1 / 65

SUICÍDIO: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

SUICÍDIO: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA. Ana Losso. ETMOLOGIA. SUI : SI MESMO CAEDES : AÇÃO DE MATAR “É o ato de matar a si mesmo” Thomas Browne-1642. A HISTÓRIA. Sempre houve: o homem enquanto ser pensante; Todos os sexos; Todas as faixas etárias;

Download Presentation

SUICÍDIO: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. SUICÍDIO: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA Ana Losso

  2. ETMOLOGIA • SUI : SI MESMO • CAEDES : AÇÃO DE MATAR “É o ato de matar a si mesmo” Thomas Browne-1642

  3. A HISTÓRIA • Sempre houve: o homem enquanto ser pensante; • Todos os sexos; • Todas as faixas etárias; • Todas as classes sociais: perda do status; • Todas as civilizações e culturas.

  4. Exemplos • Rituais para lidar com os corpos; • Os Vikings enalteciam as mortes violentas. Aqueles que morriam em batalhas ou por suicídio, iriam para o Paraíso; • Os Esquimós, separavam-se do grupo para morrerem sós, possibilitando mais alimentos para os jovens; • Os Astecas ofereciam-se como oferendas aos deuses em rituais de morte;

  5. Exemplos • Em Uganda, a mãe deveria matar-se; • Na China antiga, alguns homens se matavam antes das batalhas, acreditando que suas almas dariam forças para os que iam lutar; • Os Aborígenes da Tasmânia, ao serem caçados como cangurus, recusaram-se a procriar, extinguindo-se em três décadas; • Os nativos da América iam em procissão atirar-se dos penhascos.

  6. A Igreja • Heresia; • Stº Agostinho (533 d.C) proíbe homenagem; • Dá à Igreja e ao Estado os bens do suicida; • Cria aversão e horror ao ato; • Séc. XI, São Bruno: “mártires de satã”.

  7. Consequências • Os corpos passam a ser tratados cruelmente nas diferentes sociedades: Inglaterra: enterrados de bruços com estacas no peito; França: arrastados por cavalos pelas ruas da cidade.

  8. Revolução Francesa • Séc. 17 e 18: diminui a repressão devido a nova legislação; • Igreja mais tolerante; • Família tem o direito de loucura para livrar-se das punições.

  9. Estudos • Séc. 19 : Émile Durkheim (1897), as questões foram remetidas às condições sociais e não mais à moralidade.

  10. O SUICÍDIO É UMDRAMA PESSOALQUE TRANSCORRE NUM PALCO DE RELAÇÕES INTERPESSOAIS, EM UMAMBIENTE SOCIAL, POLÍTICO E CULTURAL

  11. O FENÔMENO COMPLEXO. NÃO EXISTE UMA ÚNICA EXPLICAÇÃO. VÁRIOS FATORES ASSOCIADOS. PROCESSO. • Fatores psicológicos; • Fatores sociais; • Fatores ambientais; • Fatores familiares; • Fatores culturais; • Fatores genéticos.

  12. Fatores Psicológicos • A maioria tem um transtorno mental diagnosticável; • O suicídio e o comportamento suicida são mais freqüentes em pacientes psiquiátricos; • A maioria não procura um profissional de saúde mental.

  13. Doenças • Depressão (todas as formas); • Transtorno de personalidade (anti-social, borderline com traços de impulsividade, agressividade e freqüentes alterações do humor); • Alcoolismo; • Esquizofrenia; • Transtorno mental orgânico.

  14. Fatores Sociodemográficos e Ambientais • Desemprego; • Perda de status sócio-econômico; • Profissão; • Migração; • Sexo; • Idade; • Estado civil.

  15. Fatores Familiares • Problemas interpessoais (discussão com esposa, namorado, filhos); • Rejeição (separação); • Perdas (luto, status); • Problemas com o trabalho (demissão, aposentadoria; dificuldades financeiras); • Mudanças na sociedade (políticas e econômicas); • Vergonha (falência, vícios).

