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REDAÇÃO NO VESTIBULAR. Professora Rosa Franco 18 de março de 2009. FATEC 2005 (proposta única). R E D A Ç Ã O Leia os textos abaixo, que servem de subsídio para o desenvolvimento de sua redação. Texto 1 (editado) Projeto de Lei
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REDAÇÃO NO VESTIBULAR Professora Rosa Franco 18 de março de 2009
FATEC 2005(proposta única) R E D A Ç Ã O Leia os textos abaixo, que servem de subsídio para o desenvolvimento de sua redação. Texto 1 (editado) Projeto de Lei Art. 1º Fica proibido o uso de nomes próprios, prenomes ou sobrenomes, nacionais ou estrangeiros, comuns à pessoa humana em animais domésticos, silvestres ou exóticos. [...] Art. 4º O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita o infrator ao pagamento de multa ou prestação de serviços comunitários, a ser estipulado pelo Poder Judiciário.
Justificação : Uma das atividades mais significantes no processo de geração de uma criança é a escolha do nome. Pais, familiares, amigos e até especialistas buscam um nome que caracterize o indivíduo ou, pelo menos, pressuponha o futuro próspero do nascituro [..]. Se não com este propósito, certamente para homenagear alguém que se tem em honra. O nome é símbolo da personalidade humana. É uma necessidade estritamente humana e de nenhuma importância ou utilidade psíquica e sequer social para o animal, por mais considerado que este seja. Precisamos fomentar os elementos facilitadores das relações interpessoais em vez de ignorar os elementos que servem apenas para escárnio e provocação entre os seres humanos. Assim creio que esta proposição evitará os constrangimentos e os prejuízos psicológicos ocorridos nos desgastantes encontros entre homem e animal que compartilham o mesmo nome, m especial às crianças em fase de construção de sua identidade e personalidade.
Texto 2 Deputado vira bicho com bicho com nome de gente Um projeto de lei está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. É da mais alta relevância para a República. Quer proibir os donos de animais de batizarem os seus bichos de estimação com nome de gente. Assina o projeto o deputado Pastor Reinaldo. Resumo da ópera: o Pastor Reinaldo quer desempregar o genial Louro José de Ana Maria Braga. Quer que Lula troque o nome de sua cachorra, uma alegre e linda fox terrier chamada Michelle. E com certeza vão ter de mexer na obra de Machado de Assis e mudar o nome de cachorro do filósofo Quincas Borba. Pastor não propõe mudanças nos nomes das raças. Pastor Alemão, por exemplo, vai continuar chamado Pastor Alemão. IstoÉ, 1830, 3-11-2004, p. 20. PROPOSTA: Redija um texto dirigido à revista ou ao deputado citados, no qual você externe seu ponto de vista sobre a matéria tratada no projeto de lei. INSTRUÇÕES: 1.Faça uso da modalidade escrita culta da língua portuguesa. 2.Ao desenvolver suas idéias, procure utilizar seus conhecimentos e suas experiências de modo crítico. 3.Exponha argumentos adequados para sustentar seu ponto de vista.
ITA 2005(proposta única) INSTRUÇÕES PARA REDAÇÃO Examine os dados contidos nos gráficos e tabela a seguir e, a partir das informações neles contidas, extraia um tema para sua dissertação que deverá ser em prosa, de aproximadamente 25 linhas. Para elaborar sua redação, você deverá se valer, total ou parcialmente, dos dados contidos nos gráficos e tabela. Dê um título ao seu texto. A redação final deve ser feita com caneta azul ou preta. Atenção: A Banca Examinadora aceitará qualquer posicionamento ideológico do candidato. A redação será anulada se não versar sobre o tema ou se não for uma dissertação em prosa.
