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O NOSSO MUNDO ADULTO E SUAS RAÍZES NA INFÂNCIA

O NOSSO MUNDO ADULTO E SUAS RAÍZES NA INFÂNCIA. Um grupo consiste de indivíduos sempre em relação uns com os outros. A compreensão da personalidade é a base para a compreensão da vida social;. Primeiras tendências fundamentais da criança pequena.

giulia
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O NOSSO MUNDO ADULTO E SUAS RAÍZES NA INFÂNCIA

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Presentation Transcript


  1. O NOSSO MUNDO ADULTO E SUAS RAÍZES NA INFÂNCIA

  2. Um grupo consiste de indivíduos sempre em relação uns com os outros. A compreensão da personalidade é a base para a compreensão da vida social;

  3. Primeiras tendências fundamentais da criança pequena • Complexidade de emoções vivenciadas que levam a criança a passar por sérios conflitos; • A vida mental da criança e também a do adulto são influenciadas pelas mais arcaicas emoções e fantasias inconscientes; • Na primeira infância, a criança começa a formar aquilo que podemos chamar de mundo interno, composto por suas percepções e fantasias criadas a partir das situações reais;

  4. O bebê vivencia ansiedade de natureza persecutória devido ao desconforto infringido por forças hostis; • O desconforto por sua vez, é aplacado pelas gratificações propostas tornando possível a primeira relação de amor com o objeto; • Hipótese kleiniana: o bebê tem conhecimento inconsciente inato da presença da mãe – ele não espera somente o alimento, mas deseja amor e compreensão;

  5. Sentimento de unicidade entre a mãe e o bebê nos estágios iniciais fazem circular dois tipos de sentimentos: • Sentimento de que o bebê tem de ser compreendido; • Sentimento de perseguição, ocasionado pelo desconforto causado pela frustração e pela dor; • Ambos sentimentos são dirigidos à figura da mãe gerando uma dupla atitude – a mãe passa a ser considerada um objeto cindido;

  6. Tanto a capacidade de amar do bebê quanto o sentimento de perseguição são focalizados primeiro na mãe; • Estes sentimentos de perseguição geram no bebê o que chamamos de ansiedade persecutória; • A ansiedade persecutória do bebê é provinda dos impulsos destrutivos , do ressentimento, do ódio, da incapacidade de reconciliar-se, e da inveja do objeto; • essas emoções no adulto ainda operam: impulsos destrutivos dirigidos a qualquer pessoa estão fadados a dar origem de que a pessoa também se torna hostil e retaliadora;

  7. O processo de formação do mundo interno • O desenvolvimento da criança as atitudes do adulto são resultantes da interação entre influências internas e externas; • Ego: existe e opera desde o nascimento. Tem como função defender-se contra a ansiedade provocada pela luta interna e por influências externas; • O ego inicia alguns processos importantes para a formação do mundo interno. São atividades egóicas:

  8. Introjeção: processo no qual o mundo externo e os objetos que o representam são levados para dentro do self, vindo a fazer parte da vida interior; • Projeção: processo que compreende a capacidade da criança de atribuir a outras pessoas a sua volta sentimentos próprios (tento bons quanto maus);

  9. Amor e ódio dirigidos à mãe já representam uma capacidade do bebê de projetar suas emoções sobre ela. Ao mesmo tempo, converte-a em objeto bom e objeto perigoso, introjetando esta mãe enquanto dois objetos distintos : mãe boa e mãe má; • Hipótese kleiniana: processos de projeção e introjeção possuem uma íntima relação com as fantasias inconscientes (representantes psíquicos das pulsões que representam necessidades e sentimentos)

  10. Construção de um mundo interno que é parcialmente reflexo do mundo externo; • Fantasias x devaneios; • Portanto, a mãe em seus aspectos bons é o primeiro objeto bom que o bebê introjeta, tornando parte de seu mundo interno; • Se a mãe é assimilada enquanto objeto bom: elemento de força é agregado ao ego, pois a criança irá se identificar com características boas da mãe e posteriormente com outras figuras amistosas;

  11. Quando no mundo interno da criança predominarem objetos e sentimentos bons, a atitude da criança frente ao mundo externo e para com as pessoas que a cercam é predominantemente guiada por sentimentos de amor e compreensão; • Assim, irá se identificar com as características boas apresentadas pelas pessoas; • O papel dos pais neste processo é importante, mas não exclusivo;

  12. Mesmo que as identificações boas predominem,a agressividade e o ódio irão se manter em atividade; • A identificação enquanto processo advém da projeção e da introjeção, mas se diferencia nestas duas formas: • introjeção: aquisição e influência das características do objeto introjetado; • Projeção: atribui-se ao objeto algumas das próprias qualidades;

