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Raquialgias

FCM/UNL Medicina I (Profª Maria João Marques Gomes) Reumatologia (Prof. Jaime C. Branco). Raquialgias. Paula Araújo. Raquialgias - Definição -. Dores localizadas ao raquis cervical, dorsal ou lombar com ou sem irradiação aos membros. Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA.

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Raquialgias

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  1. FCM/UNL Medicina I (Profª Maria João Marques Gomes) Reumatologia (Prof. Jaime C. Branco) Raquialgias Paula Araújo

  2. Raquialgias- Definição - Dores localizadas ao raquis cervical, dorsal ou lombar com ou sem irradiação aos membros. Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  3. Raquialgias- Epidemiologia 1 - • Queixa mais comum na espécie humana • Um dos mais frequentes motivos de consulta médica, • pedidos de exames complementares e tratamentos • Importante factor de absentismo prolongado e de • incapacidade permanente (1% da população nos EUA) • Uma das patologias mais dispendiosas para os sistemas • de saúde e de segurança social Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  4. Raquialgias- Epidemiologia 2 - • ~ 100% da população em geral sofrerá alguma vez na vida • de uma raquialgia • Por ano, 15 a 20% da população em geral terá uma • lombalgia • Nas lombalgias, 95% dos episódios resolverá no final de 6 • semanas caindo por isso na classificação das lombalgias • agudas comuns sem causa facilmente detectável Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  5. Raquialgias- Sinais de Alerta/ Etiologias - Perante uma raquialgia qual a atitude? 1º Tentar identificar sinais de alerta ‘Vermelhos’ para cancro ou infecções ‘Amarelos’ para cronicidade e incapacidade 2º Descortinar a causa Mecânica, inflamatória, metabólica, neoplásica, infecciosa, extra-vertebral Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  6. Raquialgias- Sinais de Alerta - Sinais de Alerta ‘vermelhos’ = factores de risco físico Intervenção Médica Sinais de Alerta ‘amarelos’ = factores de risco psicológico para dor crónica, baixa produtividade Abordagem comportamental e cognitiva Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  7. Alertas ‘vermelhos’ na história clínica Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  8. Alertas ‘amarelos’ na história clínica (1) • > 3 sinais de Waddell (dor à palpação superficial, reacções exageradas, observação não coerente com as queixas) • Depressão • Alcoolismo • Insatisfação no trabalho • Famílias hiperprotectoras ou falta de apoio familiar • Factores de risco psicológico: • - Crença de que a dor é ela própria lesiva • - Comportamentos de evicção por medo a baixos níveis de actividade • - Esperança de que tratamentos que não impliquem a participação do • próprio sejam mais eficazes que os activos/ participativos Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  9. Alertas ‘amarelos’ na história clínica (2) • Perguntas úteis na detecção de • pessoas em risco de cronicidade duma lombalgia • Já esteve ‘de baixa’ por dores na coluna? • Percebe qual a causa da sua dor? • O que é que pensa/ espera que o vá ajudar a melhorar? • Como é que o seu chefe/ patrão está a encarar as suas queixas? • E os seus colegas? E a sua família? • O que é que faz para melhorar a sua dor? • Pensa voltar a trabalhar? E quando? Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  10. Fluxograma diagnóstico das Raquialgias Sim Investigar e referenciar ao especialista Apresentação clínica Sinais de Alerta ‘vermelhos’? Ínicio clínico Não • Aconselhar do doente a manter-se activo • Educar e reassegurar a benignidade clínica • Fazer um plano terapêutico • Pesquisar presença de alertas ‘amarelos’ 1 a 4 semanas depois Sim Melhoria dos sintomas Não 4 a 8 semanas depois Reavaliar a presença de Sinais de Alerta ‘vermelhos’ ou ‘amarelos’? Sim Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA Investigar e referenciar ao especialista

