FENI DALANO ROOSEVELT AGOSTINHO Engenheiro Agrícola – UNICAMP 2001

1. USO DE ANÁLISE EMERGÉTICA E SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEO-REFERENCIADAS NO ESTUDO DE PEQUENAS PROPRIEDADES AGRÍCOLAS FENI DALANO ROOSEVELT AGOSTINHO Engenheiro Agrícola – UNICAMP 2001 Mestrando em Engenharia de Alimentos Laboratório de Engenharia Ecológica e Informática Aplicada Orientador: Prof. Dr. Enrique Ortega Rodriguez

2. Introdução • Preocupação com o Meio Ambiente: década de 70 • Pressão da população levou a Conferência Sobre Meio Ambiente – Estocolmo, 1972 • Declaração das nações unidas sobre Meio Ambiente (109 recomendações) • Situação piorou – Em 1983 criou-se a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente • Relatório Brundtland em 1987

3. Introdução • Eco 92 (Rio de Janeiro) – Rio +10 (Johanesburgo 2002) • Não houve avanços significativos nem metas e prazos de implementação de acordos • Economia Ecológica X Economia Neoclássica • Análise Emergética (Odum, 1996) • Sistema de Informações Geográficas (SIG)

4. Caracterização do Problema • Sobrevivência deve estar ligada à sustentabilidade • Revolução Verde • Sistema convencional: • menos vegetação, menos infiltração de água, erosão, acidificação, contaminação, perda de biodiversidade (fauna e flora) • Para o estado de SP - 10kg de solo para cada 1kg de soja; 12kg de solo para cada 1 kg de algodão; 5kg de solo para cada 1 kg de milho • Consumo de agrotóxicos – 0,8kg/ha de ingrediente ativo em 1970 para 7kg/ha em 1998 • Agricultura itinerante • Necessidade de uma agricultura sustentável

5. Área de Estudo • SítioDuas Cachoeiras = 29,7 ha (propriedade agroecológica) • Sítio Santa Helena = 15,6 ha (propriedade convencional) • Sítio Três Lagos = 25,3 ha (propriedade convencional)

6. Equação Universal de Perda de solo Fator topográfico Modelo digital de elevação (MDE), rotina aml. A=R.K.C.P.LS Fator prática conservacionista Bertoni & Lombardi Neto (1999) Fator Uso e Manejo Resende & Almeida (1985); Gabriels et al. (2003); Shi et al. (2004) Fator de erodibilidade do solo [t.h/(MJ.mm)] Bertoni & Lombardi Neto (1999); Resende & Almeida (1985); Lu et al. (2004); Guerra et al. (1999) Fator de chuva [ MJ.mm/(ha.h.ano)] Bertoni & Lombardi Neto (1999) Perda de solo [t/(ha.ano)]

7. Análise Emergética

8. Análise Emergética

9. Análise Emergética • Transformidade  Tr = Y/Ep • Renovabilidade  %R = R/Y • Razão de Rendimento Emergético  EYR = Y/F • Razão de Investimento Emergético  EIR = F/I • Taxa de Intercâmbio Emergético  EER = Y/emergia da venda

10. Rentabilidade Econômica Externalidades da produção agrícola do Reino Unido: 360 US$/ha.ano (Pretty et al., 2000 e 2001)

11. Infiltração de Água Precipitação Evapo-transpiração Não desejável Escorrimento Superficial Infiltração Desejável

12. Água vinda do lençol externo Água para Cobertura, Córrego Nascente Manejo e Tipo de solo Lençol Freático Água utilizada Chuva Água infiltrada Sítio Duas Cachoeiras Água para o lençol externo Infiltração de Água 1.250 mm/ano Estimativa Lima (1996) Cavenage et al. (1999) Centurion et al. (2001) Souza & Alves (2003) Gicheru et al. (2004) 30% matas mais densas 20%  cerrado, cultura anual e permanente com manejo conservacionista < 20%  para outras áreas

