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Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe.

Sim, o gato não pede amor. Nem depende dele. Mas, quando o sente, é capaz de amar muito. Discretamente, porém, sem derramar-se. O gato é um italiano educado na Inglaterra. Sente como um italiano, mas se comporta como um lorde inglês. .

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Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe.

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Presentation Transcript


  1. Sim, o gato não pede amor. Nem depende dele. Mas, quando o sente, é capaz de amar muito. Discretamente, porém, sem derramar-se. O gato é um italiano educado na Inglaterra. Sente como um italiano, mas se comporta como um lorde inglês.

  2. Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não transa o gato. Ele aparece então como uma ameaça, porque representa essa relação precária do homem com o (próprio) mistério. O gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência

  3. Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe. E se defende do afago. A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver.

  4. Por isso, quando surge nele um ato de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é algo muito verdadeiro que não pode ser desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe, pois significa um julgamento.

  5. O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode (ele que enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós)

  6. Se há pessoas agressivas em torno ou carregadas de maus fluídos, eles se afastam. Nada dizem, não reclamam. Afastam-se. Quem não os sabe "ler" pensa que "eles não estão ali", "saíram" ou "sei lá onde o gato se meteu". Não é isso! Precisamos aprender a "ler" porque o gato não está ali. Presente ou ausente, ele ensina e manifesta algo. Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, ele está comunicando códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir.

  7. O gato vê mais e vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluídos, auras, fantasmas amigos e opressores. O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo. É uma chance de meditação permanente a nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério

  8. O gato é um monge portátil à disposição de quem o saiba perceber.Monge, sim, refinado, silencioso, meditativo e sábio monge, a nos devolver as perguntas medrosas, esperando que encontremos o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado. O gato sempre responde com uma nova questão, remetendo-nos à pesquisa permanente do real, à busca incessante, à certeza de que cada segundo contém a possibilidade de criatividade e de novas inter-relações, infinitas, entre as coisas.

  9. O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção

  10. Desatentos não agradam os gatos. Bulhosos os irritam. Tudo o que precise de promoção ou explicação os assusta. Ingratos os desgostam. Falastrões os entediam. O gato não quer explicação, quer afirmação.

  11. Vive do verdadeiro e não se ilude com as aparências. Ninguém em toda a natureza aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato!

  12. Lições de saúde sexual e sensualidade. Lição de envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias. Lição de organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal. Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular. Lição de salto. Lição de silêncio. Lição de descanso. Lição de introversão. Lição de contato com o mistério, com o escuro, com a sombra. Lição de religiosidade sem ícones... e por aí vai!!!!...

  13. DEDICO ESTE PPS A “NUNO”, MEU GATINHO PERSA (MODO DE DIZER, PORQUE ELE ERA BEM GRANDE) QUE VIVEU 14 ANOS SEM NUNCA CAIR DOENTE. ELE ERA TUDO ISSO AÍ QUE ESTÁ NO TEXTO E AINDA ALGO MAIS QUE NÃO SEI EXPLICAR. SÓ CONFIAVA EM MIM, SE BEM QUE ÀS VEZES ERA UM POUCO ESNOBE. NEM SALOMÃO EM TODA SUA GLÓRIA TINHA TANTA ALTIVEZ. AS POUCAS VEZES QUE SAÍ COM ELE À RUA, NO COLO, AS PESSOAS SE DESLUMBRAVAM COM SUA BELEZA E ME PARAVAM PARA PERGUNTAR SE ELE ERA UM GATO OU ALGUMA ESPÉCIE DE PANTERINHA CINZA. MORREU HÁ UM ANO TÃO SUBITAMENTEM QUE O VETERINÁRIO NÃO SOUBER DIAGNOSTICAR A CAUSA. NÃO CONSIGO ME DECIDIR A COMPRAR OU ADOTAR OUTRO, POR CONSIDERÁ-LO INSUBSTITUÍVEL. DEDICO TAMBÉM À “ PALOMA”, CUJA DONA, MINHA AMIGA CARMEM, TAMBÉM AMANTE DE GATOS, ME ENVIOU ESTE TEXTO.

  14. FORMATAÇÃO: CLAUDIA MADEIRA ENTRE NO SITE: http://slidescorepoesia.com TEXTO: ARTHUR DA TÁVOLA (FRAGMENTO DE TEXTO) IMAGENS: GOOGLE SOM: TCHAIKOVSKY ( QUEBRA-NOZES – DANÇA DA FADA AÇUCARADA) QUEM DESEJAR RECEBER E-MAILS EM SUA CAIXA POSTAL ESCREVA PARA clmadeira22@yahoo.com.br COLOCANDO EM ASSUNTO: RECEBER SLIDES

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