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Capítulo 9 Reconhecimento visual das palavras David A. Balota

Capítulo 9 Reconhecimento visual das palavras David A. Balota. Disciplina: Linguagem e Tecnologia Professora: Carla Viana Coscarelli Participantes: Naziozênio, Genário, Viviane, Patrícia, Silvane e Valéria. I. Introdução. Objetivo:

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Capítulo 9 Reconhecimento visual das palavras David A. Balota

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  1. Capítulo 9 Reconhecimento visual das palavras David A. Balota Disciplina: Linguagem e Tecnologia Professora: Carla Viana Coscarelli Participantes: Naziozênio, Genário, Viviane, Patrícia, Silvane e Valéria

  2. I. Introdução Objetivo: Apresentar o estudo das pesquisas sobre o reconhecimento visual das palavras na perspectiva da Psicologia Cognitiva. Como o capítulo se organiza: Apresenta como as pesquisas do reconhecimento de palavras têm se desenvolvido de maneiras distinta na psicologia cognitiva e na psicolinguística. Examina como as evidências em relação ao reconhecimento das letras na organização sublexical e no nível lexical influenciam o reconhecimento das palavras – sobre essas questões serão discutidas algumas correntes teóricas e as controvérsias. Apresenta os estudos dos efeitos do contexto no reconhecimento de palavras. Conclusão – limites baseados nas informações disponíveis e sugestões de alguns caminhos para futuras pesquisas na área.

  3. - Por que palavra? • Pesquisas sobre o reconhecimento de palavras têm sido centrais para analisar o processo de linguagem, a atenção e a memória. • Palavras podem ser analisadas de muitas maneiras diferentes – características das letras, grafemas, morfemas, fonemas, semântica, etc. • Relação entre os processos de automaticidade e as habilidades de leitura. • Relação entre a aprendizagem verbal e memória – palavras impressas em diferentes meios de comunicação visual (frequência e ocorrência); diferenças semânticas; significação (quantidade de significados gerados para um determinado objetivo.

  4. Variáveis que influenciam no reconhecimento das palavras, segundo Balota - Frequência de uso: essa é a variável mais importante nas tarefas de decisão lexical. Quanto maior o uso de uma palavra, mais central ela se torna (mais próxima do núcleo prototípico) e, assim, acessível mais rapidamente. - Familiaridade: ligada à frequência de uso, é apontada por alguns autores como sendo mais importante que a frequência. - Efeitos de vizinhança: em palavras com baixa frequência de uso, o tamanho da vizinhança (ortográfica e fonológica) aumenta a velocidade de acesso. Se os vizinhos tiverem, no entanto, maior frequência, o acesso à palavra de baixa frequência é mais fraco; - Concretude: em um grupo de palavras de baixa frequência, palavras concretas têm acesso mais rápido; - Significado: alguns estudos apontam que palavras homófonas ou homógrafas têm algum impacto sobre o acesso lexical; - Disponibilidade contextual: contextos com correlação com categorias influem positivamente sobre a tarefa de decisão lexical.

  5. Variáveis Clássicas no Reconhecimento de palavras Visual Word Recognition David Balota Parte II

  6. Identificar as características básicas para se obter padrões de reconhecimento. J. J. Gibson (1955) • Quais são as características básicas para se reconhecer uma letra?

  7. Características básicas para o reconhecimento de letras considerando a ortografia da língua inglesa • Linhas horizontais • Linhas verticais • Curvas fechadas • Curvas abertas • Intercessões • Redundância cíclica

  8. Primeiro modelo analítico de características para reconhecimento de palavras foi desenvolvido por Selfridge: Pandemonium Model of Letter Recognition (1960) Ver figura 1, página 307 Surgiu 20 anos antes dos mais importantes modelos de reconhecimento de letras e palavras, mesmo com as restrições tecnológicas da época.

  9. Maioria dos modelos de reconhecimentos de letras admite um primeiro passo: identificação de características básicas. Perguntas a serem respondidas: ·Como tais características são trabalhadas levando ao reconhecimento da letra? ·Quais são as características fundamentais para o reconhecimento de letras em casos de distorções (fontes diferentes, caligrafia)? ·Características são codificadas paralelamente ou em série para a identificação de várias letras? ·São essas características fundamentais de cada letra o que leva à identificação de palavras?

