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Portfolio. Disciplina: Educação Sexual Docente: Profª.Isabel Chagas Tutor: Gonçalo Pereira Discente: Kátia Marina G. M. Marques. A Sexualidade na Adolescência. Introdução. As DTS e sua Prevenção. Conceito de Sexualidade e de Sexo. Educação Sexual. A Educação Sexual e a Escola.
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Portfolio Disciplina: Educação Sexual Docente: Profª.Isabel Chagas Tutor: Gonçalo Pereira Discente: Kátia Marina G. M. Marques
A Sexualidade na Adolescência Introdução As DTS e sua Prevenção Conceito de Sexualidade e de Sexo Educação Sexual A Educação Sexual e a Escola Diferentes Abordagens Sexualidade, História e Cultura
Introdução No âmbito da disciplina de Educação sexual, apresento o seguinte Portfólio constituído por resumos das actividades desenvolvidas ao longo do semestre, algumas citações, reflexões e comentários sobre as diferentes perspectivas da educação sexual na escola. Ao longo da disciplina, eram fornecidos aos mestrandos, problemas relacionados com a temática da disciplina. Os respectivos problemas foram discutidos em grupo. Cada grupo tinha o seu tutor. Os recursos utilizados foram a plataforma da disciplina e o Chat (no Messenger). Os três problemas tratados foram os seguintes: • Problema1: Será a minha escola promotora de saúde? • Problema 2: Ao longo da história, como evoluiu o conceito de sexualidade nas diferentes culturas? • Problema 3: De que forma se deve implementar a educação sexual em contexto escolar?
A Educação sexual • A educação sexual não deve ser baseada apenas no uso de preservativo ou método anticoncepcional, mas no resgate do indivíduo enquanto sujeito de suas acções o que favorece o desenvolvimento da cidadania e o compromisso consigo mesmo e com o outro. Essa proposição não invalida o facto de ter sempre presente a anticoncepção como parte relevante. Os métodos anticoncepcionais deverão ser desmistificados, com o reconhecimento do baixo risco das pílulas, da ineficácia do coito interrompido e da eficiência dos preservativos, também usados para proteger a vida. • É importante uma reflexão sobre as particularidades dos indivíduos e sobre os factores de risco. O primeiro passo pode ser reconhecer a criança como ser sexuado e o adolescente desvinculado dos estereótipos que o ligam à liberação dos costumes, ao erotismo excessivo e à promiscuidade; é igualmente importante não encarar a sexualidade como sinónimo de sexo ou actividade sexual, mas, sim, como parte inerente do processo de desenvolvimento da personalidade. A educação sexual deve ser: uma educação mais para formação da auto consciência e dos próprios valores; uma educação para a troca; para a liberdade; para o amor e uma educação para a vida passada, presente e futura.“ • A sexualidade tem sofrido transformações que afectam a vida pessoal dos indivíduos exigindo mudanças em seu comportamento e pontos de vista. Uma das transformações relaciona-se com o surgimento da autonomia sexual feminina, a outra associa-se ao surgimento do pluralismo sexual, no qual a homossexualidade feminina e masculina, a masturbação e o sexo oral tem saído do campo de perversões para surgirem como possibilidades. Estas transformações afectam as interacções sociais, entre elas a relação professor - aluno. Assim a sexualidade passa a ser um factor problemático para o educador, num momento em que os alunos desejam saber cada vez mais sobre o assunto (Ribeiro, 2004). http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/html/451/body/07.htm
Educação sexual e a escola • Falar da educação sexual na escola implica falar abordar a questão da saúde e da relação desta com as questões da sexualidade. O conceito de saúde como ausência de doença já foi ultrapassado, sendo entendida como um direito inerente ao exercício da cidadania (Ribeiro, 2004). • Promover saúde na escola significa, por exemplo, atentar para questões relacionadas à gravidez na adolescência; à incidência de doenças sexualmente transmissíveis e AIDS, decorrentes de uma actividade sexual que se inicia cada vez mais cedo e sem a devida protecção; aos hábitos alimentares e à adopção da actividade física; aos acidentes e à violência. Promover saúde na escola, neste sentido, implicará, portanto, o desenvolvimento de acções em consonância com as aspirações sociais e as necessidades emergentes da comunidade onde está inserida. A escola deverá tentar envolver as famílias no diálogo sobre sexualidade, usando espaço da escola, como as reuniões de pais e mestres. Envolver os alunos desde o início, dialogando abertamente, respeitando sempre a sua intimidade e nível de desenvolvimento permite conhecer os seus pré conceitos e suas dúvidas. Este procedimento auxilia a definição de actividades e a adopção de melhores estratégias para as concretizar. • A proposta da educação sexual deve conter liberdade, responsabilidade e compromisso, a informação funcionando como instrumento para que adolescentes de ambos os sexos possam ponderar decisões e fazer escolhas mais adequadas.
