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ISO 22000:2006 UMA FERRAMENTA NAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS. HISTÓRICO. 2 de 78. Até os anos 80 Controle de Qualidade Reativo Produto bom: aceita Produto Ruim: rejeita. HISTÓRICO. A partir dos anos 80 Garantia da Qualidade PREVENTIVO ZERO DEFEITO. 3 de 78. HISTÓRICO.
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ISO 22000:2006 UMA FERRAMENTA NAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS
HISTÓRICO 2 de 78 Até os anos 80 Controle de Qualidade Reativo Produto bom: aceita Produto Ruim: rejeita
HISTÓRICO A partir dos anos 80 Garantia da Qualidade PREVENTIVO ZERO DEFEITO 3 de 78
HISTÓRICO Anos 60 - Pillsbury (EUA) / Laboratórios do Exército / NASA 1971 –FDA (Food and Drug Administration) publicou os regulamentos para alguns alimentos. 1980 – Em 1980 A OMS (Organização Mundial de Saúde), a ICMSF (Comissão Internacional de Especificações Microbiológicas dos Alimentos) e a FAO - Organização para a Agricultura dos EUA, recomendaram a aplicação do sistema APPCC a empresas alimentares. 4 de 78
HISTÓRICO 1993 – O Comitê da Higiene dos Alimentos da Comissão do Codex Alimentarius publicou um Guia para a aplicação do Sistema de APPCC Surgiu então a Portaria 1428 do Ministério da Saúde, de 26/11/1993
QUALIDADE DOS ALIMENTOS Conjunto dos atributos sensoriais percebidos pelos sentidos humanos: aparência, textura, sabor, aroma; Os atributos ocultos como a segurança: controle de contaminantes físicos, químicos e microbiológicos e; Quantidade de nutrientes, constituintes químicos e propriedades funcionais;
Alimento Seguro: É um alimento livre de contaminantes físicos, químicos e microbiológicos, ou seja, inócuo à saúde. Por que é importante? 7 de 78
Qual é a importância da Segurança de Alimentos? • Todos os anos, nos países industrializados, apesar dos regulamentos e crescentes cuidados na indústria alimentícia, • 1 pessoa em cada 3 corre o risco de sofrer toxinfecção • e as principais causas são: • globalização no suprimento de alimentos (condições higiênicas e métodos agrícolas nos países produtivos); • maior agressividade das bactérias e maior resistência a • antibióticos e pesticidas; • novos hábitos alimentares (aumento do consumo de refeições fora de casa).
Estimativa de que nos EUA ocorrem, por ano, 76 milhões de casos de DTAs, resultando 323 mil hospitalizações e 5 mil mortes; Mead et al (1999). Nos EUA em 1998: Bactérias: responsáveis por gastos de quase US$7 bilhões; Vírus: cerca de US$ 350 milhões Parasitos: cerca de US$ 625 milhões Toxinas Marinhas: US$ 125 milhões Agentes Químicos: US$ 33 milhões 9 de 78
5 SENSOS 11 de 78
5 SENSOS 12 de 78
5 SENSOS 13 de 183
5 SENSOS 14 de 183
5 SENSOS 15 de 183
BPF / GMP 16 de 78
APPCC / HACCP Instrumento para avaliar os perigos e estabelecer sistemas de controle que focam na prevenção ao invés de basear-se na inspeção dos produtos finais. 17 de 78
LEGISLAÇÃO • Fundamental • Conhecer a Legislação Horizontal • (= Aplicável a todos ou a grandes categorias de alimentos) • Conhecer a Legislação Vertical • (= Específica: Amendoim)
LEGISLAÇÃO • MINISTÉRIO DA SAÚDE • Portaria nº 1428 de 26/11/93 (BPF e APPCC) • Portaria nº 326 de 30/06/97 (BPF) • MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO • Portaria nº 368 de 04/09/97 (BPF) - harmonizada com Mercosul • Portaria nº 46 de 10/02/98 (BPF e APPCC) para produtos de origem animal (carne, leite, ovos, mel e seus derivados).
