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Memórias Póstumas de Brás Cubas. Defunto autor: um morto, cansado da vida eterna, resolve escrever suas memórias “póstumas” (episódios ilustrativos escritos com a “pena da galhofa e a tinta da melancolia”) o contexto familiar: “o menino é pai do homem”;
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Memórias Póstumas de Brás Cubas Defunto autor: um morto, cansado da vida eterna, resolve escrever suas memórias “póstumas” (episódios ilustrativos escritos com a “pena da galhofa e a tinta da melancolia”) o contexto familiar: “o menino é pai do homem”; amores juvenis (Marcela) – amor = “quinze meses e onze contos de réis”; suas aspirações à vida literária e política; sua amizade com o filósofo Quincas Borba: “Humanitismo”; seu envolvimento com Virgília; D. Plácida, a alcoviteira.
Análise da personagem Brás Cubas • O desdém dos finados: narrador protagonista (distanciamento crítico e irônico de quem já não se prende às convenções sociais). • Membro da elite parasitária brasileira. • Arrogância, desfaçatez e prepotência. • Proveito próprio. • Mediocridade (franqueza é a primeira virtude de um defunto). • “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.”
Quincas Borba • Romance narrado em terceira pessoa. • Análise da degradação psicológica e financeira de Rubião, humilde professor do interior de Minas Gerais que recebe a herança de Quincas Borba. • Características de Rubião: bom, honesto e decente. • Triângulo amoroso: Cristiano Palha, Sofia e Rubião. • Frase célebre: “Ao vencedor, as batatas...” (a anulação de uma forma é a condição da sobrevivência de outra). Desfecho: loucura e morte.
Estrutura e comentários sobre os textos machadianos • Cenário: cidade do Rio de Janeiro, capital do Império. • Trama se desenvolve durante o Segundo Reinado. • Ceticismo e pessimismo: concepção amarga da vida. • Relações humanas sempre motivadas por interesses. • Retrato da própria miséria humana. • Confecção de perfis psicológicos e análises de comportamentos. • Diálogo constante com o leitor: o narrador provoca, insulta, desafia e ironiza seu público. • Metalinguagem: reflexões sobre a própria obra e sobre o ato de escrever.