210 likes | 409 Views
Renascimento. O Renascimento. Queda de Constantinopla (1453), tomada pelos turcos Introdução dos caracteres móveis na impressa por Gutenberg (1454) Expansão Europeia Bartolomeu Dias dobra o Cabo da Boa Esperança (1487) Colombo chega às Antilhas (1492)
E N D
O Renascimento • Queda de Constantinopla (1453), tomada pelos turcos • Introdução dos caracteres móveis na impressa por Gutenberg (1454) • Expansão Europeia • Bartolomeu Dias dobra o Cabo da Boa Esperança (1487) • Colombo chega às Antilhas (1492) • Vasco da Gama contorna a África e chega à Índia (1498) • Reforma e Contra-Reforma (Questiona a autoridade da Igreja) • Martinho Lutero (1483-1546): autor da Reforma protestante • Concílio de Trento (1545-1563): servia para garantir a unanimidade na Igreja.
A ciência do Renascimento • O pensamento tende a emancipar-se da Teologia. Os pensadores dedicam-se ao estudo da natureza (é importante a observação); • Deixa de ser predominante o respeito à tradição, ou seja desaparece a fé cega no que foi dito por Aristóteles, Galena, Avicena, etc; • O pensamento tende a matematizar-se • Abundam as inovações, mas conservam-se muitos elementos e critérios do passado; • Acede-se directamente às fontes do pensamento Grego, sem depender de comentários e compilações medievais; • Nova atitude o humanismo – o homem como o fim em si mesmo e motor da história e não criatura subordinada aos desígnios de Deus • Ocorre o auge das cidades e ao progressivo poder da burguesia; • Aperfeiçoamento da imprensa conduz à divulgação do saber.
Genericamente • “ a ciência europeia estava, durante a idade Média, submetida ao princípio de autoridade; esta atitude punha o respeito pelo pensamento dos grandes sábios da Antiguidade; esta atitude punha travão à observação directa dos fenómenos naturais. A partir do séc. XV, uma mudança radical tem lugar neste domínio. É certo que a tradução das obras dos sábios gregos e latinos prossegue: estuda-se a física segundo Arquimedes, a geografia segundo Ptolomeu, a medicina segundo Hipócrates. Mas a curiosidade e o sentido crítico dos humanistas leva-os a observar directamente os fenómenos naturais.”
Leonardo da Vinci • Faz a articulação em comum da Arte e Ciência; • Engenheiro, anatomista e cientista (desenhos anatómicos de grande rigor baseados em dissecações anatómicas); • Tem capacidade de observação e espírito de intuição.
Figuras importantes nas ciências médicas e farmacêuticas • André Vesálius (1514-1564): Anatomia • Ambroise Paré (1510-1590): Cirurgia • Fracastoro (1483-1553): Contágio • Paracelso (1493-1541): farmácia e na medicina
André Vesalius (Bruxelas, 1514-1564) • Estou medicina em Lavaina (Bélgica) e Paris • Professor de anatomia e cirurgia em Pádua • Obras publicadas • Tabulae anatomicae sex: um conjunto de seis desenhos de anatomia feitos por ele próprio • De humani corporis fabrica libri septem: É uma espécie de atlas do corpo humano ricamente ilustrado, dividida em sete partes • ossos (Livro 1), • músculos (Livro 2), • sistema circulatório (Livro 3), • sistema nervoso (Livro 4), • abdômen (Livro 5), coração e • pulmões (Livro 6) e • cérebro (Livro 7).
Ambroise Paré (1510-1590) • Nasceu em Laval, França • Não era médico mas cirurgião barbeiro • Aprendeu anatomia e cirurgia em Paris • Foi considerado o “pai da cirurgia”. Fez inovações no tratamento • Feridas por armas de fogo • Técnicas de amputação • Obra escrita: • La méthode de triter les plaies faites pour les hacquebutes et autres bâtons à feu, et celles qui sont faites par la poudre à canon ( Método de tratar ferimentos feitos por arcabuzes e outras armas de fogo).
