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BALANÇO ENERGÉTICO E PAPEL DA AGRICULTURA NA PRODUÇÃO DE ENERGIA. XXXVII SEMANA ACADÊMICA DA AGRONOMIA 10 a 14 de julho de 2006 FAEM - UFPEL. Marcos Borba - Embrapa Bagé. “UM TEXTO SEM CONTEXTO É UM MERO PRETEXTO” Paolo Logari.
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BALANÇO ENERGÉTICO E PAPEL DA AGRICULTURA NA PRODUÇÃO DE ENERGIA XXXVII SEMANA ACADÊMICA DA AGRONOMIA 10 a 14 de julho de 2006 FAEM - UFPEL Marcos Borba - Embrapa Bagé
“UM TEXTO SEM CONTEXTO É UM MERO PRETEXTO” Paolo Logari
Coevolução – mútua relação sociedade natureza. Agricultura Camponesa Modernização – domínio do humano. Relação sociedade natureza mediada pela tecnologia. Agricultura Industrial “Fim da tradição”. Incremento da dependência de energia NÃO RENOVÁVEL. Da fotossíntese, da energia eólica e hidráulica ao petróleo. Intensificação produtiva Inovação tecnológica Orientação ao mercado HISTÓRIA DA AGRICULTURA
2ª Revolução industrial (2ª metade XIX até 1ª Guerra nos EUA e Europa) Inovações tecnológicas (eletricidade, motor de combustão interna, indústrias químicas e farmacêuticas, telecomunicações, melhoria das condições de habitação e de saneamento básico nas zonas urbanas) maior urbanização e atividades econômicas; redução das taxas de mortalidade; maior mobilidade de pessoas e mercadorias; crescimento atividade industrial e serviços PAPEL DA AGRICULTURA NO DESENVOLVIMENTO
Conseqüência para a agricultura: alimentar população maior e mais urbana com produtos a preços acessíveis; fazê-lo com uma percentagem cada vez menor da população ativa e sem poder contar com uma expansão ilimitada da área agrícola
Agricultura “Industrial“ fertilizantes químicos; alimentos animais à base de cereais forrageiros, proteaginosas (soja) e até de produtos animais; aumento produtividade do material biológico (seleção de sementes e animais); para reduzir riscos produtos agro-químicos; para aumentar produtividade do trabalho equipamentos mecânicos e motorizados.
Pós-guerra (políticas de ajuda internacional dos EUA, facilitam disseminação agricultura industrial) Até anos 50 do século XX agricultura sem importância para desenvolvimento econômico Anos 50 – Economia Dual (Lewis, 1954). Desenvolvimento depende da industria. Desenvolvimento = redução da agricultura. Aumento do ingresso – menor demanda por produtos não processados. Importação de tecnologia. Extensão rural. Anos 60 – Altos Insumos (Schultz, 1964). Revolução verde. Produtores não adotam porque há poucas inovações. Novos fatores de produção. Variedades de alta produção. Sistema internacional de pesquisa (IRRI nas Filipinas e CIMMYT no México).
Anos 70 – Inovação Tecnológica Induzida (Hayami & Ruttan). Países do terceiro mundo deveriam gerar suas próprias tecnologias em função dos preços relativos dos fatores de produção. Anos 80 – Ecodesenvolvimento, Coevolução, Limites do Desenvolvimento. Do desenvolvimento ao crescimento econômico. Liberalização dos mercados. Anos 90 - Crescimento econômico baseado na exportação agrícola. Produção de commodities. Importância da agricultura no equilíbrio da balança comercial. Agricultura como negócio. Produção e preço.
Economia NEOCLÁSSICA não considera que os incrementos de produtividade da agricultura capitalista depende: da subvalorização dos “imputs” de energia dos combustíveis fósseis valor nulo ou escasso dado a contaminação, a redução da biodiversidade e a exclusão social Análise meramente crematística - Questão de preços Não são consideradas as externalidades. Custos marginais externos. CRÍTICA ECOLÓGICA À TEORIA ECONÔMICA
Na economia convencional, o preço de um produto corresponde à somatória das despesas realizadas com insumos, mão-de-obra e alguns serviços mais a margem de lucro desejada. Em certa forma e nem sempre com justiça, o preço econômico representa o trabalho humano agregado.
Porém o preço econômico não considera: contribuição da natureza na produção do produto e dos insumos (energia e serviços ambientais); contribuição da natureza na absorção do impacto ambiental na produção dos insumos; custos do tratamento médico (doenças provocadas pelo uso de substâncias tóxicas); custos de tratamento de resíduos sólidos e efluentes líquidos e gasosos, despesas da exclusão social redução da biodiversidade e da diversidade genética
ANÁLISE ENERGÉTICA DE 2 FORMAS DE CULTIVAR MILHO (unidades por hectare) . Fonte: David Pimentel: “Environmental and economic benefits of sustainable agriculture”, en Jörg Köhn y otros (eds.): Sustainabilty in Question, Edward Elgar Publishing Ltd., Cheltenham 1999, p. 159-164.
FLUXO DE EMERGIA AGREGADA DE 4 SISTEMAS DE CULTIVO DE SOJA E. Ortega, M. Miller , M. H. Anami, Beskow, P. R. FROM EMERGY ANALYSIS TO PUBLIC POLICY: SOYBEAN IN BRAZIL http://www.fea.unicamp.br/docentes/ortega/
ÍNDICES EMERGÉTICOS DE 4 SISTEMAS CULTIVO DE SOJA Transformidade = Y / P = Σ (Emergia usada) / energia do produto Taxa de produção emergética =Y/F Taxa de investimento emergético = F / I = recursos comprados / gratuito) Renovabilidade = R/Y Carga ambiental = (N + F) / R (EER) = Y / emergia recebida E. Ortega, M. Miller , M. H. Anami, Beskow, P. R. FROM EMERGY ANALYSIS TO PUBLIC POLICY: SOYBEAN IN BRAZIL http://www.fea.unicamp.br/docentes/ortega/
Agricultura industrial moderna é energeticamente insustentável porque: depende mais de insumos NÃO renováveis; Degrada energia (entropia) e reduz a base de recursos Reduz serviços ambientais (degradação ambiental) Gera custos marginais externos que demandam custos energéticos no espaço e no tempo CONSIDERAÇÕES FINAIS
A agricultura como produtora de energia pode se transformar numa “equação nula”? Produzir biocombustível como commoditie, em larga escala, em sistemas de monocultura, altamente dependente de energia, mais o processamento e o transporte, pode gastar tanta energia quanto a gerada na forma de óleo?
Marcos Flávio Silva Borba Embrapa Pecuária Sul – Bagé, RS mborba@cppsul.embrapa.br 53 3242 8499 – R 232