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Oséias – Fidelidade no relacionamento com Deus. Texto básico. “ Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra. " (Oséias 6:6 ). Introdução. Oséias é o profeta da graça.
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Texto básico “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra." (Oséias 6:6)
Introdução • Oséias é o profeta da graça. • É o homem de coração quebrantado. • Ele não apenas falou do amor de Deus, mas o demonstrou de forma eloquente ao amar sua esposa infiel. • Estudar esse livro é penetrar nas profundezas do coração de Deus e trazer à tona as verdades mais sublimes do amor incondicional de Deus pelo povo da aliança.
O Autor • O nome Oséias significa Deus salva, ou salvação, e é equivalente a Josué e Jesus. • O nome do profeta já trazia em si um chamado ao arrependimento e uma semente de esperança. • Oséias já foi chamado de “o profeta do amor”, porque seu livro manifesta um profundo amor da parte de Deus por Israel, um amor não correspondido. • Deus é mostrado como um marido traído que procura reatar o casamento com a esposa, que se tornou prostituta. • O ministério de Oséias estendeu-se aproximadamente de 725 a 700 A.C. começando no final do reinado de Jeroboão II. • O ministério teve uma duração de 58 anos.
O Autor • Os seus líderes permitiam que o povo praticasse idolatria (2Cr 27:2; 2 Rs 15:35) e cometessem “prostituição” contra o Senhor (Os1:2; 2:8; 4:12-15). • Eles recusaram-se a reconhecer que Deus lhes tinha proporcionado a riqueza que possuíam (Os 2:8). • Na verdade, eles atribuíam aos ídolos a sua prosperidade (Os 2:5; 10:1). • O povo havia se tornado cobiçoso e avarento, oprimindo os que eram menos capazes de se defender (Os 4:2; 10:13; 12:6-8). • A vida pessoal e o ministério profético de Oséias estavam ligados intimamente com a sua missão. • O Senhor usou a vida matrimonial de Oséias como exemplo para ensinar o Reino do Norte. • Os filhos, cujos nomes nos parecem muito estranhos, são mensagens do juízo de Deus à nação. • De fato, a tragédia doméstica de Oséias o preparou para entender e interpretar o amor imutável do Senhor.
CaracterísticasEstruturais • Podemos resumir a história de Israel, contida no livro de Oséias, por meio dos nomes dos três filhos do profeta:
CaracterísticasEstruturais • Estrutura dos capítulos do livro:
Mensagem Principal • A principal mensagem é o amor incondicional de Deus, sendo esta a mensagem que mais se aproxima à paixão de Cristo. • Oséias estava lembrando o povo de Israel que Deus os amava intensamente e que a fidelidade do seu amor é constante. • O amor de Deus é retratado no papel do marido sofredor da esposa infiel. Israel foi avisado que deveria abandonar seus deuses, os ídolos. • A mensagem foi direcionada principalmente para aqueles que ignoraram o amor verdadeiro, representado na atitude de Gômer para com Oséias. • O propósito da mensagem era de conversão, mudança de atitude para com Deus.
A imagemdainfidelidade de Israel • Oséias recebe uma ordem difícil do Senhor: “Vá, tome uma mulher adúltera” (1:2, NVI). • Então ele vai e toma por esposa a Gômer. • Esse casamento é certamente um símbolo do adultério espiritual de Israel. • Mediante o seu relacionamento cruelmente profanado com Gômer, Oséias pôde compreender o verdadeiro significado do pecado de Israel: adultério espiritual e até prostituição. • Depois, o Senhor ordenou que o profeta procurasse a esposa desobediente, e ele a encontrou à venda em um mercado de escravos (3:1-2). • Ele teve de comprar a própria esposa, trazê-la para casa e assegurar-lhe seu perdão e amor. • Ele tem todos os motivos para acreditar que Gômer se arrependeu de seus pecados e tornar-se uma esposa fiel. • Tudo isso retrata a infidelidade de Israel com o Senhor. • A nação estava casada com o Senhor (Êx34:14-16; Dt 32:16; Is 62:5; Jr 3:14) e deveria manter--se fiel a ele. • Todavia, Israel cometeu “adultério espiritual” ao abandonar o Deus verdadeiro e adorar os ídolos dos inimigos.
A imagemdainfidelidade de Israel • Israel, como Gômer, seria escravizada (cativeiro) por causa de seus pecados. • Mas esse não é o fim da história. • Da mesma forma que Oséias procurou sua esposa e a trouxe para casa, o Senhor procuraria seu povo, o libertaria e o restauraria em sua bênção e amor. • “adultério espiritual” pode ser um pecado dos cristãos do Novo Testamento como foi dos judeus do Antigo (cf. 1Jo 2:15-17; Ap 2:1-7; Tg 4:1-10). • Os cristãos que amam o mundo e vivem para pecar são falsos com seu Salvador e partem o coração dele. • Assim como Oséias não deveria desistir da sua mulher, mesmo diante da sua ostensiva infidelidade, Deus não desiste do seu povo. • Mesmo quando esse povo se torna infiel, Deus permanece fiel. • O seu amor é incompreensível e imerecido. • Ele não nos ama por causa das nossas virtudes, mas apesar dos nossos pecados; ele não nos busca por causa dos nossos méritos, mas apesar dos nossos deméritos. • O amor de Deus nos oportuniza uma segunda chance. • Ele é o Deus da segunda oportunidade. • Foi esse amor devotado do Pai celestial que tornou possível nossa reconciliação com ele.