Unimep 2004(carta/diss) Proposta 1 O caso do jovem Vincent Humbert, morto no último dia 26 de setembro, com a ajuda da própria mãe, comoveu os franceses e reacendeu o debate sobre a eutanásia na França. Discute-se o abrandamento da penalidade que deverá ser aplicada à mãe de Vincent. Após ler a coletânea dada a seguir, escreva uma CARTA para o presidente da França, Jacques Chirac, na qual você deverá se posicionar sobre a atitude da mãe de Vincent e solicitar ao presidente francês que envie ao Parlamento um pedido para alterar ou manter a legislação no que diz respeito ao direito à eutanásia.LEMBRE-SE: - seu texto deve apresentar as marcas características do gênero carta; - você não pode colocar seu nome.
"Dois dias após receber uma overdose de barbitúricos de sua própria mãe, o tetraplégico Vincent Humbert, 22, morreu ontem, depois que os médicos que o atendiam decidiram limitar a `terapia ativa'. A morte de Vincent, que, em diversos momentos, manifestara o desejo de morrer, reacendeu o debate sobre a eutanásia na França, onde a prática é proibida. Vincent morreu no hospital de Berck-sur-Mer, onde estava em tratamento desde que um acidente de carro, há três anos, o deixara paralisado, surdo e quase totalmente cego. A mãe, Marie Humbert, 48, e seu filho não escondiam que planejavam realizar uma morte assistida - Vincent acabou de publicar um livro pedindo seu direito de morrer. A família chegou a pedir que o presidente Jacques Chirac interviesse. Ele não se manifestou ontem.
`Je Vous Demande le Droit de Mourir' (Peço-lhe o direito de morrer), o segundo livro mais vendido no site virtual amazon.fr, foi lançado anteontem. Vincent o escreveu usando apenas o polegar da mão esquerda - a única parte do corpo que se movimentava. Marie Humbert foi detida para interrogatório anteontem, mas não foi indiciada. A seu pedido, foi hospitalizada." (Folha de São Paulo, 27/09/03) "Em novembro de 2002, ele [Vincent] chegou a pedir a autorização do presidente Jacques Chirac para que pudesse morrer. Chirac escreveu a Vincent e telefonou ao rapaz no hospital, explicando que não podia dar tal autorização." (O Estado de São Paulo, 28/09/03)
"Paris, 17 de dezembro de 2002 Caro Vincent, Li sua carta com emoção. Seus sofrimentos terríveis e a angústia que você manifesta em relação à sua mãe, tão dedicada, me comoveram profundamente.Seu apelo é impressionante. Não posso lhe conceder o que você pede, pois o presidente da República não tem esse direito. Mas compreendo sua confusão, sua aflição profunda diante das condições de vida que você suporta e também sua revolta diante de uma fatalidade e infelicidade tão grande. Quero ajudá-lo. Vou encontrar sua mãe no futuro próximo. Falaremos de você, mas também dela. Precisamos absolutamente encontrar juntos os meios para aliviar o peso das restrições tão pesadas que você suporta. Quero lhe dizer, caro Vincent, que é possível buscar para você novos meios de assistência que, espero, lhe trarão mais conforto, tranqüilidade e alívio no meio de tanto sofrimento e desespero. Todos nós vamos nos mobilizar para isso. Finalmente, eu gostaria de manifestar todo meu respeito por você e sua mãe, que lerá esta carta para você. Vou acompanhar pessoalmente a evolução de sua situação. Estarei sempre à disposição sua e dela. Caro Vincent, estou com você e lhe manifesto todo meu afeto caloroso. Jacques Chirac" (Folha de São Paulo, 27/09/03)
