140 likes | 277 Views
Brasil. METODOLOGIA Relatório Consumo Ético no Brasil Relatório Compras Públicas Sustentáveis no Brasil Grupos Focais - 87 participantes Pesquisa Quantitativa - Akatu. Grupo Focal com pequenos agricultores – SC. Consumo Ético. Consumo Ético.
E N D
METODOLOGIA Relatório Consumo Ético no BrasilRelatório Compras Públicas Sustentáveis no Brasil Grupos Focais - 87 participantesPesquisa Quantitativa - Akatu Grupo Focal com pequenos agricultores – SC
Consumo Ético • A maioria dos entrevistados conhecem as expressões sem saberem explicar o que significam. • Consumo ético é expressão difundida e sim consumo consciente. • Os melhor informados sobre o significado das expressões são grupos de pequenos agricultores e militantes. • Mais frequentes associações de idéias ao consumo consciente: • consumir menos; • economizar água, energia e dinheiro; • ser honesto e correto nas atitudes; • zelar pela saúde e pela qualidade de vida; • escolher produtos sem agrotóxicos; • fazer reciclagem.
Aparente paradoxo 1 • As classes de renda mais alta dominam o discurso sobre o cuidado com o meio ambiente, mas o discurso não corresponde a suas práticas cotidianas de estilo de vida. • As classes de renda mais baixa não dominam tal discurso mas suas práticas cotidianas são mais afinadas com um estilo de vida sustentável, mas não por uma escolha de “consumo consciente” e sim pela imposição das circunstâncias e da necessidade: • consomem menos por não disporem de renda para consumir mais, • compram mais produtos orgânicos de produção caseira não como uma livre escolha, mas como imposição das circunstâncias e necessidades, • dentro dos limites de suas possibilidades de escolha (com o preço mais baixo como determinante principal) buscam consumir produtos com maior durabilidade e sem grande apego a marcas. • Discurso e práticas somente aparecem “colados” no caso dos grupos militantes (independentemente do nível de renda) e dos pequenos produtores da agricultura familiar.
Aparente paradoxo 2 • Para a maioria dos entrevistados o “consumo consciente” não é padrão norteador do estilo de vida das pessoas comuns, tampouco acreditam (em clara oposição aos grupos de militantes e pequenos agricultores familiares) que tal estilo de vida seja possível para a sociedade como um todo. • No entanto acham que está é uma opção de vida virtuosa da parte dos grupos que a praticam: • “Achoque é difícilvocêpesarissonahora, talvezvocênãopensenissonahora, depoisvocêpodeatépensar, vocêsabeque é prejudicial aomeioambiente, masquandovocêestácomprandonãovaipensar”. • “Então, euachoqueeu, eventualmente, possofazerissolembrando do quefoiassociadoaquelamarca, masnãoqueeuváescolhertodas as minhascomprasbaseadanisso. Issoaconteceeventualmente”.
Eventos de ampla divulgação na mídia encontram forte ressonância em meio aos posicionamentos dos entrevistados, tais como: • o “caso Zarah” (denúncia e punição pelo exploração indigna de trabalhadores clandestinos) e • a prescrição do uso de sacolas plásticas nos supermercados. • “Euconsidero, porexemplo, farmácia, bolsinhanão me dãomais, euboto no bolso. Quemuitasvezesvocêvai no supermercado e se é muitopesadobotamduassacolas, nãobotasóuma. Nãoprecisasacola, é maislixo”. • “O negócio do plásticopramimtambém é importante. Euevito, assim, usar de carregar, sacolinhasplásticas. No meucarrosempre tem trêsouquatro, praquelasfeiras de agricultura familiar”. • “É, eutenho as sacolinhasseparadas. Me pergunta se eulevo? “
Critérios de decisão • Os critérios decisivos para as compras da maioria dos entrevistados são preço e qualidade (mesmo as classes de nível de renda mais alto indicam o preço como fundamental). • O nível de conhecimento dos entrevistados sobre informações sócio-ambientais relativas aos produtos e serviços que adquirem é reconhecidamente precário. • Há forte desconfiança com relação às certificações de produtos e serviços: • “Às vezes você tem critérios de certificação que não permitem que o pequeno produtor ... por uma série de razões … não obtêm a certificação e isso não quer dizer que ele não atenda aos outros critérios“ • “Acho que tem que pesquisar mais a fundo, certificação eu não acredito”. • “ A certificação como uma forma de expropriação também...” • “Se você pagar, eu certifico”.
Aparente paradoxo 3 • A maioria dos entrevistados valoriza a importância da pequena empresa. como fornecedora, ao mesmo tempo em que receiam que ela possa ter desempenho precário: • “Mas tem serviços que pequenas empresas não estariam aptas para atender”. • “A única coisa que eu penso é o seguinte: uma empresa pequena vai suportar a demanda?” • “Eu iria na família, eu acharia mais confiável a família. Eu sei que poderia muito bem me enganar, a família podia não ter um controle de qualidade... Mas a princípio...”
O maior desafio A maioria dos entrevistados não acredita que pessoas comuns possam influenciar as compras públicas. As principais razões apontadas para isso são corrupção e tráfico de influências, resultando em processos decisórios opacos: “Se eu tô comprando uma coisa que é pública e eu sou o gestor público, eu tenho que dar publicidade ao quanto eu paguei naquela coisa.” “Favorecimento talvez sim, além de propina. Vamos supor que a prefeitura compre alguma coisa pra terceira idade, a terceira idade poderia decidir se quer comprar ou não”. “O cara compra aquilo que ele acha que tem que comprar, sem saber o interesse do coletivo. E por outro lado o povo também não se organiza”. “Não, porque já tem muita coisa tentando influenciar, tem protesto... Não muda. O prefeito não vai deixar de comprar porque um grupo fez um tal protesto e falou que aquilo destrói o meio ambiente. Eles vão comprar o que estiver bom na visão deles, o que der mais lucro pra eles, no caso...”
Dados da Secretaria de Comunicação da Presidência da República do Brasil indicam tendência de aumento nas compras públicas sustentáveis Nos 9 primeiros meses de 2012 as CPS crescem 194% em comparação a 2011; • R$ 25,8 milhões em bens e serviços com critérios sustentáveis; • computadores – 39% / papel 16,4% / ar condicionado 15,7% • 99% por pregão eletrônico; • micro e pequenas empresas continuam a aumentar sua participação nas compras sustentáveis, chegando a 55% do valor investido em 2012. • (SECOM, 2012) • http://www.comprasnet.gov.br/ajuda/03_-_Compras_Sustentaveis.pdf
Tal tendência tem apoioeminiciativaspolítico-institucionais, taiscomo: • Secretaria Nacional de Economia Solidária (2003) • Política Nacional de Mudança do Clima (2008) • Lei 11.947 (2009) - princípio de refeições saudáveis no sistema de merenda • Instrução Normativa 01 (2010) - recomendações internacionais da Comissão Européia para aspectos ambientais: eficiência energética, consumo de água reduzido, utilização de energias renováveis, gestão de resíduos, biodegradabilidade e rastreabilidade; • Política Nacional de Resíduos Sólidos (2010) • Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis – PPCS (2011).
Para relatórios completos e outras informações:http://sustainablechoices.info Thank You, Gracias, Obrigada!