza. • Isso nos permitirá concluir que, pelo menos em parte, o efeito observado na primeira parte se deve à falta de credibilidade total da autoridade monetária.
Premio de Risco IGPM = IGPM “mercado” – E(IGPM) focus
Surpresa IGPM [IGPMmês t-Emês t-1(IGPMmês t)] vs. Medidas de Exp IGPM
Surpresa IGPM vs. Prêmio de Risco IGPM(quanto maior a incerteza, maior o prêmio de risco)
O efeito da surpresa IGPM nas diversas medidas de expectativa
Conclusões (1) • Surpresas de curto prazo da inflação no Brasil (IPCA e IGPM) levam a uma grande correção nas expectativas de médio prazo, mesmo controlando para choques do câmbio. • Este efeito não foi encontrado nos outros países analisados. • Duas principais razões (e/ou): • Falta de credibilidade total da autoridade monetária; • Excessiva indexação da economia. • O fato de o prêmio de risco inflacionário ser extremamente correlacionado com a medida de surpresa inflacionária implica que, pelo menos em parte, o problema se deve à falta de credibilidade total da autoridade monetária.
Conclusões (2) • A falta da credibilidade total da política monetária não pode ser entendida ao se contemplar o histórico das decisões do COPOM. • O que prejudica a credibilidade da política monetário é o temor da mudança de regime (peso problem).
Sugestões de Política Econômica • Diminuir gradativamente a indexação dos preços administrados com a devida cautela de não quebrar os contratos; • Completar o arcabouço institucional do regime de metas para a inflação, conferindo autonomia operacional (não de objetivos) ao BC; • Corte dos gastos públicos primários (exceto investimento) para extinguir eventuais dúvidas quanto à sustentabilidade da dívida pública e reduzir a pressão sobre a demanda agregada (crowding in), permitindo ao BC reduzir a taxa real de juros.