Educação sexual e a escola • Falar de sexualidade com os pais, é muitas vezes difícil e embaraçoso para os adolescentes, é por esta razão que, a educação sexual nas escolas e a informação adequada disponível na comunidade, exercem um papel importante. Mas para que a comunicação com o adolescente possa ocorrer, tanto em casa como no meio escolar, deve ser proporcionado um ambiente de compreensão ou empatia, de genuinidade e de aceitação e respeito pelo adolescente e suas dúvidas, sem fazer julgamentos de valor sobre as mesmas. Os pais e os professores também podem ter dificuldades em falar sobre a sexualidade em geral ou sobre algum tema em particular. Para evitar que isto interfira ou dificulte o diálogo, é necessário desenvolver cada vez mais acções de capacitação dos professores e encarregados de educação nesta área. Combinar a educação formal com a não formal constitui uma mais valia para a abordagem da educação sexual na escola. • Os pais são os agentes educativos mais importantes. A segurança emocional e a capacidade de comunicação íntima nas relações estabelecidas com outras pessoas ao longo da vida, dependem em grande medida do modo como foram vividas as primeiras relações afectivas. Os pais são a fonte de influência mais precoce e prevalecente no desenvolvimento do ser sexuado. Os professores têm um papel secundário como agentes da educação sexual, menor do que os pais e bastante menor do que o lugar dos amigos e colegas (Vaz, 1996). • A partir da década de 70, a escola assumiu cada vez mais o seu papel na aprendizagem das questões ligadas à sexualidade. A educação sexual actualmente, pode ser integrada em vários espaços educativos como as disciplinas de ciências da natureza, Biologia, Psicologia, a Saúde… desde que os professores estejam adequadamente formados e motivados; numa vertente interdisciplinar Desenvolvimento Pessoal e social (Vaz,1996). Fonte: www.sexualidadenosjovens.blogspot.com/
Conceito de Sexo e Sexualidade • Actualmente, alguns investigadores preocupam-se em estabelecer uma separação do conceito de sexualidade da noção de reprodução animal associada ao sexo, considerando que a noção de sexo se prende com o nível físico do homem enquanto animal, a sexualidade tenderia a se referir ao plano psicológico do indivíduo. Existem várias maneiras de definir o sexo e a sexualidade, apresenta-se em seguida algumas: O sexo pode ser entendido como constituinte de sexualidade, a necessidade de admiração e o gosto pelo próprio corpo por exemplo, o que não necessariamente signifique uma relação narcísica de amor incondicional ao ego. • O sexo também pode ser definido como um conjunto de caracteres estruturais e funcionais segundo os quais um ser vivo se classifica como macho ou fêmea e desempenha papel específico de uma dessas condições na reprodução da espécie. Por outro lado, o sexo é o ato sexual propriamente dito, sendo um impulso primitivo e a sexualidade é a forma de expressar o ato e a atracção sexual, pois a sexualidade está sempre ligada a circunstâncias emocionais, a cultura de cada pessoa, a educação recebida, do ambiente que habita, da cultura que o cerca e de sua personalidade. • Segundo a Organização Mundial de Saúde: “A Sexualidade é uma energia que nos motiva a procurar amor, contacto, ternura, intimidade; que se integra no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados, é ser-se sensual e ao mesmo tempo sexual; ela influencia sentimentos, acções e interacções e, por isso, a nossa saúde física e mental”. • http://www.essencialsites.com.br/Sx%20Sxldd.htm
