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  1. Esta apresentação foi traduzida para o CeCAC a partir do arquivo original disponível em http://academic.evergreen.edu/g/grossmaz/Militarybases2004.ppt Outubro de 2006 Esta apresentação encontra-se em www.cecac.org.br

  2. NOVAS BASES MILITARES DOS EUA : EFEITOS COLATERAIS OU CAUSAS DA GUERRA? Dr. Zoltán Grossman Membro da Faculdade de Geografia (NAS) The Evergreen State College, Olympia, Wash. http://academic.evergreen.edu/g/grossmaz Article at www.counterpunch.org/zoltanbases.html

  3. O Pós-Guerra fria terminou Novo cenário geopolítico: Os EUA são a única superpotência militar. Crescimento da Europa, Ásia oriental como superpotências econômicas. Os EUA usam sua força militar para contrarestar o (relativo) declínio na posição econômica. Economia tripolar

  4. Novos objetivos dos EUA Objetivos de curto prazo são novas bases militares e controle sobre a economia do petróleo. Objetivo de longo prazo é uma “esfera de influência” dos EUA no “centro” da Eurásia, entre a União Européia, Rússia e Ásia oriental. Alguns paralelos com a Teoria das Terras Centrais (Heartland) de Mackinder [1], Doutrina da Contenção de Kennan [2] [1, N.T.] serviu de base para os planos de expansão dos nazistas [2, N.T.] serviu de base para a geopolítica dos EUA durante a Guerra Fria

  5. “As forças armadas dos EUA estão distribuídas atualmente em mais lugares do que em qualquer outra época” – Departamento de Defesa “Frente ao monopólio nuclear dos EUA, não há símbolo mais reconhecido universalmente da força de uma superpotência que seu sistema de bases além-mar.” -- James Blaker, ex-Conselheiro Senior do Vice-diretor da Junta de Chefes de Pessoal, 1990

  6. História da rede de bases militares Nicaragua Bases para assegurar a posse da terra nos EUA, nas Guerras Indígenas, Guerra Civil “Postos de abastecimento [de carvão]” para a força marítima Primeiros postos navais no Hawaii, Haiti, América Central Bases para o imperialismo ‘além-mar’ Cuba (Guantanamo), Filipinas (Subic), Puerto Rico, Guam, Panamá Cuba

  7. Propósitos das bases militares Projeção de força Informações / vigilância Pré-posicionamento de suprimentos Treinamento & teste de munições Instalações médicas, prisões, R&R(Rest & Recuperation – programa das FFAA dos EUA para os soldados que servem na guerra no Iraque) e mais….

  8. Bases como “rastilhos” Rastilho militar garante intervenção dos EUA numa crise (Korea) Rastilho político cimenta os interesses dos EUA em regimes amigos; aumenta interferência (Filipinas, Austrália) É mais fácil enviar forças através do fortalecimento de bases do que numa invasão aberta (Panamá) Colocar soldados em situações de risco demonstra o sacrifício que constrói o apoio popular para intervenção?

  9. Custos sociais e de gênero Abismo econômico entre os norte-americanos e os locais Atitudes raciais entre norte-americanos e os locais Perigos & contaminação ambiental Prostituição e crianças sem pais Crimes (esp. estupro) e tensões sobre Acordo sobre Condição de Forças (SOFA) (Cynthia Enloe)

  10. Bases militares dos EUA, 1989 Diego Garcia ao sul

  11. Novas bases desde 1990 • Guerra do Golfo • 2. Conflitos na Somália/Yemen • 3. Guerras na ex-Iugoslávia • 4. Guerra no Afeganistão • 5. Guerra no Iraque

  12. Guerras desde 1990 Inserções do poder militar dos EUA em novas áreas estratégicas O governo dos EUA argumenta: Intervenções “humanitárias” para evitar agressão & terrorismo, derrubar ditaduras, proteger minorias étnicas. Crítica mais comum: Extensão da influência “imperial” dos EUA em regiões ricas em petróleo Outra perspectiva: Contrapeso militar & econômico aos competidores emergentes (UE & Japão, China); controle do petróleo desses países.

