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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE TECNOLOGIA DE RECURSOS NATURAIS UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: SANEAMENTO AMBIENTAL. Saneamento de locais de recreação. Professora: Iana Alexandra Aluna: Suelen Silva Figueiredo. Saneamento de Locais de Recreação.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE TECNOLOGIA DE RECURSOS NATURAIS UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: SANEAMENTO AMBIENTAL Saneamento de locais de recreação Professora: Iana Alexandra Aluna: Suelen Silva Figueiredo
Saneamento de Locais de Recreação Importância das Condições de Higiene em Áreas de Recreação Infantil • A contaminação de áreas de recreação infantil por parasitas constitui grande problema de saúde pública, uma vez que tais áreas estão sempre abertas e descobertas, à disposição de gatos, cachorros e outros animais veiculadores de doenças, principalmente parasitoses.
Saneamento de Locais de Recreação • Embora todos estejam expostos à esses problemas, as crianças tornam-se mais vulneráveis ao brincarem com solo de locais que podem estar contaminados, como praias e caixas de areia de parques de recreação. • Estudos realizados em crianças que freqüentam áreas de recreação infantil de Campo Grande, MS em 1999 mostraram que 35% destas eram soropositivas para Toxocara canis, sugerindo a contaminação da areia por esse helminto.
Saneamento de Locais de Recreação • Em Belo Horizonte no ano de 1984 detectou-se que 28,3% das crianças de uma creche apresentavam contaminação por Larva migrans cutânea. • As áreas de recreação infantil são muitas vezes contaminadas por fezes das próprias crianças freqüentadoras que muitas vezes defecam na areia ou chegam na área com suas roupas contaminadas devido à falta de higiene. • Uma medida para evitar a contaminação, seria cobrir as caixas de areia durante o período que não for utilizá-la e manter a área cercada. Além de fazer exame na areia sempre que esta for trocada.
Saneamento de Locais de Recreação Colônias de Férias e Acampamentos • As colônias de férias e os acampamentos de trabalho ou de recreação só poderão ser instalados em local de terreno seco e com declividade suficiente para o escoamento das águas pluviais. • Nenhum local de acampamento poderá ser aprovado sem que possua: I - sistema adequado de captação e distribuição de água potável e afastamento de águas residuarias; II - instalações sanitárias, independentes para cada sexo, em número suficiente;
Saneamento de Locais de Recreação III - adequada coleta, afastamento e destino dos resíduos sólidos (lixo), de maneira que satisfaça às condições de higiene; IV - instalações adequadas para lavagem de roupas e utensílios. A qualidade da água de abastecimento deverá ser demonstrada pelos responsáveis por locais de acampamentos e colônias de férias, à autoridade sanitária, mediante resultados de exames de laboratório, semestralmente, e sempre que solicitado.
Saneamento de Locais de Recreação Água • As enfermidades originadas por contato com a água se transmitem mediante o contato da pele com a água infestada por patógenos ou toxinas, sendo a mais importante a esquistossomose. • Enfermidades transmitidas por contato com a água: Enfermidades Entéricas, Infecções Granulosas da Pele, Ictiotoxismo, Hirundiases, Leptospirose, Otite, Febre Faringiconjuntival, MeningoencefaliteAmébica primaria, Rinosporidiose, Sinusite, Sarna de Nadadores, Esquistossomose, Tuberculose, Tularemia, Tripanossomíase Africana.
Saneamento de Locais de Recreação Piscinas • Para efeito de regulamentação, as piscinas se classificam nas quatro categorias seguintes: I - piscinas de uso público – as utilizáveis pelo público em geral; II - piscinas de uso coletivo restrito – as utilizáveis por grupos restritos, tais como, condomínios, escolas, entidades, associações, hotéis, motéis e congêneres; III - piscinas de uso familiar – as piscinas de residências unifamiliares; IV - piscinas de uso especial – as destinadas a outros fins que não o esporte ou a recreação, tais como as terapêuticas e outras.
Saneamento de Locais de Recreação • É obrigatório o controle médico sanitário dos banhistas que utilizem as piscinas de uso público e de uso coletivo restrito. As medidas de controle médico sanitário serão ajustadas ao tipo de estabelecimento ou de local em que se encontra a piscina, segundo o que for disposto em Norma Técnica Especial. • A água do tanque deverá atender às seguintes condições: I - permitir visibilidade perfeita, a observador colocado à beira do tanque, de um azulejo negro de 0,15x0,15m, colocado na parte mais profunda do tanque; II - pH entre 6,7 e 7,9; III - cloro residual disponível entre 0,5 a 0,8 mg/litro.
Saneamento de Locais de Recreação • As piscinas de uso público e as de uso coletivo restrito deverão utilizar água com características físicas, químicas e bacteriológicas adequadas, nos termos regulamentados em Normas Técnicas Especiais. Os seus vestiários, sanitários e chuveiros deverão ser conservados limpos e sua desinfecção será feita a critério da autoridade sanitária. Os calções de banho e toalhas, quando fornecidos pelas entidades responsáveis pela piscina, deverão ser desinfectados após o uso de cada banhista.
Saneamento de Locais de Recreação Águas utilizadas para fins recreacionais devem ser isentas de contaminação fecal por organismos patogênicos, por substâncias químicas, tóxicas e carcinogênicas. Para avaliação da qualidade da água que se destina a recreação de contato primário é adotado como critério, a densidade de coliformes fecais. Quando se procura atividades recreacionais que envolvam contato com as águas, faz-se necessário conhecer as condições sanitárias dessas águas quanto a balneabilidade e os possíveis riscos a saúde (ROCHA, 1974).