As DTS e sua Prevenção • A abordagem das DTS/SIDA na escola vem se constituindo como uma nova postura ética de envolvimento de toda a sociedade com o tema, cuja discussão é indispensável e deve estar presente no quotidiano escolar. A educação sexual pode ser vista como um instrumento preventivo das DTS, SIDA, gravidez precoce, aborto e outros aspectos relacionados. Cabe à comunidade, a família e a escola interagir no processo educativo, desenvolvendo acções para a promoção da saúde. • As escolas são um espaço privilegiado no processo educativo e da promoção da saúde. Infelizmente, ainda há muito trabalho a fazer nas dimensões envolvendo a escola como promotora de saúde. Segundo Ribeiro (2004) 50% das novas infecções pelo HIV ocorrem em indivíduos entre 10 e 24 anos de idade, o que representa 2,6 milhões por ano. Deste modo a escola, os pais e comunidadedevem explicar às crianças e adolescentes as formas de evitar a contaminação pelo vírus da SIDA e por outros agentes infecciosos, causadores de infecções sexualmente transmissíveis. • Os adolescentes devem saber que duas pessoas podem ter relações sexuais em segurança, se nenhum dos parceiros for portador do agente infeccioso; e se se mantiverem fiéis um ao outro. E que devem reduzir os riscos, usando um preservativo. http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2001/se1/se1txt3.htm
Sexualidade em diferentes culturas • Em Moçambique, os Mitos e ritos de iniciação desafiam a educação formal na província do Niassa (região norte de Moçambique). Nesta província,aos nove ou dez anos de idade, os rapazes e as raparigas de uma mesma comunidade são reunidos e isolados em lugar restrito, por um período mínimo de trinta dias, e submetidos a práticas mítico-tradicionais de iniciação sexual. Aos rapazes procede-se ao corte do prepúcio (circuncisão), enquanto às raparigas se força a abertura da cavidade vaginal através da introdução gradual de um ovo cozido, até que o mesmo possa entrar por completo. Quando isto acontece, é motivo de festa, porque a rapariga é considerada apta para iniciar a actividade sexual, e até partir para uma vida conjugal…precoce, o que pode contribuir para o fraco desempenho e afastamento das raparigas da escola. A purificação de viúvas através de relações sexuais não protegidas com cunhadosou outras pessoas seleccionadas na família, para este efeito, é uma prática comum no distrito de Morrumbala, província da Zambézia (região norte do país). Quase todos os habitantes daquele distrito crêem que quando um homem morre, antes do seu enterro a esposa deve ser purificada, mantendo relações sexuais com o irmão do defunto. Estas relações podem contribuir para a propagação do SIDA além de que a viúva pode ficar grávida e aumentar a taxa de crianças contaminadas. • Os Judeus, para a preservação da castidade entre os jovens era tradicional o costume de fazê-los casarem-se com pouca idade para que não caíssem em tentação. A idade usual para o casamento era a de 16 ou 18 anos para o rapaz, e em torno de 12 ou 13 para a moça. Era obrigatório o divórcio de um casal em que a mulher não houvesse concebido nos dez primeiros anos de vida conjugal. Porém também causavam preocupação tão grande quanto a esterilidade os problemas decorrentes da fertilidade descontrolada. A preocupação com os casamentos por amor diminuiu perceptivelmente com a intensificação do sofrimento dos judeus na Idade Média. A dura realidade exigia casamentos práticos, e não sentimentais. A preocupação era a da sobrevivência e preservação física como povo.
