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IMPACTOS DO PLANTIO DIRETO NA CONSERVAÇÃO DOS SOLOS E DA ÁGUA

IMPACTOS DO PLANTIO DIRETO NA CONSERVAÇÃO DOS SOLOS E DA ÁGUA. Marcos J. Vieira Engenheiro Agrônomo CREA/PR 4861/D. CASCAVEL – PR Agosto de 2013. AMPLITUDE DO SIGNIFICADO DE CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA. Controle eficiente da erosão hídrica.

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IMPACTOS DO PLANTIO DIRETO NA CONSERVAÇÃO DOS SOLOS E DA ÁGUA

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  1. IMPACTOS DO PLANTIO DIRETO NA CONSERVAÇÃO DOS SOLOS E DA ÁGUA Marcos J. Vieira Engenheiro Agrônomo CREA/PR 4861/D CASCAVEL – PR Agosto de 2013

  2. AMPLITUDE DO SIGNIFICADO DE CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA • Controle eficiente da erosão hídrica. • Manutenção ou melhoramento da qualidade física do solo para otimizar o desenvolvimento vegetal. • Manutenção ou melhoramento da qualidade química do solo para otimizar a disponibilidade e absorção de nutrientes. • Manutenção ou melhoramento da qualidade biológica do solo para manter o sistema solo em “funcionamento”. • Redução da contaminação ou poluição do ambiente. • Controle eficiente de outras formas de erosão. • Outros significados, dependendo de circunstâncias locais. Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  3. TUDO ISSO É EROSÃO HÍDRICA! Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  4. O SISTEMA DE PLANTIO DIRETO SEMPRE FOI MAIS EFICIENTE PARA CONTROLAR AS PERDAS DE SOLO(ACIMA DE 85%) QUE AS PERDAS DE ÁGUA (ENTRE 0 E 70%). “Os estudos realizados até o momento mostram que a infiltração de água no solo em SPD é variável (...). Os resultados obtidos (...) mostram que o SPD é muito menos eficiente no controle das perdas de água por escorrimento superficial que no controle das perdas de solo”. Vieira, M. J. (1981) – O Plantio Direto no Estado do Paraná, página 20. Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  5. POR QUE TEMOS A SENSAÇÃO DE QUE NOS ÚLTIMOS ANOS O SISTEMA DE PLANTIO DIRETO TEM SIDO MENOS EFICIENTE PARA CONTROLAR A EROSÃO QUE NO PASSADO? • Não estamos manejando suficiente cobertura do terreno. • Não estamos prevenindo suficientemente a compactação do solo. • Não estamos adicionando suficiente material orgânico ao solo. • Não temos um sistema de gestão do manejo do solo e água, decidimos a próxima safra unicamente em função de mercado. • Estamos retirando terraços (barreiras ao aumento da energia cinética do escoamento superficial) sem os devidos critérios (solo, sistema, chuva máxima, estradas, terrenos de cotas superiores, vizinhos águas abaixo, etc.). • Estamos adaptando as condições do terreno às máquinas e não o contrário. Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  6. NA ATUALIDADE ESTAMOS VENDO ... Foto: J. M. Costa Foto: M. J. Vieira Foto: M. Montans Foto: M. J. Vieira Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  7. POR QUE O SPD É MAIS EFICIENTE PARA CONTROLAR PERDAS DE SOLO QUE AS PERDAS DE ÁGUA? • A cobertura de resíduos protege o solo do salpicamento, a primeira fase da erosão hídrica. • O solo sob SPD está melhor estruturado, apresenta maior estabilidade e maior coesão entre partículas e entre agregados, com maior resistência ao cisalhamento e o arraste pelo escoamento superficial. • Em SPD os agregados são maiores, requerendo mais energia cinética para o arraste. • O aumento da densidade do solo que se verifica no SPD aumenta a resistência ao cisalhamento e arraste pelo escoamento superficial. • O escoamento superficial em SPD apresenta menor energia cinética, pelo menos até o vencimento da resistência da palha (falha da cobertura). Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  8. Atributos físicos de um solo de Cerrado afetados pelo sistema de preparo do solo – Quatro anos de plantio direto contínuo e com aração anual no inverno. Fonte: Adaptada de Stone & Silveira (2004). Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  9. Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  10. Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  11. SPD X ESTRUTURA DO SOLO Fonte: UFSM (2007). Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  12. POR QUE O SPD É MENOS EFICIENTE PARA CONTROLAR AS PERDAS DE ÁGUA? A infiltração da água no solo depende de muitas variáveis: • Eficiência da cobertura vegetal morta e viva. • Estabilidade da estrutura; • Padrão de poros (diâmetro, continuidade, verticalidade). • Presença ou ausência de camadas compactadas, menos permeáveis. • Grau de resistência da superfície ao deslocamento do escoamento superficial (grau e resistência da rugosidade). • Presença de horizontes mais ou menos permeáveis à água. • Profundidade do perfil. • Estado de saturação de água no perfil. Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  13. NÃO SE PODE COMPARAR SOLOS COMO ESTES QUANTO A INFILTRAÇÃO DE ÁGUA !!! Fotos: M. J. Vieira Nitossolo Vermelho Eutroférrico Argissolo Vermelho Eutrófico abrúptico Latossolo Bruno Alumínico rúbrico Latossolo Vermelho Distroférrico Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  14. SOLOS MUITO DIFERENTES OCORREM EM UMA MESMA PROPRIEDADE !!! NEOSSOLO ÁREA = ± 20 ha ARGISSOLO LATOSSOLO Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  15. SPD X INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO 60 PRECIPITAÇÃO CONSTANTE (60 mm h-1) Escoamento superficial 50 SPD 40 ESC INFILTRAÇÃO (mm h-1) 30 CONV 20 EFICIÊNCIA SPD X CONV = 45% 10 20 30 40 50 60 TEMPO (minutos) Fonte: IAPAR (1984). Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  16. EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PLANTIO DIRETO PARA CONTROLAR A EROSÃO 1. Eficiência da cobertura do terreno • Elevada quantidade de biomassa. • Boa uniformidade de distribuição sobre o terreno. • Espessura suficiente para cobrir o terreno (≈ 5 cm), sem que acumule muita umidade ou dificulte a semeadura. • Longo período de decomposição e pequena perda da cobertura. • Presa ao solo pelas raízes – maior resistência ao deslocamento da enxurrada e da própria cobertura. • Em posição contrária ao deslocamento da água superficial (em nível) – maior efeito de rugosidade. Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  17. 16% 47% 7% 64% 80% 98% EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PLANTIO DIRETO Qual o mínimo de cobertura desejável? Fotos: M. J. Vieira Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  18. Relação entre cobertura e erosão por salpicamento % de salpicamento em relação ao solo descoberto Energia interceptada pela cobertura (%) EFICIÊNCIA DO SISTEMA DE PLANTIO DIRETO Qual o mínimo de cobertura desejável? Fonte: Elwell & Wendelaar, 1977. Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  19. EFEITOS DA COBERTURA SOBRE A EROSÃO HÍDRICA Redução do impacto de gota, desestruturação dos agregados e salpicamento das partículas de solo. Figura: web Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  20. Aspecto da estrutura superficial sem e com cobertura Foto: M. J. Vieira Área sem cobertura Área com cobertura retirada para a foto Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  21. EFEITOS DA COBERTURA SOBRE A EROSÃO HÍDRICA Redução do escorrimento inicial pela rugosidade da superfície. Foto: M. J. Vieira Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  22. EFEITOS DA COBERTURA SOBRE A EROSÃO HÍDRICA Manutenção/reconstrução da estrutura do solo pela atividade biológica Foto: M. J. Vieira Foto: Galeria COOPLANTIO Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  23. EFEITOS DA COBERTURA SOBRE A EROSÃO HÍDRICA Manutenção/reconstrução da estrutura do solo pela atividade biológica ZONA COMPACTADA ZONA COMPACTADA Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  24. ESTRUTURA IDEAL PARA UM SOLO “SAUDÁVEL” Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  25. O SISTEMA ADOTADO PODE INFLUENCIAR NO IMPACTO DO SPD SOBRE A INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO !!! Fonte: Citado por Franchini etal, 2009. Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  26. O MANEJO DA M.O.S. EM NÍVEIS ELEVADOS É ESSENCIAL PARA MANEJAR SOLO EM CONDIÇÕES TROPICAIS !!! Fonte: Citado por Franchini etal, 2009. Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  27. Características ambientais facilitadoras para o plantio direto no Paraná • Inverno com precipitação suficiente para produção de biomassa (> cobertura de resíduos). • Temperaturas amenas na primavera e no outono (> tempo de cobertura). • Presença de solos com Horizonte A: • - Rico em matéria orgânica; • - Larga faixa de umidade com consistência friável; • - Textura com menos de 60% de argila. Exemplos de alguns municípios com estas condições dominantes: Carambeí, Castro, Tibagí, Palmeira, Ponta Grossa, Guarapuava, Mauá da Serra , Faxinal. Foto: EMBRAPA Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  28. Características ambientais que dificultam a utilização do plantio direto • Inverno com precipitação deficiente para produção de biomassa. • Temperaturas elevadas na primavera e no outono. • Solos com presença de Horizonte A: • - Muito argiloso ou arenoso. • - Pouco espesso sobre Horizonte B muito argiloso. • - Pobre em matéria orgânica. • - Índice de plasticidade elevada. • Exemplos destas condições: • Regiões do Norte, Oeste e Noroeste do Estado, em altitudes abaixo de 600 m.s.n.m. Foto: M. J. Vieira Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  29. Situações intermediárias acima de 600 m.s.n.m. Situações mais difíceis abaixo de 600 m.s.n.m. Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  30. CONSIDERAÇÕES FINAIS A eficiência do SPD em todos os aspectos é altamente dependente da eficiência da cobertura de resíduos. Nos solos muito argilosos (acima de 60% de argila) e com Horizontes A do tipo moderado (ócrico), é mais difícil executar o SPD. Nestes solos é essencial a prevenção da compactação do solo. Em climas mais quentes e com inverno mais seco as rotações devem incluir mais gramíneas que leguminosas. A associação com braquiária tem sido benéfica para facilitar o SPD e aumentar sua eficiência de cobertura sem perder rendimento financeiro. O redimensionamento de terraços em SPD só pode ser realizado com detalhado projeto técnico, acompanhado de uma ART. A retirada total não é tecnicamente recomendável. Nós, os Engenheiros Agrônomos, necessitamos pensar mais na agricultura como um sistema dinâmico e menos como uma relação do tipo insumo-resultado. Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

  31. Campo Mourão – 2008 Terraços retirados em SPD em LATOSSOLO VERMELHO Distroférrico. O Paraná não merece !!! Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR. Foto: M. Montans

  32. Marcos J. Vieira Engenheiro Agrônomo Professor de Manejo de Solos e Água CENTRO UNIVERSITÁRIO FILADÉLFIA - UniFil Consultor mjvieira.terra@gmail.com marcos.vieira@unifil.br (43) 84014225 LONDRINA - PR Marcos J. Vieira – Centro Universitário Filadélfia – UNIFIL – Londrina/PR.

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