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Capítulo V – O Escravo Negro na Vida Sexual e de Família do Brasileiro

Capítulo V – O Escravo Negro na Vida Sexual e de Família do Brasileiro. Casa Grande e Senzala - Gilberto Freyre. Construção do menino-homem-brasileiro De sua “primeira-infância” à “idade adulta”.

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Capítulo V – O Escravo Negro na Vida Sexual e de Família do Brasileiro

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Presentation Transcript


  1. Capítulo V – O Escravo Negro na Vida Sexual e de Família do Brasileiro Casa Grande e Senzala - Gilberto Freyre

  2. Construção do menino-homem-brasileiro De sua “primeira-infância” à “idade adulta” • Criação conjunta com o menino-negro (moleque), construção da imagem do menino-diabo, criação informal e livre até os 10 anos de idade. “Em casa, até os cinco anos, notou que os meninos de família andavam nus do mesmo modo que os moleques; mais tarde é que vinham as roupas pesadas e solenes distinguir os filhos-família dos molecotes da senzala. Roupas de homem.“

  3. Construção do menino-homem-brasileiro De sua “primeira-infância” à “idade adulta” • Após a passagem de sua primeira infância eram instigados a transformarem-se precocemente em homens. Deixando o modo de vida livre para a inserção nas instituições e costume tradicionais de seu tempo (e seus dogmas): Escola, família e religião.

  4. Sexualidade (Sífilis) • Para inserir-se nessa nova lógica do “mundo adulto” o garoto deveria adquirir essa ferida de guerra, comum aos homens brancos brasileiros da época. • Sinal de virilidade e de inserção na vida sexual, como um “menino-adulto” deveria ser a partir dos 10 anos de idade.

  5. Escola • Inserção em um modo de aprendizado formal, baseado em modelos franceses e britânicos da época; • Modo de ensino rígido e inflexível, principalmente nos colégios e em relação às punições (herança do sadismo); • Escolas de engenho e colégios (grandes centros); • Mestres negros e brancos; • Higiene e sexualidade; • Roupas; • Abertura do ensino para pardos;

  6. Sacerdócio • Padres e frades brasileiros tinham características que os diferenciavam dos sacerdotes cristãos europeus. Diferente modo de encarar o celibato em função de ordens mais flexíveis quanto as leis portuguesas e leis divinas. • Alguns chegavam a ostentar amantes, enquanto viviam a vida de casado com as "comadres", mostrando o enfraquecimento da instituição casamento no Brasil, permitindo a relação de concubinas. • Eugenia positiva, mistura do homem culto do clero com a mulher negra e forte: Contribuição para o aumento da população, reproduzindo-se em filhos e netos de qualidades superiores.

  7. O Homem Branco • Homem tirano e viril, que passava a maior parte do tempo em suas redes, sendo carregado por escravos e deitava-se com as mulheres negras. • Sedentarizaçãodos homens brancos: “cada branco da casa grande ficou com as duas mãos esquerdas, cada negro com duas mãos direitas”.

  8. O Homem Branco • Em contraposição a essa visão sedentária, o brasileiro foi ao mesmo tempo quem expulsou os Holandeses e Franceses, que resistiu as tropas em suas fronteiras, enfrentou bravos guerreiros indígenas e mesmo assim conseguiu construir um país em terras hostis. • Família patriarcal, o homem que denotava as atividades da mulher, capaz de matá-la caso a mesma não cumpra com as suas expectativas.

  9. Mulher Branca x Negra • Assim como a sífilis, que representava o homem, as mulheres também possuíam as suas marcas distintivas, que eram por sua vez a sua castidade, vergonha, recolhimento, pejo (pudor), encolhimento, sisudez e modéstia. Herança de uma sociedade patriarcal, embasada nos conceitos cristãos. • Relação entre a esfera pessoal e pública dentro da casa. Ou seja, as ações da mulher branca eram “vigiadas” tanto pelos “frades” (onipresença de Deus), quanto pelas negras e pelas sogras. “os olhos dos negros mais vigilantes elas podiam arrancar sob um pretesto qualquer. Mas os dos frades e das sogras eram mais difícil eliminação” • Podiam lhes ser dados castigos caso os pressupostos morais não fossem obedecidos. Sendo eles desde um beliscão, por uma simples piscadela, até a morte por uma suspeita de adultério.

  10. Alimentação • Criação da culinária Brasileira, que é diretamente relacionada a Africana. Riqueza dos doces embasados em açúcar, mel, coco, entre outros produtos que se fundiam com as tradições culinárias africanas. • A principal mercadoria da época – a qual dava fundação ao regime escravocrata – o açúcar era o que gerava riqueza e ao mesmo tempo vícios ao homem branco, pois o deixava “molenga”. • Criação da negra quituteira e de formas comerciais de venda destes produtos.

  11. Alimentação • Antagonismo entre a culinária nacional e a culinária Francesa que denotava ares de “bom-tom” na casa. • Ao mesmo tempo em que o Branco tem acesso a comida com mais requinte, a mesma não possuía maior teor nutricional, pois deixava de lado o consumo de verduras. • Críticas a produção e ao consumo da comida produzida na Casa Grande: causa de doenças como indigestões, diarreias, disenterias, hemorroidas e todas as moléstias das vias digestivas; aplicou-se as palavras de Rasforil: “indigestão dos ricos vinga a fome dos pobres”.

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