  16. MITOS • Quem fala não faz; • Quem quer se matar, se mata; • Suicídios ocorrem sem avisos; • A melhora após a crise significa que o risco passou; • Nem todos os suicídios podem ser evitados; • Uma vez suicida, sempre suicida.

  17. COMPORTAMENTO SUICIDA

  18. EPIDEMIOLOGIA • 1 milhão de pessoas cometeram suicídio no ano de 2000; • A cada 40 segundos uma pessoa pratica o ato; • A cada 3 segundos, uma atenta contra a própria vida; • Está entre as 10 causas de morte mais freqüente em todas as idades; • É a 3ª causa de morte entre 15 e 35 anos; • Existem 10 tentativas para cada ato consumado; • 4 tentativas NÃO conhecidas para cada 1 registrada.

  19. CONSEQUENCIAS • Vem ocorrendo um aumento na faixa etária de 15-35 anos; • Para cada suicídio, há em média, 5 ou 6 pessoas próximas que sofrem conseqüências emocionais, sociais e econômicas; • 1,4% do ônus global ocasionado por doenças em 2002 foi devido à tentativas de suicídio.

  20. PORCENTAGEM DE SUICÍDIOS Por idade, em países selecionados 1950 1995 WHO, 2000

  21. Distribuição dos Suicídios por Faixa Etária no Município de São Paulo (PRO-AIM, 1996-2002)

  22. Capitais Brasileiras: Suicídio Fonte: Coeficientes padronizados por idade calculados com base nos dados do SIM (cd-rom 1979-1996 e 1996-2000) e estimativas de população do IBGE)

  23. Sem diagnóstico 3.2% Transtornos do humor 35.8% Transtornos de personalidade 11.6% Esquizofrenia 10.6% Transtornos relacionados ao uso de substâncias 22.4% Suicídio e Transtornos MentaisAnálise de 15.629 casos de suicídio Bertolote e cols., 2003

  24. 97% DAS PESSOAS QUE COMETEM SUICÍDIO TÊM UM TRANSTORNO MENTAL • Depressão • Transtorno de personalidade • impulsividade, • agressividade • variação súbitas do humor • Dependência de álcool / drogas • Esquizofrenia

  25. SUICÍDIO, TENTATIVAS E DEPRESSÃO Depressão Tentativas 15% de suicídio Suicídio 10% 45-70% com transtorno do humor 40-65% com tentativa de suicídio anterior Botega e cols., 2006

  26. ALCOOLISMO • O álcool diminui a crítica e aumenta a impulsividade • Cerca de um terço dos casos de suicídio estão ligados à dependência do álcool • 5 a 10% das pessoas dependentes de álcool • terminam sua vida pelo suicídio • No momento do ato suicida muitos se encontravam alcoolizados

  27. ESQUIZOFRENIA • PERÍODOS DE MAIOR RISCO • Entre as crises, quando paciente percebe • e não elabora limitações acarretadas pela doença • Durante a crise, ao responder a vozes de comando (alucinações) que o levam a se matar • No período logo após a alta hospitalar

  28. Informações sociodemográficas • Problemas da comunidade • História de tentativa de suicídio • Dados sobre a família • Saúde geral, utilização de serviços de saúde geral e mental • Álcool e drogas SUPRE-MISS Inquérito Epidemiológico

  29. SUPRE-MISS Principais questões • PENSAMENTOS Você já pensou seriamente em por fim à sua vida? • PLANOS Você chegou a planejar como faria isso? • TENTATIVAS Alguma vez você tentou o suicídio?