A proclamação dos pecados de Israel • Sem dúvida, todos os vizinhos falaram sobre os pecados de Gômer e apontaram um dedo acusador para ela. • Não obstante, agora Oséias aponta o dedo para eles e expõe os pecados deles. • A condição espiritual do povo:
A proclamação dos pecados de Israel • O povo de Israel estava com suas relações verticais e horizontais interrompidas. • Não há sociedade humana que possa prevalecer onde estão ausentes a verdade, o amor e o conhecimento de Deus. • Esses são os fundamentos da piedade e da moralidade. • Esses são os alicerces da família, da igreja e da sociedade. • O profeta faz um diagnóstico da nação de Israel, dissecando suas entranhas e trazendo à tona seus horrendos pecados. • Esse diagnóstico não é diferente daquele que descreve a nossa realidade em pleno século 21.
A proclamação do julgamento • A rebeldia sempre é punida (Pv 14:14), e Israel era isso – rebelde (4:16; cf. Jr 3:6,11). • Oséias via a chegada dos assírios para punir a nação e escravizá-la. • Por que Deus permitiu que Israel fosse julgado pela perversa Assíria? Porque ele amava seu povo. • O amor sempre disciplina para melhorar o filho (Hb 12:1-13; Pv 3:11-12) • Devemos ser agradecidos pela disciplina amorosa de Deus (Sl 119:71). • O propósito de Deus na disciplina do seu povo não era a sua destruição, mas a sua restauração. • O que Deus esperava era uma genuína conversão, manifestada pelo arrependimento (“até que se reconheçam • culpados”) e pela fé (“e busquem a minha face”). • Essa volta para Deus era apenas uma barganha.
A proclamação do julgamento • Eles se voltariam para Deus, e Deus se voltaria para eles para abençoá-los com chuvas e fartas colheitas. • A religião natural era tudo o que eles desejavam. • Eles queriam uma boa colheita. Não Deus, propriamente. • A igreja evangélica brasileira está eivada dessa mesma tendência. • As pessoas lotam os templos não porque têm sede de Deus, mas porque têm fome do pão que perece. • Elas não querem Deus, querem apenas as benesses de Deus. • Por sua vez, muitos pregadores não estão interessados na salvação dos perdidos, mas apenas no lucro.
A proclamaçãodarestauração de Israel • Da mesma forma que Oséias tirou a esposa da escravidão e a restabeleceu em sua casa e em seu coração, também a nação seria restaurada à sua terra e ao seu Senhor. • Esses capítulos finais exaltam o amor fiel de Deus em contraste com a infidelidade de seu povo. • Desde o início do relacionamento de Deus e Israel, o povo estava “inclinado a desviar-se” (11:7). • Deus atraiu-o com laços de amor (11:4); no entanto, o povo tentou quebra-los e seguir seu próprio caminho. • Pecado não é apenas quebrar a lei do Senhor; é partir o coração dele. • O profeta fecha as cortinas do seu ministério com uma palavra de esperança e com uma promessa de restauração. • O cativeiro assírio não coloca um ponto final no plano soberano de Deus. • As tragédias humanas não frustram os planos daquele que governa a história e dirige o universo.
Aplicaçãoparaatualidade • Quando se fala de fidelidade, está se falando de cumprir e honrar os compromissos assumidos na aliança, tendo como princípio a moral, a obrigação; já a lealdade inclui os valores baseados no vínculo afetivo, ou seja, quem é fiel não trai devido à moral; já o leal não trai devido o vínculo de amor e se revela num envolvimento bem maior do que o previamente estabelecido. • Deus revela assim a sua grande lealdade e misericórdia, pois mesmo Israel sendo infiel, Deus, contudo, estendeu a sua lealdade providenciando o Cordeiro que tira o pecado do mundo. • A presença do Senhor é real. • Ele sempre esteve presente e desejou que os homens tivessem um relacionamento pessoal com ele, mas desde o princípio até os dias atuais, Deus tem sido esquecido por muitos e substituído por outros deuses, ou pior, Deus só é lembrado nos momentos difíceis da vida. • Esta atitude de infidelidade e idolatria (tudo o que ocupa o lugar de Deus) entristeceu e tem entristecido a Deus. • Mas o profeta Oséias trouxe a memória de quem é Deus e que a promessa de restauração do altar ao único Deus vivo seria novamente estabelecida entre as famílias da Terra.
Conclusão • Quando Deus estabelece um relacionamento, ele exige absoluta lealdade. • Deus julga Israel com secas, invasões e exílio. • Apesar do rigor desse ato ter dado a impressão de que Israel seria abandonado para sempre, o Senhor pretendia restaurar seu povo. • Quando os israelitas se arrependessem de seus pecados, Deus os faria retomar à sua terra e restauraria suas ricas bênçãos. • O livro de Oséias fornece uma clara e equilibrada ideia de Deus. • O Senhor ama seu povo e com ele deseja ter um relacionamento profundo e amoroso. • Ele é ciumento de afeição e não tolera concorrentes. • Quando seu povo peca, ele o disciplina na medida certa. • A disciplina do Senhor pode parecer dura, mas a resposta divina ao pecado de Israel é, na verdade, uma prova de seu amor e comprometimento. • Deus não admite que coisa alguma arruíne o relacionamento que ele estabeleceu conosco, e fará tudo para preservá-lo.