Saneamento de Locais de Recreação Balneabilidade • Balneabilidade é a qualidade das águas destinadas à recreação de contato primário. Para sua avaliação é necessário o estabelecimento de critérios objetivos. Estes critérios devem se basear em indicadores a serem monitorados e seus valores confrontados com padrões pré-estabelecidos, para que se possa identificar se as condições de balneabilidade em um determinado local são favoráveis ou não.
Saneamento de Locais de Recreação As águas destinadas a balneabilidade podem ser divididas em duas categorias: • Aquelas que propiciam contato primário do indivíduo através, por exemplo, de um simples banho, da natação, do esqui-aquático e do surf e, portanto, um contato direto e prolongado com a água. Com isto, ocorre grande probabilidade da ingestão dessa água que, eventualmente, pode estar poluída ou contaminada. • Aquelas denominadas de contato secundário; neste caso, o contato direto do indivíduo com a água é acidental, havendo pouca probabilidade de sua ingestão. O contato pode ocorrer com a prática de esportes náuticos como remo, vela, barco a motor e a pedal, ou ainda a pesca com anzol e rede (ROCHA, 1974).
Saneamento de Locais de Recreação Fatores que influem na balneabilidade: • Existência de sistemas de coleta e disposição dos despejos domésticos gerados nas proximidades; • Existência de córregos afluindo ao mar; • Afluência turísica durante os períodos de alta temporada; • Fisiografia da praia; • Ocorrência de chuvas; • Condições de maré.
Saneamento de Locais de Recreação • As doenças relacionadas ao banho, em geral, não são graves. A doença mais comum associada à água poluída por esgoto é a gastroenterite. Ela ocorre numa grande variedade de formas e pode apresentar um ou mais dos seguintes sintomas: enjôo, vômitos, dores de estômago, diarréia, dor de cabeça e febre. Outras doenças menos graves incluem infecções de olhos, ouvidos, nariz e garganta. Em locais muito contaminados os banhistas podem estar expostos a doenças mais graves, como disenteria, hepatite A, cólera e febre tifóide.
Saneamento de Locais de Recreação Considerando-se as diversas variáveis intervenientes na balneabilidade das praias e sua relação com a possibilidade de riscos à saúde, é recomendável: • Não tomar banho nas águas das praias que forem classificadas como impróprias; • Evitar o contato com os cursos d’água que afluem às praia;
Saneamento de Locais de Recreação • Evitar o uso das praias que recebem corpos d’água cuja qualidade é desconhecida - após a ocorrência de chuvas de maior intensidade; • Evitar a ingestão de água do mar; • Não levar animais à praia.
Saneamento de Locais de Recreação • As águas utilizadas para fins recreacionais devem estar isentas de contaminação fecal, organismos patogênicos e outras condições perigosas como, por exemplo, baixa visibilidade, para protegerem a saúde e dar segurança aos usuários (CETESB, 1999). • A OMS (1994) ressalta a grande importância no monitoramento e no controle da qualidade da água, seuspadrões devem ser constantemente controlados, por meio de análises físico-químicas, químicas, bacteriológicas e microbiológicas (tais atividades são inerentes aos profissionais da Química). Para a determinação do conteúdo de cistos de protozoários e ovos de helmintos, além dos coliformes fecais, vírus e substâncias químicas inorgânicas e orgânicas.
Saneamento de Locais de Recreação • A qualidade da água deve ser verificada sistematicamente, para que se possam ser detectadas e controladas as fontes de poluição, preservando assim, a saúde dos banhistas. • A maioria dos surtos em água de recreação é resultante de acidentes fecais ou conexão cruzada em piscinas e a contaminação com restos animais, em lagos, canais e outros corpos de água.
Saneamento de Locais de Recreação Resolução CONAMA Nº 20, de 18 de Junho de 1986
Saneamento de Locais de Recreação • Mesmo apresentando baixas densidades na classificação anterior, uma praia pode ser classificada na categoria IMPRÓPRIA quando ocorrerem circunstâncias que desaconselhem a recreação de contato primário, tais como a presença de óleo provocada por derramamento acidental de petróleo, floração de algas tóxicas ou doenças de veiculação hídrica. Art. 29 - A coleta de amostras será feita, preferencialmente, nos dias de maior afluência do público às praias ou balneários.
Saneamento de Locais de Recreação Art. 33 - As praias e outros balneários deverão ser interditados se o órgão de controle ambiental, em qualquer dos seus níveis (Municipal, Estadual ou Federal), constatar que a má qualidade das águas de recreação primária justifica a medida. Art. 34 - Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, sempre que houver uma afluência ou extravasamento de esgotos capaz de oferecer sério perigo em praias ou outros balneários, o trecho afetado deverá ser sinalizado, pela entidade responsável, com bandeiras vermelhas constando a palavra POLUÍDA em cor negra.
Saneamento de Locais de Recreação Medidas para recuperação de mananciais destinados à recreação As medidas efetivas de recuperação são totalmente dependentes de ações que interrompam a entrada de esgotos sem tratamento ou mesmo com tratamento inadequado, recuperação dos manguezais (em caso de praias) e de matas ciliares sistemas vegetais essenciais ao equilíbrio ambiental, e demais medidas pertinentes em toda a bacia de drenagem.
Referências: • FILHO, Júlio de mesquita - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA, Campus Experimental de Sorocaba • http://portal.saude.gov.br • http://www.aguaonline.com.br • http://www.artigocientifico.com.br • http://www.cetesb.sp.gov.br • http://www.faperj.br • http://www.ufmg.br/ • Resolução CONAMA Nº 20, de 18 de junho de 1986 • SUS – Secretaria de Estado da Saúde, Centro de Vigilância Sanitária.