1 / 47

A Nova Geografia Econômica

A Nova Geografia Econômica. Eduardo Amaral Haddad Professor Titular do Departamento de Economia da FEA-USP. Roteiro. NGE: Afinal, de que se trata? Objetivos, estratégias de modelagem O modelo básico Condições para surgimento de aglomerações Modificações e extensões A NGE em perspectiva

junior
Download Presentation

A Nova Geografia Econômica

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. A Nova Geografia Econômica Eduardo Amaral Haddad Professor Titular do Departamento de Economia da FEA-USP

  2. Roteiro • NGE: Afinal, de que se trata? • Objetivos, estratégias de modelagem • O modelo básico • Condições para surgimento de aglomerações • Modificações e extensões • A NGE em perspectiva • O futuro da NGE • Práticas operacionais

  3. Como explicar a formação de aglomerações (concentrações) econômicas no espaço geográfico?

  4. NGE: Afinal de que se trata? • Concentração demográfica em áreas urbanas • 47.2% da população mundial (ONU) • 75.4% da população de países desenvolvidos • 81.2% (56.8%) da população brasileira • Concentração da atividade econômica • Ellison e Glaeser (1997): EUA; Amitie (1999) e Brulhart (2001): Europa; Maurel e Sédillot (1999): França; Alonso-Villar et al. (2004): Espanha • Azzoni (2003): Brasil • 53.2% da produção industrial em São Paulo (1997)

  5. NGE: Afinal de que se trata? • O que causa aglomerações? • Retornos crescentes (RC) de escala são cruciais para se explicar a distribuição geográfica das atividades produtivas (“folk theorem of spatial economics”) • Teorias alternativas • Concorrência perfeita e externalidades • Concorrência imperfeita • Oligopólio e concorrência monopolística

  6. NGE: Afinal de que se trata? • Essência da NGE • Teoria da emergência de grandes aglomerações baseada na existência de retornos crescentes de escala e custos de transporte • Ênfase na interação entre firmas e fornecedores e entre firmas e consumidores • Processo de causação circular de ligações para frente e para trás gera forças centrípetas do sistema • Forças centrífugas

  7. NGE: Afinal de que se trata? Mobilidade da mão-de-obra Demanda Mais pessoas Mais firmas Maior renda real Mais variedades Retornos crescentes Concorrência monopolística Custos de transporte Preferência por variedade

  8. NGE: Afinal de que se trata? • Estratégias de modelagem (“The Spatial Economy”, 1999) • Dixit-Stiglitz • Icebergs • Evolução • Computador

  9. Modelo básico • Krugman (1991) • Modelo centro-periferia • Mostra como aglomerações espaciais emergem a partir da interação entre RC e custos de transporte • Espaço unidimensional, 2 regiões • Modelos da NGE baseiam-se em três conjuntos de hipóteses básicas • Variedades de produtos, produtividade do setor industrial, custos de transporte

  10. Modelo básico • 2 setores • Agricultura (A), retornos constantes, ligado à terra, produto homogêneo • Indústria (M), retornos crescentes, pode-se localizar nas duas regiões, continuum de variedades

  11. Modelo básico • Indivíduos possuem as mesmas preferências • M é um índice composto de manufaturas • A é o consumo de bens agrícolas • é a participação das manufaturas nos gastos totais (!)

  12. Modelo básico • Demanda agregada por variedade • mi é o consumo de cada variedade de manufatura • é a elasticidade de substituição entre produtos (!)

  13. Modelo básico • Custo de vida (IPC) • pi é o preço de mi • Se pi = pm para todo i Mais variedades, menor custo de vida

  14. Modelo básico • Fatores de produção: fazendeiros e trabalhadores • Fazendeiros (fixos) distribuídos uniformemente pelo espaço • Trabalhadores podem migrar • Oferta de mão-de-obra exógena • Requisito de mão-de-obra = 1 • Participação de trabalhadores = • Oferta de fazendeiros em cada região =

  15. Modelo básico • Produção de manufaturas • Lmi são os trabalhadores empregados em cada firma i • xi é a produção da firma i • Cada firma produz um único bem

  16. Modelo básico • Estrutura de custos de transporte • Transporte da produção agrícola não tem custo • Transporte da produção industrial assume a especificação de custos de transporte do tipo “iceberg” • é a fração da unidade transportada que não chega ao destino final (!)

  17. Modelo básico • Elasticidade de demanda percebida pelos produtores monopolistas é • Comportamento maximizador da firma representativa na região 1 implica • Comparando preços de produtos representativos

  18. Modelo básico • Com livre entrada, em concorrência monopolística lucros econômicos = 0 • Produção por firma é a mesma em cada região, independente dos salários, demanda relativa, etc.

  19. Modelo básico • Número de manufaturas produzidas em cada região é proporcional ao número de trabalhadores

  20. Modelo básico • Não há dinâmica explícita • Equilíbrio toma alocação inicial dos trabalhadores como dada • Marshalliano • Trabalhadores deslocam-se para regiões que oferecem maiores salários reais • Igualdade da razão trabalhador/fazendeiro ou divergência (concentração em uma região)

  21. Modelo básico • Em equilíbrio, regiões oferecem mesmo salário real ou trabalhadores encontram-se concentrados em uma região • Sob quais condições concentração pode ocorrer? • Quais os efeitos de custos de transporte ( ), do tamanho do setor industrial ( ) e das preferências dos consumidores por variedades ( ) sobre a robustez de aglomerações?

  22. Modelo básico

  23. Modificações e extensões • Modelo básico capta aspectos relevantes da evolução dos padrões espaciais • Relaxamento de hipóteses • Ausência de externalidades negativas entre firmas (poluição, congestionamento) • Ausência de mercado imobiliário • Trabalhadores indiferentes entre regiões oferecendo mesmo salário real (amenidades) • Há apenas duas regiões • ...

