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Corpus de Idade-de-Aquisiç ão para o Português Europeu Selene G. Vicente, Manuela L. Cameir ão, & Laura P. Meireles Faculdade de Psicologia e de Ciências de Educação, Universidade do Porto. INTRODUÇÃO. Procedimento.
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Corpus de Idade-de-Aquisição para o Português Europeu Selene G. Vicente, Manuela L. Cameirão, & Laura P. Meireles Faculdade de Psicologia e de Ciências de Educação, Universidade do Porto INTRODUÇÃO Procedimento A Idade-de-Aquisição (AOA; Age of Acquisition) diz respeito à idade em que as palavras dão entrada no léxico, sendo geralmente operacionalizada a partir de estimativas subjectivas que os adultos fazem sobre a idade em que aprenderam as palavras. Dada a inexistência de bases lexicais informatizadas que sistematizem este tipo de informação para um grande número de palavras do Português Europeu (PE), o objectivo do presente trabalho é a construção de um corpus de AOA para um conjunto de 3000 palavras. Serão recolhidas estimativas de AOA junto de estudantes universitários (N = 1200) para as 3000 palavras de conteúdo pertencentes a várias classes gramaticais: Nomes (n = 1714), adjectivos (n = 620), verbos (n = 613), e advérbios (n = 53). Este projecto encontra-se em desenvolvimento, sendo apresentados neste poster os resultados recolhidos até ao momento. A base lexical resultante será muito útil para investigadores interessados na manipulação ou controlo da AOA em estudos de reconhecimento de palavras, memória, e estudos neuropsicológicos sobre dissociações gramaticais específicas após lesão cerebral. Maioritariamente, a recolha de dados decorreu em contexto de sala de aula. Após uma breve explicação sobre o objectivo do estudo, foi pedido a cada participante que indicasse na escala de AOA a idade em que possivelmente teria aprendido cada umas das 125 palavras listadas no questionário. Enfatizou-se a ideia de que, quando não se sabe muito bem a idade em que se aprendeu pela primeira vez uma dada palavra, se deveria tentar fazer uma estimativa. Até ao momento foram administrados 8 questionários dos 24 previstos. Cada questionário foi respondido por um número de participantes que varia entre 24 e 48 (o número a atingir no final do estudo é de 50). Figura 1. Distribuição das palavras por classe gramatical em função da AOA. MÉTODO: Participantes • O objectivo é o de recolher estimativas subjectivas de AOA junto de um total de 1200 participantes, todos jovens estudantes de licenciatura e com o Português Europeu como língua materna. • Até ao momento foram testados 323 participantes com uma idade média de 20.43 anos (DP = 2.4; variação = 17 - 30), dos quais 49 são do sexo masculino. Todos frequentam o ensino universitário nas licenciaturas de Psicologia, Direito, Enfermagem e Engenharia. Material • As 3000 palavras foram seleccionadas a partir do corpus lexical Porlex (Gomes, & Castro, 2001), tendo como referência o subgrupo das palavras de conteúdo (N = 26.630): Nomes, verbos, adjectivos e advérbios. O número de palavras por classe gramatical obedeceu à proporção dessas mesmas classes no Porlex. Em cada classe gramatical foram seleccionadas palavras com uma extensão silábica até 5 sílabas, e frequentes na língua (CORLEX; Nascimento et al., 2003). • As 3000 palavras foram agrupadas em 24 questionários de AOA com 125 palavras cada. Em cada questionário encontram-se presentes palavras pertencentes às 4 classes gramaticais. A escala de AOA é a escala de 9 pontos usada inicialmente por Carroll e White em 1973, e por muitos outros investigadores em estudos posteriores. A cada ponto da escala corresponde uma determinada idade em anos: 1 = 0-2 anos, 2 = 3 anos, 4 = 5 anos, 5 = 6 anos, 6 = 7,8 anos, 7 = 9,10 anos, 8 = 11,12 anos, e 9 = > 13 anos. RESULTADOS Para cada uma das 1000 palavras testadas até ao momento, calculou-se a média e o desvio-padrão das estimativas individuais de AOA separadamente por classe gramatical. Na Figura 1, podemos apreciar a distribuição das palavras por classe gramatical em função da AOA. G