Sexualidade, História e Cultura • Além dos factores biológicos, a sexualidade de um indivíduo pode ser afectada pelo ambiente sócio - cultural e religioso em que este se insere. A experiência sexual, como toda experiência humana, é produto de um complexo conjunto de processos sociais, culturais e históricos. A dimensão sócio - cultural da sexualidade reflecte-se na maneira como cada cultura ou sociedade condiciona a expressão sexual dos seus indivíduos e está associada aos valores, ideias, costumes e à moral que a regem, e que em parte determinam as normas que cada um deve respeitar e seguir. • O amor e o casamento, tal como o conhecemos hoje, surgiu com a ordem burguesa, mas só ganhou feição a partir do século XVIII, quando a sexualidade passou a ocupar um lugar importante dentro do casamento. O amor, a escolha e paixão amorosa, não existia no casamento, sendo, em geral, vivido nas relações de adultério. A sexualidade não era vivida como lugar de prazer, sua função específica, era a reprodução. Da antiguidade à idade média, eram os pais que cuidavam do casamento dos filhos. O casamento era um negócio de família. • As mudanças que vêm acontecendo no amor, no casamento e na sexualidade ao longo da modernidade resultaram em transformações na intimidade e na vida pessoal dos indivíduos. Nesse processo, a chamada revolução sexual e a emancipação feminina tiveram um papel fundamental. Nesse processo de transformação da intimidade, dos valores e das mentalidades, a tendência da sociedade é tornar-se cada vez mais flexível para acolher as novas configurações das relações amorosas como por exemplo a homossexualidade. Fonte: http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932002000200009
Sexualidade na adolescência • Ao longo da adolescência ocorrem transformações no indivíduo, a nível do corpo e cognitivas deste modo os pais e encarregados de educação, devem promover o diálogo com os seus filhos, sabendo ouvi-los, respeitando suas ideias e orientá-los. • Na abordagem da sexualidade com os adolescentes, é importante que se considere à realidade deles e que não seja valorizado apenas aquilo que consideramos importante para eles ou o que pensamos que eles gostariam de ouvir. Esse tipo de abordagem sendo fundamentada na perspectiva construtivista, centrada na realidade histórico-cultural do público alvo faz com que os jovens se sintam sujeitos participativos em todo o processo de aprendizagem, possibilitando esclarecimentos satisfatórios das suas dúvidas e receios. • A gravidez na adolescência é um assunto cada vez mais presente na vida diária da escola. Segundo Ribeiro (2004), estima-se que a cada ano, a nível mundial, mais de 14 milhões de adolescentes dão a luz; A gravidez precoce ocorre, na maioria das vezes, em momentos de indefinição, indecisão e, sobretudo, falta de conhecimento sobre a educação sexual, sexualidade e planeamento familiar. Nessas circunstâncias, o espaço escolar torna-se cada vez mais importante, pois é fundamental seu engajamento na discussão desses temas, buscando, em conjunto com a comunidade, especialmente os pais, desenvolver de forma colectiva programas e projectos comprometidos com o bem-estar e a saúde da população escolar (combinar a educação formal com a não formal). Deve-se incentivar e encorajar a família/pais a ultrapassar as dificuldades na abordagem da sexualidade com as crianças, incluindo aspectos afectivos, emocionais e de prazer. http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2001/se1/se1txt3.htm
Educação sexual, diferentes abordagens Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_sexual
Referências • Ribeiro, P. R. M. (Org.) (2004). Sexualidade e educação: Aproximações necessárias (1.ª ed.). São Paulo: Arte & Ciência. • in Ribeiro 2004,pag.181-199) Louro, G. L. (2000). Currículo, Género e Sexualidade (1.ª ed.). Lisboa: Porto Editora.Cota CIE: 2104. CCPES, DEB, DES, IIE (Eds.) (2001). Educação sexual: Guia anotado de recursos (materiais de apoio ao currículo) (1.ª ed.). Lisboa: CCPES, DEB, DES, IIE / Ministério da Educação. Vaz, J. M. (Coord.) (1996 / Reimp. 2005). Educação sexual na escola (1.ª ed.). Lisboa: Universidade Aberta.