  10. Some Variables • LetterFrequencyEffect • Word-levelFrequencyEffect • Word LengthEffect • SophisticatedGuessing • Word SuperiorityEffect • Interactive Activation Model • Pseudoword Superiority Effect

  11. VI. NÍVEIS VARIÁVEIS DE LÉXICO Pelas variáveis ​​de nível lexical, a pesquisa se refere ao impacto das variáveis ​​que foram quantificados a nível da palavra inteira. Exemplo: a frequência das palavras é uma variável léxica. 4.1. Comprimento O “comprimento” das palavras está relacionado com a frequência: Baixa frequência da Palavra produziu efeitos maior de comprimento do que as palavras de alta frequência. A palavras longas parecem exigir um processamento serial.

  12. 4.2. Word Frequency A frequência com que uma palavra aparece em letras tem uma influência em praticamente todas as tarefas de reconhecimento dessas palavras. Exemplo: os efeitos de frequência de palavras foram encontrados em decisão de desempenho lexical (por exemplo, Forster & Chambers, 1973), nomeando o desempenho (por exemplo, Balota & Chumbley, 1984), o desempenho de identificação perceptual (eg, Broadbent, 1967), e as medidas de leitura on-line, tais como duração média das fixações e contemplar essas medidas de duração (Rayner, por exemplo, & Duffy, 1986; Schilling Rayner, e Chumbley, 1998).

  13. 4.3. Familiaridade Uma variável que está altamente correlacionada com frequência é a familiaridade da palavra. Familiaridade é normalmente baseada em avaliações de duração indeterminada. A importância das normas de familiaridade foi motivada por Gernsbacher (1984a, 1984b), que argumentou persuasivamente sobre a disposição das normas de frequência de palavras impressas ( Época e Francis (1967) e Thorndike e Lorge (1944). Normas de frequência, normalmente, não levam em conta a frequência das palavras faladas, e são baseadas em amostras datadas e relativamente limitada de uso da palavra.

  14. 4.4. Idade de aquisição Na última década tem havido um interesse considerável na influência da idadeem que as palavras são adquiridas medindo o processamento lexical (para uma revisão recente, ver Juhasz, 2005). 4.5. Efeitos de vizinhança ortográfica Embora as estimativas variem, é provável que o leitor adulto médio tenha pelo menos 50.000 palavras em seu vocabulário. Porque essas palavras são baseadas em um número limitado de 26 letras, devendo haver uma sobreposição considerável nos padrões de ortografia em palavras diferentes. Uma das principais tarefas de um modelo aceitável de reconhecimento de palavras é descrever como o sistema seleciona a correta representação lexical entre representações ortográficas. Naturalmente, é possível que o número de ortografia semelhante, não podem influenciar o processamento lexical e que apenas uma representação deve passar a ser reconhecida.

  15. 4.6. Efeitos de vizinhança fonológica Embora a influência de vizinhos ortográficos dominou trabalho visual de reconhecimento da palavra, é bem possível que os vizinhos fonológicos possam também desempenhar um papel. 5. VARIÁVEIS semântica para palavras isoladas Tem havido um grande número de relatos na literatura que indicam que variáveis ​​semânticas associados com as representações lexicais podem modular a facilidade de reconhecimento de palavras (Ver revisão por Balota, Ferraro, e Connor, de 1991, dos primeiros trabalhos nesta área). Esta é uma possibilidade intrigante porque muitos.

  16. V. VARIÁVEIS SEMÂNTICAS DE PALAVRAS ISOLADAS Relatos na literatura indicam que as variáveis semânticas associadas a representações lexicais podem modular o processo de reconhecimento de palavras Dentro de um modelo de ativação interativa (McClelland e Rumelhart) é possível prever uma representação semântica que pode advir de ativação e fornecer feed-back top-down para influenciar o desempenho de reconhecimento de palavras (BALOTA, 1990; BALOTA et al., 1991).