Fracastoro (1483-1553) • Natural de Verona, estou medicina em Pádua onde aos 19 anos foi nomeado professor da Universidade • Escreveu obras no domínio médico, astronomia, geologia bem como alguma poesia • Obras • Syphilis, sive morbus gallicus (Sifilis ou a Doença Francesa); poema publicado em 1539 • De contagione et contagiosis morbis: publicado em 1546 dá-nos descrição do tifo. • Contágio realizava-se através dos seminaria morbi de forma directa (através de objectos ou pelo ar
Paracelso (1493-1541) • Filipe Aurélio Teofrastos Bombastus von Hohenheim (1493 – 1541), suiço que por volta de 1529 adoptou o nome de Paracelso (Superior a Celso, médico Romano cuja obra De medicina, havia sido redescoberta e impressa há pouco tempo). • Foi um famoso médico, alquimista, físico e astrólogosuíço • É a figura mais controversa da história da farmácia e da medicina. • Estudou Botânica e química tendo aprendido em pequeno com o pai Medicina. Estou em diferentes Universidades mas mostra-se sempre insatisfeito com o ensino ministrado. Doutorou-se em Ferrara. • Ensinou medicina em Basileia onde travou polémicas com vários médicos e cirurgiões.
Características fundamentais da obra de Paracelso (1) • Antigalenismo sistemático: recusa a teoria humoral como paradigma explicativo da saúde e da doença, substituindo-a por uma filosofia de base química; • Saúde correspondia a um equilíbrio dos elementos químicos: enxofre, mercúrio e sal que existiam no organismo. São denominados os tria prima e constituem os princípios do corpóreo (sal), do inflamável (enxofre) e do volátil (mercúrio). • Existe a ideia da unidade entre o macrocosmos (o universo, tanto na sua parte terrestre como extra-terrestre) e o microcosmo (o corpo humano) • Os corpos vivos seriam compostos por minerais e espíritos astrais (essentia) • Existiam forças espirituais os semina (enviados por Deus) e os archei (princípios que controlavam vários processos vitais) • As causas externas das doenças seriam essências espirituais, especificas para cada doença.
Características fundamentais da obra de Paracelso (3) • Pratica a teoria das assinaturas: segundo a qual a Terra, enquanto palco destinado por Deus para a caminhada do homem para a sua salvação, encontrar-se-ia cheio de animais, vegetais e minerais úteis para o homem, nomeadamente para o seu tratamento: assim um fruto em forma de coração teria a assinatura da sua utilidade para doenças cardíacas, ou outro com a forma de um fígado para as doenças hepáticas.
Características fundamentais da obra de Paracelso (3) • Valorização dos conhecimentos populares • Emprego por via interna da terapêutica metálica • Propunha uma farmácia vocacionada para a obtenção dos princípios activos isolados dos componentes da formula • Medicação específica adequada a cada doença • Valoriza o trabalho manual • Concepção unitária das ciências da Saúde: não dividir profissionalmente medicina, cirurgia e farmácia • Desenvolvimento do laboratório de farmácia a partir do laboratório alquímico
Saúde e doença segundo Paracelso • Doença resultava do desequilíbrio destes elementos. • Doença era de origem localizada • Cada doença tinha terapêutica específica • Médico devia ser filósofo da natureza , astrónomo, alquimista, sendo entendido num sentido mais próximo do farmacêutico
Atitudes perante a saúde e a doença • o galenismo ortodoxo • o paracelsismo radical • uma postura eclética
Textos usados pelos renascentistas • Dioscórides: “De materia medica”, fundador da farmacognosia. Teve como seus tradutores • Andrea Mattioli (1500-1577) • Andrés Laguna (1511-1559) • Amato Lusitano (1511-1568) • Valerius Cordus (1515-1544) • Juan Jarava (1516-1565) • Farmacologia: textos de Arnau de Vilanova, Mesué, Rhazes e Avicena, bem como de Galeno • 1530- Surge o primeiro herbário em moldes modernos. Responsáveis foram os alemães Brunfels, Bock e Fuchs (De historia stirpium, 1542) • Jardins botânicos em várias cidades • Vaticano (séc. XV), Pisa, Pádua, Bolonha, Zurique Paris (séc. XVI)
Drogas de origem americana • Nicolás Monardes (1512-1588), de Sevilha • Dos libros, el uno que trata de todas las cosas de nuestras Indias Occidentales que sierven al uso de Medicina (1565) • Jalapa, Guaiaco, Canafístula e as árvores do bálsamos de Tolu • Francisco Hernandez (1514-1578), médico natural de Toledo • Foi encarregue de estudar a matéria médica no México e Perú
Drogas de origem asiática • Tomé Pires • Garcia da Orta (1501-1568) • Colóquios dos simples e drogas e coisas medicinais da Índia (Goa, 1563) • Cristóvão da Costa (1525-1593) • Tractado de las drogas, y medicinas de las Indias Orientales (1578)