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O que voc ê deve saber sobre. FIGURAS DE LINGUAGEM. São recursos estilísticos e sintáticos cuja função é enfatizar de forma mais expressiva os significados das mensagens. I. Figuras sonoras. Onomatopeia. FIGURAS DE LINGUAGEM. I. Figuras sonoras. Aliteração
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O que você deve saber sobre FIGURAS DE LINGUAGEM São recursos estilísticos e sintáticos cuja função é enfatizar de forma mais expressiva os significados das mensagens.
I. Figuras sonoras Onomatopeia FIGURAS DE LINGUAGEM
I. Figuras sonoras Aliteração • Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões, vozes veladas / Vagam nos velhos vórtices velozes / Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas. (Cruz e Sousa) Assonância • O que o vago e incógnito desejo de ser eu mesmo de meu ser me deu. (Fernando Pessoa) Paronomásia • Conhecer as manhas e as manhãs. O sabor das massas e das maçãs. (Almir Sater e Renato Teixeira) FIGURAS DE LINGUAGEM
II. Figuras de palavras Metáfora • Seu olhar é um girassol. • A propaganda é a alma do negócio. Metonímia • Não tinha teto onde morar. • O estádio aplaudiu o jogador. • Ganhou o pão com o suor do rosto. FIGURAS DE LINGUAGEM
II. Figuras de palavras Catacrese • Na orelha do livro há um resumo interessante. • O pé da mesa estava quebrado. Sinestesia • A luzquente e doce da manhã invadia aveludada a minha cama. FIGURAS DE LINGUAGEM
III. Figuras de sintaxe Elipse • Na mesa, garrafas vazias. Hipérbato • Do meu amor ao encontro na madrugada fui eu. Pleonasmo • E rir meu riso e derramar meu pranto. (Vinicius de Moraes) Polissíndeto • E sob as ondas ritmadas / e sob as nuvens e os ventos / e sob as pontes e sob o sarcasmo / e sob a gosma e o vômito (...) (Carlos Drummond de Andrade) FIGURAS DE LINGUAGEM
III. Figuras de sintaxe Anacoluto • A vida, sei que ela é um turbilhão de acontecimentos. Anáfora • Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer. (Camões) FIGURAS DE LINGUAGEM
IV. Figuras de pensamento Antítese • Não existiria som se não houvesse o silêncio. (Lulu Santos) Paradoxo • [Amor] é dor que desatina sem doer. (Camões) Eufemismo • Ele partiu dessa para melhor. (em lugar de morrer) Hipérbole • Estou morrendo de fome. • Eu nasci há dez mil anos atrás. (Raul Seixas) FIGURAS DE LINGUAGEM
IV. Figuras de pensamento Prosopopeia ou personificação • A lua, (...) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de aluguel... (João Bosco e Aldir Blanc) Apóstrofe • Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! (Castro Alves) Gradação • O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. (Manuel Bandeira) FIGURAS DE LINGUAGEM
1 (UFRJ, adaptado) Da euforia à depressão... Muitos são os estados de espírito que experimentamos, ao longo de nossas vidas, seja individualmente, seja na relação com o outro. Leia com atenção o texto, que, direta ou indiretamente, apresenta matizes diversos de humor. Deus quer otimismo Procópio acordava cedinho, abria a janela, exclamava: – Que dia maravilhoso! O dia mais belo da minha vida! Às vezes, realmente, a manhã estava lindíssima, porém outras vezes a natureza mostrava-se carrancuda. Procópio nem reparava. Sua exclamação podia variar de forma, conservando a essência: – Estupendo! Sol glorioso! Delícia de vida!Choveu o mês inteiro e Procópio saudou as trinta e uma cordas-d’água com a jovialidade de sempre. Para ele não havia mau tempo. A família protestava contra a sua disposição fagueira e inalterável. A população erguia preces ao Senhor, rogando que parasse com o dilúvio. Um dia Procópio abriu a janela e foi levado pelas águas. Ia exclamando: – Sublime! Agora é que sinto realmente a beleza do bom tempo integral! O azul é de Sèvres! Chove ouro líquido! Sou feliz! Os outros, que não acreditavam nisto, submergiram, mas Procópio foi depositado na crista de um pico mais alto que o da Neblina, onde faz sol para sempre. Merecia. ANDRADE, Carlos Drummond de. Prosa seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. EXERCÍCIOS ESSENCIAIS FIGURAS DE LINGUAGEM — NO VESTIBULAR
1 Conforme declara o narrador, para Procópio “não havia mau tempo”. a) Considerando essa declaração, identifique a passagem em que a percepção do narrador em relação aos fatos narrados não coincide com a do personagem. b) Levando em conta o sentido integral do texto, explicite a ambiguidade da expressão “mau tempo”. EXERCÍCIOS ESSENCIAIS RESPOSTA: “(...) porém outras vezes a natureza mostrava-se carrancuda”. RESPOSTA: No sentido literal, a expressão “mau tempo” limita-se a informar as condições atmosféricas; no sentido figurado, indica dificuldades, adversidades de toda ordem. FIGURAS DE LINGUAGEM — NO VESTIBULAR