  30. AO LONGO DA VIDA . . . ATENDIDOS EM PRONTO-SOCORRO 1 TENTA- TIVA DE SUICÍDIO 3 5 PLANO 17 PENSAMENTO De cada100habitantes

  31. NOS ÚLTIMOS 12 MESES... 0,4% TENTA- TIVA DE SUICÍDIO 2% PLANO 5% PENSAMENTO De cada100habitantes

  32. BRASIL • Encontra-se no grupo de países com taxas baixas de suicídio (3,9 a 4,5/100mil hab.); • Como se trata de um país populoso, está entre os 10 países com maiores nº absolutos de suicídio (7.987 em 2004); • Alguns estados já apresentam taxas comparáveis aos países apontados como de freqüência de média a elevada (OMS); • Rio G. do Sul: 16,6; • Sta. Catarina: 12,0.

  33. O QUE FAZER?

  34. FATORES DE RISCO PARA O SUICÍDIO Atenção! Os principais fatores de risco para o suicídio são: História de tentativa de suicídio Presença de transtorno mental

  35. FATORES DE PROTEÇÃO PARA O SUICÍDIO • Religiosidade • Proximidade com a família • Percepção otimista da vida • Gravidez e maternidade

  36. Ter uma ocupação/emprego • Rede social (interdependência) • Capacidade de enfrentamento (coping)

  37. AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM RISCO DE SUICÍDIO 1Ouvir atentamente 2Conhecer fatores de risco 3Fazer algumas perguntas GERAIS ESPECÍFICAS

  38. Se eu perguntar sobre suicídio... Posso induzir um suicídio? Vou ter que carregar o problema da pessoa? Não ! Peça ajuda!

  39. AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM RISCO DE SUICÍDIO FRASES DE ALERTA • “Eu preferia estar morto” • “Eu não posso fazer nada” • “Eu não agüento mais” • “Eu sou um perdedor e um peso para os outros” • “Os outros vão ser mais felizes sem mim”

  40. AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM RISCO DE SUICÍDIO SENTIMENTOS DESESPERANÇA DESAMPARO DESESPERO 4 D

  41. Como ajudar a pessoa com risco de suicídio? 1- lugar adequado 2- reserve tempo 3- ouça efetivamente

  42. O que perguntar para avaliar o risco? • Tem obtido prazer nas coisas que tem realizado? • Sente-se útil na vida que está levando? • Sente que a vida perdeu o sentido? • Tem esperança de que as coisas vão melhorar? • Pensou que seria melhor morrer? • Tem pensamentos de por fim à própria vida?

  43. São idéias passageiras ou persistentes? • Pensou em como se mataria? • Chegou a fazer algum preparativo? • Você tem com quem contar, pedir ajuda? • É capaz de se proteger até a próxima consulta? • Tem esperança de ser ajudado?

  44. TÓPICOS IMPORTANTES Descobrir se a pessoa tem um plano definido para cometer suicídio: • Você fez algum plano para acabar com sua vida? • Você tem uma idéia de como vai fazê-lo? Descobrir se a pessoa tem os meios para se matar: • Você tem pílulas, uma arma, veneno, ou outros meios? • Os meios são facilmente disponíveis para você?

  45. Descobrir se a pessoa fixou uma data: • Você decidiu quando você planeja acabar com sua vida? • Quando você está planejando fazê-lo? Todas estas questões precisam ser perguntadas com cuidado, preocupação e compaixão.

  46. AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM RISCO DE SUICÍDIO BAIXO RISCO • A pessoa teve alguns pensamentos suicidas: “Eu não consigo continuar” “Eu gostaria de estar morto” mas não fez nenhum plano.

  47. Ação Necessária • Oferecerapoio emocional • Trabalhar sobre os sentimentos suicidas • Focalize nos aspectos positivos da pessoa • Se você não conseguir identificar uma condição tratável e/ou a pessoa não demonstra melhora, não consegue refletir sobre sua condição, encaminhe-a para um profissional de saúde mental.

  48. MÉDIO RISCO • A pessoa tem pensamentos e planos, mas não tem planos de cometer suicídio imediatamente.

  49. Ação Necessária • Oferecerapoio emocional. • Trabalhar sobre os sentimentos suicidas. • Focalize nos aspectos positivos da pessoa. • Focalize os sentimentos de ambivalência. • Explore alternativas ao suicídio. • Faça um contrato

More Related