E N D
LIÇÃO DAS COISAS Vamos ser como o sol, que não possui nenhuma lista de endereços para mandar os seus raios luminosos. Ele ilumina e aquece o bom e o mau, o americano, o italiano, o brasileiro. No meu, no seu jardim ele faz com que as flores desabrochem. No meu, no teu pomar, adoça e amadurece os nossos frutos.
Ou vamos ser como a chuva que não tem mapas, não tem limites e fronteiras para delimitar o campo a ser regado. Vamos ser como a fonte sempre ao alcance de qualquer um que estenda a mão ansiosa, em concha, preta ou branca, velha ou jovem, pouco importa. A fonte é uma perene oferta borbulhante! Ou vamos ser como a árvore que não recolhe os galhos com seus frutos quando chega alguém faminto ou seus ramos oferta a qualquer ave que queira neles fazer um ninho, quer seja um canário de bom canto, quer seja um pardal inútil e barulhento.
Vamos ser como o mar que acolhe no seu seio generoso, grandes rios que têm nome nos mapas, e riachos anônimos, sem glória; as águas puras, transparentes das montanhas e os sórdidos esgotos das cidades. Ou vamos ser como as aves cigarras que dão concertos para todos, sem reclamar direitos autorais.
Vamos ser como a lua a imitar as estrelas que não querem saber quem está "lá embaixo" antes de ornar o céu e de enfeitar a noite. Então vamos ser todos vida afora, assim gratuitamente, alegremente, eternamente: sol, chuva, terra, mar, arvore, estrela ou ave, que alguém possa dizer que foi feliz ao menos um segundo na vida porque passamos pelo seu caminho. Autor Desconhecido
Música: Allanis Morriset - Cidade dos Anjos Pesquisa: Deda Digitação e montagem: maricarusocunha@terra.com.br