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GESTÃO DE MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS. Prof. Thiago Costa. A HISTÓRIA DA LOGISTICA. O desenvolvimento da logística está intimamente ligada ao progresso das atividades militares e das necessidades resultantes das guerras.
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GESTÃO DE MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS Prof. Thiago Costa
A HISTÓRIA DA LOGISTICA O desenvolvimento da logística está intimamente ligada ao progresso das atividades militares e das necessidades resultantes das guerras. Uma das grandes lendas na Logística, que inspirou outros grandes líderes como Júlio César e Napoleão e que até hoje inspira as grandes empresas, foi Alexandre o Grande, da Macedônia. Ele foi capaz de superar os exércitos inimigos e expandir seu reinado graças a fatores como:
Inclusão da logística em seu planejamento estratégico; • Detalhado conhecimento dos exércitos inimigos, dos terrenos de batalha e dos períodos de fortes intempéries; • Inovadora incorporação de novas tecnologias de armamentos; • Desenvolvimento de alianças; • Manutenção de um simples ponto de controle. Era ela quem centralizava todas as decisões; era o ponto central de controle, gerenciando o sistema logístico e incorporando-o ao plano estratégico
Alexandre foi o primeiro a empregar uma equipe especialmente treinada de engenheiros e contramestres, além da cavalaria e infantaria. Esses primitivos engenheiros desempenharam um papel importante, pois tinham a missão de estudar como reduzir a resistência das cidades que seriam atacadas. Os contramestres, por sua vez, operacionalizavam o melhor sistema logístico existente naquela época.
O termo “LOGISTIQUE”, depois traduzido para o inglês “LOGISTICS” foi desenvolvido pelo principal teórico militar da primeira metade do século XIX, o Barão Antoine Henri Jomini. Baseado em suas experiências vividas em campanhas de guerra ao lado de Napoleão, Jomini escreveu o “Sumário da Arte da Guerra” em 1836. Ele dividiu a arte da guerra em 5: Estratégia logística Grandes táticas Engenharia e Táticas menores Definindo logística como “a arte de movimentar exércitos.
No Brasil, a história da Logística é ainda muito recente, e podemos destacar os seguintes fatos: • Iniciativas no setor automobilístico, principalmente nos setores de movimentação e armazenagem de peças e componentes em função da complexidade de um automóvel que envolvia mais de 20.000 diferentes SKUs; Unidade de Manutenção de Estoque • Fora do segmento automobilístico, o setor de energia elétrica definia normas para embalagem, armazenagem e transporte de materiais; • Em 1977 é criada a ABAM - Associação Brasileira de Administração de Materiais e a ABMM - Associação Brasileira de Movimentação de Materiais, que não se relacionavam e nada tinham de sinérgico.
Em 1979 é criado o IMAM - Instituto de Movimentação e Armazenagem de Materiais. • Em 1980 surge o primeiro grupo de Estudos de Logística, criando as primeiras definições e diretrizes para diferenciar Transportes de Distribuição, de Logística; • Em 1982 é trazido do Japão o primeiro sistema moderno de logística integrada, o JIT - Just in Time e o KANBAN, desenvolvidos pela Toyota; • Em 1984 a ABRAS - Associação Brasileira de Supermercados cria um departamento de logística para discutir e analisar as relações entre Fornecedores e Supermercados; • Em 1984 é criado o primeiro Grupo de Benchmarking em Logística; É um processo sistemático e contínuo de avaliação dos produtos, serviços e processos de trabalho das organizações
É criado o Pallete Padrão Brasileiro, conhecido como PBR e o projeto do Veículo Urbano de Carga; • Em 1988 é criada a ASLOG - Associação Brasileira de Logística; • Instalação do primeiro Operador Logístico no Brasil (Brasildock’s). • Na década de 90 houve a evolução da microinformática e da Tecnologia de Informação, com o desenvolvimento de software para o gerenciamento de armazéns como o WMS - Warehouse Management System, códigos de barras e sistemas para Roteirização de Entregas;
Privatização de rodovias, portos, telecomunicações, ferrovias e terminais de contêineres; • Investimentos em monitoramento de cargas; • Ascensão do e-commerce; Comércio eletrônico
Definição de Logística “É o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos Clientes”.
A logística vem influenciando não somente os projetos de concepção de produtos e de seleção de mercados-alvo como, também, vem criando novas relações de parceria, de alianças estratégicas, de seleção de fornecedores e de muitos outros processos vitais à dinâmica do negócio e, sobretudo, à sua eficiência e capacidade de rápida resposta. Pressupõe-se que os processos logísticos devem corresponder às necessidades de movimentar informações, produtos e matérias de forma mais rápida, confiável e segura, contornando-se problemas de distâncias, de circulação etc.