  17. CONCRETUDE Parece haver uma correlação entre a familiaridade com a palavra e a concretude, sendo variáveis confundidoras É possível que haja uma interação entre a concretude e a frequência da palavra O estudo de Bleasdale (1987) mostra evidências para apoiar um efeito de concretude no reconhecimento da palavra

  18. PLENITUDE DO SIGNIFICADO Uma variável semântica que pode desempenhar um papel no reconhecimento de palavras é o significado dos estímulos Uma outra abordagem: comparar as palavras que têm vários significados com palavras que parecem ter um significado único

  19. DISPONIBILIDADE CONTEXTUAL Schuwanenflugel et al. (1988) encontraram evidências de que a variável disponibilidade contextual pode produzir uma influência sobre o reconhecimento de palavras isoladas Disponibilidade contextual é a facilidade com que um sujeito pensa em um determinado contexto ou circunstância em que uma palavra pode ocorrer.

  20. OUTRAS VARIÁVEIS SEMÂNTICAS QUE PRODUZEM EFEITOS NOS PARADIGMAS DO RECONHECIMENTO DE PALAVRAS A concretude de uma palavra pode influenciar o tempo necessário para gerar um associado da palavra Esse tempo pode ser usado como um preditor do desempenho lexical para o mesmo conjunto de palavras O significado para uma não palavra pode produzir em efeito de superioridade da palavra e uma forma mascarada no efeito priming da decisão lexical Estudos de priming semânticos separados

  21. VI. Context – efeito priming “Priming é um tipo de memória implícita referente aos efeitos facilitadores de eventos antecedentes (primes) sobre o desempenho subsequente (resposta alvo), ou seja, um aperfeiçoamento da capacidade de detectar ou identificar palavras, objetos ou figuras após uma experiência recente com eles.” (Squire & Kandel, 2003) O efeito do priming em tarefas linguísticas se manifesta quando o processamento de uma palavra (o alvo) é facilitado pelo estímulo antecedente (o prime). A interpretação mais comum do priming é de que a ativação da representação do prime automaticamente ativa a representação do alvo”. (Forster, 1999) Exemplos: COUCH – TOUCH (palavras relacionadas ortograficamente) MUCH – TOUCH (palavras relacionadas fonologicamente) FEET – TOUCH (palavras relacionadas semanticamente)

  22. Efeitoprimingortográfico • Conclusões dos estudos dos autores Evett e Humphreys: • - na maioria dos testes, os sujeitos não foram capazes de identificar o prime, portanto, o prime influencia no processo de antecipação. • - sujeitos foram melhores para identificar a segunda sequência de letras quando as letras eram repetidas da primeira sequência, mesmo que a segunda sequência fosse apresentada em condições diferentes. (houve priming de LERT para LOST) • - este efeito ocorreu mesmo quando o prime era pseudopalavra. • Há controvérsias em relação ao efeito priming ortográfico para pseudopalavras • - “onde” ocorre o efeito priming. • - em tarefas de decisão lexical os autores não conseguiram encontrar efeito priming para pseudopalavras • em tarefas de decisão lexical quando o prime é uma pseudopalavra e é apresentado no paradigma do priming mascarado a resposta também pode ser uma pseudopalavra, gerando um conflito em relação ao alvo. Paradigma primingmascarado – uma investigação em que o prime é apresentado entre máscaras (#### ou &&&&) e tão rapidamente que o sujeito não é consciente da suas existência. Neste caso, as máscaras são utilizadas para impedir que a imagem do prime permaneça na retina.

  23. Autores como Manso de Zuniga, Quinlan e Humphreys e Sereno observaram que há efeito priming ortográfico no paradigma mascarado quando a tarefa é de pronúncia. Esse resultado parece demonstrar a influência da tarefa e as variedades implícitas nas evidências teóricas e em suas consequências. O trabalho de Rayner et. al fornece evidências mais claras para o priming parafoveal ortográfico na tarefa de pronúncia Rayner definiu o campo perceptivo da visão limitado a três “campos” ou regiões que caracterizam a acuidade ou agudeza do alcance das imagens: fóvea, parafóvea  e periférico. O campo foveal  é onde se encontra a visualização ótima. É para onde converge a atenção visual, ou o centro da visão; o da parafóvea  se estende para cinco graus (5º) para qualquer lado da fixação, é uma área de não tão boa visualização. Neste ponto se percebem aspectos periféricos do objeto que estão mais próximos. Vários investigadores concordam que a abrangência parafoveal favorece as predições  e relacionam as características essenciais dos movimentos de olhos na leitura em: fixações, sacadas  (movimento balístico de passagem de um ponto alvo a outro), regressões  (ou retornos) e saltos  (ou skippings), entre outros movimentos subjacentes .