SEGURANÇA DOS ALIMENTOS Conceito que indica que o alimento não causará dano ao consumidor quando for preparado e/ou consumido de acordo com seu uso intencional. - Está relacionada à ocorrência de perigos à Segurança de Alimentos. OBS: Não inclui outro aspecto de saúde humana (como por exemplo: má nutrição).
ISO 22000 • Principais Características • Norma certificável por “organismos de certificação” • Atendimento dos 7 princípios de HACCP do CodexAlimentarius • Pode ser usada em auditorias • Alinhada com ISO 9001 e ISO 14001 • Pede cumprimento de requisitos regulamentares relacionados à Segurança de Alimentos.
ISO 22000 • Elementos Chaves: • Comunicação Interativa; • Sistema de Gestão; • Programa de Pré-Requisitos; • Princípios APPCC (referência CodexAlimentarius).
ISO 22000 - APLICAÇÃO Toda a cadeia produtiva de alimentos, independentemente de tamanho e complexidade Aplicação Inclui organizações direta “ou indiretamente” envolvidas Desde produtores de alimentação animal, produção primária, até varejistas, etc Produtores de equipamentos, de embalagens, de produtos sanitizantes e aditivos etc.
ISO 22000 ESTRUTURA DA NORMA 1. Escopo 2. Referência Normativa 3. Termos e Definições 4. Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos 5. Responsabilidade da Direção 6. Gestão de Recursos 7. Planejamento e Realização de Produtos Seguros 8. Validação, Verificação e Melhoria do Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos
PROCEDIMENTOS DOCUMENTADOS EXIGIDOS • CONTROLE DE DOCUMENTOS • CONTROLE DE REGISTROS • TRATAMENTO PRODUTOS POTENCIALMENTE INSEGUROS • CONTROLE DE NÃO CONFORMIDADES (CORREÇÕES E AÇÕES CORRETIVAS) • RECOLHIMENTO • AUDITORIA INTERNA REGISTRO REGISTRO Total: 7
ETAPAS PRELIMINARES ISO 22000 • Indicação da equipe de segurança de alimentos; • Descrição documentada de matérias-primas, ingredientes e materiais que entram em contato com os produtos; • Identificação dos requisitos estatutários e regulamentares relacionados ao produto; • Descrição documentada das características dos produtos finais; • Descrição documentada do uso pretendido e da identificação dos grupos de usuários e/ou consumidores;
ETAPAS PRELIMINARES ISO 22000 • Preparação de fluxogramas para categorias de produtos ou de processos; • Checagem dos fluxogramas “in loco”; • Descrição das etapas do processo, incluindo as medidas de controle;
ALGUNS PONTOS IMPORTANTES PARA IMPLEMENTAÇÃO DA ISO 22000 28 de 78
4.1. ESCOPO O Escopo do Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos deve ser formalmente identificado e descrever: - O segmento da cadeia de alimentos envolvido; - Produtos ou categorias de produtos; - Processos e locais de produção abrangidos pelo Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos.
5.2 POLÍTICA DA SEGURANÇA DOS ALIMENTOS É apropriada ao papel da organização, na cadeia dos alimentos. Está conforme requisitos regulamentares e acordados com os clientes. É comunicada, implementada e mantida em todos os níveis de organização. É revisada para adequação contínua. Estabelece comunicação adequada. E, é apoiada por objetivos mensuráveis. A política e os objetivos relativos à Segurança de Alimentos devem estar contemplados no planejamento estratégico.
5.5. COORDENADOR DA EQUIPE SEGURANÇA DE ALIMENTOS Alta Direção Desempenho do SGSA COORDENADOR Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos Nomeado pela Alta Direção • Responsabilidade e autoridade para: • Organizar o trabalho da equipe de SA. • Assegurar treinamentos relevantes e educação aos membros desta equipe. • Assegurar que este sistema seja estabelecido, implementando, mantido e atualizado.