  11. Lombalgias • Lombalgias Agudas: < 6 semanas de evolução • Lombalgias Crónicas: > 6 semanas de duração (associado aos alertas “Amarelos” – Barreiras psicológicas à recuperação) Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  12. Lombalgias - Causas - 1- Lombalgia Mecânica 2- Lombalgia Inflamatória 3- Lombalgia Neoplásica 4- Lombalgia Metabólica 5- Lombalgia Infecciosa 6- Lombalgia Extra-vertebral (dor referida de orgão) Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  13. 1- Lombalgia Mecânica • - Definição - • Relacionadas com a actividade e esforços físicos • Melhoria com o repouso • Sem compromisso do estado geral de saúde orgânica • - Epidemiologia – • 90% das lombalgias são de causa mecânica • - Causas – • a) Doença articular degenerativa • (Discartrose, Artrose IAP)– Lombalgia comum • b) Estenose do canal lombar • c) Espondilolistese • d) Síndromes Miofasciais • e) Síndroma de Baastrup • f) Malformações da charneira lombo-sagrada Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  14. a) Doença articular degenerativa- Artrose articulações interapofisárias posteriores • Clínica: Lombalgia localizada às IAP ou + abaixo agravada pela hiperextensão do tronco ou inclinação lateral • Exame objectivo: Obesidade, hiperlordose Palpação dolorosa paravertebral Mobilização dolorosa da ap. espinhosa “Pincé-roulé positiva” Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  15. a) Doença articular degenerativa- Alterações degenerativas discais - 1ª fase degenerescência discal Fisiopatologia:fissura das fibras mais internas do anel fibroso Clínica: - Lumbago (lombalgia aguda- zona da charneira lombo-sagrada) - Postura antálgica (flexão anterior tronco, extensão impossível) - Rigidez - Limitação da mobilidade/ dificuldade na marcha Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  16. a) Doença articular degenerativa- Alterações degenerativas discais - 2ª fase degenerescência discal Fisiopatologia:Hérnia discal (fissura completa do anel fibroso, migração do núcleo pulposo para trás) Ciatalgia- 2ário à compressão radicular L5 ou S1 Cruralgia- 2ário à compressão radicular L2, L3 ou L4 (<10%, idosos) Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  17. a) Doença articular degenerativa- Alterações degenerativas discais/ Ciática - Clínica : 25 -45 anos Lomboradiculalgia abaixo do joelho, Agravamento (Mobilização, Manobras de Valsalva (tosse, espirro, defecar) Déficit sensitivo (parestesias, disestesias, tipo queimadura, arrefecimento, anestesia) Déficit motor (fasciculações, atrofias) Ex. Objectivo: Diminuição da força (L5) - dificuldade em caminhar sobre os calcanhares (S1) - dificuldade em caminhar nas pontas dos pés Diminuição dos reflexos (L4 rotuliano, S1 aquiliano) Rigidez e atitude antálgica Manobra Lasègue positivo entre 30-70º (alongamento da raíz exacerba a dor) Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  18. Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  19. Causas de radiculalgia do membro inferior: 1-Hérnia discal (95%) 2-Patologia das articulações IAP (osteofitose, sinovite, quisto sinovial, subluxação-espondilolistese) 3-Discartrose (osteofitose posterior do corpo vertebral) 4-Hipertrofia do pedículo (causa estreitamento buraco conjugação) 5-Estenose do canal lombar 6-S. Miofasciais (Pequeno glúteo, Piriforme (6%), Psoas-ilíaco, Obturador interno) 7-Aracnoidite/ Fibrose peri-dural 8-Fracturas vertebrais 9-Metástases vertebrais, mieloma múltiplo 10-Espondilodiscite infecciosa Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  20. Factores de risco para o desenvolvimento de Hérnia discal: 1- Profissões de risco Actividades profissionais que exijam: a) Levantamentos frequentes de objectos pesados (>12 Kg) com flexão anterior e rotação do tronco (construção civil, utilizadores de martelos, serradores, lenhadores, domésticas, estivadores, enfermeiros) b) Exposição a vibrações na actividade profissional (motoristas de pesados) 2- Sedentarismo 3- Tabagismo 4- Baixo nível socio-económico Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  21. a) Doença articular degenerativa- Alterações degenerativas discais - 3ª fase degenerescência discal Clínica: - Lombalgia de início insidioso, tipo moinha - Crónica, entrecortada por agudizações - Ritmo mecânico - Sem limitação da mobilidade Fisiopatologia:procidência discal difusa por discartrose Radiologia: - Diminuição da entrelinha articular - Esclerose do osso subcondral - Osteofitose marginal Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  22. a) Doença articular degenerativa- Origem da lombalgia comum - 1- Alterações estruturas vertebrais e paravertebrais (Compressão do ligamento vertebral comum posterior/ Lesões ligamentares, sinovite das IAP, espasmos reflexo, fracturas traumáticas) 2- Compressão directa ou irritação dos nervos raquidianos (1%) ou seus ramos (Síndromes de Compressão Radicular: Lesão radicular, mielopática ou síndroma da cauda equina) Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  23. Lombalgia Mecânica • - Tratamento da lombalgia mecânica comum - • 1- Desdramatizar a situação/ reassegurar a sua benignidade • 2- Repouso de curta duração, 2 dias, se necessário • 3- Analgésicos e/ou AINE’s • 4- Relaxantes musculares • 5- Antidepressivos, Neurolépticos • 6- Infiltrações (Esteróides) • 7- Colete • 8- Rápido regresso à actividade/ trabalho (com modificações se necessário) • 9- Promoção do exercício físico/ MFR • 10- Aconselhar a perda de peso, se adequado • 11- Abordagem comportamental e cognitiva se sinais ‘amarelos’ • Repouso prolongado e os opióides estão contra-indicados. Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  24. Analgésicos - Paracetamol - • Dose: 1000 mg cada 4 horas (máximo 4000 mg em 24 h) • Vantagens: ausência de tolerância/ não causa dependência não causa lesões gastro-intestinais/ rara alergia Importante: Vigilância hepática - Tramadol - • Vantagens: Não causa tolerância/ baixo incidência de dependência • Dose: 50 a 100 mg 4/4 ou 6/6 h • Efeitos 2ários: tonturas, náuseas e vómitos Nota: A associação AINEs + paracetamol é mais eficaz Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  25. AINEs • O tipo e a dose de AINE depende: - diagnóstico do doente - intensidade da dor - factores de risco individuais - experiência passada do doente c/ AINES • Tipo de AINEs: • AINEs clássicos(Ibuprofeno, Naproxeno): • efeito 2ário GI • efeito antiagregante • efeito de antihipertensores e diuréticos • Inibidores selectivos COX 2: • menos efeitos 2ários GI • não interfere com a coagulação • risco cardiovascular (AVC,EAM) Situações clínicas que requerem cuidados especiais: - Patologia tiroideia, Diabetes - Patologia cardíaca / HTA - Alergia à aspirina ou outros AINEs - Gravidez, amamentação - Consumo > 3 bebidas alcoólicas /dia - Cirurgia O uso contínuo do AINE é mais eficaz do que o seu uso SOS. Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  26. Relaxantes musculares • Mecanismo de acção: efeito central (SNC) sedativo • Indicação: raquialgias com contracturas musculares • Cyclobenzaprina (Flexiban®). • Tempo de prescrição: prolongada • Dose máxima recomendada: 10 mg 6/6 h (espasmos) • 10 mg ao deitar (alterações do sono) • Evitar: patologia prostática (risco de retenção urinária) Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  27. Antidepressivos • Mecanismo de acção no alívio da dor é desconhecido • Lombalgias crónicas causam depressão. Devem-se tratar simultaneamente. • Tipos de antidepressivos: • Amitriptilina (ex. Tryptizol®, ADT®) • Dose: 10 a 25 mg • Tempo de administração: prolongado • Vantagens: não causa dependência, nem altera ciclos de sono • Efeitos 2ários: sonolência matinal, resolve com a toma • Fluoxetina (inibidor selectivo da recaptação da serotonina) • (ex.Zoloft ®, Prozac ®) Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  28. Neurolépticos • Dor neuropática • Gabapentina (ex. Neurontin®): Dose recomendada: 300 - 400mg 3x / dia Seguro (bem tolerado, não causa dependência) Efeitos 2ários: fadiga, tonturas, ou naúseas Infiltrações- Epidural • Indicação: casos muito dolorosos e c/ falência tratamento conservador (ex. estenose canal lombar, hérnia discal, discartrose) • Técnica: injecção de esteroides em torno da dura (saco em torno das raízes nervosas que contem líquido cefaloraquidiano) limite de 3 injecções /ano • Contraindicações: Neoplasias, Infecções Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  29. Colete • Indicações: - Fracturas - Fusões vertebrais lombares pós-operatórias - Trabalhadores que levantam cargas pesadas (>12 Kg) • Objectivo: acelera a cura e alivia a lombalgia • Existem 2 tipos de coletes: - Coletes rígidos - Coletes elásticos Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  30. MFR/ Exercício • Indicação: Lombalgia > 2 a 6 semanas ou recorrentes • Objectivo: Efeito antálgico, melhoria da função, prevenção das crises • Tipos de modalidades: 1º Modalidades Passivas Alternância frio/ calor TENS (estimulação eléctrica transcutânea) Iontoforese Ultrasons 2º Modalidades Activas (individualizado) - Exercícios de estiramento dos músculos coluna e face posterior da coxa (Hamstring) - Exercícios para tonificar osmúsculos para-vertebrais (15- 20’ diasalternados) (McKenzie) - Exercícios aeróbicos de baixo impacto (40’ 3x semana)(Andar, bicicleta, natação ou hidroginástica) Lombalgias 2árias retracções musculares da face posterior coxa e limitação mobilidade da pelvis Hérnia discal/ discartrose Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  31. Resumo das abordagens terapêuticas/ Evidência clínica Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  32. b) Estenose do Canal Lombar Central • Causas: - Congénitas (idiopática, acondroplasia) - Adquiridas (Espondilartrose, hérnia discal, iatrogénica, pós-traumática, espondilolistese, Paget, tumor) - Mista (combinção das anteriores) • Clínica: - Lombalgia crónica - Claudicação intermitente neurogénica dos MI - Radiculalgia (por vezes bilateral ou basculante, consoante as raízes afectadas) - Síndrome da cauda equina: Radiculalgias múltiplas Hipostesia/anestesia em sela Diminuiçãoda força dos MI Incontinência dos esfíncteres Impotência sexual Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  33. c) Espondilolistese Espondilolistese (deslizamento de uma vértebra sobre a outra) Discartrose, artrose das IAP, radiculalgia, estenose do canal lombar Causas: 1- Lise ístmica Vértebra fica dividida entre segmento anterior (corpo, pedículos, ap. transversas e sup. art. inferiores) e um segmento posterior (ap. espinhosas, lâminas e sup. art. superiores) 2- Artroses das IAP 2ariamente Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  34. d) Síndroma de Baastrup e) Malformações da charneira lombo-sagrada Hiperlordoses acentuadas Lombalgia expontânea e à pressão ap. espinhosas Atrito das apófises espinhosas contíguas • Marformações da charneira (vértebras de transição): lombarização de S1 sacralização de L5 Mega-apófises transversas de L5 f) Distúrbio inter-vertebral minor (DIM) Hérnias, artroses IAP Irritação do ramo posterior n. raquidiano DIM Clínica: Dor, alt. sensibilidade cutânea (celulalgia) Cordões miálgicos Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  35. 