  24. O alvo parafoveal foi substituido - CHOVT por CHART, as conclusões de Rayner et al foram as seguintes: • a pronúncia latente éfacilitada se a sequência prevista e a sequência alvo tiverem 2 ou 3 primeiras letras iguais. • o priming ortográfico parafoveal ocorrerá independente de haver uma correspondência entre o prime e o alvo (maiúscula e minúscula, por exemplo) • não será influenciado pela lexicalidade de previsões parafoveal.

  25. B. Estudos do priming fonológico • Meyer, Shvaneveldt and Ruddy demonstram que são apresentados pares de palavras que têm: • - formas ortográficas semelhantes, mas formas fonológicas diferentes COUCH-TOUCH • - formas ortográficas e fonológicas semelhantes BRIBE-TRIBE • diferentes formas fonológicas e ortográficas CHAIR-TRIBE • Eles descobriram que: • - os sujeitos são mais rápidos para tomar decisões lexicais quando os pares estão relacionados fonológica e ortograficamente, comparado a pares não relacionados. • foram mais lentos para tomar decisões lexicais para os pares relacionados ortograficamente, mas não relacionados fonologicamente . Este padrão sugere uma forte função da informação fonológica no acesso ao código.

  26. Evett e Humphreys usaram o paradigma priming mascarado • O resultado indica que havia priming para os pares relacionados ortográfica e fonologicamente BRIBE-TRIBE se comparado aos pares relacionados ortograficamente, mas não fonologicamente BREAK-FREAK. • Humphreys, Evett e Taylor descobriram que a precisão na identificação é maior para o alvo CHUTE que é seguido pelo prime homófono (mesma pronúncia mas grafia diferente) SHOOT se comparado ao alvo relacionado graficamente SHORT ou ao prime não relacionado TRAIL. Portanto, não há facilitação para prime de pseudopalavras relacionadas fonologicamente. Assim, o resultado de Humphreys et al sugere que o efeito priming fonológico em oposição ao efeito priming ortográfico pode ser mediado lexicalmente.

  27. Perfetti, Bell e Delaney apresentam brevemente a palavra alvo MADE – seguida de pseudopalavras mascaradas – que tanto podem estar relacionadas fonologicamente MAYD ou não relacionada fonologicamente MARD. O resultado indica que sob essas condições, os sujeitos identificam com mais exatidão a palavra alvo que está relacionada fonologicamente a uma pseudopalavra se comparada a uma pseudopalavra não relacionada fonologicamente. Por causa desse efeito fonológico que ocorre fortemente no caso de pseudopalavras, este estudo contrasta com os resultados das pesquisas de Humphreys et al, demonstrando que esse efeito pode estar relacionado a um nível de prelexia.

  28. Van Orden, Johnston e Hale demonstraram evidências nas situações em que sujeitos têm que decidir se uma dada palavra é membro de uma categoria semântica ou não. • os sujeitos cometem mais erros para palavras que são homófonas como MEET-FOOD se comparada àqueles pares relacionados ortograficamente MEET-MELT. • Jared and Seidenberg observaram a influência desse paradigma na fonologia e essa influência ocorreu, principalmente, para palavras de baixa frequência. Esse padrão parece consistente com a observação na interação entre frequência e regularidade na relação grafia-som no desempenho de palavras pronunciadas. • Previsões que são homófonas com os alvos SITE-CITE facilitam tanto na pronúncia latente quanto na duração de fixação, se comparadas às previsões não homófonas que são controladas por semelhanças CAKE-SAKE. Novamente, esse padrão aparece para dar suporte ao papel da fonologia como um código de acesso.

  29. C. Efeito do priming semântico • Meyer e Schaveneveldt descobriram que sujeitos são mais rápidos para tomar decisões lexicais para cada palavra em pares de palavras relacionadas semanticamente CAT-DOG, comparadas a palavras que não estão relacionadas semanticamente CAT-PEN. As razões são as seguintes: • - o tempo de latência das respostas se tornaram a principal sustentação das experiências cognitivas. • - os estudos demonstrados pelas influências do contexto TOP-DOWN (processo descendente, o contexto ortográfico e semântico intervém na identificação das palavras) (relações semânticas) parece ser BOTTOM-UP (processo ascendente, no qual as informações são passadas de um nível mais baixo, tal como a identificação de linhas e ângulos para níveis intermediários, como a identificação de letras, até o reconhecimento da palavra) no processo de reconhecimento de palavras. • o efeito priming semântico é bastante robusto e fácil de ser replicado. • - a tarefa do priming semântico parece ser ideal para traçar o mapa da arquitetura do nível de representação do sentido/significado e quais operações atuam na recuperação desses sentidos. Essa questão parece ser fundamental para entender o melhor desempenho em um nível linguístico mais alto.

