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CLASSIFICAÇÃO DE AFOGADOS PARA GUARDA-VIDAS. Dr David Szpilman - 2004 <david@szpilman.com>. Está estabelecido para todos os Guarda-vidas. Parada Cárdio-respiratória = Ressuscitação Imediata. Parada Respiratória = Ventilação Artificial Imediata.
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CLASSIFICAÇÃO DE AFOGADOS PARA GUARDA-VIDAS Dr David Szpilman - 2004 <david@szpilman.com>
Está estabelecido para todos os Guarda-vidas Parada Cárdio-respiratória = Ressuscitação Imediata Parada Respiratória = Ventilação Artificial Imediata Estes casos são apenas 0.5% de todos os casos resgatados pelos guarda-vidas nas praias Suporte Básico de Vida (BLS) – Afogamento - Szpilman 2004
O que fazer com os 99.5% dos casos resgatados nas praias? ? Devemos dar oxigênio a todos? , quanto? Devemos chamar uma ambulância? Devemos levar todos ao hospital? Devemos liberá-los ou matê-los em observação? O que devemos priorizar em um dia cheio?, e Como sabemos quais casos necessitam de médico? Suporte Básico de Vida (BLS) – Afogamento - Szpilman 2004
Como guarda-vidas, em um dia cheio, você consegue atendimento médico rápido como necessita? ou Você necessita saber o que fazer corretamente? Suporte Básico de Vida (BLS) – Afogamento - Szpilman 2004
Esta é a razão porque guarda-vidas necessitam CLASSIFICAR os CASOS de AFOGAMENTO Fornece a exata gravidade do caso Fornece o tratamento mais apropriado Te orienta quando chamar a ambulância Te orienta quando chamar o médico Fornece confiança junto a população, e Permite aos profissionais falarem a mesma linguagem Suporte Básico de Vida (BLS) – Afogamento - Szpilman 2004
CLASSIFICAÇÃO DE AFOGADOS Como foi criada e como é aplicada? Foi criada em 1972 por médicos e guarda-vidas Foi atualizada em 1997 com um nova base de dados Foi baseada no estudo de 41.279 casos de resgates O grupo final foi basedo em 1.831 casos atendidos por médicos Foi baseado no atendimento da praia a alta hospitalar Somente parametros clínicos foram considerados Foi adaptada para um linguagem simples Já foi testada e utilizada por mais de 3.000 guarda-vidas no Brasil Foi recentemente revalidada por um estudo (2001) de 10 anos com 46.060 casos de resgate, dentre os quais 930 (2%) foram atendidos por médicos no Centro de Recuperação de Afogados (CRA) Suporte Básico de Vida (BLS) – Afogamento - Szpilman 2004
Helicóptero Vitima Afogada Moto-aquática Chame por ajuda Barco solicitação de ajuda Guarda-vidas Início do Resgate -- -- -- Guarda-Vidas Suporte médico ACLS Sistema de Salvamento Szpilman 2000 Suporte Básico de Vida (BLS) – Afogamento - Szpilman 2004
Classificação de Afogados - BLS Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST - Setembro 1997 Não Sim RESPIRAÇÃO PRESENTE? Trauma cervical? Sim Ausente GRANDE QUANTIDADE DE ESPUMA Não PEQUENA QUANTIDADE DE ESPUMA PULSO RADIAL? TOSSE SEM ESPUMA Sinais de Circulação? Não Na areia ou borda da piscina Cheque a resposta da vítima – Você está me ouvindo? Chame por ajuda Abra as vias aéreas – veja, ouça e senta a respiração Cheque TOSSE e ESPUMA Na Boca & Nariz Resgate Faça 5 ventilações boca-a-boca e cheque sinais de circulação Não Sim Sim 4 3 2 6 5 1 Clique no número para conduta Suporte Básico de Vida (BLS) – Afogamento - Szpilman 2004
Classificação de Afogados - BLS Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST - Setembro 1997 Não Sim RESPIRAÇÃO PRESENTE? Trauma cervical? Yes Ausente GRANDE QUANTIDADE DE ESPUMA Não PEQUENA QUANTIDADE DE ESPUMA PULSO RADIAL? TOSSE SEM ESPUMA Sinais de Circulação? Não Na areia ou borda da piscina Cheque a resposta da vítima – Você está me ouvindo? Chame por ajuda Abra as vias aéreas – veja, ouça e senta a respiração Cheque TOSSE e ESPUMA Na Boca & Nariz Resgate Faça 2 ventilações boca-a-boca e cheque sinais de circulação Não Sim Sim 4 3 2 6 5 1 Clique no número para conduta Suporte Básico de Vida (BLS) – Afogamento - Szpilman 2004
Classificação de Afogados - BLS Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST - Setembro 1997 Libere para casa do próprio local, sem atendimento médico Resgate SEM TOSSE ou ESPUMA NA BOCA OU NARIZ Mortalidade - 0% Suporte Básico de Vida (BLS) – Afogamento - Szpilman 2004