13. Resultados e Discussão

14. Resultados e Discussão Sítio Duas Cachoeiras 2003 – Uso do solo

15. Resultados e Discussão Sítio Duas Cachoeiras 2003 – Perda de solo [ton/ha.ano]

16. Resultados e Discussão Sítio Santa Helena 2003 – Uso do solo

17. Resultados e Discussão Sítio Santa Helena 2003 – Perda de solo [ton/ha.ano]

18. Resultados e Discussão Sítio Três Lagos 2003 – Uso do solo

19. Resultados e Discussão Sítio Três Lagos 2003 – Perda de solo [ton/ha.ano]

20. Resultados e Discussão Indicadores Ambientais • Transformidade  Tr = Y/Ep • Razão de Rendimento Emergético  EYR = Y/F • Razão de Investimento Emergético  EIR = F/I • Renovabilidade  %R = R/Y • Taxa de Intercâmbio Emergético  EER = Y/emergia da venda

21. Resultados e Discussão R$1,00  R$2,93 Bruto R$1,00  R$2,11 Bruto Indicador Econômico R$1,00  R$1,03 Bruto Rentabilidade = (Receitas – Custos) / Custos Rentabilidade Real=(Receitas–Custos–External.)/(Custos+External.) External. = 360,00 US$/ha.ano

22. Resultados e Discussão R$1,00  R$2,93 Bruto R$1,00  R$1,41 Bruto (R$2,11) Indicador Econômico R$1,00  R$0,52 Bruto (R$1,03) Rentabilidade = (Receitas – Custos) / Custos Rentabilidade Real=(Receitas–Custos–External.)/(Custos+External.) External. = 360,00 US$/ha.ano

23. Resultados e Discussão Sítio Duas Cachoeiras 1980 – Uso do solo

24. Resultados e Discussão Sítio Duas Cachoeiras 1990 – Uso do solo

25. fotos Resultados e Discussão fotos Sítio Duas Cachoeiras 2003 – Uso do solo

26. Resultados e Discussão fotos fotos fotos Sítio Duas Cachoeiras 2003 – Externalidades Recebidas

27. Resultados e Discussão

28. Resultados e Discussão • 100 litros/pessoa.dia (36.500 litros/pessoa.ano) • 50% da água infiltrada está disponível • Sítio Duas Cachoeiras produz água para 1,5% da população de Amparo (≈ 980 pessoas) em um ano • Código Florestal, Lei 4771/65, estabelece que 20% da área agrícola deve ser de preservação permanente • Para Amparo ser auto-suficiente na produção de água, 1,43% (ou 640ha) de sua área, deve ser utilizada como preservação permanente

29. Conclusões • Propriedades convencionais são altamente dependentes de recursos da economia; • Propriedades agroecológicas são eficientes na transformação de energia; • Propriedades convencionais perdem mais solo por erosão hídrica comparada à propriedade agroecológica; • Propriedades agroecológicas são altamente sustentáveis; • Pesquisas sobre valoração ambiental no Brasil são necessárias; • A mudança de convencional para agroecológico é possível e viável; • Propriedades agroecológicas realizam manejo adequado do solo, aumentando sua sustentabilidade;

30. Conclusões • A ocupação com áreas de mata não reduz a rentabilidade da propriedade agroecológica; • Propriedades agroecológicas possuem grande capacidade de infiltrar a água da chuva no solo; • Deve-se elaborar políticas públicas para que na montante das bacias hidrográficas, seja permitida apenas a produção agrícola pelo modelo agroecológico; • A união da análise emergética e SIG, torna-se uma poderosa ferramenta para a diagnosticar e propor melhorias em propriedades agrícolas; • A metodologia utilizada neste trabalho deve ser aplicada em sistema maiores, como bacias hidrográficas, para obter resultados mais amplos.

31. Agradecimentos