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- A Sara está com gripe! O Nuno estava na sala quando a mãe recebeu um telefonema da tia a dizer que afinal não podiam encontrar-se para jantar. . - A Sara está com gripe A. Não pode sair enquanto tiver febre, tosse e espirros, para não contagiar outras pessoas.
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- A Sara está com gripe! O Nuno estava na sala quando a mãe recebeu um telefonema da tia a dizer que afinal não podiam encontrar-se para jantar.
- A Sara está com gripe A. Não pode sair enquanto tiver febre, tosse e espirros, para não contagiar outras pessoas. Este ano a palavra gripe tem pelo menos dois significados: gripe normal e gripe A.
- Afinal o que é um vírus? - Os vírus são seres minúsculos, microscópicos. Há muitos vírus que não fazem mal nenhum, outros, quando entram no corpo de uma pessoa, provocam doenças. Esses são agentes patogénicos. Os cientistas estudam-nos e quando já os conhecem dão um nome próprio a cada tipo de vírus.
- Queres ver o nome do vírus da gripe A? O vírus que provoca a gripe A chama-se H1N1. Transmite-se muito facilmente.
A mãe abriu um livro falante e ouviu-se logo uma gargalhada maldosa. - Ah! Ah! Ah! Eu sou o vírus que provoca a gripe A. Conhecem-me pelo nome de H1N1! Sou terrível. Ah! Ah! Ah!
- Viajamos com a tosse das pessoas e os espirros. Vamos misturados nas gotas de saliva e de ranho. Ah! Lá vamos nós… Nós, os vírus, andamos sempre em grupos de milhões. E como ninguém nos vê, zás, infectamos toda a gente que estiver perto!
- Podemos esperar numa mesa… Num brinquedo… Numa porta… No carrinho do supermercado… No teclado do computador… Quando não está ninguém perto, ficamos por ali à espera de infectar quem chega.
- Quando chega alguém, basta que nos ponha a mão em cima e hop! Lá vamos nós. Depois basta que a mão toque nos olhos, na boca ou no nariz e zás! Podes ficar infectado! Somos super resistentes. Aguentamos em cima de qualquer sítio muito mais tempo do que outros vírus da gripe. Chegamos a aguentar muitas horas.
- Se estiveste com a tua prima Sara nos últimos sete dias, os meus irmãos já te infectaram. - Não infectaram porque a Sara é civilizada. Nunca espirra, nem tosse para cima de ninguém. Põe um lenço de papel em frente da cara e depois deita-o fora.
- Vês? E quando não tem um lenço, esconde a cara no braço. Não espirra, nem tosse para cima das mãos. A Sara espirra num lenço de papel e deita-o fora.
- É muito espertinha, a tua prima. Mas com certeza tocaste nos brinquedos dela… - Talvez, só que eu já sabia que é preciso lavar as mãos antes de as levar aos olhos, à boca e ao nariz. Foi isso que eu fiz!
- Eh! Nós não resistimos a uma boa lavagem. Odiamos água e sabonete… Também odiamos desinfectante.
- Não me infectas! Não me infectas! Eu sei defender-me muito bem.
- Eu tenho muitas armas secretas! Aguento-me no prato da sopa, na colher, na palhinha do sumo, no gelado… Quem der uma trinca ou uma lambidela, onde eu estiver pousado, zás, pode ficar infectado! Não me hás-de escapar, Nuno.
- Escapo porque tenho cuidado! Escapo porque estou informado! Escapo porque sou mais esperto do que tu!
- Lavo as mãos a toda a hora, não dou trincas, nem lambidelas, fujo de quem tossir e espirrar.
- E se alguém adoecer cá em casa, não vamos a correr para o hospital, onde está tanta gente doente. Começamos por telefonar para o número 808 24 24 24 A descrever os sintomas da doença e a perguntar o que devemos fazer.
Autores: Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães Ilustrador: Nuno Feijão