  13. Problemas da introjeção ou projeção excessivas: perda do julgamento objetivo, hostilidade e dependência excessiva • Cisão: também é uma das principais atividades do ego. O ego arcaico precisa cindir amor e ódio, pois a ansiedade persecutória reforça a necessidade de se manterem separados o objeto amado e o objeto perigoso; • O bebê precisa confiar em sua mãe boa para manter-se vivo, para aceitar alimento e amor;

  14. Fases desenvolvimento infantil • Posição esquizo-paranóide: ocorre nos três ou quatro primeiros meses de vida; • Corresponde a presença de mecanismos marcados pelos impulsos destrutivos onipotentes, pela ansiedade persecutória e pelo mecanismo de cisão; • Em casos extremos, torna-se a base da paranóia e da doença esquizofrênica; • Presença de um tipo muito especial de projeção que é fonte de intensas angústias: identificação projetiva

  15. Identificação projetiva: fantasias em que o bebê projeta para o interior do corpo da mãe partes clivadas de si próprio ou ele por inteiro de forma a lesar e controlar a mãe a partir do interior; • A identificação projetiva como podemos perceber, é uma projeção bastante violenta marcada pela questão do sadismo; • Sentimentos destrutivos presentes: voracidade e inveja como fatores perturbadores;

  16. Voracidade: varia de um bebê para o outro e pode ser compreendido como uma busca insaciável por gratificação. Geralmente reflete um bebê inseguro quanto a sua capacidade de amar; • Inveja: mãe enquanto objeto de inveja, devido às fantasias criadas em decorrência da frustração. Este sentimento envolve não apenas a posse, mas o prazer de estragar o prazer que os outros possam ter com o objeto cobiçado, muitas vezes estragando o próprio objeto;

  17. Quando a inveja é intensa, nada pode ser plenamente desfrutado. A inveja intensa impede que a gratidão se origine: capacidade de desfrutar plenamente o que foi recebido agradecendo a quem deu; • Gratidão: trata-se de um sentimento que desperta na criança atitudes de generosidade e consideração para com o outro; • Conforme o desenvolvimento , com a integração crescente do ego, os processos de cisão diminuem. O mundo não é mais visto em termos de preto e branco;

  18. Presença de um superego arcaico: bebê começa a temer pelo estrago de seus impulsos destrutivos, pois ainda não sabe distinguir entre os seus desejos e os efeitos reais deles. Vivência de culpa e necessidade de reparar o objeto 2. Posição depressiva: aproximadamente a partir do quinto ou sexto mês; • Neste período, começam a ser elaborados os medos arcaicos;

  19. Ansiedade depressiva predomina e ansiedade persecutória diminui; • Surgimento de fantasias de natureza reparatória; • A criança realmente teme pela perda do objeto em função de toda a sua agressividade de que foi dirigida e ele;

  20. Influências nas relações sociais • Introjeção do mundo externo: importância de um mundo externo não estragado; • A intensidade com que operam as ansiedades persecutórias e depressivas depende de quem interpreta; • Criação excessivamente disciplinadora x indulgência excessiva: necessidade de equilíbrio; • Crianças que reagem intensamente a frustração: projeção de suas queixas nos outros (projeção do ressentimento) ;

  21. A base da empatia diz de uma projeção que atribui aos outros fundamentalmente bons sentimentos; • Relação com figuras arcaicas forma a base das relações posteriores: julgamento incorreto das pessoas e dos eventos – base da transferência; • A capacidade para amor e devoção transfere-se para outras causas sentidas como boas e valiosas; • A capacidade para atividades construtivas são movidas pelo sentimento de reparação do que havia sido danificado;

  22. Quando a inveja e a rivalidade não são muito grandes, torna-se possível desfrutar dos prazeres dos outros: atitude importante na idade adulta e também na velhice; • A capacidade de identificar-se propicia a felicidade de ser capaz de admirar o caráter ou a conquista dos outros – fonte de amadurecimento e enriquecimento; • Necessidade de aprendizado com nossas experiências infantis: maturidade e desenvolvimento bem-sucedido;

  23. Papel da voracidade no comportamento do adulto: o sujeito quer cada vez mais, mesmo que a custa dos outros. Não possui consideração para com os outros. Ambição que ameaça a cooperação; • Existe uma forte relação entre a voracidade e a inveja: o sujeito assume uma postura que esconde muita destrutividade; • A dificuldade em lidar com a crítica demonstra a marcante presença das ansiedades persecutórias;

  24. Conclusão • Impulsos destrutivos, a inveja, a voracidade e as ansiedades persecutórias resultantes perturbam o equilíbrio da criança em suas relações sociais; • Um desenvolvimento equilibrado gera integridade e força de caráter : influencia a autoconfiança do indivíduo e suas relações sociais;

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