"O ministro da Justiça, Dominique Perben, pediu que a Promotoria `aplicasse a lei com a maior humanidade para levar em consideração o sofrimento da mãe do jovem'. Numa situação rara, congressistas dos principais grupos rivais, o governista União por um Movimento Popular e o Partido Socialista, pediram mudanças na lei. `Não podemos deixar que persista o vazio entre lei e realidade', disseram, em nota, o socialista Gaetan Gorse e Nadine Morano." (Folha de São Paulo, 27/09/03)
"Paris resistiu ontem à pressão para levantar sua proibição à eutanásia, embora o premiê Jean-Pierre Raffarin tenha dito que Marie Humbert, que ajudou seu filho a morrer, deve ser tratada com `indulgência'. Raffarin não quis discutir o fim da proibição à eutanásia. `A vida não pertence aos políticos', afirmou o premiê. O ministro de Assuntos Sociais, François Fillon, também disse que se opunha à alteração da legislação. Anteriormente, porém, ele afirmara que a reforma era necessária e que Marie Humbert deveria sentir orgulho por ter reaberto o debate sobre a eutanásia. `Como membro do governo, não posso defender que as leis sejam desrespeitadas. Mas temos de abrir um debate sobre a reforma de nossas leis, levando em conta situações como a de Vincent [Humbert]', disse Fillon, na manhã de ontem. O direito à eutanásia, uma palavra que vem do grego e significa `morte agradável', divide os franceses. Grupos cristãos e de defesa da vida temem que sua legalização possa abrir caminho para abusos. Seus defensores argumentam que a vontade da pessoa que sofre deve ser respeitada. A Holanda e a Bélgica já legalizaram a eutanásia." (Folha de São Paulo, 27/09/03)
"(...) A legislação em geral pretende ajustar as condutas individuais, por vezes rebeldes, a uns critérios objetivamente retos para o indivíduo e para a sociedade. E como aquilo que a eutanásia faz é matar uma pessoa, não parece que se deva consentir isso, nem a pedido do próprio interessado. Embora aquele que vai morrer peça a sua morte, alguém o mata e não se pode conceder o direito a tirar a vida. (...) Não somos coisas que se deitam fora quando já não interessam, como fazemos com um automóvel que não compensa manter porque produz mais gastos do que serviços. O homem está a renunciar à sua própria dignidade e grandeza quando se coisifica a si mesmo: está a auto-converter-se, através da legislação, num produto, em algo que se faz quando interessa e se desfaz quando já não interessa. Muito diferente disso é ajudar verdadeiramente a morrer, e não matar, procurando todo o bem possível para o indivíduo nos seus últimos momentos: tratando a sua dor, a sua solidão, o seu abatimento, etc. Certamente, é algo que dá mais trabalho do que uma injeção letal, mas é mais digno e honroso para a pessoa." (Luis de Moya, tetraplégico, http://eutanasia.no.sapo.pt/umtetraplegico.htm, 27/09/03) "Mais um caso doloroso, sobre o qual fica difícil dar uma opinião. (...) Sempre cabe a suspeita de que a mãe possa ter agido por cansaço, exausta de manter vivo um filho que na realidade não mais dispunha de sua autonomia orgânica. Cabe também a hipótese da piedade, e fica a critério de cada um de nós condenar ou justificar o gesto da mãe, que, por exaustão ou caridade, precipitou a morte do filho." Carlos Heitor Cony, FSP, 29/09/03
Uniube 2005(A/B/C – diss/narr/carta) Proposta B – Narração “Haverá vida em Marte? Tudo indica que sim, pois ao mesmo tempo em que enviamos daqui a Viking, os marcianos mandaram de lá a nave Gnikinv, movidos pela mesma curiosidade: haverá vida na Terra?” Esse trecho foi retirado de uma crônica de Carlos Eduardo Novais. Imagine essa história e conte como seria se essa nave aterrissasse em uma cidade do interior de Minas Gerais.