  24. A NGE em perspectiva • Primeiras reações • Revisão insuficiente de trabalhos anteriores • Von Thünen (1824), Marshall (1890) • Semântica • Paraíso invadido • Artimanhas intelectuais • Simplificações estratégicas • Soluções metodológicas alternativas são necessárias

  25. A NGE em perspectiva • Visão superficial da realidade • Fontes de economias de aglomeração desprezadas • Caráter reduzido das possibilidades analíticas • Forças que afetam concentração e dispersão geográfica...

  26. A NGE em perspectiva

  27. A NGE em perspectiva • Poucos trabalhos empíricos • Simulações • Relevância para análise de política? • Perspectiva de desenvolvimento futuro • Desenvolvimento dos fundamentos teóricos e empíricos • Contribuições • Ênfase em uma abordagem micro-fundamentada para problemas econômicos espaciais baseada em ferramentas modernas da teoria econômica

  28. O futuro da NGE • Extensão do menu teórico • Estudos empíricos • Implicações de bem-estar e de política • Modelos quantificáveis • Modelos ajustados para economias hipotéticas (“not fitted to actual data” [?]) • EGC espacial

  29. O futuro da NGE ! ? • Teoria pura Teoria aplicada Práticas operacionais • Exemplo: NGE e Políticas de Transporte “Reaching the planner”: Práticas operacionais

  30. Exemplo: análise de impacto • Dois projetos do PAC associados a dois eixos de integração espacial • BR-262 (leste-oeste) • BR-381 (norte-sul) • Modelo espacial de equilíbrio geral, com retornos não-constantes, integrado a um modelo de transporte georreferenciado • Modelagem explícita de imperfeições de mercado em uma economia espacial (Haddad e Hewings, 2005)

  31. Eixo Leste-Oeste • Integração de espaços mais especializados • Menor grau de concorrência espacial • Espaços econômicos no Sudeste como mercados naturais da produção agropecuária (e relacionada) do Centro-Oeste

  32. SojaProdução, Demanda e Comércio Inter-regional

  33. Carne bovinaProdução, Demanda e Comércio Inter-regional

  34. AlgodãoProdução, Demanda e Comércio Inter-regional

  35. Eixo Norte-Sul (litorâneo) • Integração de espaços industrializados mais complexos • Maior grau de concorrência espacial • Espaços econômicos mais densos no Sudeste, com economias de aglomeração mais intensas • Infra-estrutura de transporte saturada, propensa a efeitos de congestionamento

  36. Produtos químicos (não-petroquímicos)Produção, Demanda e Comércio Inter-regional

  37. Produtos têxteis naturaisProdução, Demanda e Comércio Inter-regional

  38. Produtos de couro e calçadosProdução, Demanda e Comércio Inter-regional

  39. Volumes de tráfego multimodal, 2007 Fonte: PNLT

  40. Níveis de serviço – rede viária, 2007 (volume/capacidade) Fonte: PNLT

  41. Projetos BR-262 BR-381 • Total length: 441 km • Total costs:BRL 554 millions • Duplication of the existing road link between Betim and Nova Serrana, and the construction of climbing and passing lanes between Nova Serrana and Araxá • The BR-262 project constitutes a major improvement on the east-west integration of the country, linking the coast of the Southeast to the more agricultural areas of the Midwest • Total length: 304 km • Total costs:BRL1,395 millions • Duplication of the track between Belo Horizonte and Governador Valadares • The BR-381 project has a strategic role in the integration of the Northeast with the Southeast and South of the country

  42. Análise macro (não-espacial) • Elasticidade-renda dos gastos em infra-estrutura • Impactos similares para os dois projetos • Crescimento do PIB • Magnitude proporcional ao tamanho do investimento

  43. Efeitos espaciais (PIB) – BR-262 (leste-oeste) Curto prazo Longo prazo • Impactos positivos sobre o PIB das áreas de influência do projeto. • Impactos se espraiam no longo prazo. • Efeitos de re-localização tendem a se direcionar para regiões agrícolas bem como para áreas em Minas Gerais ligadas diretamente ao projeto.

  44. Efeitos espaciais (PIB) – BR-381 (norte-sul) Curto prazo Longo prazo • A região Nordeste expande sua área de mercado em detrimento das regiões Sul e Sudeste, que sofrem com os efeitos de congestionamento na rede. • Resultado final: menor crescimento com redução da desigualdade regional [localized spillover models (Baldwin et al., 2003)]

  45. Considerações finais • O espaço é fundamental para a análise econômica • A NGE tem um papel importante para chamar a atenção do mainstream • Campo fértil de pesquisa • Teoria pura • Teoria aplicada • Práticas operacionais

  46. Referências • Krugman, P. (1991). “Increasing Returns and Economic Geography”. JPE: 99(3). • Krugman, P. (1991). Geography and Trade. MIT Press. • Haddad, E. e Hewings, G. (2005). “Market Imperfections in a Spatial Economy: Some Experimental Results”. QREF. • Fujita, M. et al. (1999). The Spatial Economy. MIT Press. • Fujita, M. e Thisse, J-F. (2002). Economics of Agglomeration. Cambridge University Press.

  47. Referências • Fujita, M. e Krugman, P. (2004). “The New Economic Geography: Past, present and the future”. PRS: 83(1). • Schmutzler, A. (1999). “The New Economic Geography”. Journal of Economic Surveys: 13(4). • Alonso-Villar, O. (2004). “The Effects of Transport Costs within the New Economic Geography”. Paper presented at the workshop The State of the Art in Regional and Urban Modelling, Seville.

More Related