  13. Comando Central dos EUA “Os interesses vitais dos EUA na Região Central são antigos. Com mais de 65% das reservas mundiais de petróleo localizadas nos Estados do Golfo — dos quais os Estados Unidos importam cerca de 20% de suas necessidades; Europa Ocidental 43%; e Japão, 68%-- a comunidade internacional deve ter acesso livre e ilimitado aos recursos da região.” --General J. H. Binford Peay III, Central Command (1997) Cited in Blood and Oil by Michael Klare (Metropolitan Books, 2004)

  14. Guerras desde 1990 As bases militares que as guerras deixam atrás de si são tão importantes como as próprias guerras. Os EUA não apenas posicionaram bases para travar as guerras, mas usaram as guerras como aportunidade conveniente para implantar novas bases 725 bases significantes em 38 países (DoD 2002); Outras em + 35 países Khanabad Uzbekistan 2001

  15. A Guerra pelas Bases Cada intervenção deixou como rastro um ‘colar’ de novas e permanentes bases militares dos EUA (ou acesso através de “direitos de permanência”) Planejadores frequentemente vêem as bases militares como mais significantes que as guerras, para ancorar o controle sobre a economia do petróleo e influência regional Posicionamento permanente de forças dos EUA tem gerado ressentimentos e suspeitas entre civis e entre alguns líderes (“blowback”).[N.T. algo como “tiro pela culatra”]

  16. 1a Guerra do Golfo , 1991 Novas bases não somente para se opor a Saddam, mas para paralisar dissenções internas contra monarquias. Presença continuada de forças dos EUA tem feito mais para fomentar ataques aos EUA do que a própria Guerra do Golfo.

  17. 1a Guerra do Golfo , 1991 Deixou bases na Arábia Saudita e outros países do Golfo. Aumentou a importância das bases aéreas na Turquia com o bombardeio contínuo ao Iraque. Chirac: A guerra serve para assegurar o controle das corporações dos EUA sobre o suprimento de petróleo para a Europa e o Japão (não o suprimento de petróleo dos EUA)

  18. Agregado de bases da 1ª Guerra do Golfo

  19. Guerra na Somália, 1992-93 A Somália está na estratégica ‘boca’ do Mar Vermelho, que controla o acesso ao Canal de Suez O ditador derrubado Siad Barre garantira direitos de permanência à marinha dos EUA em troca de apoio contra a Etiópia, apoiada pela União Soviética. Derrubada de Barre, guerra de clãs, fome como desculpa para o retorno em 1992. Somalia 1992

  20. Guerra na Somália, 1992-93 “Pacificadores” dos EUA ficaram contra o ‘guerreiro’de Mogadishu, Aidid, e foram derrotados em batalha. Após a retirada foram garantidos direitos de permanência em Aden (Yemen), do outro lado da ‘boca’ do Mar Vermelho Ataque do USS Cole em Aden, 2000 Posicionamento de tropas no Djibouti, 2002 Somalia 1993 Somalia 1993 Yemen 2000

  21. Guerras na Iugoslávia, 1995-99 Combateram a “limpeza étnica,” dos sérvios mas apoiaram a “limpeza étnica” dos Croatas & Albaneses. Fizeram de Bosnia e Kosovo “protetorados” da OTAN (formalmente no Kosovo) sob uma segregação étnica de facto Aliados da OTAN participaram (para não serem excluídos), mas não tiveram as mesmas prioridades que os EUA; uma força militar mais independente da UE está se formando.

  22. Guerras na Iugoslávia, 1995-99 Deixaram bases na Hungria, Bosnia, Kosovo, Albania, Macedonia Europa Oriental é o “portão para a Ásia Central e o Oriente Médio” --U.S. official, NYT 4/20/03 “Nova Europa” Pró-EUA entre a UE e a Rússia? O enorme Campo Bondsteel no Setor americano em Kosovo

  23. Guerras na Iugoslávia, 1995-99

  24. Guerra no Afeganistão, 2001-? Reação ostensiva ao 11/9, mas a guerra contra o Taliban já estava planejada. Deixou bases no Afeganistão, Paquistão, Uzbekistão, Tajikistão, Kyrgyzstão (somente os EUA). Ao tomar posição nas disputas internas entre chefes Afegãos (como na Somália) também há risco de “blowback.”