NARRAÇÃO A saudade num reflexo Ao olhar para um singelo pedaço de espelho, com as bordas delicadamente decoradas e uma marca de batom ao centro, lembro-me de Mariana. Uma jovem que conheci há alguns meses. Sentado num banco da praça e entretido lendo um livro, quase não percebo um choro abafado da moça sentada ao meu lado. Não tenho o costume de falar com pessoas que não conheço, mas mesmo assim lhe ofereci o meu lenço. Timidamente a moça aceitou. Enxugou as lágrimas e olhou para mim. Perguntei se precisava de ajuda. Ela respirou fundo e arriscou um sorriso para disfarçar as emoções, pois estava com saudades da família. Seu nome é Mariana e há algumas semanas veio para a cidade grande em busca de emprego. Mas por falta de experiência nenhum
empregador aceitou contratá-la. E antes que a nossa conversa se prolongasse, Mariana se levantou e disse que precisava ir. Já estava escurecendo. Então combinamos de nos encontrar nesse mesmo banco na manhã seguinte. No outro dia cheguei cedo na praça. O sol brilhava forte lá no céu. Mariana chegou. Estava mais bonita pois havia um sorriso em seu rosto. Ela sentou ao meu lado e mostrou-me uma carta que acabara de receber de sua irmã. Mariana contou-me que há alguns dias havia enviado uma carta à Maninha, sua irmã, descrevendo toda a saudade que sentia. Na cidade não havia um manto verde, nem chuva que deixasse o cheiro de terra molhada. Junto à carta que recebera de Maninha, havia um pedaço de espelho todo decorado nas bordas e ao centro um beijo marcado, com batom. Esse beijo fora marcado por sua mãe. E sempre que Mariana sentisse saudades da terra natal ou de sua família, bastava olhar para o espelho.
Passamos a tarde toda conversando. Logo começou a escurecer. Sem demora, Mariana me devolveu o lenço que lhe havia emprestado. Foram algumas semanas de encontro e numa bela tarde de Primavera ela não apareceu. No banco encontrei apenas uma carta que dizia “voltei para minha terra”. Parece que a cidade não era lugar para uma moça acostumada com as flores. Ela me deixou o seu endereço e na primeira oportunidade fui para a terra do manto verde. Um lugar longínquo com uma brisa muito agradável. Fui bem recebido por Mariana e sua família. Passei um fim de semana comendo frutas e comida caseira. Chegara a hora da despedida. Mariana não voltaria mais para a cidade. Ela me entregou aquele pedaço de espelho que ganhara de sua irmã. Agora há um beijo marcado de batom não da mãe, mas sim de Mariana. Já dentro do ônibus, voltando para minha casa, olho para o espelho e vejo o beijo de Mariana em meu rosto. Começa a chover. Uma pena não ter chovido antes para que eu pudesse sentir o cheiro de terra molhada. Autoria: C Y S
CARTA São Paulo, 02 de novembro de 2004 Senhor Paulo Sérgio Pinheiro, eu como paulista indignado com a violência, aliás, sendo só mais um brasileiro que se esconde por trás de muros e grades e que por ironia do destino (ou do sistema) está “livre”, venho expor-lhe a necessidade de um código penal mais severo em nossa sociedade. Eu acredito que o senhor tenha um enorme embasamento teórico para formar sua opinião e que sua sapiência é indiscutível, mas, muitas vezes, uma verdade não é feita apenas de conhecimento teórico. Hoje, estamos comemorando cada grito de agonia que o senhor não ouviu, estamos comemorando cada gota de sangue que não escorreu pelos dedos do senhor, estamos comemorando cada lágrima que não encheu seus olhos, ora, com o respaldo de Renato Russo, eu digo “Vamos celebrar a estupidez humana, a estupidez de todas as nações, nosso país e nossa corja de assassinos, covardes, estupradores e ladrões.”
Já que desejamos punir os culpados, que o façamos de modo exemplar, o Estado deveria adotar como lema “se não é querido, seja temido” para esses cidadãos que insistem em deturpar o convívio social. A pena de morte é, como sempre foi, um ato de intimidação para as pessoas que pensam em cometer crimes, de modo que, a sua implantação reduziria drasticamente os índices de violência no país. Talvez o senhor esteja certo ao dizer que alguns grupos sociais seriam pilotos de teste da pena de morte, mas o sangue de um brasileiro não é do outro, senão de sua Pátria-mãe, além do mais o maior rio de sangue originado pela pena de morte seria ínfimo, frente ao oceano que escorre, diariamente, fruto da violência urbana. Despeço-me, com esperança de que minhas palavras, se não o fizeram mudar de idéia, pelo menos o fizeram pensar. Pois sem uma ação drástica, a violência continuará a fazer seu “Trottoir” sem nenhum impedimento. T.M. Autoria: V O Q