5.6. COMUNICAÇÃO Assegurar que informação suficiente seja disponível ao longo de toda a Cadeia de Alimentos. A Organização deve estabelecer, implementar e manter arranjos efetivos para comunicação com seu pessoal, fornecedores sub-contratados, autoridades, clientes e consumidores.
5.7. PRONTIDÃO E RESPOSTA A EMERGÊNCIAS Gerenciamento de Crises • Gerenciamento • Crises Potenciais • Princípios • Simulações
5.8. ANÁLISE CRÍTICA Registrar Entrada Análise Crítica Saída - Follow up das ações de análises críticas do sistema - Análise dos resultados e atividades de verificação - Mudanças que possam afetar a segurança de alimentos - Situações emergenciais, acidentes, recolhimentos / recall - Resultados do sistema de atualização - Revisão das atividades comunicação, incluindo retorno dos clientes - Auditorias externas e inspeções Deve incluir decisões / ações relacionadas à: - garantia de segurança de alimentos - melhoria da eficiência do sistema de gestão da segurança de alimentos - recursos necessários - revisões da política de segurança de alimentos x objetivos relacionados.
Atualizar Estabelecer Manter Implementar 6. GESTÃO DE RECURSOS Recursos Humanos Competência, Conscientização e Treinamento Infra-Estrutura Ambiente de Trabalho
7.0. PLANEJAMENTO E REALIZAÇÃO DE PRODUTOS SEGUROS 7.1. Generealidades 7.2. Programa de Pré-Requisitos (PPR) 7.3. Etapas Preliminares para permitir a Análise de Perigos 7.4. Análise de Perigos 7.5. Estabelecimento dos Programas de Pré-Requisitos Operacionais (PPRs) 7.6. Estabelecimento do Plano APPCC 7.7. Atualização de Informações Preliminares e Documentos especificando os PPRs e o Plano APPCC 7.8. Planejamento de Verificação 7.9. Sistema de Rastreabilidade 7.10. Controle de Não-Conformidades
7.2. PROGRAMA DE PRÉ-REQUISITOS (PPR PORTUGUÊS / PRP INGLÊS) • Condições básicas e atividades necessárias para manter um Ambiente Higiênico ao longo da Cadeia de Alimentos adequadas para: • - Produção • - Manipulação • Suprimento de Produtos Finais Seguros e Alimentos Seguros para Consumo Humano • Os PPRs necessários dependem do segmento da Cadeia de Alimentos em que cada Organização opera e do tipo de Organização.
7.2. PROGRAMA DE PRÉ- REQUISITOS • Boas Práticas de Agricultura (BPA / GAP); • Boas Práticas Veterinárias (BPV / GVP); • Boas Práticas de Fabricação (BPF / GMP); • - Higiene Ambiental: • * Área Externa; • * Edificações; • * Instalações sanitárias; • * Utilidades: ar comprimido, vapor, iluminação, água, etc; • - Higiene pessoal: • * Saúde dos manipuladores; • * Práticas de higiene; • * Uniformes; • * Higienização de mãos.
7.2. PROGRAMA DE PRÉ- REQUISITOS • - Higiene operacional: • * Operações de recebimento de insumos; • * Operações de produção; • * Operações de expedição de produto final. • Boas Práticas de Armazenamento; • Boas Práticas de Distribuição / Transporte; • Boas Práticas de Comercialização; • Boas Práticas de Laboratório; • Programa de Higienização (limpeza e desinfecção); • Controle Integrado de Pragas;
7.2. PROGRAMA DE PRÉ- REQUISITOS • Programa de Manutenção Preventiva; • Programa de seleção e manutenção de fornecedores de matérias-primas, ingredientes e embalagens: • * Auditoria de fornecedores; • * Laudos de análise emitidos pelo fornecedor; • * Análises de recebimento para acompanhamento da performance do fornecedor. • Controle da potabilidade da água; • Armazenamento de produtos químicos; • Treinamento.