Classificação de Afogados - BLS Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST - Setembro 1997 Repouso, aquecimento, e tranqüilização. Usualmente não há necessidade de oxigênio ou atendimento médico. Grau 1 TOSSE, SEM ESPUMA na BOCA ou NARIZ MORTALIDADE - 0% Suporte Básico de Vida (BLS) – Afogamento - Szpilman 2004
Classificação de Afogados - BLS Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST - Setembro 1997 POUCA ESPUMA na BOCA/NARIZ Mortalidade - 0.6% Grau 2 1. Oxigênio - 5 litros/min via cânula nasal. 2. Repouso, aquecimento, e tranqüilização. 3. Posição lateral de segurança sob o lado direito. 4. Observação hospitalar por 6 a 48 h. Suporte Básico de Vida (BLS) – Afogamento - Szpilman 2004
Classificação de Afogados - BLS Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST - Setembro 1997 GRANDE QUANTIDADE de ESPUMA na BOCA/NARIZ COM PULSO RADIAL PALPÁVEL Mortalidade - 5.2% 1. Oxigênio via máscara facial a 15 litros/min. 2. Posição lateral de segurança sob o lado direito com a cabeça elevada acima do tronco. 3. Acione a ambulância para levar ao hospital (CTI). Grau 3 Suporte Básico de Vida (BLS) – Afogamento - Szpilman 2004
Classificação de Afogados - BLS Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST - Setembro 1997 GRANDE QUANTIDADE de ESPUMA na BOCA/NARIZ SEM PULSO RADIAL PALPÁVEL Mortalidade - 19.4% 1. Oxigênio via máscara facial a 15 litros/min. 2. Observe a respiração com atenção, pois pode ocorrer parada. 3. Posição lateral de segurança sob o lado direito. 4. Ambulância urgente para melhor ventilação e infusão venosa de líquidos. 5. Internação em hospital - CTI com urgência. Grau 4 Suporte Básico de Vida (BLS) – Afogamento - Szpilman 2004
Classificação de Afogados - BLS Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST - Setembro 1997 PARADA RESPIRATÓRIA ISOLADA Mortalidade - 44% Grau 5 1. Inicie imediatamente a ventilação artificial de emergência 2. Mantenha a ventilação artificial de 12 a 20/min com 15 L /O2até retorno expontâneo da respiração e cheque o pulso regularmente. 3. Após retorno da ventilação trate como Grau 4 Suporte Básico de Vida (BLS) – Afogamento - Szpilman 2004
Classificação de Afogados - BLS Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST - Setembro 1997 PARADA CÁRDIO-RESPIRATÓRIA MORTALIDADE - 93% Grau 6 1. Ressuscitação Cárdio-Pulmonar - 2 ventilações + 15 compressões, até retornar a função cárdio-pulmonar, ou a chegada da ambulância ou a exaustão do socorrista. 2. Use o desfibrilador automático se houver. 3. Não dar soco no precórdio - retarda o início das manobras. 4. Não comprimir o abdome - 86% tem vômitos 5. Mantenha a RCP até a temperatura Corporal > 340C. 6. Inicie a RCP sempre quando: submersão menor que 1 hora ou desconhecido e em PCR sem rigidez cadavérica; decomposição corporal ou livores. 7. Após o sucesso da RCP, a vítima deve ser acompanhada com cuidado pois pode haver outra parada dentro dos primeiros 30 minutos, trate como Grau 4. Suporte Básico de Vida (BLS) – Afogamento - Szpilman 2004
AFOGAMENTO - CLASSIFICAÇÃO e TRATAMENTO - BLS Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST - Set. 1997 Cheque a resposta da vítima ainda dentro da água Vítima consciente: resgate até a praia ou borda da piscina sem outro procedimento; Vítima inconsciente - Água rasa: abra as vias aéreas, cheque a respiração, e inicie o boca-a-boca se necessário e resgate até área seca. Água funda: Use sempre equipamento quando com 1 guarda-vidas. Coloque a face da vítima para fora da água e abra as vias aéreas. Se não houver respiração, inicie a ventilação boca-a-boca imediatamente de 12 a 20/min até alcançar área seca(*). Não cheque sinais de circulação dentro da água, somente se a distancia à área seca for longe ou se chegar em água rasa. Se não houver circulação não inicie as compressões dentro da água, resgate o mais rápido possível para área seca sem outros procedimentos. Transporte da água para área seca com a cabeça da vítima acima do tronco (exceto em casos de hipotermia severa) com vias aéreas desobstruídas Em área seca - cabeça da vítima no mesmo nível do tronco (em praias inclinadas na