2- Lombalgia Inflamatória • - Definição - • Alívio com a actividade, agravamento com o repouso • Rigidez matinal prolongada • Melhoria significativa com os AINE’s • Jovens (18 - 40 anos) O grupo das espondilartropatias sero-negativas são a principal causa de lombalgia inflamatória Espondilite Anquilosante Artrite Psoriásica E. Anquilosante Juvenil Sacroíleite Doença Inflamatória Intestinal Artrite Reactiva S. Reiter Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA ESPONDILARTROPATIAS

  36. a) Espondilite Anquilosante • Clínica: - Dorso-lombalgia e/ou dor glútea Ritmo inflamatório > 3 meses - Ciatalgia basculante atípica (nunca abaixo do joelho e sem trajecto radicular definido) - Sintomas acompanhantes: Rigidez matinal > 30’, Artrite periférica, olho vermelho, talalgia • Exame Objectivo: - Limitação mobilidade c. lombar (teste de Schöber) e cervical - Limitação da expansão torácica - Artrite assimérica - Tendinite Aquiliana, - Dactilite, uveíte, sopro aórtico sistólico Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  37. Sinal de Romanus • Osteopénia • Erosões ósseas nas entesis Sindesmófitos Sacro-ileíte Squaring Coluna em bambú Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA Sinfisite púbica

  38. Diagnóstico diferencialDiferentes tipos de Espondilartropatias Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  39. Diagnóstico diferencial Raquialgia Mecânica/ Raquialgia Inflamatória Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  40. 3- Lombalgia Neoplásica • Definição - • Dor lombar em crescendo, contínuo • Sem posição de alívio, nocturno • Não cede aos AINEs ou analgésicos (necessidade de opiáceos) • Compromisso geral (astenia, emagrecimento) e/ou de órgão • (ex. queixas digestivas, nódulo mamário ou tiroideo, alterações da micção) • S. compressão da cauda equina, radiculopatias, • paraplegia (se compressão neurológica) • > 60 anos - Causas - a) Metástases vertebrais: próstata, mama, pulmão, tiróide, rim, cólon, colo do útero, bexiga b) Neoplasias primitivas: Mieloma múltiplo, osteoma osteóide Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  41. a) Metástases ósseas vertebrais - Epidemiologia – • 25 x mais frequente que os tumores 1ários do ráquis • ~ 70% da neoplasias metastizam na coluna dorso-lombar • Envolvimento: 1 ou poucas vértebras - Tipo de metástases - • Osteolíticas (rim e tiróide) (vértebra cega) • Osteoblásticas (cólon) (vértebra de marfim) • Misto Osteolíticas e Osteoblásticas (próstata, mama, pulmão, bexiga) Laboratório: VS , anemia, FA Cintigrafia OA: positivo em >85% TAC e RMN: avalia extensão tumoral Terapêutica: Alívio da dor, correcção hipercalcémia, quimio. e radioterapia Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  42. Vértebra Cega Vértebra em Marfim