Assim, a logística está posicionada para se tornar, junto com um sistema de informações bem estruturado (inclusive utilizando-se tecnologias de intercâmbio eletrônico de dados - EDI), a nova inteligência da empresa, permitindo coordenar e integrar todos os processos ao longo da cadeia produtiva, ampliando em muito as atividades e fronteiras de uma organização. Soma-se a isto as oportunidades geradas por sua utilização para criar valor para cliente, diferenciação etc.
Porém, essa nova inteligência exige, também, o desenvolvimento de novas habilidades, sobretudo visando promover a coordenação e integração das funções de comercialização distribuição e manufatura em um único sistema estratégico e que permita focalizar o cliente e dedicar especial atenção ao gerenciamento dos processos.
De posse dos indicadores (financeiros, de capital, produtividade, prazos, giros, níveis de serviços etc), pode-se tanto monitorar (para agir corretivamente) quanto comparar o desempenho de suas atividades com os melhores do mercado, processo conhecido como benchmarking. Da mesma forma, atividades como movimentação, estocagem, espera, transferência e manuseio - entre inúmeras outras que apenas agregam custos - precisam ser eliminadas, o que deve ser buscado em nível global do negócio e não de maneira isolada.
Como se vê, além de favorecer a competitividade, o que já mostra seu grande valor por ser esta uma necessidade bastante real, a logística também permite uma mais justa e correta alocação de recursos ao evitar desperdícios e irracionalidades, algo que não tem mais espaço na sociedade atual, que já começa a preocupar-se com estas questões.
Racionalização de armazenamento No contexto de competitividade global em que vivemos nos dias de hoje, a racionalização e otimização de todas as atividades que não agregam valor aos produtos é cada vez mais intensa nas empresas.
Dentre estas atividades, encontramos várias, tais como: movimentação, estocagem, espera, transferência e manuseio, entre inúmeras outras que apenas agregam custo ao produto e nenhum valor do ponto de vista do cliente. Logo, estas atividades se transformaram em verdadeiros focos de racionalização nas empresas, onde eliminá-las significa minimizar os custos e, consequentemente, aumentar a produtividade, tornando a empresa mais competitiva.
O que encontramos, entretanto, são muitas empresas que atacam as perdas/ custos de maneira isolada, onde os ganhos de produtividade aparecem somente em áreas ou setores isolados, independente dos ganhos globais.
Em muitas empresas, a área de almoxarifado entende que deve apenas disponibilizar os materiais em locais de fácil acesso, para que a produção separe-os conforme a necessidade, e em outras a Produção entende que os materiais devem estar disponíveis no Posto de Trabalho e prontos para a utilização. Quem tem razão?
Por princípio, como a atividade de movimentação de materiais não agrega valor ao produto, ela deve ser a mais racional possível. Porém, isto não quer dizer que o Almoxarifado deve abrir mão do abastecimento da produção, pelo contrário, cada vez mais podemos notar que as atividades de movimentação e armazenagem dentro das empresas estão se tornando prestadoras de serviços, movimentando os materiais "de e para" algum lugar. Ou seja, o Almoxarifado deve assumir uma postura de prestador de serviços para justificar a sua existência, já que o mesmo não agrega valor ao produto.
A racionalização dos custos deste serviço deve ser um eterno desafio e neste ponto o Almoxarifado dependerá muito não só da Produção, seu cliente, mas também de seus fornecedores, pois as boas soluções são encontradas em conjunto, analisando toda a Cadeia de Suprimentos de forma integrada. Dentre as possíveis soluções/ oportunidades que podemos observar visando a racionalização destas atividades, incluem-se:
Utilização de tempos ociosos planejados do pessoal da produção, visando o abastecimento da produção; • Desenvolver sistemas de comunicação (visual, eletrônica,) alertando sobre as necessidades da produção; • Desenvolver, em conjunto com os fornecedores e clientes do Almoxarifado, embalagens padrões que propiciem um fluxo de materiais racional; • Utilizar tempos ociosos, planejados ou não, do pessoal do Almoxarifado, preparando e planejando as atividades/ serviços futuros; • Utilizar diferentes sistemas de movimentação e abastecimento para itens com diferentes características de fluxo; • Prover um adequado Sistema de Identificação e Endereçamento desde o recebimento de materiais até o posto de trabalho;
Padronizar os procedimentos operacionais de abastecimento de linha; • Manter a acuracidade dos saldos de estoques acima de 98% e investigar sistematicamente as causas de eventuais divergências; • Acompanhar sistematicamente o Nível de Serviço, ajustando os parâmetros de materiais; • Acompanhar os itens de baixíssimo giro de estoque, visando adequações dos procedimentos operacionais, entre outros.