posição paralela a água) Não perca tempo tentando retirar água do pulmão. A posição da cabeça mais baixa que o tronco aumenta a ocorrência de vômitos e regurgitação, retardando o início da ventilação e oxigenação, prejudicando a vítima. Em praias inclinadas coloque a vítima inicialmente paralela a linha da água com o ventre para cima. O guarda-vidas deve ficar neste momento de costas para o mar com a cabeça da vítima voltada para o seu lado esquerdo facilitando as manobras de PCR sem queda sobre a vítima e a posterior colocação da vítima viva em posição lateral de segurança sob o lado direito, quando então o guarda-vidas fica de frente para o mar aguardando o socorro médico chegar. Cheque a resposta da vítima Suporte Básico de Vida Szpilman 2001 respondeu Sem resposta Cuidado ao abrir as vias aéreas, se houver suspeita de trauma da coluna cervical(1%) - use técnicas especiais. Cheque a respiração - Abra as vias aéreas - veja, sinta e ouça a respiração Cheque tosse e espuma na boca e nariz Não RESPIRAÇÃO PRESENTE ? Sim Resgate(0.0%) ausente Faça 2 ventilações boca-a-boca e cheque sinais de circulação GRANDE QUANTIDADE DE ESPUMA NA BOCA/NARIZ Avalie e libere do próprio local do acidente sem tratamento PEQUENA QUANTIDADE DE ESPUMA NA BOCA/NARIZ Sinais de Circulação Presente ? (Reação a ventilação ou movimentos) PULSO RADIAL PALPÁVEL ? Não Sim Não Sim TOSSE, SEM ESPUMA NA BOCA/NARIZ Grau 5 (44%) Tempo de submersão > 1 h, ou Rigidez cadavérica, decomposição corporal e/ou livores. Grau 4 (19.4%) Grau 3 (5.2%) Grau 2 (0.6%) Continue o boca-a-boca de 12 a 20 p/min até o retorno da respiração norma 1. Oxigênio via máscara facial a 15 litros/min. 2. Observe a respiração com atenção, pois pode ocorrer parada. 3. Posição lateral de segurança sob o lado direito. 4. Ambulância urgente para melhor ventilação e infusão venosa de líquidos. 5. Internação no CTI com urgência. 1. Oxigênio via máscara facial a 15 litros/min. 2. Posição lateral de segurança sob o lado direito com a cabeça elevada acima do tronco. 3. Acione a ambulância para levar ao hospital (CTI). Não Sim Grau 6 (93%) 1. Oxigênio - 5 litros/min via cânula nasal. 2. Repouso, aquecimento e tranqüilização da vítima. 3. Observação no hospital por 6 a 48 horas. Grau 1(0.0%) Inicie a RCP completa com 15 compressões e alterne com 2 ventilações até retornar a função cardio-pulmonar, ou a chegada da ambulância ou a exaustão do guarda-vidas. Após o sucesso da RCP, acompanhe com cuidado pois pode haver outra parada dentro dos primeiros 30 minutos. 1. Repouso, aquecimento e tranqüilização da vítima. 2. Usualmente não há necessidade de oxigênio ou atendimento médico Já Cadáver Após retorno da respiração e do pulso trate como grau 4 Não Inicie RCP, acione IML Hospitalização Algoritmo 2:A manobra de Heimlich só esta indicada em forte suspeita de obstrução de vias aéreas por corpo estranho; Não existe diferença no tratamento entre afogamentos de água doce e mar.(*) A ventilação ainda dentro da água no grau 5 reduz a mortalidade em quase 50%; Ao lado do grau de afogamento a mortalidade em percentual (%).; PCR (Parada Cárdio-pulmonar); Referencias com o autor <szpilman@ccard.com.br> <www.szpilman.com>
Guarda-Vidas e Profissionais de Saúde UM TIME, UM OBJETIVO Suporte Básico de Vida (BLS) – Afogamento - Szpilman 2004
UM MUNDO, UMA LINGUAGEM EM AFOGAMENTO Nós nos Importamos! Suporte Básico de Vida (BLS) – Afogamento - Szpilman 2004
FIM Referências Bibliográficas 1. Orlowski JP, Szpilman D, “Drowning - Rescue, Resuscitation, and Reanimation” Pediatric Critical Care: A New Millennium, W. B. Saunders Company Pediatric Clinics Of North America - V48, N3, June 2001. Review. 2. Cummins RO, Szpilman D. Submersion. In: Cummins RO, Field JM, Hazinski MF, Editors. ACLS - The Reference Textbook. Volume II: ACLS for Experienced Providers. Dallas, Tx: American Heart Association; 2003:97-107. 3. Szpilman D. Near-drowning and drowning classification: a proposal to stratify mortality based on the analysis of 1831 cases. Chest. 1997 Sep;112(3):660-5. 4. Adult Basic Life Support. Guidelines for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiac care (ECC). Circulation 2000;102:I22–59.