  25. A complexa geografia étnica Afegã

  26. Oleodutos e gasodutos na Bacia do Mar Cáspio Planos da Unocal em1996 para uma rota através do Afeganistão

  27. A conexão Afegã de petróleo e gás O Premier Karzai e o enviado dos EUA Khalilzad são ambos ex-representantes da Unocal. As bases da Ásia Central guardam a nova infraestrutura do petróleo; Risco de “blowback” local e reação chinesa.

  28. Permanecer na Ásia Central “Quando o conflito Afegão terminar nós não deixaremos a Ásia Central. Nós temos antigos planos e interesses nesta região e… esses países receberão assistência…em troca de passos concretos…” Elizabeth Jones, Assistant Secretary of State, 2001 Bagram Air Base, Afghanistan

  29. Agregado de bases da Guerra no Afeganistão

  30. Guerra no Iraque, 2003-? Parte do “Eixo do Mal” como o principal obstáculo à Esfera de Influência dos EUA. Nenhuma facção iraquiana é confiável para governar; Muitos opositores de Saddam se opõem à ocupação dos EUA/UK A instabilidade do novo governo Iraquiano é uma desculpa para manter o comando militar dos EUA até 2006 & bases além desse prazo Bases no Mar Negro na Romênia, Bulgária; Planos para a base aérea de Poznan na Polônia

  31. Permanência no Iraque Planos militares dos EUA para manter bases em Bashur (norte), Tallil (sul), Al-Asad (oeste), Balad (central), e Baghdad/aeroporto; ~10 outras localizações “A principal razão para a guerra é manter tropas norte-americanas na região para pressionar outros governos. Esta será a principal base militar norte-americana na região” George Friedman/Strategic Forecasting Tallil air base, Iraq

  32. 14 “enduring bases” include: Baghdad Mosul Taji Kirkuk Nasiriyah Tikrit Fallujah Irbil Balad (Camp Anaconda/ “Mortaritaville”) Baghdad

  33. Novos agregados de bases militares dos EUA • Guerra do Golfo, 1991 2. Iugoslávia, 1995-99 3. Afeganistão, 2001 4. Guerra no Iraque, 2003 “A função delas pode ser mais política que militar. Elas enviam uma menssagem a todos.” --Deputy Defense Secretary Paul Wolfowitz, NYT 2002

  34. Fatores comuns Saddam, Noriega, Aidid, Milosevic, Taliban todos vistos como “amigos” dos EUA Não fizeram bem... Aperto de mão entre Saddam e Sec. Rumsfeld em Baghdad

  35. “Em busca de Inimigos”Análisedo ex- oficial da CIA John Stockwell:O governo dos EUA cria inimigos no Terceiro Mundopara desviar atenção dos problemas internos Qaddafi (Libya) Castro (Cuba) Os regimes dos líderes mais “demonizados” permanecem no poder por mais tempo que os demais. Eles podem culpar os EUA pelos problemas econômicos. Noriega (Panama) Ho (N. Vietnam) Ayatollahs (Iran) Kims (N. Korea) Saddam (Iraq)

  36. A guerra como oportunidade 1991: Iraque foi invadido assim que retirou suas tropas do Kuwait. 1992: Somália foi invadida mesmo com a diminuição da fome. 1999: Iugoslávia foi bombardeada mesmo com o aceite pela Sérvia de retirar-se do Kosovo. 2001: Afeganistão foi bombardeado mesmo sabendo que algumas facções Taliban desejavam entregar Bin Laden. 2003: Iraque foi invadido assim que resolveu cooperar com a ONU. Não uma conspiração, mas oportunidade calculada: escolha das guerras que resultam nas melhores posições estratégicas

  37. Permanecer é mais importante que vencer Iraque enfraquecido, mas não derrubaram Saddam nem apoiaram rebeliões xiitas em 1991. Sairam da Somalia mas moveram a base naval para o Yemen. Tomaram o Afeganistão mas “falharam” em capturar Bin Laden ou Omar. O Iraque seria invadido mesmo se Saddam tivesse sido derrubado (Ari Fleischer, March 18, 2003)

  38. Se os EUA vencessem, poderiam ser obrigados a se retirar A captura de Saddam fortaleceu a determinação dos xiitas Iraquianos pela retirada dos EUA. Inimigos são as vezes mais úteis vivos e em liberdade por tempo suficiente para justificar a ocupação permanente pelas forças [armadas].