  43. b) Neoplasias primitivas: Mieloma múltiplo - Clínica - Lombalgia difusa (por x dorsalgias) queixa inicial em 35% Envolvimento extenso (múltiplas vértebras) - Radiologia - Lesões osteolíticas numerosas difusas Osteopénia difusa Fracturas patológicas • Laboratório: VS , anemia, hipercalcémia, hipercalciúria, picos monoclonais na electroforese, proteinúria de Bence-Jones, cadeia pesada (83%) ou leve (8%) na imunoelectroforese. • Cintigrafia OA: negativo • Mielograma/ biópsia óssea: cél. plasmocitárias atípicas + ≥ 10% plasmócitos ou ≥ 30% plasmócitos • Terapêutica: Alívio da dor, correcção hipercalcémia, quimio./ radioterapia Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  44. 4- Lombalgia Metabólica Doenças Ósseas Metabólicas causadoras de lombalgias a) Osteoporose b) Doença óssea de Paget c) Osteomalácea d) Hiperparatiroidismo Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  45. a) Osteoporose • Definição • Doença caracterizada por redução da massa óssea e deterioração da micro-arquitectura do tecido ósseo que leva a uma maior fragilidade óssea e, ao consequente aumento do risco de fractura. • Organização Mundial de Saúde (OMS), 1993 Osso Normal Osteoporose Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  46. a) Osteoporose - Dimensão do Problema – • Elevada prevalência - afecta 75 milhões de pessoas em todo o mundo1 1/3 das mulheres têm idades compreendidas 60- 70 anos 2/3 das mulheres > 80 anos • 20-25% mulheres > 50 anos sofrem 1 ou + fracturas vertebrais2 Estados Unidos: 25%3 Austrália: 20%4 Europa Ocidental: 19%5 Escandinávia: 26%5 1. Am J Med 1991;90:107-10 2. Melton LJ 3rd et al. Spine 1997;22:2S-11S 3. Ettinger B et al., J Bone Miner Res 1992;7:449-56 4. Jones G et al., Osteoporos Int 1996;6:233-9 5. O'Neill et al., J Bone Miner Res 1996;11:1010-8 Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  47. Osteoporose • - Factores de Risco - • Genéticos • História familiar (# colo femur mãe) • Raça branca • Sexo feminino • Idade > 65 anos • Baixo Peso (IMC< 19Kg/m2) • Hábitos de Vida • Dieta pobre em Ca++ • Etanolismo • Cafeína • Tabagismo • Sedentarismo • Endócrinos • Menopausa < 45 anos e Andropausa • Amenorreia prolongada • Hiperparatiroidismo • Hábitos Medicamentosos • Corticosteróides (> 3 meses) • Hormona tiroideia ( doses) • Heparina, Antiepilépticos, Imunossupressores • B-bloqueantes, sedativos, ansiolíticos • Risco de Quedas (Incidência anual: 25% - 70 anos / 35% - 75 anos) Hipotensão postural • Doenças predisponentes (A. R). Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  48. Cifose Coluna saudável a) Osteoporose - Clínica da fractura-compressão do corpo vertebral – 1- Longo período de latência (assintomático) 2- Dorso-lombalgias de 2 tipos: - Dor intensa, por surtos agudos, ritmo mecânico com intervalos inter-críticos assintomáticos - Dor de intensidade moderada (Duração variável - colápso vertebral 4-12 semanas) 3- Diminuição da altura corporal, Síndroma trofostático de Sèze 75+ Cifose dorsal Maior risco de fractura do colo do fémur 55+ Pós-menopausa Maior risco de fracturas vertebrais 50 Menopausa Sintomas vasomotores Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  49. a) Osteoporose - Radiologia - (Alterações tardias, surgem quando existe 30% perda de massa óssea): - Osteopénia(reforço do contorno do corpo vertebral) - Vértebra em escova(predomínio da trabéculação vertical) - Fractura vertebral(vértebras biconcavas, em cunha, colapsadas) - DEXA - O número de Dp abaixo do pico de massa óssea do adulto jovem, é dado pelo T- score: Valores normais > -1 dp em relação ao pico MO Osteopénia < -1> -2,5 “ Osteoporose < -2,5 “ Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

  50. b) Doença Óssea de Paget - Clínica – Pode –se iniciar por lombalgia isolada (doença monostótica do corpo vertebral ou poliostótica limitada à coluna) - Laboratório - Aumento FA , hidroxiprolinúria, NTX. - Radiologia - - Osteoporose circunscrita osteocondensação irregular (aspecto algodonoso) - Alteração da forma e dimensões ósseas Aumento das dimensões dos corpos vertebrais Encurvamento tíbias, fémures Aumento volume craneana Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA

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