  30. Há controvérsias entre as três maiores tarefas usadas para construção de reconhecimento de palavras (princípio da identificação, decisão lexical e pronúncia/nomeação). • Palavras são melhores reconhecidas quando incorporadas a contextos relacionados semanticamente, se comparadas a contextos não relacionados. • O benefício é verdadeiramente semântico ou simplesmente envolve uma co-ocorrência entre palavras dentro de uma língua. • As palavras compartilham características semânticas e/ou implicações relacionadas à subordinação ou superposição das categorias semânticas. • Por exemplo: • MOUSE-RAT – são semanticamente relacionados porque ambas fazem parte da categoria dos roedores. • MOUSE-CHEESE – são relacionadas não porque fazem parte da mesma categoria semântica, mas envolve uma superposição de característica semântica.

  31. Na tentativa de resolver essa questão, pesquisas têm identificado itens que são da mesma categoria, mas não tem uma associação forte. GLOVE-HAT (luvas-chapeu) O resultado dos estudos indica que há priming com esses estímulos tanto nas tarefas de decisão lexical quanto na tarefa de pronúncia, embora o efeito puramente semântico em alguns casos de pronúncia seja menor. - principalmente, porque não está claro se o pequeno efeito priming semântico puro pode ser devido a algum nível de relação associativa persistente, nos casos em que os pesquisadores argumentaram que há apenas uma relação semântica. GLOVE-HAT são mais fáceis de co-relacionar do que GLOVE-PEN - há evidências de que o priming pode ocorrer entre pares mediados dentro da memória de trabalho. Como no priming GLOVE para HAT é devido a GLOVE-CLOTHES-HAT. (luva-vestuário-chapeu). - quando se considera baixa posição dominante nos pares, palavras que são categoricamente relacionadas podem ter pouca relação associativa. Neste caso, há priming relativamente pequeno no desempenho da tarefa de pronúncia. No entanto, no desempenho da tarefa de decisão lexical parece haver priming equivalente tanto para baixa quanto para alta dominância na categoria dos pares.

  32. Efeito priming mediado • LION-STRIPES (leões e listras). Essas duas palavras não têm nenhuma relação direta óbvia, mas pode ter uma relação indireta através da palavra TIGER (tigre). O efeito do priming mediado tem demonstrado alguns resultados interessantes: • na tarefa de decisão lexical em que sujeitos respondem para sequências alvo, há poucas evidências para o priming mediado, no entanto pode ocorrer o priming se os indivíduos tiverem que tomar decisões lexicais para o prime e para o alvo ou se as respostas para o alvo forem palavras e não pseudopalavras. • Já na tarefa de nomeação podemos encontrar o efeito priming mediado. • Se atrelarmos os processos de verificação à tarefa, podemos encontrar priming mais bem sucedidos. Um prime/alvo que não tem nenhuma relação óbvia dificilmente produziriam um priming bem sucedido.

  33. Início do efeito priming Primeiro se determina os limites do sujeito em relação à ausência/presença de um estímulo. Neste estudo, os pesquisadores determinam os limites, ou seja, o que ele ou ela não podem discriminar na ausência/presença de um estímulo. Esses limites são usados em tarefas de priming semântico posteriores, em que o prime é apresentado no início e o alvo é apresentado na tarefa de decisão lexical. Há evidências de que o efeito do priming semântico pode ocorrer mesmo quando os sujeitos aparentemente não podem tomar decisões na ausência/presença de estímulos sobre o prime.