7.5. PPR OPERACIONAL PROGRAMA DE PRÉ-REQUISITOS OPERACIONAL Identificado pela análise de perigos como essencial para o controle da probabilidade de introduzir perigos á Segurança de Alimentos no ambiente de processo e/ou a proliferação dos perigos relacionados à Segurança de Alimentos no produto ou no ambiente de processo.
PPR X PPR OPERACIONAL PROGRAMA DE PRÉ-REQUISITO PROGRAMA DE PRÉ-REQUISITO OPERACIONAL Identificados pela análise de perigos como ESSENCIAL para controlar o perigo.
7.3.2. EQUIPE DE SEGURANÇA DOS ALIMENTOS A equipe de segurança de alimentos deve ter uma combinação de conhecimento multidisciplinar/experiência incluindo: PRODUTOS Conhecimento e Experiência EQUIPAMENTOS PROCESSOS Manter registros para demonstrar conhecimento e experiência requeridos. PERIGOS
7.3.3.1. MATÉRIAS PRIMAS, INGREDIENTES E MATERIAIS DE CONTATO COM OS PRODUTOS Devem ser escritos em documentos na extensão necessária à condução da análise de perigos, incluindo, quando apropriado: - características biológicas, químicas e físicas; - composição de ingredientes formulados, incluindo aditivos; - origem; - método de produção; - métodos de embalagem e entrega; - condições de estocagem e vida de prateleira; - preparação / manipulação antes do uso ou processamento; - critérios de aceitação relacionados â segurança de alimentos - ou especificações de materiais e ingredientes apropriados ao uso pretendido.
7.3.3.2. CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS FINAIS Devem ser descritas em documentos, na extensão necessária à condução da análise de perigos, incluindo quando apropriado: - nome do produto / identificação similar; - composição - características biológicas, físicas e químicas importantes à Segurança de Alimentos; - vida de prateleira pretendida; - condições de estocagem; - embalagem; - rotulagem relacionada à Segurança de Alimentos; - e/ou instruções de manipulação, preparação e uso; - método(s) de distribuição
7.3.4. INTENÇÃO DE USO A intenção de uso, manuseio razoavelmente esperado do produto final, e qualquer uso não intencional, porém razoavelmente esperado de ocorrer para produto final, deve ser considerada e descrita em documentos na extensão necessária à condução da análise de perigos. Grupo de usuários e de consumidores devem ser identificados para cada grupo de consumidores conhecidos vulneráveis a certos Perigos de Segurança de Alimentos - devem ser considerados As descrições devem ser mantidas atualizadas.
7.3.5.2. DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO PROCESSO E MEDIDAS DE CONTROLE Medidas de controle, parâmetros de processo e/ou rigor de sua aplicação ou procedimentos que podem influenciar a segurança de alimentos devem ser descritos, na extensão necessária à condução da análise de perigos. Requisitos externos que podem causar impacto na escolha e a rigor das medidas de controle também devem ser descritas. As descrições devem ser mantidas atualizadas.
7.4.2. IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS E DETERMINAÇÃO DE NÍVEIS ACEITÁVEIS A identificação deve ser baseada em: - Informações preliminares e dados coletados; - Experiência; - Informações externas, incluindo, na extensão possível, dados epidemiológicos e outros históricos; - Informações da cadeia de alimentos de importância para a Segurança de Alimentos.
PERIGOS À SEGURANÇA DOS ALIMENTOS Agente Biológico, Químico ou Físico, ou condição do alimento, com potencial de causar algum efeito adverso à saúde do consumidor (Incluem Alergênicos). “PERIGO” “RISCO”* * RISCO (ISO/IEC GUIDE51) – Combinação entre a probabilidade de ocorrer um dano e a severidade deste dano.