  39. Guerras em preparação: Irã ou Síria Irã no “Eixo do Mal” como o principal obstáculo para a Esfera de Influência dos EUA. (bombardeiros dos EUA no Irã até a queda do Xá) Economia do petróleo iraniana não está sob o controle dos EUA. programa nuclear Iraniano como possível alvo. EUA enfraquecem os moderados Iranianos; acusação de interferência no Iraque. Partido Ba’ath da Síria é acusado de ligação com insurgentes no Iraque, armas químicas, etc.

  40. Obstáculo Palestino Posicionamento pró-Israel torna as intervenções dos EUA difíceis. Solução: Instalar um líder Palestino fraco, no estido do protetorado norte-americanio no Kosovo? Forças Armadas dos EUA/CIA aumentam seu papel em West Bank/Gaza

  41. Guerras em preparação: Somália ou Yemen O pai de Bin Laden é do Yemen, treinadores da Al-Qaeda estavam na Somália. Usar a Al-Qaeda como razão para voltar e reclamar direitos de permanência naval. Uso de métodos indiretos para evitar um desastre: patrulhas navais, inteligência, treinamento de forças locais, ruído de explosões de mísseis Predator, ataques a piratas/milícias. Yemen Somalia

  42. U.S. troops In Georgia Guerras em preparação: Georgia ou Azerbaijão Treinamento de Georgianos para combater “al-Qaeda” em Pankisi Gorge ao longo da fronteira da Chechênia Planejamento de oleduto através da Georgia a partir do Azerbaijão até a Turquia. Treinamento de Azerbaijanis como contrapeso à Russia, irritando Armênia / Karabakh (fortalecendo os laços da Armênia com a Rússia) Putin junto com os EUA num bloco anti-OPEP Russos arrasam a capital da Chechenia Grozny

  43. Guerras em preparação: As Filipinas EUA se opõem a Abu Sayyaf: desenvolvimento não-declarado da insurgência Moro no sul, com alguma ligação com a Al Qaeda. EUA foram expulsos das bases em 1991; novo deslocamento como desculpa para novos direitos de permanência. Risco de expansão da luta a outros rebeldes Moros ou Comunistas. Acordo de Visita de Forças renova o acesso dos EUA à antiga Base Naval Subic Bay. Tropas dos EUA chegam para treinar forças Filipinas na ilha de Jolo Island fora de Mindanao

  44. Guerras em preparação: Coréia do Norte South Korea Coréia do Norte como parte do “Eixo do Mal” para justificar bases criticadas na Coréia do Sul , e no Japão/Okinawa. Inserção do poderio dos EUA novamente na Ásia Oriental para se contrapor ao poderio Chinês. Okinawa, Japan

  45. Guerras em preparação: Colômbia ou Venezuela Colômbia é o 3o maior recebedor de ajuda; campanha anti-drogas metamorfoseada em contrainsurgência, guardando oleodutos Base aérea de Manta no Equador próximo da Colômbia Os EUA aquiesceram na tentativa de golpe contra Chávez na Venezuela (OPEP) Insígnia usada pelos soldados Colombianos que protegem instalações petrolíferas Hugo Chávez após a tentativa de golpe na Venezuela, 2004

  46. Guerras em preparação: Norte e Ocidente da África Discussões para instalar pequenas bases no Marrocos, Argélia, Tunísia Treinamento de exércitos do governo no Níger, Chade, Mali, Mauritânia Perda da ex-colônia Libéria como posto de informações; aumento da presença naval ao longo da costa da África Ocidental, rica em petróleo Argelia Liberia

  47. Substitutos para bases impopulares Bases na Europa Oriental substitutas para bases alemãs Bases no Iraque, Kuwait substitutas para bases Sauditas Bases Filipinas substitutas para bases na Coréia do Sul, Okinawa? Presença menos evidente, mas sem retirada completa Diferentes estratégias “R&R” no Golfo, Kosovo Saudi Arabia Germany

  48. Posicionamento de novas bases Mais e menores deslocamentos à frente, acordos de acesso às bases Mais flexibilidade: bases menores podem ser rapidamente transformadas em bases maiores Privatização dos serviços, treinamento, logística com prestadores de serviços/contratantes civis [N.T. PMC’s] Menos desaprovação, presença menos visível fora da base Famílias não são levadas às novas bases Mais homens / esposas tornam-se mães solteiras

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