  34. Efeito priming ao contrário Há evidência de que se pode encontrar priming semântico mesmo quando o prime é apresentado depois do alvo. DOG-CAT x PEN-CAT ou seja tanto DOG ou PEN – CAT. No início do processamento do alvo, relacionado à subsequente informação/ativação do prime, pode influenciar respostas latentes para o alvo. Pode ocorrer, mais naturalmente, um efeito cascata em que ativações parciais realizam representações antes que ela chegue ao limite. O segundo, é a direção em que os pares são apresentados. BELL pode relacionar com BOY, mas o contrário é mais complicado BOY-BELL. Isso ocorre, principalmente, nas tarefas de decisão lexical, quando os sujeitos podem verificar a relação entre o alvo e o prime. Já na tarefa de pronúncia, a poucas evidências do efeito inverso, exceto quando o estímulo é apresentado por um tempo mais longo.

  35. D. Efeito priming sintático Um dos primeiros estudos sobre o priming sintático foi referido por Goodman, McClelland am Gibbs. Eles descobriram que sujeitos tomam decisões lexicais mais rápidas para tarefas seguidas de primes apropriados sintaticamente comparados a primes não relacionados sintaticamente. Exemplo: OVEN-MY para OVEN-HE Sereno notou que o efeito priming pode ser devido às expectativas atencionais que sujeitos podem construir por causa de um estímulo relativamente longo do prime-alvo (assincronia de início de estímulo em que o prime é apresentado por um tempo mais longo, gerando uma série de expectativas em relação aos alvos potenciais relacionados ao prime).

  36. E. Tipos de prime por meio das interações - efeito priming semântico é maior para palavras de baixa frequência do que para palavras de alta frequência. - efeito priming semântico é maior para leitores piores do que para bons leitores. - efeito priming semântico é maior para palavras degradas do que para palavras não degradadas - efeito priming semântico é maior para tarefas de decisão lexical do que para tarefas de pronúncia. - efeito priming semântico na pronúncia é maior na assincronia de início dos estímulos do prime-alvo (SOAs) para palavras de alta resistência do que para palavras de baixa resistência para os pares prime-alvo. - efeito priming semântico é maior para testes que contem listas com maior proporção de relação para prime-alvo independentes do que para listas que têm pouca proporção de relação prime-alvo – também referido como efeito proporcional de afinidade . - o efeito proporcional de afinidade é maior para SOAs prime-alvo de longa duração do que para SOAs prime-alvo de curta duração. - o efeito proporcional de afinidade não pode ocorrer para prime-alvo de baixa dominância na tarefa de pronúncia, mas pode ocorrer para alguns itens na tarefa de decisão lexical.

  37. F. Resumo do contexto/ efeito priming Modelos do efeito priming semântico que não puderam ser contemplados no capítulo. - Modelo de verificação - Modelo de verificação/aceitação - Modelo caixa - Modelo conexionista

  38. CONCLUSÃO Na conclusão o autor diz tentar dar ao leitor uma visão geral na literatura de reconhecimento de palavras. Os temas principais foram: • Análise teórica sobre o efeito da SUPERIORIDADE DE PALAVRAS no impacto na percepção. O mesmo aconteceu com a decisão lexical e as tarefas de pronúncia.

  39. Análise sublexical tem performance na rota de reconhecimento de palavras. Consequências aparentes em análises sublexicais são em grande parte quase uma consequência de ativação e inibição de padrões, através de representações lexicais.

  40. O terceiro tema é apresentado como um tipo de interação estatística que foi repetidamente observado. Segundo o autor foi revisado uma evidência indicando a comparação entre palavras de alta frequência, palavras de baixa frequência, produzindo regularidades fonológicas, força no corpo da palavra, concretude, materialidade, entre outros.

  41. A neurociência cognitiva tem potencial considerável para contribuir para entendimento do reconhecimento do sistema de reconhecimento de palavras. Finalmente o autor relata que muitas questões não foram revisadas simplesmente por causa de limitação de espaço.

  42. Ele retoma todos os tópicos e diz que a palavrapara psicólogos e linguístas é como a célula para os biólogos. Eles interagem em muitos níveis. Às vezes parece que pouco progresso tenha sido feito, já que a literatura de reconhecimento de palavras parece imposta. O autor diz não achar que é o caso e acredita que um progresso considerável tenha sido feito.

  43. Nesse nível a simplicidade sedutora do entendimento da análise lexical é mais aparente do que real. Quanto mais conhecemos um sistema mais percebemos que precisamos entender a conhecer aquele sistema.

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