2 (Unesp) O bicho Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. BANDEIRA, Manuel. O bicho. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958, v. 1. p. 356. Observando o poema de Manuel Bandeira, podemos encontrar uma única expressão que indica o sentimento do poeta. a) Qual é essa expressão, que sentimento ela indica e como deve ser gramaticalmente classificada? EXERCÍCIOS ESSENCIAIS RESPOSTA: A expressão é “meu Deus”, que exprime dor e indignação, e classifica-se como interjeição. b) Esse sentimento está enfatizado através de um processo estilístico que engloba os predicativos do sujeito. Dê um nome para esse processo. RESPOSTA: Ocorre um processo de gradação. FIGURAS DE LINGUAGEM — NO VESTIBULAR
4 (Unicamp-SP) A coluna “Painel” do jornal Folha de S.Paulo publicou a seguinte nota: Literalmente Desde a divulgação da pesquisa Data-Folha mostrando que 79% não sabem que Fernando Henrique é o novo ministro da Fazenda, seus adversários no Congresso criaram um novo apelido para ele: “Ilustre desconhecido”. Folha de S.Paulo, 31 maio 1993. a) Quais os sentidos da expressão “Ilustre desconhecido” quando usada habitualmente em relação a alguém, e como apelido de Fernando Henrique Cardoso? b) Uma dessas duas interpretações de “Ilustre desconhecido” resulta num paradoxo (contrassenso, contradição). Diga qual é essa interpretação e justifique. EXERCÍCIOS ESSENCIAIS RESPOSTA: Geralmente é uma expressão irônica aplicada a pessoas realmente desconhecidas. No caso de FHC, a ironia é uma pessoa famosa não ter a sua função pública conhecida. RESPOSTA: A aplicada a FHC, porque se refere a um “conhecido desconhecido”. FIGURAS DE LINGUAGEM — NO VESTIBULAR
4 c) O título “Literalmente” é adequado à nota? Por quê? RESPOSTA:Sim, pois se trata de uma figura ilustreque é momentaneamente desconhecida. EXERCÍCIOS ESSENCIAIS FIGURAS DE LINGUAGEM — NO VESTIBULAR
7 (FGV-SP) Pastora de nuvens, fui posta a serviço Por uma campina tão desamparada que não principia nem também termina, e onde nunca é noite e nunca madrugada. (Pastores da terra, vós tendes sossego, que olhais para o sol e encontrais direção. Sabeis quando é tarde, sabeis quando é cedo. Eu, não.) MEIRELES, Cecília. Destino. Esse trecho faz parte de um poema de Cecília Meireles, intitulado “Destino”, uma espécie de profissão de fé da autora. Considerando-se as figuras de linguagem utilizadas no texto, pode-se dizer que: a) as duas estrofes são uma metáfora de um pleno sentimento de paz. b) o texto revela a antítese entre dois universos de atuação, com diferentes implicações. c) há, nos versos, comparação entre atividades agrícolas e outras, voltadas à pecuária. d) o verso “Sabeis quando é tarde, sabeis quando é cedo” contém uma hipérbole. e) as estrofes apresentam, em sentido figurado, a defesa da preservação das ocupações voltadas ao campo. EXERCÍCIOS ESSENCIAIS RESPOSTA: B FIGURAS DE LINGUAGEM — NO VESTIBULAR
11 (Fuvest-SP) A prosopopeia, figura que se observa no verso “Sinto o canto da noite na boca do vento”, ocorre em: a) “A vida é uma ópera e uma grande ópera.” b) “Ao cabo tão bem chamado, por Camões, de Tormentório, os portugueses apelidaram-no de Boa Esperança.” c) “Uma talhada de melancia, com seus alegres caroços.” d) “Oh! eu quero viver, beber perfumes, / Na flor silvestre, que embalsama os ares.” e) “A felicidade é como a pluma...” EXERCÍCIOS ESSENCIAIS RESPOSTA: C FIGURAS DE LINGUAGEM — NO VESTIBULAR
13 (PUC-SP) Em uma grande concessionária de São Paulo leu-se a seguinte chamada: “Queima total de seminovos”. A mesma estratégia foi utilizada em uma chamada de um grande hipermercado, em que se podia ler: “Grande queima de colchões”. Acerca dos sentidos criados por essas chamadas, é apropriado afirmar que: a) em ambas há uma utilização da linguagem em seu sentido estritamente literal. b) apenas em uma delas a linguagem foi utilizada em seu sentido estritamente literal. c) em ambas o sentido é metafórico e é apreendido pela associação com o contexto. d) em ambas o sentido é metafórico e é apreendido apenas pelas regras gramaticais. e) em ambas o sentido é metafórico e não pode ser apreendido porque é incoerente. EXERCÍCIOS ESSENCIAIS RESPOSTA: C FIGURAS DE LINGUAGEM — NO VESTIBULAR
14 (UFSM-RS) É uma índia com um colar A tarde linda que não quer se pôr Dançam as ilhas sobre o mar Sua cartilha tem o a de que cor? O que está acontecendo? O mundo está ao contrário e ninguém reparou O que está acontecendo? Eu estava em paz quando você chegou. Gonçalves Dias? Casimiro de Abreu? Castro Alves? Não! Esses versos são de Nando Reis, ex-Titãs. É possível identificar nesse fragmento: I. Uma metáfora nos versos 1 e 2, entre “índia / tarde”. II. As assonâncias, que estão marcadas em /a/, /o/ e /e/. III. Comparação no verso 6. IV. Rimas cruzadas e versos isométricos. Está(ão) correta(s): a) apenas I e II. b) apenas I e III. c) apenas III. d) apenas II e IV. e) apenas IV. EXERCÍCIOS ESSENCIAIS RESPOSTA: A FIGURAS DE LINGUAGEM — NO VESTIBULAR